Uma Noite Mais Que Louca escrita por Queen Barenziah


Capítulo 3
Mudança Estranha


Notas iniciais do capítulo

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Fiquei sem reação nenhuma. Minha face ficou pálida repentinamente e a única coisa que podia ser ouvida era o meu grito de pavor.

– Meu rosto! O que houve com ele? E o meu cabelo? EU ERA TÃO LINDA!

– Na verdade linda é uma coisa que você nunca foi Lucy.

Ironizou o carinha bonitinho que acredito ser meu irmão.

– Cala a boca! Você não vê? Eu era tão linda, agora eu sou gorda, com uma pele seca, cabelo oleoso e a pele branca feito um cocô de pombo! Eu quero meu cabelo loiro de volta! Na verdade eu quero meu corpo de volta!!!

Falei resmungando e chorando agarrada do banco do carro.

– Esses remédios sempre tem efeito colateral...

Falou a tia-morena-meio-estranha apontando para mim.

– Eu não estou louca! Lucy Halley roubou meu corpo, e eu o quero de volta!

Gritei alto.

Todos em volta começaram a rir.

– Quando chegarmos em casa, eu vou te dar um calmante Lucy, quem sabe assim você sossegue um pouco.

Falou a mulher ainda rindo.

– É Julliane!

Retruquei.

Eu espero que isso tudo seja um sonho apesar de parecer muito real. Ou quero que pelo menos eu tenha meu corpo de volta, eu só não quero ficar nesse corpo horrível pelo resto da minha vida.

Depois de um tempo nós chegamos em uma rua com casas coloniais antigas e paramos em frente a uma casa de dois andares azul claro.

A tiazinha pegou as sacolas e foi entrando enquanto o carinha bonitinho estacionava o carro na garagem.

– Ah sério? É aqui mesmo que eu vou ter que morar?

Falei com desgosto.

– Ai meu deus Lucy, eu não sabia que perda de memória deixava as pessoas mimadas!

Falou a mulher, um pouco estressada.

– Affe! Vou ter que escutar sermão de alguém que nem conheço!

Falei bufando.

– Eu sou sua mãe! Você me conhece!

– Eu nem sei o seu nome! Nem o daquele carinha que tava com a gente!

– Meu nome é Mary, e o nome do seu irmão é Matt!

– Ah certo então, pelo menos você pode me dizer se tem algo interessante para fazer nessa casa?

Falei cruzando os braços.

– Eu sei lá, você é uma adolescente de 16 anos, faça o que quer, só pelo amor de deus pare de me incomodar!!!

Falou a mulher gritando comigo.

Subi as escadas correndo para me afastar bem rápido daquela tal de Mary-chata-pra-caralho e notei que havia 5 portas no corredor, e eu não sabia qual quarto era o meu, então tive que entrar em tooodos os quartos para então descobrir qual deles era o meu quarto, ou para descobrir até mesmo onde era o banheiro, porque eu tinha necessidades para fazer.

Eu acho que aquele estava sendo o pior dia da minha vida, além de perder meu corpo gostoso, sexy e sensual, eu tinha que aturar uma família entediante, chata e pobre.

Nesse exato momento eu estava me perguntando: o que a idiota da Lucy Halley estaria fazendo nesse exato momento com o meu corpo maravilhoso?


***

Os médicos corriam em uma velocidade tão rápida que eu comecei a ficar tonta novamente. Eles traziam remédios, me davam injeções e faziam mais um monte de merda só porque me deu alguma coisa que eu fiquei mal para caramba, talvez tenha sido o estômago fraco por esse corpo receber de alimento apenas algumas folhas de alface por dia ou talvez tenha sido pelo choque de acabar de descobrir que eu sou Julliane Anderson.

Eu já tentei diversas vezes puxar e esfregar esse rosto para ver se não era maquiagem ou até me beliscar para ter certeza que tudo não era um pesadelo idiota, mas do mesmo jeito esse rosto de patricinha e corpo de tábua não saiam de mim.

E agora? O que eu vou fazer?

Como Lucy Halley eu nunca ficava sem saber o que fazer, mas agora... certo que isso é BEM diferente de todas as coisas que eu já passei na vida, mas do mesmo jeito é assustador! Não é todo o dia que você acorda no corpo de sua inimiga.

– Você está se sentindo melhor Jill?

Exclamou a médica.

– Hãm? Ah, claro. Tô bem melhor! Pera ae, cadê a...

– Ah, ela está bem com certeza! Ela já pode ir para casa?

Falou uma outra mulher que eu não conhecia me interrompendo.

– Hãm... claro...

Falou a médica tentando entender porque a mulher queria que eu voltasse tão rápido para sei lá a onde.

– Herr.... Quem diabos é você?

Falei me direcionando a aquela mulher.

– Meu nome é Jubs, eu sou sua agente, lembra?

– Jubs? Que nome estranho, mas enfim...

Falei levantando ainda um pouco tonta da cama do hospital.

A mulher me encarou e saiu mandando uns caras de terno preto irem pegar ‘’minhas’’ gigantes malas. Que chique!

Depois de todo aquele showzinho, nós chegamos na frente do hospital e lá me esperava uma luxuosa limusine preta. Um cara abriu a porta pra mim e a Jubs já estava lá dentro segurando duas taças de champagne.

– É da frança.

Falou Jubs levando a taça até mim.

– Foi mal, eu não bebo.

Jubs me olhou estranho.

– Você está bem? Você nunca recusa nada assim mas.. ah, é mesmo, você não se lembra de nada, eu tinha me esquecido, perdão.

– E aí? Eu preciso mesmo de uma agente só para me levar até casa?

– Não é só isso meu bem, você tem ensaio de fotos amanhã e eu vim te entregar a sua ficha do ensaio.

– Ensaio de fotos?

Falei assustada.

– Sim, você vai posar para aquela revista de moda adolescente que eu não me lembro o nome, você vai estar em uma página sobre... biquínis que estão em alta nesse verão.

– Fala sério... porra, eu acabei de sair do hospital! E aliás, eu não vou aparecer de biquíni por aí!

– Ah você vai sim... nem que eu te obrigue querida. Agora vamos relaxar um pouco, já estamos quase chegando em sua casa. E oh, tome sua ficha explicando outras coisas do seu ensaio e etc.

Falou ela entregando um monte de folhas para mim.

Essa mulher parecia um robô esnobe programado para trabalhar para ricos também esnobes. Ela não era tão chata assim, só era meio... sei lá.

Chegamos em uma rua cheia de casas luxuosas e lá no final da esquina eu vi um enorme portão dourado com as iniciais A.M, que pelo que estava escrito na ficha que Jubs havia me dado significava Anderson Martinez, que é o sobrenome da Julliana, segundo a ficha. Eu nem sabia que ela tinha Martinez no sobrenome.


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