Eu Não Mudaria Nada Em Você - Segunda Temporada escrita por Amanda Suellen


Capítulo 37
Desconhecida no Avião


Notas iniciais do capítulo

Desculpem-me a demora para postar. Enfim, ai está um cap pequeno apenas para vocês saborearem. Recompenso mais tarde. Beeijjos



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Vanessa Hudgens– Sneakernight

Nove Meses Depois

"O tempo passa. Mesmo quando isso parece impossível. Mesmo quando cada batida do ponteiro dói como o sangue pulsando sobre um hematoma. Passa de modo inconstante, com guinadas estranhas e calmarias arrasadas, mas passa. Até para mim”.

Matheus Narrando

Havia um tempo em que eu acreditava que nós mesmos éramos donos do nosso próprio destino. Que podíamos ser quem quisermos ser, fazer o que quisermos fazer e viver do jeito que quisermos viver. Mas então, a vida me mostrou que não é bem assim que as coisas funcionam. Não sabemos o que o destino reserva para nós. Não podemos mudar o que já está definido, apenas podemos torcer para que tudo que sonhamos dê certo no final.

Matheus: 2013 até que foi bom, eu tive que estudar, tive decepções, tive que engolir muitas coisas, perdi o amor da minha vida, briguei com muitas pessoas, mas eu também sorri, cresci, entendi, ganhei. Passei os melhores momentos perto de quem eu amo, amei e amarei. 2013 foi o ano da mudança. O ano de todas as experiências e de todas as formas possíveis. – fiz uma pausa e respirei fundo, reunindo forças para continuar – 2013 te levou de mim, mas acima de tudo, me fez encontrar a razão pela qual eu tinha que continuar com a minha vida. Eu te amo, Fernanda. Com todo o meu coração. E estou te deixando ir. Estou te liberando. Porque a vida me deu a oportunidade de te conhecer, de te amar e eu agradeço a Deus por isso. Mas agora, você está em um lugar melhor. Seguirei em frente sendo uma pessoa melhor, amando e vivendo cada minuto como se fosse o último.

Uma lágrima solitária desceu pelo meu rosto e eu a limpei, abrindo um pequeno sorriso. Coloquei o buquê de rosas brancas, que Nanda tanto amava, em cima de seu tumulo e olhei a sua pequena fotografia pendurada.

Matheus: Eu acho que estou feliz. Não é uma felicidade daquelas que parece que vamos flutuar como um balão de gás. Mas uma alegria sólida, como se eu olhasse para a estrada e visse que o pior ficou pra trás.

Esse é o meu último dia aqui no Rio de Janeiro. Estarei embarcando hoje para Nova York. Apesar de todos nós termos sidos aceitos na faculdade que queríamos, decidimos que ainda não estamos prontos para fazer algumas visitas uns aos outros nas férias, precisávamos manter a família unida. Todos então concordaram que iríamos para a Columbia e as meninas em um colégio perto. Tudo estava seguindo bem.

Matheus: Eu sinto saudade dos velhos tempos, e dos tantos planos que fizemos juntos.

A leve brisa da manhã era suave, puxei meu casaco mais apertado e levantei a cabeça em direção à entrada do cemitério. O carro do Travis estava estacionado, com os dois apoiados no carro, a Jú me acenou. Era hora de ir. Abaixei meu olhar mais uma vez para a foto da Nanda e senti um breve tremor, sorri e disse as minhas últimas palavras para ela.

Matheus: Adeus.

Segui para o carro de Travis, com a cabeça erguida e respirando fundo, era hora de deixar tudo realmente ir. Eu não mais choraria as noites e não mais acordaria desesperado achando que ela estaria ao meu lado. Ela se foi e eu ainda estava aqui, precisava viver. Se não por mim, por ela.

Juliana: Então? – ela perguntou suavemente, enquanto eu envolvia meus braços ao seu redor e ela colocava a cabeça em meu ombro.

Matheus: Não estou ótimo, mas também não estou péssimo. Acho que, independente de tudo, ela é e sempre será o amor da minha vida e eu nunca a esquecerei por completo.

Juliana: Estou feliz que você tomou a decisão de vir se despedir.

Matheus: Ela merecia isso.

Juliana: É difícil saber quando ir embora, o exato momento em que é preciso deixar tudo de lado e seguir em frente. Reconhecer que está na hora de partir e simplesmente ir... Desapegar, sabe? Mas você fez isso sem enlouquecer ou se quebrar mais. Tenho orgulho de você.

Sorri para suas palavras e a apertei ao meu lado.

Travis: Se Nanda estivesse aqui, ela também estaria orgulhosa. Consigo imaginá-la dando um grande sorriso e tentando não chorar de tanto orgulho.

Matheus: Aquele sorriso seria capaz de pôr fim a guerras e curar o câncer.

Juliana: Mel me disse uma vez que “Anjos não morrem, apenas voltam para casa”. Nanda está bem. Está feliz.

Matheus: Eu sei – disse respirando fundo – E é por isso que eu estou feliz.

Espaços vazios me enchem de buracos

Faces distantes sem nenhum lugar para ir

Sem você dentro de mim, não posso encontrar descanso.

Para onde vou não é da conta de ninguém

Eu tentei continuar como se nunca tivesse te conhecido

Eu estou acordado, mas meu mundo está adormecido.

Eu rezo para este coração se curar

Mas, sem você, tudo o que serei é incompleto.

Vozes me dizem que eu deveria seguir em frente

Mas eu estou nadando em um oceano completamente sozinho

Amor, meu amor.

Está escrito em seu rosto

Você ainda se pergunta se cometemos um grande erro

Eu tentei continuar como se nunca tivesse te conhecido

Eu estou acordado, mas meu mundo está adormecido.

Eu rezo para este coração se curar

Mas, sem você, tudo o que serei é incompleto.

Não quero arrastar isso, mas parece que eu não consigo te deixar ir

Eu não quero fazer você encarar este mundo sozinho

Eu quero deixar você partir sozinho

Eu tentei continuar como se nunca tivesse te conhecido

Eu estou acordado, mas meu mundo está adormecido.

Eu rezo para este coração se curar

Mas, sem você, tudo o que serei é incompleto.

Incompleto


Acordei com o solavanco do avião pousando. Respirei fundo e olhei para a bela cidade diante de minha janela.

Lara: Isto é inacreditável! – coloquei a mão na testa, já vendo um terremoto prestes a acontecer. Lara estava de pé frente a uma garota totalmente perdida e sua roupa estava toda suja de suco. – Você é cega? – gritou ela para a garota.

XxX: Eu... Sin-to muito – gaguejou a pequena estranha.

Lara: Ah, claro! “Você sente muito”. Como se isso fosse me dar uma blusa nova. Eu amava essa blusa!

XxX: Olha, eu pedi desculpas, ok? Não precisa ser uma cadela insuportável só por causa de uma blusa. Eu posso te comprar outra se quiser. – soltou a garota, vi o rosto de Lara ficar completamente vermelha. Ela estava puta.

Não sei por que, mas me preocupei de Lara bater nessa pobre garota. Levantei-me e me pus ao lado da garota.

Matheus: Ei, Lara, relaxa.

Lara: Você está do lado dela agora? – apontou ela, inconformada.

Caíque: Amor, para com isso.

Lara: Era só o que me faltava! Vocês todos estão do lado dela!

XxX: Ah, vamos lá! Não é grande coisa, quer dizer, eu manchei sua blusa. E daí? Apenas compre outra, ou então, guarde-a de lembrança. Não importa. Você pode não estar cansada desse longo voo, mas eu estou. Não tenho tempo e nem sequer disposição pra lidar com uma cadela mimada como você. – cuspiu a garota ao meu lado. Uau, ela tinha atitude.

Lara: Ugh! – grunhiu – Cadela mimada? Olha só querida, não sei de onde você veio, mas onde eu morava isso é um insulto, sabe?

XxX: Para falar a verdade, eu nasci aqui. Vamos dizer assim: Você está invadindo, e eu estou apenas te mostrando como as coisas funcionam aqui. Ou você é legal ou você é uma cadela mimada. Decida qual dos dois papeis quer interpretar antes de começar o colégio, pois as meninas de lá são muito piores que eu. – retrucou a garota, pegando sua mala e se dirigindo para a porta do avião – A propósito – ela parou e se virou, tirou uma nota de cem dólares e jogou no chão – Você deveria comprar algo que combine com sua nova blusa, você realmente irá gostar das coisas daqui. – piscou e continuou sem caminho para fora do avião.

Meu coração estava calmo, mas eu estava tonto. Quem era essa garota? E porque eu tenho esse grande sorriso bobo no rosto?

Rafael: Uau. – murmurou perplexo.

Todos estavam sem palavras, principalmente a Lara.

Pietra: O que, afinal de contas, aconteceu aqui? – perguntou de olhos arregalados. Travis e Gui estavam dando sorrisos satisfeitos.

Travis e Guilherme: Bem vindos à Nova York. – foi o que disseram, balancei minha cabeça ainda sorrindo e me abaixei para pegar a nota. Estendi em direção a Lara e ela deu um sorriso malicioso.

Lara: Acho que eventualmente eu vou gostar de morar aqui.

Juliana Narrando

Juliana: E então? – perguntei enquanto sentava ao lado do Math no sofá da nossa nova casa. Resolvemos comprar uma casa em vez de um apartamento, já que os meninos morariam conosco.

Matheus: O quê? – questionou sem tirar os olhos da televisão.

Juliana: Ah, qual foi? Eu vi o jeito que você olhou praquela Nova Iorquina!

Matheus: Você está louca. – retrucou e eu revirei os olhos.

Juliana: Louca né? Bem, que pena!

Matheus: Que pena o quê?

Juliana: Se não me engano, é ela que mora a duas casas daqui... – parei como se estivesse pensando e ele me olhou – É! Com certeza é ela!

Math arregalou os olhos e foi para a janela. Ao aguentei e comecei a rir enquanto ele olhava freneticamente para as casas em volta.

Matheus: Por que está rindo?

Juliana: Nada. – fingi inocência e me levantei. – Só espero que você não demore muito para chamá-la para sair. – acrescentei enquanto ia para a porta – Ah! Mais uma coisa, estava brincando, provavelmente você nunca mais a verá na vida, já que ela de fato não é nossa vizinha. – fiz bico e ele cerrou os olhos – Ops!

Corri para fora em direção ao pessoal enquanto ria loucamente da expressão do Math. Ele precisa relaxar!

Lucas: Jú? Que cara é essa de quem está prestes a aprontar? – perguntou desconfiado e eu pisquei meus cílios para ele.

Juliana: Apenas tendo umas ideias aqui e ali.

Lucas: Sei.

Pietra: Ei, Jú?! Eu e as meninas vamos ao shopping comprar uma blusa nova pra Lara e algo pra usar hoje à noite no jantar na casa dos Malik. Quer vir?

Juliana: Parece bom. – concordei dando um beijo no rosto do Trav e correndo para o carro com as meninas.


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Notas finais do capítulo

Sem revisão!