PDV Lyra

[OLHEM AS NOTAS INICIAIS! É RÁPIDO!]

Mais tarde o Harry me levou para a casa do Hagrid, junto a nós vieram Nate e Rony. Ele morava em uma casa de madeira perto da Floresta proibida. Harry bateu na porta grossa, havia um cachorro lá dentro que latiu grosso e a voz de Hagrid o repreendeu. Logo depois ele abriu a porta segurando um grande cão de caça.

–Um cachorro! –Gritei maravilhada .

–Maníaca! –Nate resmungou balançando a cabeça negativamente. Todos riram.

Nós entramos e tomamos chá com Hagrid, ele era muito engraçado, só tinha tamanho por que de assustador não tinha nada, houve um momento em que Harry contava sobre o Professor Snape que Hagrid pareceu saber de algo que nós não sabíamos. Ignorei.

Comecei a acariciar as orelhas do cão quando Harry chama minha atenção.

–Hagrid a invasão em Gringotes aconteceu no dia do meu aniversario, poderíamos estar lá na hora.

Olhei para ele e depois para o Hagrid, ele pareceu evitar o assunto, não me incomodei com isso no momento. Voltamos para o castelo. Passei um tempo tão gostoso na casa de Hagrid que não consegui prestar atenção em nada, olhei para o céu e suspirei... a lua cheia chegaria logo e eu teria que voltar a me preocupar.

No dia seguinte haveria lição de voo, acordei um pouco tarde e corri até o salão principal, quando cheguei lá o correio já havia passado e Malfoy estava saindo de perto da nossa mesa.

–O que houve? –Perguntei olhando a professora Mcgonagall saindo logo depois.

–Malfoy. –Harry falou irritado.

–Alguém bateu nele? –Perguntei esperançosa.

–Não. –Rony respondeu com a boca cheia.

–Ah! –resmunguei cabisbaixa, Harry riu.

–Sua violenta! –Nate falou com a boca cheia também. Dei uma tapa na cabeça deles.

–Mal-educados.

Comi algo rapidamente e saí correndo junto com os outros para fora do castelo, hoje seria nossa primeira aula de voo.

***

–HARRY POTTER. –A voz de Mcgonagall soou forte.

Eu gelei.

–Agora vocês estão fritos. – Malfoy falou baixinho ao meu lado.

Eu e Draco estávamos nas vassouras a dez metros do chão onde uma professora de transfiguração irritada batia os pé. E Harry estava ao seu lado.

Ficou confuso? Vou voltar um pouquinho.

A professora de voo era uma mulher de cabelos brancos e olhos amarelos parecidos com o de um falcão.

–O que estão esperando? Se coloquem ao lado de suas vassouras e digam: Suba! –ela gritou.

Todos pularam e num coro falamos ao mesmo tempo. Suba!

Somente algumas vassouras subiram, a minha, a do Harry e alguns garotos que viviam se gabando de já ter voado antes. Estranhamente a de Hermione só se mexeu um pouco. A de Nate deu uma mexidinha e subiu na segunda vez que ele falou.

A professora explicou a todos como subir na vassoura e ficar na posição correta e tudo mais... foi aí que a aula desandou.

Todos demos um impulso com o pé e a vassoura subiu um pouco, pelo menos a minha, porque a do Neville começou a subir sem parar.

–O que você está fazendo garoto, desça! –Madame Hooch falou reclamando.

–Isso não vai dar certo. –sussurrei para Harry que estava ao meu lado.

Ele acenou com a cabeça sem tirar os olhos do garoto. Neville subiu, subiu, subiu e PAFT! Caiu de lá de cima, uma bela queda.

–Isso vai deixar marcas. –Falei fazendo caretas.

Hermione assustada desceu da vassoura e jogou o objeto para longe.

–Ninguém sai daqui, vou levar esse garoto para a ala hospitalar. Se eu ver alguém voando numa vassoura vocês estarão num trem de volta para casa antes que possam dizer QUADRIBOL! –Ela gritou e eu dei um pulinho assustado.

Fiquei olhando a professora levar o garoto para dentro do castelo.

–Pobre Neville... –Murmurei.

–É por isso que eu não gosto de voar. –Hermione falou ao meu lado.

Coloquei a mão no coração.

–Não chega assim de repente Hermione.

–Desculpa. –Ela falou dando de ombros.

Ouvi a voz de Harry brigando com o Malfoy.

–Ah não, mas de novo? –Nate Resmungou.

Draco segurava uma bolinha que a avó do Neville deu de presente a ele.

–Acho que vou deixar em um lugar onde o Longbottom vá buscar. Que tal no alto de uma árvore? –Ele riu desdenhoso.

Subiu-me uma raiva, eu vi tudo vermelho e fui para cima dele, mas o loiro já tinha subido na vassoura e voado, ele era bom.

–Isso não vai prestar. –Nate falou para Hermione.

–Devolva Malfoy. –Eu e Harry gritamos ao mesmo tempo.

–Venham buscar. –Ele gritou.

Harry já estava subindo na vassoura. E indo atrás do Malfoy, subi na vassoura para ajudá-lo.

–Não! Vão acabar entrando em encrenca e perdendo pontos para a Grifinória. –Hermione segurou meu braço. –Isso é muito egoísta!

Mas eu estava tão irritada que não conseguia pensar em Grifinória, nem pontos e muito menos Hogwarts, eu só queria quebrar a cara do Malfoy e deixá-lo tão humilhado que ele nunca mais iria se meter com meus amigos.

Puxei meu braço e dei impulso na vassoura, até que não era tão difícil, abaixei o corpo para perto do cabo e fui para frente, peguei parte do diálogo entre Malfoy e Harry que estavam bem longe do chão.

–Aqui em cima não tens Crabbe e Goyle para te ajudar. -Harry disse e Malfoy pareceu nervoso.

Antes que qualquer um dos dois falasse algo eu fui até o Malfoy e tomei a bolinha dele num movimento que acho que nunca vou conseguir repetir, parei a vassoura ao lado dele.

–Wow, isso foi incrível. –Harry disse ao ver o que eu fiz.

–Me devolva isso sua sangue-ruim!- Ele avançou até mim e joguei a bolinha.

–Pega Harry! –Gritei.

Joguei para longe antes que o loiro me pegasse. Harry deu um mergulho com a vassoura que eu e Malfoy achamos tão impressionante que até paramos de brigar, pouco antes de cair no chão ele dá um rasante a para no chão calmamente com a bolinha na mão.

–HARRY POTTER!- A professora Mcgonagall gritou.

–Agora vocês estão fritos. –Malfoy falou do meu lado.

–Cala a boca idiota. -Respondi irritada.

As pessoas lá em baixo tentavam explicar, mas ela não queria ouvir. Consegui pegar pedaços da conversa.

–... Vocês poderiam ter quebrado o pescoço!

Ela olhou diretamente para mim e Malfoy.

–Vocês dois, desçam daí agora! –Ela gritou.

Empurrei o Malfoy de lado que se desequilibrou, mas conseguiu continuar na vassoura.

–Sangue-ruim. –Ele falou.

–Babaca. –Respondi.

Desci num mergulho, menos elaborado e nada parecido com o do Harry, mas foi um belo movimento para quem nunca tinha voado em uma vassoura antes. Virei o corpo de lado desacelerando a vassoura e parando em frente a professora. Usei o instinto. Mcgonagall gritava com Harry, cheguei a tempo de ouvir a última parte.

–Potter, Anderson, venham comigo.

Ela entrou no castelo, Harry e eu em seu encalço. Droga, droga, droga, mil vezes droga. Fazia tão pouco tempo que eu estava aqui, não queria ser expulsa! Olhei para Harry que estava branco, ele abriu a boca para tentar falar algo mas eu segurei sua mão e balancei a cabeça em negativo, era melhor que permanecêssemos calados ou poderia ser pior.

O garoto parecia desolado. Eu me senti mal, não devia ter deixado-o subir na vassoura e ir atrás do Malfoy.

–Fique tranquilo, posso ser expulsa do colégio, mas não antes de salvar a sua vaga, ok? Confia em mim?

Ele balançou a cabeça sem conseguir falar nada e sorriu da melhor forma que pôde.

Mcgonagall parou em uma sala e chamou um dos alunos, um garoto alto e um pouco forte, os três seguimos ela até uma sala vazia.

Olhamo-nos sem entender o motivo de estarmos ali.

–Potter, Anderson, este é Olivio Wood. Wood eu encontrei um apanhador para você!

–Está falando sério, Professora? –Wood falou feliz.

Então eles começaram a falar sobre como o Harry tinha um dom natural e tudo mais, no fim de tudo o Harry era o novo apanhador do time da Grifinória. Mcgonagall virou para mim.

–Olívio, esta é a senhorita Anderson, sei que seu time está completo, mas no ano que vem quero que faça um teste com ela, assim como o senhor Potter ela tem um dom e pelo que eu vi hoje esses dois prometem. –Ela disse colocando as mãos nos meus ombros.

–OK Professora Mcgonagall.

–Anderson quero vê-la nos testes do ano que vem e Potter treine pesado, ou mudarei de ideia quanto ao castigo dos dois.

–Serei a primeira da fila dos testes no ano que vem professora. –Falei rápido e bati continência, Oliver e Harry riram.

***

Era hora do jantar, Harry tinha descido para contar ao Rony sobre a história de ser apanhador e eu fui até o salão comunal da Grifinória tranquilizar o Nate, o lugar estava quase vazio.

–Ah, você está ai! O que aconteceu? Você não foi expulsa, foi? –Ele perguntou me dando um abraço e segurando meus ombros. –Fala alguma coisa! –Ele me chacoalhou.

Fiz o que qualquer criatura assustada faria em um momento desses, levantei minha mão e lhe dei uma bela tapa na cara.

–Controle-se homem! –Falei.

–OK, eu mereci isso, surtei um pouco.

–Sente-se que eu explico tudo o que houve.

Depois de contar toda a história Nate pareceu mais tranquilo.

–Vamos para o salão principal, estou morta de fome. –Falei.

Quando entramos o lugar já estava cheio, Nate me cutucou e apontou para o lugar onde Harry e Rony estavam conversando com Malfoy, Crabbe e Goyle.

–O que será que ele está falando dessa vez? –Suspirei.

–Provavelmente se gabando que saiu ileso da história do lembrador.

Fui mais rápido até eles mas Draco já havia ido embora.

–O que ele queria? –Perguntei a Harry e Rony.

–Nada. –Os dois responderam ao mesmo tempo.

–Hum... Estão com cara de que fizeram coisa errada. –Nate sorriu ao sentar do meu lado.

–Concordo com você. –Cerrei os olhos, desconfiada.

–Não faremos nada de errado, fique tranquila. –Harry disse sorrindo forçadamente.

Hermione abriu a boca para me dizer algo, provavelmente dizer o que os garotos fizeram, mas Rony deu um pisão no pé dela por debaixo da mesa.

Mais tarde no salão comunal Hermione sentou ao meu lado e fingiu ler um livro. Nate estava perto de mim com a mão na cabeça, a lua cheia seria amanhã e ele estava se preparando psicologicamente.

–Harry vai duelar com Draco a meia-noite de hoje. –Hermione falou baixo, por um instante achei que não fosse comigo. Quando o significado do que ela disse entrou no meu cérebro eu surtei.

–O quê? –Falei tão irritada que minha voz saiu sufocada. –Harry! –Gritei.

Harry e Rony que jogavam Snap explosivo deram um pulo e olharam em minha direção. Devo ter feito uma cara muito feia por que eles ficaram com medo, fui até eles, deixei Nate resmungando o quanto eu só sabia gritar, ignorei. Ele andava meio explosivo.

–Por que não me contaram que vão duelar contra o Draco? –Perguntei irritada.

–Quem te falou isso? –Rony perguntou irritado olhando feio para Hermione que o ignorava totalmente.

–Não tem importância, o que estou querendo dizer é... POR QUE DIABOS NÃO ME CHAMARAM? Eu to louca para ver o Malfoy se dando mal e vocês me deixam fora dessa?

Harry e Rony me olharam boquiabertos.

–O que? –perguntei. –Vocês acharam que eu iria falar um monte e reclamar sobre pontos e encrencas?

–Francamente? Sim! –Harry falou.

–O que é isso? Essa é a Hermione. –Falei me fingindo de ultrajada.

Rony riu e Harry pareceu um pouco arrependido.

–Desculpe Lyra. –Harry falou, eu sorri.

–Lembra do que eu disse hoje a tarde? Confia em mim? –Perguntei.

–Confio. –Ele sorriu.

Os dois começaram a me contar sobre o duelo.

***

Era meia noite estávamos fugindo do Filch, Hermione, Harry, Rony, Neville e eu.

–Ah, Pirraça desgraçado! –Resmunguei correndo.

Quando deu a hora Rony, Harry e eu saímos do salão comunal para esperar Draco no corredor dos troféus, decidi não deixar o Nate vir, pois do jeito que ele estava era capaz de matar alguém se olhassem torto para ele. Hermione não queria que viéssemos e acabou vindo junto, Neville encontramos no corredor, pois tinha esquecido a senha, no fim viemos todos.

Mas o idiota do Malfoy armou pra nós, não apareceu e ainda dedurou a gente para o Filch. Loiro desgraçado. Já não bastava isso, pirraça ainda grita para todo o castelo que tem alunos fora da cama. A situação era tão inusitada que eu comecei a rir.

–Você é maluca. –Harry falou rindo junto comigo.

Corremos até o fim do corredor, mas só havia uma porta fechada.

–Filch está vindo, alguém faz alguma coisa, eu e Harry não podemos entrar em encrenca mais! –Falei um pouco desesperada.

–Eu avisei, avisei. –Hermione murmurava irritada.

Ela foi até a porta trancada e apontou a varinha para a fechadura.

–Alohomora!– Falou.

A porta fez um click e abriu de repente, empurrei todos para dentro rapidamente e Harry fechou.

–Ufa! –suspirei aliviada e me escorei na parede descendo lentamente e dei um risinho.

–Parece que ele acha que a porta está trancada, estamos salvos. –Harry falou. Olhei para ele e sorri.

–Harry. –Neville chamou baixinho, mas Harry queria escutar se Filch havia ido embora e não deu atenção.

Neville cutucava Harry insistentemente, o garoto olhava para dentro da sala, segui seu olhar. Perdi a fala.

–Quieto Neville. –Harry falou.

Havia um cachorro gigante com três... TRÊS CABEÇAS! Agora eu entendi por que o corredor do terceiro andar estava fechado, um cérbero estava ali, esse bicho realmente é perigoso.

Rony viu o cão e começou a gaguejar.

–Oh droga! –Falei.

Fui até a porta e tateei atrás da fechadura tremendo, Hermione choramingava. Harry empurrou minhas mãos e abriu a porta, todos correram para fora tropeçando uns nos outros.

Filch não estava mais a vista, melhor, assim nós não teríamos que nos explicar.

Voltamos para o salão Comunal com o coração na boca, caímos todos no chão, pelos sofás e pelas paredes, assustados a quase morte.

–Qual é a deles mantendo aquela coisa trancada na escola? –Rony resmungou assustado e irritado.

–Vocês não usam os olhos não é? –Hermione falou.

–Como assim Mione? –Levantei a cabeça interessada na conversa. Ela ficou vermelha com o apelido que dei a ela, mas não disse nada.

–Não viram onde ele estava sentado? –Ela perguntou.

–Estava mais preocupado era com as três cabeças. –Harry resmungou. Ignorei-o.

–Onde ele estava? –Perguntei curiosa.

–Em cima de um alçapão. Estava guardando alguma coisa.

Encostei a cabeça no chão e fiquei olhando o teto... O cão guardava algo. Era um mistério que eu realmente gostaria de desvendar, esse castelo é cheio deles.

–Bem, espero que estejam felizes, podíamos ter morrido, ou pior, termos sido expulsos! –Hermione falou subindo para o dormitório.

–Ela acha morrer melhor do que ser expulsa? –Falei olhando para ela estupefata.

–Até parece que nós a obrigamos a ir! –Rony falou fazendo a mesma cara que eu.

Levantei e dei boa noite para o pessoal, cansada demais para pensar em algo.