Doce Veneno escrita por Makiyenn


Capítulo 21
Altos e baixos


Notas iniciais do capítulo

Capítulo de domingo - atrasado como de costume-.
Escrevi praticamente dormindo, então não liguem para os erros.



Aproveitem. ^^

Aviso: capítulo sem revisão.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/354446/chapter/21


– CORTA! Ok, pessoal, estão todos dispensados. – a voz calma e suave de Ogata ecoou pelo set.

Kyoko despediu-se de todos e dirigiu-se calmamente ao camarim. Precisava ocupar sua mente e nada melhor do que o trabalho para ajuda-la a esquecer de seus problemas.

Trabalho e certo homem que a seguia silenciosamente.

Sorriu ao perceber o som dos passos tornando-se mais rápidos. Ren acelerou o passo até estar ao lado dela.

– Está indo para casa ou tem algum compromisso? – perguntou enquanto entravam no camarim.

– Não sei. – fechou a porta. – Parece que Saito desmarcou vários compromissos recentemente, mas não tenho certeza. – caminhou até o balcão onde sua bolsa estava e começou a procurar pelo celular.

– Quer que eu te leve em casa?

– Não precisa se incomodar, vou pedir para o Saito. – disse discando os números no celular.

Kyoko assustou-se quando Ren a prendeu entre seus braços. Kyoko corou a ponto de não ter coragem de virar e encara-lo.

– Por que minha namorada está pedindo para outro homem a levar para casa? – a voz rouca e próxima de Ren fez Kyoko arrepiar-se. – O que devo fazer? – começou a mordiscar seu pescoço e apertá-la pela cintura, aproximando-a cada vez mais e arrancando gemidos abafados da garota.

– R-R-R-Ren! E-Eu... Estou fazendo uma ligação! – Ren sorriu ainda deixando marcas no pescoço de Kyoko. A garota o empurrou instintivamente assim que a voz de Saito invadiu seus ouvidos. – A-lô, Saito?

– Não, não tem compromissos! Falei para você descansar essa semana e mesmo assim você insistiu para ir ao set. Aliás, por que está me ligando? Deveria estar em casa descansando e refletindo, mas insiste em trabalhar, sua workaholic! – fez uma pausa. – E peça ao idiota-san para te levar para casa. - desligou o telefone deixando Kyoko literalmente no “vácuo”.

Kyoko encarou Ren com uma expressão completamente confusa. O rapaz soltou uma leve gargalhada antes de lhe dar um selinho.

– Esse Saito, é realmente interessante. – sorriu ao ver como ela estava envergonhada. – Tenho que ir a uma sessão de fotos agora e te levo em casa. Não precisa ficar assim. – sorriu enquanto se afastava.

– V-Você faz esse tipo de coisa repentinamente e-

– Devo anunciar antes? Confesso que isso também seria interessante. – respirou fundo e voltou a se aproximar. – Mogami Kyoko – prendeu-a novamente em seus braços. -, prepare-se por que eu-

Antes que pudesse terminar a frase Kyoko puxou Ren pela nuca, entrelaçando os dedos em seus cabelos, até que finalmente o beijou.

Afastou-se apenas para ver a reação de Ren e sorriu ao vê-lo com o rosto corado.

– Oh, isso é novo para mim. – gargalhou novamente.

– Está se divertindo, não é?

– Você nem faz ideia. – disse mordendo o lábio. Ren afastou-se subitamente.

– É... – limpou a garganta. – É melhor irmos ou vou me empolgar demais. - segurou a mão da garota entrelaçando os dedos. Kyoko fez uma cara confusa e suas dúvidas pareciam estar escritas em sua testa. – Não precisa se preocupar, até desconfio que as pessoas saibam. É bom mesmo que todos saibam, não aguento mais ter que afastar aquele garoto.

– Diz o homem mais cobiçado do Japão.

– Ciúmes?

– Controlado. – Ren sorriu.

– Vamos, ou o Yashiro começará a fazer suposições estranhas novamente.

[...]

Kyoko estava em casa. Há muito tempo não tirava uma folga do trabalho.

Preferia não ter tirado essa folga.

Na televisão, uma notícia lhe chamou a atenção enquanto trocava os canais tediosamente. O nome Margareth Scheiffer parecia ter um tamanho diferente em meio ao título. Aumentou o volume enquanto a apresentadora comentava sobre a vinda da atriz ao Japão.

“O aparecimento da atriz americana Margareth Scheiffer, está sendo comparado com a vinda de seu ex-namorado Hizuri Kuon, mais conhecido como Tsuruga Ren. Há quem diga que os dois continuaram namorando secretamente e que a vinda dessa atriz indique finalmente que os dois resolveram se casar.

Quando questionada sobre o assunto, Margareth apenas sorriu e não negou qualquer envolvimento com Hizuri Kuon. Uma notícia bastante preocupante para as fãs...”.

Kyoko estava perplexa, tudo que foi dito após isso foi ignorado. Ainda como se prevendo sua situação, seu telefone começa a tocar enquanto o nome “Tsuruga Ren” piscava na tela.

Kyoko?

– Sim...

Está em casa?

– Sim.

Estou indo aí agora.

– Não venha. – fez-se silêncio por alguns instantes. – Por favor, não venha agora. Amanhã conversaremos. Hoje não é um bom dia.

– ... – ouviram-se sons incompreensíveis. – Tudo bem.

– Obrigada, estou desligando.

O som do fim da chamada parecia ter aumentado drasticamente.

[...]

– São duas horas da manhã... – disse com voz sonolenta.

E ainda assim você está acordada. – suspirou. – Anda logo, odeio ter que esperar.

– Ok! Estou indo, Shoutarou. – desligou o telefone e alcançou o casaco ao lado cama.

O elevador andava em seu ritmo normal. Kyoko percebeu, assim que saiu do apartamento, o quanto estava cansada. Encostou-se à parede do elevador e suspirou. Há muito tempo não saía com ele, talvez estivesse precisando de algo assim.

Atravessou a porta giratória. A noite estava fria o suficiente para fazer a respiração condensar-se. O rapaz estava escorado à porta do passageiro do carro. Sorriu assim que viu Kyoko vestindo um casaco muito maior que ela, enquanto ele vestia uma roupa social.

Kyoko ainda não tinha se acostumado com esse estilo mais sério de Sho.

– Pensei que atores cuidavam mais de sua aparência. – aproximou-se da garota. – Nossa! Você está com uma cara horrível.

– Obrigada, Sho, até me sinto melhor. – olhou para a luz do poste que piscava. – O que você veio fazer aqui uma hora dessas?

– Vim consolar uma garota. – Kyoko voltou a encará-lo. – Mogami Kyoko, conhece? – Kyoko sorriu.

– Mogami Kyoko? Hm... Não tenho certeza se já ouvi esse nome. – fingiu estar pensativa.

– Como não? Ela é uma atriz extremamente talentosa, mas tem umas tendências amorosas bem estranhas. – colocou a mão sobre o ombro dela. – É também muito bonita.

– Você parece conhecê-la muito bem. – afastou-se.

– Ah, sim, eu a amo. – sorriu. – Mas tem um cara realmente incômodo com ela. – suspirou. – Por isso as coisas estão desse jeito.

– É uma história bem interessante.

– Não é? – sorriu. – Vamos caminhar um pouco, aproveitar... Esse tipo de coisa só é possível uma hora dessas. – respirou fundo. – Ah, me sinto bem. – virou- se para ela. – E você como está?

– Isso é bom. – acelerou o passo para caminhar no ritmo dele. – Me sinto bem também.

– Você parece desanimada ainda.

– É só que... – fez uma pausa. - Nunca pensei que algum dia iria enterrar minha mãe, sabe? – sorriu olhando para o céu. – Mas não há nada a ser feito. Apenas aceitar. – virou-se para ele. – Não é como se fosse a primeira vez que eu perco alguém.

– Hm... – começou a caminhar mais lentamente. – É difícil admitir isso – parou em frente à Kyoko. -, mas ele faz bem para você. Eu tentei por cinco anos – respirou fundo -, e ele sem se esforçar te trouxe de volta. – desviou o olhar.

– Sho...

– Parece que eu perdi, não é mesmo? – sorriu. – Talvez seja castigo. – segurou a mão dela. – Realmente não há mais chance, não é? – Kyoko apenas assentiu e abaixou a cabeça. – Hm... Certo! – passou a mão sobre a cabeça dela. – Não precisa ficar assim, eu já sabia a resposta. – Sho afastou-se e continuou andando sem rumo. – Ah, e não ligue para essas notícias sem fundamento.

– Sho! – o rapaz voltou a encará-la. – Obrigada.

Sho sorriu e continuou acompanhando a garota até seus sentimentos se acalmarem.

[...]

Ren passara a noite toda acordado, pensando em ir até o apartamento de Kyoko. Não fosse Yashiro, ele nunca saberia dessas notícias muito menos que Margareth estava no Japão.

“Como podem inventar tanta coisa em tão pouco tempo?”

Assim que o relógio marcou 06h30min, o rapaz preparou-se para ir ao apartamento dela. Não se importou em lavar o rosto muito menos em disfarçar as olheiras.

Correu até a mesa para pegar as chaves, mas a campainha o interrompeu. Rapidamente foi até a porta imaginando que seria Kyoko quem estava do outro lado, porém, quem o encarava com o sorriso mais irritante e convencido que ele já conhecera era Margareth Scheiffer.

– Olá, Kuon, há quanto tempo? Não vai me convidar para entrar?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

> workaholic para quem não sabe são as pessoas viciadas em trabalho;
> Não odeiem a Margareth;
> Amem o Sho;
> Comentem.

Para quem não sabe saíram as raws do 203 e devo dizer "finalmente" ou "passos de bebê"? kkk



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Doce Veneno" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.