My Angel... escrita por Muggle Princess


Capítulo 4
Como assim anjo da guarda?!??


Notas iniciais do capítulo

Er...oi!



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– Ahn... – eu me sentia um pouco tonta. Ao que parecia, eu tinha desmaiado e rolado para debaixo da cama sem querer. Seja lá o que tenha acontecido, só sei que minha cabeça doía muito. A única coisa que eu conseguia ver eram dois pares de pés na minha frente.

– Chegamos. Ao que parece, sua protegida deve ter ido tomar café-da-manhã com a colega de quarto, então vai ter que esperar aqui. Não deve se esquecer de que só pode se apresentar para a garota quando estiverem absolutamente a sós, uma vez que só ela possa saber sobre você. Entendido? – Ouvi uma voz grave e autoritária, parecia ser a de um sujeito que usava botas de couro, que pareciam muito com as que meu pai costumava usar quando íamos acampar juntos. Em resposta, recebeu apenas um suspiro do outro com tênis preto.

– Preciso mesmo cuidar da garota, senhor Alfred? Acho que ela já tenha idade suficiente para se cuidar sozinha e...

– Não. Nós já conversamos sobre isso antes, James. Minha filha ainda está com dificuldades para superar minha morte, e a doida da Márcia ainda a manda para um lugar como esse, longe dos amigos, da cidade natal, tendo apenas o irmão por perto. Preciso que você faça amizade com ela e a proteja quando precisar e a ajude como eu a ajudaria. Venho mandando indiretas para ela tentar se acostumar com essas coisas do além e não levar um susto tão grande quando você se apresentar. Entendido? – Ele repetiu. Meu Deus... esse homem não poderia ser quem eu estava achando que fosse!

– Mas... Sim, senhor.

– Ótimo! Boa sorte. – E dizendo isso, as botas desapareceram como mágica. Não pude deixar de exclamar de susto. Afinal, o que vocês fariam se as coisas desaparecessem do nada bem de baixo do nariz de vocês? Eu acho que o cara que sobrou deve ter ouvido minha pequena exclamação, porque parou de respirar por alguns segundos, e , hesitante, olhou para debaixo da cama. Ah, meu Deus!!! Esse é o fim... – pensei.

Agora, minhas queridas leitoras, imaginem o que fariam se vissem um rosto masculino totalmente desconhecido no seu dormitório feminino. Se vocês surtariam, parabéns, porque foi exatamente isso que eu fiz.

AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH!!! – gritei com todas as forças, assustada de mais para me mover, enquanto ele gritava junto.

Depois de toda aquela maluquice barulhenta, eu saí me arrastando de debaixo da cama, para depois parar de olhos arregalados na frente daquele deus romano!!! Muito parecido com o monitor gato, que mais tarde descobri se chamar Alex, o garoto tinha um ar meio bad-boy. Usava uma jaqueta de couro por cima da camisa cinza e calças jeans surradas, e... Meu Deus!!! Aquele cara era realmente lindo! Tinha cabelos negros, olhos da mesma cor e pele muito branca. Ele passou um bom tempo me avaliando de cima para baixo, como se eu estivesse passando por algum teste de modelos internacionais. Claro, eu fiquei meio sem jeito e devo ter corado um pouco, mas qual é! Vocês também ficariam assim se um gato desses estivessem encarando vocês! Eu sussurrei, para que só ele pudesse ouvir (até porque não sabia se aquilo era minha imaginação ou um garoto tinha sido louco o bastante para entrar num dormitório feminino):

– Quem é você?

Ele hesitou um pouco, pensativo, antes de dizer:

– Você é Catherine Jones? – perguntou com uma voz quase inaudível.

Acenei que sim com a cabeça.

– Bom, isso é ótimo. Pelo menos não vou ter que ficar aqui plantado esperando por você. Prazer, meu nome é James. Sou seu anjo da guarda. – disse o estranho me estendendo a mão.

Obviamente, eu fiquei incrédula. Não acreditava que um garoto pudesse ser tão estúpido ao ponto de fazer essa brincadeira sem graça só porque era meu primeiro dia de aula! Aquele imbecil tava tentando dar em cima de mim, é isso?!? Idiota.

– Olha aqui, cara. É melhor você sair do meu quarto imediatamente ou eu vou te encher de tabefe!!! – falei começando a perder a paciência. Tá legal que foi sinistro o jeito que o outro homem desapareceu. Tá legal que foi sinistro o modo de como eu fui parar desmaiada debaixo da cama. Tá legal que foi muito mais sinistro aquela conversa entre os dois. Mas isso não quer dizer nada... Né? Não. Com certeza não quer dizer nada. Esse tipo de coisa não existe e ponto final.

– Não, garota! Você tá entendendo errado! Eu... – Mas não deixei ele terminar a frase. Fui logo empurrando ele para fora e quando ele tentou argumentar, fechei a porta na cara dele. Vocês tão pensando o quê? Que aquele otário pode entrar no meu quarto sem mais nem menos e ainda fazer piada de mau-gosto?

O problema é que, quando me virei, lá estava ele de novo. Com uma expressão aborrecida.

– Qual é, garota? Precisava mesmo bater a porta na minha cara? Olha, eu só preciso conversar com você. É sobre o seu pai.

– Como você entrou de novo sem eu perceber? E como sabe sobre meu pai? – Okay, essa situação já tá me dando nos nervos. Como que o desgraçado entrou no meu quarto sem que eu nem desse conta? Sinistro... Acho que eu to começando a pensar em acreditar no bocó.

– Eu já falei. Sou seu anjo da guarda – Ele disse me pegando gentilmente pelos ombros e me sentando na cama, ficando de pé na minha frente – Posso te explicar esse negócio de anjo ou você vai me encher de tabefe?

Eu simplesmente assenti com a cabeça. Queria ver até onde o garoto iria com essa brincadeira. Ele se sentou na cama da Samantha e começou:

– Bom, quando o seu pai morreu, ele foi para o reino dos céus por sempre ter sido um homem bom – começou – Depois de algum ele começou a administrar as coisas lá em cima, e...digamos que eu não tenha feito coisas muito agradáveis.

– O que você fez? – interrompi a história. Ele pareceu um pouco nervoso antes de responder.

– Isso não te interessa! – Ele falou um pouco ríspido – Continuando... Graças a isso que eu fiz, seu pai meio que não tinha opção a não ser me mandar aqui para a terra como um simples mortal – enquanto falava isso, parecia meio ameaçador e com raiva. Seja lá o que tenha feito, acho que não foi mesmo muito agradável – Eu implorei para que ele me desse uma opção mais agradável, e a única que eu tinha era vir pra cá te supervisionar. Ele está preocupado com o seu emocional, Catherine. Não gosta nada de te ver triste.

Ouvi tudo aquilo com os olhos encharcados de lágrimas. Realmente, ainda não tinha superado a morte de meu pai. Estava meio melancólica nesses dias, é verdade, mas ainda tinha dificuldade de acreditar que tudo que esse garoto que se diz um ‘’anjo’’ é verdadeiro. Ele com certeza não deve ter visto que eu tava meio abalada, porque se levantou e olhou bem nos meus olhos:

– E agora? Vai continuar sem acreditar em mim?

– O que na minha vida vai mudar se eu te aceitar?

Ele deu de ombros.

– Vai aceitar que sempre vai ter alguém presente em todo lugar que você for. Vai aceitar que eu sempre vou estar na sua cabeça. E quem sabe talvez consiga pensar em mim como um amigo – ele disse com um sorriso bastante idiota pro meu gosto

– Ok, amigo. Mas, antes de qualquer coisa, tenho uma futura amiga me esperando no refeitório. Se me dá licença... – falei pegando minha bolsa e me virando com um sorriso sarcástico, saindo do quarto sem olhar para trás.

“Ai, ai... Catherine. Você ainda vai me dar um trabalhão!”


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Notas finais do capítulo

Deixem reviews!!!



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