Eu Não Mudaria Nada Em Você - Segunda Temporada escrita por Amanda Suellen


Capítulo 7
O Sequestro


Notas iniciais do capítulo

Quero dedicar esse cap a todos os lindos & lindas que decidiram ler a Fic que eu indiquei, muito obrigada s2

Música escolhida pela Linda da Mel s2

Talvez o cap seja pesado pra alguns, enfim, boa leitura u.u



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Cali y El Dandee - Yo Te Esperaré

Travis narrando

Eu estava ficando cada vez com mais raiva, que raio de lugar ela se meteu? Pensei comigo mesmo, por que ela resolveu sumir assim? Será que ela achou mesmo que não iríamos nos preocupar?

Fernanda: Ela disse que estava bem, mas algo está errado, a voz dela estava tremula e ela ainda desligou na minha cara. – Nanda disse olhando para seu celular, sem acreditar.

Matheus: A Jú não sumiria assim! – afirmou andando de um lado para o outro.

Lucas: Já olharam em casa?

Travis: Ela não está em casa – trinquei os dentes – Já procurei por lá.

Na verdade, já procurei em todos os lugares possíveis dela estar, até mesmo na praia, mais nenhum sinal dela. Ela não está em lugar nenhum.

Caíque: Temos que chamar a policia.

Pietra: Eles não poderão fazer nada, só depois de 48 horas.

Fernanda: Não temos 48 horas. E se alguma coisa acontecer com ela?

Guilherme: Não fale isso, ela está bem. Tem que estar – ele me olhou, e eu sabia que ele estava dizendo isso para me acalmar.

Juliana narrando

Minha blusa havia sido jogada no chão por ele, e ele agora abria o zíper da minha calça jeans. Eu gritava e me debatia.

XxX: Não adianta resistir, Docinho – ele falou passando a mão no meu peito – Você logo será minha.

Juliana: Nem morta! – afirmei cuspindo na cara dele.

XxX: Sua vadia! – ele me deu um tapa na cara, então pegou um canivete.

Juliana: Me solta! Socorro! – gritei desesperada.

XxX: Isso grite! É ótimo te ouvir, pena que você logo não soltará nem mais um suspiro.

Meu mundo girou, meu coração parou, ele iria me matar? Antes ou depois de me estuprar? Minha cabeça estava a mil, não sabia no que pensar.

Juliana: O que vai fazer?

Ele riu e passou o canivete pela minha barriga, eu gritei. Sangue escorria quando ele respondeu:

XxX: Juntar-te a seu irmão. – então ele enfiou o canivete na minha barriga, não muito fundo, mais o suficiente para eu sentir uma dor insuportável e minha visão ficar turva.

Juliana: O que você sabe sobre o Josh? – perguntei enquanto tentava reprimir a dor.

XxX: Já sei que você o matou. Não se preocupe, vou fazer você sofrer muito antes de morrer, vou vingar seu irmão. – ele riu.

Juliana: Você é louco! – gritei, minha barriga sangrando.

XxX: Louco e quase um assassino como você. – ele enfiou novamente o canivete em mim.

Flashback on

Juliana: Josh! Josh! – gritava enquanto a correnteza me levava para o fundo. – Socorro!

Josh: Jú! Aguente firme! – ele gritou, nadando em minha direção.

Juliana: A correnteza está muito forte e acho que meu pé está preso em algo! – gritei desesperada, lagrimas se misturavam com a grande quantidade de água que me cercava, fui puxada para baixo.

Josh: Jú? Jú, cadê você? – o ouvi gritando. – Jú!

Tentei criar forças para super para a superfície novamente, mais estava muito cansada. Sinto então meu corpo sendo levantado.

Josh: Está tudo bem. Eu estou aqui. – ele falou quando já estávamos na superfície, a chuva caia fortemente.

Juliana: Josh eu não vou agüentar. – minha voz estava fraca.

Josh: Eu preciso que você seja forte. Continue nadando. Você consegue. - assim que ele disse, uma onda forte o lançou para longe de mim, fui arremessada também, a ultima coisa que me lembro é de ouvi-lo chamando meu nome, e então tudo era escuro, sombrio e gelado.

Flashback off

Seu celular tocou e eu voltei ao ali e o agora, ele bufou e atendeu o celular.

XxX: O que foi?... Sim eu já estou com a garota... Não, ninguém sabe... Ok, já estou indo. – ele falou e desligou. – você tem sorte docinho, tenho que sair agora. – ele me disse e então guardou o canivete ensangüentado.

Reuni todas as forças que ainda tinha e disse:

Juliana: Você não pode simplesmente me deixar aqui!

XxX: Não só posso, como vou. Mas não se preocupe, eu volto logo – ele riu e abriu minhas braçadeiras.

Juliana: O que está fazendo?

XxX: Quero você com as energias carregadas quando eu voltar, nossa noite vai ser longa – ele desamarrou meus pés enquanto sorria sombriamente, depois me colocou em uma cadeira velha de madeira.

Colocou as braçadeiras de volta, amarrou meus pés. Eu estava sem forças para lutar, ou até mesmo para tentar fugir. Minha barriga ainda sangrava, e eu estava zonza. Ele então pendurou seu casado, que até então eu não o tinha notado, e eu vi meu celular no bolso de cima dele.

XxX: Te vejo daqui a Pouco, docinho – ele beijou meu rosto e saiu.

Eu já sabia que se tentasse tirar as braçadeiras, elas me machucariam, e meus pés estavam amarrados (apesar de que não teriam muita utilidade), mesmo se eu tentasse pegar o canivete que ele colocou em cima da mesa, eu não conseguiria abrir essas braçadeiras, o celular seria a única saída. Tentei arrastar a cadeira para perto do casaco dele, sem que a cadeira caísse e eu me machucasse mais ainda, consegui chegar perto o suficiente mais minha mão não alcançava a altura do bolso. Estiquei bem meu pescoço a fim de pegar meu celular com os dentes.

Minha barriga latejava, eu estava muito fraca e precisava de água, mais mesmo assim continuei tentando pegar a droga do celular, quando finalmente consegui, mirei e soltei ele na palma da minha mão, quase deixando o cair no chão. Apertei rapidamente o botão para que o celular ligasse, e disquei o número da Nanda. No primeiro toque ela atendeu, coloquei no viva voz.

Fernanda: jú! Graças... – ela falou aliviada.

Travis: Onde você está? Está bem? – ele pegou o celular da mão ela e me perguntou aflito. – Me diga por favor, por favor, onde você está.

Lágrimas escorriam pelo meu rosto, e eu tentava desesperadamente tentar me lembrar de onde eu estava, mais tudo era desconhecido.

Juliana: E-ele me pegou, Travis – gaguejei – Ele vai me matar! Me ajuda! Por favor! – choraminguei.

Travis: O quê? – ele perguntou assustado – Quem te pegou? Onde você está?

Juliana: Eu não sei. É um quarto... escuro, parece de uma casa abandonada. – dizia enquanto olhava em todos os cantos, a fim de achar alguma pista. Um barulho veio do corredor e eu sabia que ele havia voltado. – Travis ele voltou! – sussurrei em pânico.

Travis: Quem voltou? – ele perguntou desesperado.

A porta a minha frente se abriu e ele apareceu novamente, assim que me viu com o celular nas mãos arregalou os olhos.

XxX: Então você quer chamar a policia hein? – ele rugiu vindo em minha direção.

Juliana: Socorro! Alguém me ajuda! – gritei, o medo invadindo todo o meu corpo.

Ele me deu um tapa fazendo com que a cadeira tombasse e eu batesse a cabeça fortemente, depois pegou o celular do chão e tacou-o na parede, estilhaçando-o em pedaços.

XxX: Agora você vai aprender uma liçãozinha.

Travis narrando

A ligação caiu, tentei ligar novamente para o celular dela, mais só dava caixa postal. Ela estava em perigo e eu não sabia como ajudá-la.

Fernanda: Travis você está pálido, o que ela disse?

Travis: Ela foi... Seqüestrada – minha voz era um sussurro, não estava acreditando no que estava acontecendo. Se alguma coisa acontecer com ela eu não vou me perdoar nunca.

Matheus: O quê? – ele gritou atônico.

Senti uma dor forte no peito, como se tivessem rançando algo de mim... Alguém. Eu tenho que encontrar a Jujuba o mais rápido possível, antes que algo muito ruim aconteça. Mais por onde começar? Quem a seqüestraria? Um segundo depois a resposta apareceu, raiva inundando todo o meu corpo, comecei a tremer.

Travis: Eu vou matar eles! – rosnei indo em direção ao meu carro.

Pietra: Eles quem? – ela perguntou atordoado.

Todos me olhavam como se eu tivesse maluco, Nanda tinha os olhos cheios de lágrimas e Math estava perdido em culpa. Mais não havia culpa da parte dele, só da minha. Eu havia sido avisado e não dei bola. Agora a jujuba está correndo risco de vida.

Travis: Apolo e Gabriel.

Nanda arregalou os olhos, mas logo se firmou e disse:

Fernanda: Eu não acho que eles seriam capazes de tanto.

Travis: Até parece que você não os conhece – retruquei.

Caíque: Trav calma. Você não pode simplesmente acusá-los sem provas.

Travis: Sem provas? – gritei exasperado – Eles a ameaçaram pra mim.

Matheus: Se eles fizeram alguma coisa com a minha prima, eu acabo com eles – ele rugiu com ódio.

Rafael: Nanda, eu sei que temos um acordo com eles. Mais se eles realmente seqüestraram a Jú, temos que fazer algo!

Fernanda: Eu sei. – ela falou rendida – Mais o que faremos?

Guilherme: Vocês podem pensar em algo, enquanto isso eu e o Trav vamos atrás da Jú.– ele entrou do lado do passageiro e eu entrei do lado do motorista.

Pietra: O quê? Vocês nem sabem onde ela está.

Travis: Por isso os dois vão ter que dizer – dei partida.

Juliana narrando

Acordei com a cabeça latejando, estava deitada em um colchão, minhas roupas ensangüentadas e rasgadas, minhas pernas e braços doíam, tentei levantar um pouco a cabeça, mais a tontura fez com que eu voltasse a deitá-la novamente. Fechei os olhos com força, tentando lembrar o que havia acontecido – ele tinha me batido – sim, me batido com uma cinta grossa, meus braços e pernas estavam cheios de hematomas e por isso doíam tanto.

Já deve ter se passado horas desde que cheguei aqui, onde ele estaria agora? Perguntei pra mim mesma, tentei mais uma vez levantar, mesmo fraca pude perceber que estava desamarrada. Juntei todas as forças que tinha e me sentei, abri os olhos de vagar, me acostumando com a luz fraca, ele realmente não estava aqui e eu estava solta – não definitivamente solta – mas desamarrada, já era um começo. Agora teria que arrumar um jeito de sair daqui.

Levantei-me com dificuldade, e me arrastei até a porta – que por ironia estava trancada – de nada adiantaria se eu batesse nela e gritasse, eu tinha que descansar, mas estava com medo do que encontraria assim que abrisse os olhos novamente. Acho que minha mente estava meio grogue, pois num segundo vi a porta se abrindo e Gabe na minha frente. Ele me olhou espantado, depois me pegou no colo e sussurrou: Tudo vai ficar bem, princesa. No outro segundo, vi apenas a escuridão.

Travis narrando

Já eram 9 horas da noite, estávamos no hospital, esperando noticias do medico. Eu e o Gui fomos atrás do Apolo e do Gabriel, achamos apenas o Apolo que disse não saber de nada e apesar de tudo eu ainda não consegui acreditar, essa história está muito mal contada. A Jujuba estava sumida desde manhã e quando eu vou atrás deles, Gabriel desapareceu também, e quando reaparece está com a Jujuba toda machucada? Com toda certeza eles tem dedo nessa história.

“Eu vi na hora que o seqüestrador levou ela, então decidi segui-lo e tirá-la de lá, quando ele saísse.” - Foi o que o Gabriel disse quando apareceu com ela aqui no hospital.

“Ah claro e você decidiu também o deixar machucar ela?” – Retrucou a Nanda brava.

“Eu não sabia que ele estava machucando-a, e vocês queriam que eu fizesse o que? Eu não sabia se ele estava armado, não queria colocar a vida da Jú em risco” – Ele respondeu.

“Ela quase morreu!” – Gritei com raiva.

“Talvez se ela não andasse tanto com vocês, não viveria se machucando por ai” – Eric falou como se tivesse sido chamado na porra da conversa.

Logo a Pietra e o Gui chegaram, com roupas limpas para a Jujuba colocar quando tivesse alta. A policia já estava investigando, pois o filho da puta fugiu do local, antes que a policia chegasse.

Já estava ficando maluco, o medico não trazia noticias, Math andava de um lado para o outro como se isso fosse ajudar. Pietra só sabia chorar, Rafa e Caíque decidiram contar piadas para descontrair, o que de fato estava me irritando mais. Só não conseguia entender o motivo do Gabriel e o Apolo estarem aqui. Digo, o que eles estão esperando? A noticia de que ela morreu, ou então um prêmio Nobel pelo Gabriel tê-la trago para cá?

Apolo: Não sei o que você vê neles – ele falou para Nanda, se referindo a nós.

Fernanda: O que não vejo em vocês. – respondeu.

Apolo: Ah entendo, covardia e compaixão. Realmente entendo por que anda com eles – ele sorriu.

Fernanda: O que acha de ir embora? – sugeriu.

Gabriel: Vou ficar até saber noticias da Jú. – que fingido da porra, quem vê pensa mesmo que ele se preocupa com ela.

Cerrei os dentes, estava pronto para brigar quando o medico apareceu.

Medico: Sr. Torres?

Matheus: Sou eu doutor, então como ela está? – ele perguntou atônico.

O medico parecia infeliz por ter que dar a notícia, seja qual fosse, não era boa, isso eu tinha certeza.

Pietra: Então doutor? – pressionou.


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Notas finais do capítulo

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