Eu Não Mudaria Nada Em Você - Segunda Temporada escrita por Amanda Suellen


Capítulo 36
Eu Te Amo Com Todo o Meu Coração


Notas iniciais do capítulo

Capítulo dedicado especialmente a Jess Eurimides, que recomendou a Fic.
Obrigada, boneca s2



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Charlene Soraia - Wherever You Will Go

Três dias depois...

Fernanda Narrando

Baile de formatura, 13h42min.

Suspirei alto e decidi que o melhor a se fazer era deixar o cabelo solto mesmo. Essa desgraça simplesmente não queria ficar presa. Então, foda-se. Iríamos para o salão de beleza de qualquer jeito. Corri para colocar tudo que precisava dentro da bolsa. Estou 42 minutos e 32 segundos atrasada. Pietra vai me matar.

Já estava pronta para ir, quando Apolo entrou na minha frente.

Apolo: Vai sair, irmãzinha? – ele cuspiu a palavra “irmãzinha” como se fosse algo sujo. Revirei os olhos interiormente e sorri.

Fernanda: Isso definitivamente não é da sua conta. – Me dirigi para a porta, quando ele me agarrou firme pelo pulso e me empurrou para a parede. Fazendo com que eu batesse a cabeça brevemente.

Apolo: Eu lhe fiz uma pergunta, porra! – rugiu e eu estremeci.

Tentando esconder meu pânico, tentei me soltar, mas ele apenas segurou mais forte.

Fernanda: Me solta. Agora.

Apolo: Por que se não o quê? – desafiou.

Fernanda: Apolo – avisei e ele riu. Soltou-me e deu alguns passos para trás. Tirou algo do bolso e meu coração parou. Meu teste de gravidez.

Juliana Narrando

Pietra estava surtando. Havíamos marcado de nos encontrar na casa dos meninos. E, até agora, nada da Nanda aparecer.

Pietra: Puta que pariu! – soltou exasperada – A Fernanda sabe o quanto esse dia é importante e mesmo assim ela não liga?!

Lara: Ei. Esse dia é muito mais importante pra ela do que pra você. Afinal, o baile é para os formandos, não é?

Pietra: Foda-se. Isso só prova que ela já deveria ter chegado.

Victória: Olha só, que tal vocês duas se acalmarem, sim?

Pietra e Lara: Não! – rosnaram juntas.

Juliana: Hum... Porque não fazemos assim: Eu vou passar uma mensagem pra Nanda, mais uma vez, e falarei que estávamos indo direto para o salão. Ela nos encontrará lá e tudo se resolverá!

Anna: Ótima ideia! – falou rapidamente e depois sussurrou para mim – Antes que essas duas se matem. Engoli uma risadinha e segui as meninas para o carro.

...

Já eram quase nove horas da noite, logo o baile começaria e nada da Nanda dar noticias. Passamos à tarde no salão e ligando pra ela. Math disse que ela pode estar fazendo algo na escola. Então, decidimos passar lá.

Katherine: Perguntei aqueles nerds ali – apontou para um grupo de garotos – E eles disseram que a Nanda não está aqui.

Lola: Também falei com o pessoal do som, nada da Nanda lá.

Juliana: Onde ela poderia estar? – murmurei preocupada.

Pietra: Ei! O celular dela está chamando! – gritou enquanto vinha correndo em nossa direção. Alivio escorreu pelo meu corpo. – Foi pra caixa postal. – ela disse por fim, fazendo uma cara confusa.

Anna: Disca novamente.

Fernanda Narrando

Meu celular tocou mais uma vez e eu vi o Apolo segurar o volante com mais força e acelerar o carro.

Apolo: Atende logo essa porcaria antes que eu perca a paciência! – rosnou e eu com as mãos tremulas levantei o celular para atender – Mas, lembre-se, você está bem. – ameaçou.

Fernanda: Alô? – respondi com um sussurro.

Pietra: Nanda? – perguntou preocupada.

Interiormente me chutei. Limpei a garganta e falei mais claramente:

Fernanda: Sim?

Pietra: Onde você está? Passamos a tarde toda te ligando! Estávamos preocupadas! O que houve?

Apolo me deu um duro olhar e eu respirei fundo.

Fernanda: Eu estou bem. Apenas... Vim ver meus avôs. Volto antes do baile.

Pietra: O quê? Como assim? Você não está na cidade?

Fernanda: Preciso ir. Vejo-te no baile – desliguei antes que ela dissesse algo. Apolo estava andando em alta velocidade. – Para onde vamos?

Apolo: Para um lugar só nosso, irmãzinha. – ele riu sombriamente e eu encolhi. Eu sabia que ele estava planejando algo ruim.

Alguns minutos depois ele estacionou no topo de um penhasco. O olhei com os olhos arregalados e tentei formular uma pergunta sem gaguejar:

Fernanda: O que estamos fazendo aqui?

Apolo: No momento? Conversando.

Fernanda: Apolo, eu quero ir embora.

Apolo: Ir embora? – repetiu com os olhos cheios de raiva. Soltou uma risada amarga – Ah, claro, você quer ir embora. E sabe o que eu queria? Que você não fosse uma vagabunda e dormisse com o inimigo! – gritou e eu senti lágrimas escorrendo pelo meu rosto.

Eu estava paralisada em meu lugar. Ele respirava irregularmente. Eu precisava acalmá-lo antes que fizesse alguma merda.

Fernanda: Apolo...

Apolo: Como você pôde fazer isso comigo? – gritou me interrompendo – Como você pôde! – bateu as mãos no volante e eu dei um pulo no meu lugar. – De tudo que você fez, eu nunca, nunca, pensei que você ficaria grávida daquele filho da puta! Sabe? Era para sermos apenas nós dois. Como sempre foi. Eu cuidando de você e você de mim. Mas então, você me deixou. Deixou-me por aquele pedaço de merda!

Fernanda: Você cuidando de mim? – gritei de volta. A raiva ocupando o lugar do medo. – Você nunca cuidou de mim! Você apenas me usava, para sua própria satisfação.

Apolo: Não seja ingrata! Eu sempre cuidei de você, sempre fiquei ao seu lado enquanto nossos pais estavam sempre viajando e nos deixando sozinhos. Eu nunca te deixei sozinha!

Fernanda: Ah, claro. Porque me levar para fumar maconha junto com seus amiguinhos drogados, era muito melhor do que ficar em casa! – retruquei.

Apolo: Cala a boca! – ele me deu um forte tapa e eu rapidamente coloquei a mão no rosto. Cara doeu. Ele fez uma pausa, olhando-me como se eu fosse uma espécie rara. Os olhos arregalados se encheram de lágrimas – Eu... Desculpe-me. – sussurrou baixo.

Fernanda: Desculpar pelo quê? Por ser quem é? Oh, me desculpe, por isso não tem como!

Apolo: Tudo isso é culpa sua!

Fernanda: Culpa minha? – estava indignada. Ele é louco.

Apolo: Sim! Se você não tivesse se envolvido com aquele idiota, nada disso teria acontecido. Eu não precisaria acabar com nada.

Minha respiração ficou presa. Pisquei algumas vezes, minha cabeça girando. Tentei deixar o que ele falou se penetrar em minha mente.

Fernanda: Acabar com...? –não consegui terminar de falar. Ele ligou o carro e deu ré. Rapidamente voltando para a estrada. - Apolo! Para! – pedi enquanto ele se desviava dos carros e apertava mais o acelerador.

Apolo: Tudo isso tem que acabar.

Juliana Narrando

Pietra nos disse que a Nanda foi para a casa de seus avôs e que estava voltando. Avisamos o Math que ela nos encontraria no baile, já que, provavelmente, chegaria um pouco atrasada.

Corremos para nos vestir. Não demorei muito para ficar pronta, afinal de contas, já havia feito o cabelo, a maquiagem e tudo mais.

Terminei de ajustar meu vestido (http://data3.whicdn.com/images/66993699/large.jpg) e peguei minha bolsinha de mão. A campainha tocou e Gail foi atender. Desci as escadas, sabendo que era Travis. Sorri assim que o vi.

Travis: Você está linda, Jujuba. – senti meu rosto corar e sorri.

Juliana: Você também não está nada mal.

Travis: Senti tanto sua falta hoje. – seus braços envolveram com tanta rapidez a minha cintura que cheguei a sair do chão. Apoiei meus cotovelos sobre os seus ombros e entrelacei meus dedos em seus cabelos.

Ele apertava a minha cintura conforme aprofundávamos ainda mais o beijo. Desci uma mão até a sua nuca, dei uma leve massageada no local, fazendo com que ele soltasse um pequeno riso entre o beijo. Dei outro beijo em sua bochecha e senti descer seus lábios até o meu pescoço. Alguém pigarreou e eu abri meus olhos sorrindo e vi o Math parado com os braços cruzados a uma pequena distancia de nós.

Matheus: Nada contra o amor de vocês dois, mas sabe... Essa é uma casa de família e a Jú tem seu próprio quarto pra esses tipos de coisas mesmo. Então... – ele balançou as sobrancelhas malicioso.

Juliana: Math! – disse ficando escarlate. Os dois riram.

Travis: Indo buscar sua noiva? – brincou. Havia um mês desde que o Math pediu a Nanda em casamento. Claro que ela aceitou, mas disse que seria depois da faculdade e tudo mais. O Math aceitou. Contando que eles ficassem noivos. O que pra ele era um passo a mais.

Matheus: Ela vai me encontrar lá, na verdade. – sorriu orgulhoso. Ainda não conseguia esconder a felicidade de tê-la como noiva.

Juliana: bem, acho que devemos ir. O pessoal já deve estar lá.

Os dois concordaram e nos dirigimos para os carros. Assim que estacionamos, descemos do carro e fomos em direção ao salão.

Travis: Espera. – ele disse parando de andar e soltou minha mão – Tinha me esquecido.

Ele voltou para o carro correndo e voltou minutos depois com alguma coisa. Se aproximando de mim eu perguntei:

Juliana: Esqueceu o celular?

Travis: Temos uma tradição que quando um garoto convida uma menina para ir ao baile de formatura... – disse abrindo uma caixinha de plástico rígido azul – Ele deve entregar para ela um corsage.

Juliana: Corsage? – perguntei confusa e olhando para suas mãos.

Travis: É tipo um minibuquê preso como uma pulseira – pegando a minha mão ele encaixou o corsage simples de rosas vermelhas, mas realmente muito delicado e encantador, no meu pulso – Esse corsage significa que você é uma convidada especial e também que está acompanhada.

Dei um sorriso tímido e admirei o tal corsage preso em meu pulso esquerdo.

Juliana: É lindo – disse olhando em seus olhos – Mas eu não comprei nada para você.

Travis: Apenas as meninas usam – ele disse rindo baixinho de mim.

Juliana: Que machismo. – espremi meus olhos enquanto falava.

Travis: Está chamando um cortejo de um homem apaixonado machista? – ele perguntou arqueando a sobrancelha.

Juliana: Por que só a menina tem que mostrar que está com alguém e o menino não? – disse indignada.

Travis: Isso é romântico. – falou acariciando meu rosto e sorrindo de lado – Tem anos e anos de tradição, não vai contrariar.

Juliana: Ok. – disse rindo fraco e dei de ombros – Mas posso acrescentar.

Olhei ao redor e vi o arco da entrada cercado de rosas também vermelhas. Aproximei-me dele e roubei apenas uma das rosas. Voltei a ficar de frente para o Travis enquanto tirava os espinhos e encurtava o talo da mesma.

Travis: O que você está fazendo? – perguntou confuso conforme me olhava atentamente.

Juliana: Sinalizando que você também está acompanhado. – disse me aproximando mais dele e prendendo o botão de rosa ainda fechado do lado esquerdo do seu peito.

Travis: Sinalizando. – ele repediu rindo e se divertindo com a minha atitude – Eu não pretendo desgrudar de você, então nem precisava desse “sinal”.

Juliana: Mas assim fica mais claro para as meninas que não param de olhar para você. – disse vendo uma mesma passar por nós virando descaradamente o rosto para admirar ele – Viu.

Travis: Linda. – ele disse rindo e dando um beijo em minha têmpora – Agora podemos entrar? – completou estendendo o braço.

Juliana: Agora sim. – assenti entrelaçando nossos braços. Começou então a chover e corremos para dentro, rindo.

Fernanda Narrando

Apolo estava dirigindo tão rápido que comecei a ver as coisas em um borrão. Nesse momento, eu já estava chorando descontroladamente. Assim como a chuva caia descontroladamente do lado de fora. Eu apenas queria estar nos braços do Matheus. Sendo protegida e amada.

Fernanda: Apolo, por favor. Vai mais devagar! – implorei.

Apolo: Eu vou te levar em um clinica e eles vão arrancar essa criança de você. – disse entre dentes.

Todo o sangue drenou do meu rosto. Ele não faria isso. Ele não pode.

Fernanda: O quê? – solucei.

Apolo: Isso mesmo que você ouviu – ele me olhou – Essa criança vai morrer. Você é minha irmã! Você tem que ficar do meu lado!

Quando olhei para frente já era tarde demais. Apolo tinha ultrapassado um semáforo fechado e um caminhão prateado estava entrando no cruzamento. Instintivamente, ele pisou no freio, e a traseira do seu carro começou a derrapar no asfalto encharcado. O carro saiu do controle no último instante, as rodas conseguiram se firmar e adquirir tração, evitando um choque com o caminhão, mas o carro perdeu o traçado da curva e saiu da estrada, indo em direção aos pinheiros.

A lama estava ainda mais escorregadia e não havia nada que ele pudesse fazer. Ele virou o volante e nada aconteceu. Por um instante, o mundo parecia estar se movendo em câmera lenta. A última coisa que eu consegui pensar foi em meu bebê e no Math.

Nem tive tempo de gritar.

Matheus Narrando

Momentos depois

O meu mundo estava desabando em cima de mim. Rápido demais. Pesado demais. E eu só consegui pensar: como as coisas puderam dar tão erradas assim? Por que isso estava acontecendo?

Matheus: Amor, não me deixe. Por favor. – sussurrei, pegando suas mãos. Lágrimas estavam construindo em meus olhos novamente, mas eu balancei a cabeça. Precisava ser forte por ela.

Havia apenas 15 minutos que eu recebi uma ligação, Nanda tinha sofrido um acidente. E tudo que eu queria era que ela estivesse bem. Que ela não estivesse morrendo como está agora nos meus braços.

A dor de vê-la assim era tão profunda.

Fernanda: Eu... – ela tentou falar. Seu corpo havia sido arremessado do carro. E ela estava em um estado muito grave.

Matheus: Shh... A ambulância está a caminho. Tudo vai ficar bem. Eu prometo – disse tentando convencer a ela e a mim mesmo. Ela tinha que ficar bem. Ela fechou os olhos e eu comecei a ficar mais assustado. – Fernanda?

Fernanda: Eu... – ela começou novamente e alivio me inundou – Eu... Sempre... Amarei-te.

Lágrimas escorriam pelo seu rosto. Eu mordi meu lábio inferior, querendo segurar, mas foi impossível. Ao vê-la chorar me fez chorar. Vendo-a rachar e quebrar estava me fazendo quebrar.

Matheus: Não. Por favor, não me deixe. Por favor. – implorei.

Fernanda: Prometa-me que será feliz? – ela sussurrou baixo demais. E se eu não tivesse tão próximo a ela, não a teria escutado.

Matheus: Não. Não. Não. Não. Para com isso. Você vai ficar bem – a abracei mais forte, com cuidado para não machucá-la mais.

Fernanda: Prometa-me.

Matheus: Eu não posso. Não sem você.

Fernanda: Você pode. Você me ama, certo? Você pode ser feliz. Apenas me prometa... – ela tomou uma respiração irregular.

Engoli um soluço, deixando as lágrimas escorrendo livres.

Matheus: Eu prometo que farei o meu melhor para ser feliz.

Ela tentou um sorriso e meu coração se quebrou. Segurei seu rosto e beijei-a delicadamente, profundamente, apaixonadamente. Eu não sei quanto tempo a beijei, mas eu tentei tanto deixar ir. Era difícil deixar ir. Eu a queria nos meus braços pelo resto da minha vida. Eu queria que ela me beijasse assim a cada hora de cada dia, mas sabia que não podia. Eu tinha que deixa-la ir. Apenas doía tanto.

Matheus: Eu te amo tanto. – solucei enquanto minha testa caia sobre seu ombro. Apertei-a em meus braços, recusando-me a soltá-la.

Fernanda: Eu sinto muito. – sussurrou fechando os olhos.

Matheus: Por favor. Por favor, não me deixe. Você não entende o quanto eu preciso de você perto de mim. Eu preciso do seu sorriso, sua graça... Do seu amor. Preciso de tudo sobre você para ser feliz. Eu não vou ser feliz se você me deixar. Então, só... Fica comigo. Por favor.

Algo forte veio por trás de mim, quase como um bater de uma porta, mas eu não conseguia desviar o olhar dela. Vozes profundas gritaram o meu nome, mas nenhum de nós desviou nossos olhares. A sirene soando no fundo.

Fernanda: Eu te amo com todo o meu coração.

Eu estava prestes a abraçá-la novamente e eu teria feito se alguém não me puxasse pelos ombros para tirá-la de meus braços. Meus olhos estavam presos nela, que lutava para se manter consciente. Eu não tinha certeza de quem me pegou no inicio, mas pela mão que estava esfregando círculos nas minhas costas, eu estava certo de que era Travis.

Eu estava gritando o nome dela ferozmente, a implorando para não me deixar. Para ficar. Gritei repetidamente e eu não conseguia parar de chorar. O Guilherme ajudou o Travis a me segurar, o Rafael estava segurando meus braços, prendendo-os atrás das minhas costas para que eu não balançasse. E o Caíque estava dando o seu melhor para manter as meninas sãs.

Matheus: Fernanda! Você não pode me deixar assim! – gritei novamente. Já tinham colocado ela numa maca e estavam agora tentando reanimá-la. Eu vacilei quando eles a perderam.

Meus joelhos se dobraram em baixo de mim e eu fui para o chão. Quando chamei seu nome uma última vez, algo quebrou dentro de mim. Eu faria qualquer coisa para que ela não me deixasse. Nada mais fazia sentindo. Eu não sabia como controlar essa dor.

Eu estava sofrendo.

Quebrando.

Eu tinha a leve consciência que todos estavam ao meu lado. A Jú me abraçou fortemente, dizendo-me que tudo ia ficar bem. Porém, eu sabia que não ia. Eu estava machucado, quebrado por dentro. Ela puxou meu rosto para que eu a olhasse, e eu fiz, ela disse a única coisa que poderia me quebrar completamente. A Nanda estava grávida. Soluço após soluço. Rasguei depois com lágrimas pesadas. Estava deixando tudo ir.

Liberando a dor, a mágoa e a tristeza.

Isso literalmente me matou por dentro.

O amor da minha vida morreu junto com meu filho.

Meu filho que não teve a chance de nascer.

Meu filho, que era fruto do nosso amor.

Eu odiava como isso doía tanto.


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Notas finais do capítulo

Hey, pessoal. Quanto tempo, hein? Senti saudades de postar :c espero que tenham gostado do cap.
Eu pessoalmente, chorei muito quando o fiz.
Enfim, beeeijocas s2