Mágica Nerfal escrita por Robert Julliander


Capítulo 28
Capítulo 28


Notas iniciais do capítulo

SEI, demorei demais e dessa vez põe demais nisso...
Mas tempo me faltou no mês de novembro...
Em janeiro tô com um projeto de terminar MN, então vão ter atualizações
até meus bruxos e bruxas favoritos (vcs leitores) enjoarem de mim.
E também depositei o pouco de tempo que tinha numa nova fanfic
UNCONDITIONALLY (inspirada no clipe e música da Katy Perry)
Espero que apreciem o capitulo se conseguir mais tempo posto capitulo em breve
BJUS



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— Te liguei quase a manhã inteira! — Estamos no refeitório da escola, coloco minha bandeja de metal sobre a mesa e jogo minha bolsa para uma das cadeiras ao meu lado, a mesa tem quatro acentos o que possibilita meu ato egoísta de ocupar um lugar, a mais do que preciso. Hoje vou comer apenas uma barra de cereal e novamente beberei suco de laranja nesse copinho, o suco não é bom mas foi a melhor opção. Minha falta de apetite é facilmente explicada e até mesmo se eu estivesse com fome, não teria tempo. Na verdade não tenho tempo para pensar em coisas do dia a dia, (mesmo que essas mesmas coisas sejam essenciais, como me alimentar bem). Jhonatan se assusta com minha nada discreta introdução, tira o celular que estava no bolso de sua jaqueta de couro preta e olha as milhões, talvez zilhões de ligações que fiz pra ele.

— Nossa Erick! Tudo isso? — Ele começou a sorrir despreocupado, fazendo piada. — Desculpa cara, tava no silencioso! — Franzi a testa irritado, fixando meu olhar raivoso para ele. Sério que ele tá de onda? Agora? Minha bandeja começara a se contorcer em nossa frente. — Hey, hey! Calma aí, que aconteceu pra você estar tão irritado?

— Precisamos fazer uma reunião! Eu, você e Alexa!

— Tá legal mas... O que aconteceu de tão urgente? Williams fez algo?

— Não! — De repente não consegui conter minha frustração, não conseguir segurar esta bomba de sentimentos presas em meus pensamentos, era tristeza demais para carregar em meu peito. Eu preciso desabafar, de preferência com um amigo que entenda meus problemas, juro que tentei guardar esse problema só para mim, mas estava impossível fingir ser forte por mais tempo. As lágrimas escorreram pelo meu rosto, então finalmente disse de um jeito sério e sem exitar. — Preciso curar minha mãe!

Jhon que estava tão cheio de gracinhas, tranca seu sorriso sínico de brincalhão. Ele ficou surpreso e sua feição ficou preocupada. Percebi no mesmo instante que ele estava em choque, demorou alguns segundos para que ele pudesse falar algo.

— O que ela tem? — A feição dele não era das melhores, até tinha parecido que falei que a mãe dele estava mal.

— Ela está com câncer! — lamentei.

— Deve estar sendo muito difícil pra você, desculpe-me pelas piadinhas e meu deboche!

— Ok, você não sabia também! — Eu parecia perdido e Jhon percebeu.

— Você sabe que faço de tudo por você não é? — Ele falou sorrindo, me passando uma tremenda confiança. — Não só por você ter salvo minha vida, ou por eu ter prometido que te protegeria enquanto for seu mentor! Eu realmente gosto de você Erick, você é meu melhor amigo e o irmão mais novo que eu sempre quis ter! — Fiquei quieto alguns segundos. O silêncio que fazíamos já estava constrangedor, sorri rápido agradecendo as palavras.

Jhonatan e Alexa são especiais para mim, lógico que eles não substituem a Dani e o Ruan, que são meus melhores amigos desde que éramos apenas crianças. Mas o que sinto por eles é diferenciado, é muito diferente mesmo, pois eles são diferentes. Eles me entendem completamente, com esses dois não preciso guardar segredos, não preciso mentir, ou esconder nada. Eu precisei ouvir essas palavras do Jhon, porque em um breve período, eu estava no mais fundo me sentindo sozinho, abandonado. Como se paredes estivessem se fechando, trancando-me num lugar sombrio, onde a tristeza, a magoa e raiva, tomassem conta de mim.

— Obrigado por sempre estar comigo! — O fato de minha mãe estar doente, de eu tá escondendo um segredo sobrenatural de todos e minha vida está num ritmo cansativo, meus olhos estavam molhados, mas não deixei que as lágrimas escapassem.

— Oi! — Eu e Jhon olhamos ao mesmo tempo. A garota que veio puxar assunto conosco é muito gata, tipo linda demais para acreditar, sem falar do seu estilo gótico de bom gosto impecável, combinando cores de tons negros e obscuros. Enxuguei as lágrimas e a cumprimentei levantando a mão.

— Oi... — Funguei e me apresentei. — Erick Mackdayne! — Tentei sorrir.

— Você não precisa forçar um sorriso! — Ela sorriu de lado. E sentou próxima a mim — Também não estou feliz!

— Eu sou Jhonatan, caso não tenha me notado aqui na mesa também!

— Oi, desculpe-me sou Sabrina! — Ela olhou pra gente por um tempo — Não estou atrapalhando algo aqui não, estou? — Ela fez a pergunta de um jeito estranho, o que fez eu e o Jhon nos olharmos rápido e termos uma mine crises de risos.

— Não, não está! — Jhon sorriu.

— Nada mesmo, quer dizer, estou passando por momentos difíceis! — Expliquei.

— Urfa! Achei que vocês fossem um casal gay! Sem ofensa, se forem eu não irei sair por causa disso ou algo assim! — Ela sorriu meio constrangida.

— Quê? Não somos gays! — Eu e Jhon falamos juntos.

— Ok, ok entendi! — Sorriu Sabrina. — Você disse que estava passando por momentos difíceis? Desculpa parecer uma intrometida, é difícil fazer amigos novos, quando você é nova na escola e vocês me pareceram de longe as pessoas mais legais!

— Eu sou legal! — Fala Jhon passando as mãos em seus cabelos negros.

— E convencido também! — Sussurrei pra ela e rimos.

— O que você disse? — Ele perguntou.

— Que você realmente é legal! — Sorrir Sabrina.

Conversamos por alguns instantes e confesso, a afinidade que tínhamos com a Sabrina aumentou num velocidade inimaginável, ela é muito legal, sem falar que é uma gata total.

— Bom dia amiguinhos! Estou atrapalhando? — O clima acabara de ficar tenso, Williams senta ao lado de Jhon, se juntando a nós na mesa.

— O que está fazendo aqui? — Todos nós perguntamos ao mesmo tempo, inclusive a Sabrina.

— Nossa! Que recepção calorosa, bem do jeito que eu gosto! — Ele sorriu colocando os braços por cima dos ombros de Jhon, como se fossem amigos de tempos. Sabrina parecia tensa provavelmente ela já conhece o “Allan” e sua fama de bom moço, ela nem fazia ideia do que está dentro dele e o perigo que ela está correndo por estar aqui. Jhonatan se livrou irritado de seus braços.

— O que você quer?

— Eu? Apenas me socializar meu caro! — Sorri nosso inimigo de um jeito maldoso.

— Aqui não cara! Tem muita gente inocente aqui, não vamos querer machucar ninguém! — Jhon basicamente implorou.

— Qual é maninho? Tá falando como se eu fosse um monstro, amiguinho! — Allan dá dois tapinhas no rosto do Jhonatan, que rangeu os dentes mas conseguiu se conter de sua raiva. Williams no entanto se virou para Sabrina e perguntou. — Então gatinha, por que eles?

— Hã? Como assim? — Ela pergunta de volta.

—Tanta gente nessa porcaria de escola porque se juntar exatamente com eles? Por que justo com esses caras?

— Não tenho motivos para fazer novos amigos e nem você, para se meter na minha vida! — Falou a gótica indiferente.

— É melhor você sair daqui Wil... — Jhon olhou de relance para Sabrina e se corrigiu. — Allan!

No entanto a sombria garota percebeu a troca rápida de nomes, fez uma face pensativa apertando os olhos, mas logo voltou ao normal e não fez perguntas e não mencionou nada. Sei que as coisas devem estar confusas na mente dela, isso tudo é muito estranho, mas enquanto pudermos tentaremos não envolve-la nisso.

— Poh qual é Jhonzinho? Só vim bater um papo com meus brothers favoritos! — Ele sorriu de um jeito tão diabólico que juro ver uma aura escura contornar o corpo dele.

— É melhor nos falarmos outra hora Sabrina! — Sugeri. Ela já estava concordando quando Williams intervém.

— Não vá agora meu anjo! — Ele falou olhando para ela, encostando seu antebraço na mesa de metal. — Você não vai querer perder o melhor da festa! — Esse sorriso dele é a própria personificação do mal, tão convencido, tão cheio de si, ameaçador e confiante até demais.

Williams sabe estragar o dia de alguém, além do que já está estragado. Sabrina no entanto voltou a sua posição inicial na mesa e o encarou franzindo a testa, estava na cara sua curiosidade, o que me fez questionar interiormente a mesma pergunta feita pelo Williams agora a pouco, por que a gente? Por que eu e o Jhon? Existem vários outro alunos parecidos em estilos e talvez até gostos musicais, outros que fariam mais o estilo dela. Por que nos escolher para entrar em contato? O que ela pode querer de conosco? Seja o que for, agora também estarei de olho na Sabrina, pois desde que virei bruxo e conheci o jhon e o Williams matou algumas pessoas, eu não acredito que exista essa coisa chamada de coincidência.

— O que você vai aprontar? — Perguntei irritado.

— Você tem estado bem pavio curto! Está começando e você não vai resistir!

— Do que ele está falando? — Sabrina em fim perguntou.

— Não é nada! — Falei, encarando-o odioso.

— Digamos que seu novo amiguinho, — eu e o Jhon nos assustamos, esperando ele contar o que somos para a novata — tem um probleminha pra controlar o humor! — Apesar de ainda estar tenso, confesso que fiquei aliviado por ele não ter dito nada. Qual é o jogo desse cara? Por que ele tá fazendo isso?

— O que você quer? — Jhon pergunta irritado.

— O que quero de verdade vocês não podem me dar! — Sorriu cinicamente. — Aliás graças a vocês, eu perdi o que realmente fazia sentido na minha existência! — Agora sim ele pareceu perigoso e estava mostrando sua verdadeira face, — Parece que vocês se acham as pessoas mais legais e boas do mundo, aqui vai uma pra todos vocês, vocês ainda não me conhecem! — furioso ele socou a mesa de metal, amassando num grande buraco sua superfície.

Ele é mesmo forte, na verdade sentimos até mais um pouco de sua demonstração de força, o barulho de seu punho acertando a mesa, fez com que o chão tremesse um pouco, eu Jhon e Sabrina nos assustamos. Ele quer demonstração de força? Ele terá uma, estou cansado desse imbecil ditar suas regrinhas imbecis.

— É melhor você sossegar seu facho seu merdinha! — Resmunguei sentindo de novo meus cílios pesarem e meus olhos arderem. Eu já sabia que estavam brancos, como se eu não tivesse íris ou córnea, sei lá essas coisas que tem nos olhos, eu neste exato momento não tinha. Apenas estava lá meu globo ocular, branco e pequenas veias vermelhas contornando-o.

— O que está acontecendo? — Sabrina pula da cadeira assustada.

— Erick, aqui não! — Jhon falou, mas o ignorei. — Por favor Erick, por mim!

— Do que vocês estão falando? — A gótica estava com a voz tremula. Todo meu rosto estava quente, como se algo quisesse sair de dentro de mim, a mesa que estávamos começou a tremer, o Williams sorria, Sabrina parecia desesperada e inacreditada e Jhon preocupado com o que eu poderia acabar fazendo. Mas eu só queria explodir o cérebro daquele imbecil, mesmo que todos descubram sobre mim, mesmo que me queimem numa fogueira, estou disposto a arriscar tudo a mata-lo agora mesmo.

— Erick! — Dei ouvidos ao Jhon e meus olhos voltaram aos azuis normais.

Williams sorria, como se estivesse na vantagem. Mas pra falar a verdade está, não posso deixar que descubram o que eu sou, apesar de ter tanto ódio deste imundo, não valeria a pena ariscar. Ser perseguido com tochas por esta cidade não me ajudaria a achar um jeito de curar minha mãe.

— Hey Allan! Beleza parceiro? — Vem o Carlos em direção de nossa mesa. — Hey Brother, por que você tá com essa gente velho? Errou de mesa parceiro?

— Não, “parceiro” — Senti uma pontada de frustração da parte do Williams, bem uma coisa temos em comum, eu também detesto o Carlos. — Só estava mandando a real pra esses perdedores!

— Se quiser ajuda estou aqui! — Fala o gorila do Carlos socando a mão.

— Não precisa, meu assunto eu resolvo com eles! — Falou Williams se levantando. — Ainda não terminamos! — Sorriu maldoso e saiu com a péssima campainha do Carlos (Na verdade tentando decifrar quem é pior desses dois), deu uma piscadela de olhos para Sabrina e se retirou por completo de nossa mesa.

Jhon levanta-se de sua cadeira e vai até a aparentemente apavorada Sabrina e cochicha em seu ouvido, algo que ouvi e já sabia que ele faria.

Olivisci quid sis loqui! — E ela automaticamente pergunta.

— O que estou fazendo aqui em pé e por que está tão perto de mim Jhonatan? — Bem ela não lembra do principal, o que é reconfortante. Mesmo que isso pareça estranho pra ela, não vai ser tão estranho quanto estava a pouco tempo atrás.

— Vem! — Jhon puxou meu braço.

— Pra onde? — Perguntei o seguindo.

— Procurar um jeito de salvar sua mãe! Acabei de mandar uma SMS para Lexa e ela nos encontrará cabana! — Ele falou e sorri feliz, eles realmente se importam comigo.

— Obrigado Jhon!

— Não me agradeça agora, ainda não encontramos um jeito de salvá-la! — Ele sorriu.

Antes que eu pudesse subir na moto com Jhon, Dani grita por mim, ok ela de novo está sendo inconveniente eu sei, mas ela não tem como saber tudo o que estou passando. Aliás faz tempo que não conto nada de minha vida pra ela. Vou até ela e que abraça forte como se pedisse ajuda.

— Tudo bem com você D?

— Ah sim, só... Estou com saudades! — Que fofa.

— Queria te ver hoje à noite! Que tal nos encontrarmos no Lua cheia?

— Eu não sei D, tenho muita coisa pra fazer!

— Tipo? Qual foi a vez que nos juntamos e nos falamos, conversamos e nos ajudamos sobre nossos problemas? Rick qual é eu estou com saudades de você, quero meu amigo de volta! — Ela estava até quase chorando, como dizer não pra ela quando faz essa carinha e estou mesmo sendo um amigo ausente, ela também tem problemas reais, mesmo que a maioria seja sobre cores de roupas ou marcas de maquiagem, eu a amo, D é minha melhor amiga e...

— Ok, eu aceito! Hoje a noite vamos eu e você pro Lua Cheia! — Tentei sorrir e ela me abraçou forte de novo. Voltei, subi na moto e fomos direto para cabana.

O carro da Lexa já estava estacionado, entramos na velha casa abandonada no meio da floresta, onde nós usávamos para estudar magia. Lexa estava na sala sentada em um dos velhos sofás, agarrada com livros velhos.

— Oi meninos! — Ela levanto e nos cumprimentou com um beijo em nossas bochechas, logo voltou ao livro que estava lendo.

— Então já encontrou algo? — Pergunta Jhon. — Ele olha pra mim e cochicha. — Ela já está ciente do que fazemos aqui, falei tudo no SMS, para evitar conversas embaraçosas! — Sorri agradecendo, Jhon tem sido um ótimo amigo, fico feliz por ter conhecido ele.

— Ainda não encontrei nada, — Lexa fala ainda depositando sua verdadeira atenção no grande livro entre suas pernas entrelaçadas. — Separei todos os livros de medicina mágica, de curas espirituais há homeopatia sobrenatural e até alquimia!

— Alquimia? — Perguntei.

— É nunca se sabe onde pode achar cura pra uma doença tão séria!

— Não seja tão sincera assim Lexa, — Jhon levanta uma das mãos, revirando o sofá que a garota de franja branca estava sentada, fazendo a cair de bunda no chão! — Sabemos que a doença é grave, desculpa Erick!

— Não tem problema Jhon, ela tem razão, se não tratarmos como grave nunca poderemos achar um jeito real de curar minha mãe! — Ajudei Lexa levantar e rimos um pouco.

— Ai Jhon da próxima vez avisa cara, lembre-se que eu sou uma bruxa indefesa, não tenho mágica! — Ele se desculpou envergonhado e começamos nossa busca por alguma coisa que possa ajudar minha mãe.

Passamos horas vasculhando os livros e não havíamos encontrado nada, aliás até tínhamos encontrado. Mas toda magia que fazíamos teria um preço, eram coisas que não estaríamos despostos a pagar, exemplo pra salvar minha mãe eu teria que matar meu pai, que tipo de louco sairia matando as pessoas que ama, pra salvar a outra? Eu não faria. Tinham passado algumas horas, estávamos famintos e a tarde já estava quase no fim.

— Deveríamos voltar amanhã, para procurar nos outros livros! — Sugeri Jhon.

— Ok, pode ser! — Indaguei desanimado.

— Não esperem! — Lexa chamou nossa atenção. — Acho que encontrei um jeito de salvar sua mãe!


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Notas finais do capítulo

:O Tensão para o proximo cap.
shauhsuahsuha... 3:)
Qual será o jeito? Será que o preço é auto demais par se pagar...
Próximo capitulo vcs descobrem :)



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