Eu Não Mudaria Nada Em Você - Segunda Temporada escrita por Amanda Suellen


Capítulo 31
Ele Me Odeia!


Notas iniciais do capítulo

Amores, só deu pra postar agora.
Sei que o cap ta pequeno e tal, mais amanhã SE der, eu posto um maior.
Boa leitura!



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Evanescence - My immortal 

Meu estomago começou a rodar. Minha garganta estava apertada e minha boca seca. Eu estava consciente de que estava tremendo, mas não quebraria o contato visual que Travis e eu estávamos tendo, apenas para olhar para minha pequena mão tremula.

Alice: O que ela está fazendo aqui? – gritou ela, colocando as mãos na cintura e me jogando um olhar assassino.

Pietra: Assistido. Não está vendo? – retrucou.

Alice: Ah! Veio conferir como a peça está melhor sem você? – riu.

Fernanda: Na verdade, ela veio ver você pagando mico. – ela apareceu ao meu lado – Pois sinceramente? Você é uma péssima atriz. E só está fazendo o papel de Julieta porque a Jú saiu e a Professora te colocou como substituta!

Alice parecia querer explodir. Só que o engraçado em tudo isso, é que eu estava consciente disso, mas não estava preocupada com o olhar assassino dela e sim com o olhar gélido e duro que Travis estava me dando.

Ele se aproximou da beirada do palco e falou diretamente para mim:

Travis: Que porra você acha que está fazendo aqui? – cuspiu. Ele parecia enojado só de olhar pra mim. Uma faca atingiu meu peito.

Ele me odeia!

Juliana: Eu... – as palavras sumiram de minha boca. Pisquei várias vezes, isso não está acontecendo. Não está. Não pode ser. Meu estomago se revirou novamente, seus olhos penetrantes me olhando com tanto... Nojo? Ódio? Eu vou vomitar!

Levantei-me rapidamente e corri para as portas duplas do auditório, mas só consegui chegar até a lata de lixo ao lado da mesma, vomitei.

Matheus: Você não precisa ser um completo cretino com ela! Eu sei que está doendo, mas mirar sua ira nela, não vai diminuir a dor. Confie em mim. – ouvi o Math gritando para ele, mas, não consegui parar de vomitar.

Senti uma mão no meu braço e meu cabelo foi posto para trás. Nanda e Lucas estavam ao meu lado.

Pietra: Ta tudo bem? – questionou me passando uma toalhinha.

Limpei a boca e assenti meio tonta.

Lucas: Você está pálida. Melhor sentar – puxou uma cadeira e eu me sentei a mesma, olhando para o chão. Que droga você fez? Você não podia ter vomitado! Gritou meu subconsciente para mim e eu suspirei.

Professora: Juliana, você está bem? – se agachou ao meu lado e perguntou docemente.

Juliana: Acho que sim. – sussurrei.

Professora: Melhor ir descansar, querida.

Juliana: Não! – gritei rapidamente. Eu não podia sair agora. – Eu já estou melhor! Quero continuar vendo o ensaio! – completei rapidamente.

Fernanda: Tem certeza, Jú? Você está péssima...

Juliana: Estou bem!

Professora: Ok. Você pode ficar. – ela se virou para o palco – Travis, querido, precisa de um minuto?

Travis: Por favor. – concordou antes de sair do palco e passar por mim. O Gui o seguiu para fora do auditório.

Alice: Você não devia ter voltado! Só estraga tudo! – gritou vindo para cima de mim.

Lara: Que Deus me ajude se você relar nela! – rugiu ela, descendo do palco acompanhada pelo restante do elenco.

Professora: Não vou admitir brigas aqui! Vamos. Temos que continuar. – se virou para o elenco – Vocês, lá pra trás. Alice, cinco minutos de descanso para você. – todos começaram a caminhar novamente para seus lugares. – Megan e Lexie, quero a cena do prólogo, agora! – gritou para as duas – Sarah, Tiffany, Natália e Lara, se preparem vocês são as próximas.

Sentei-me novamente ao lado da Pietra e da Professora, e Nanda foi para fora do auditório, provavelmente, atrás dos meninos.

 (Entram duas criadas) – O narrador narra. Megan e Lexie entram.

Megan: Você viu, Lucrecia?

Lexie: Sim, Malvina, as duas senhoras estão aqui na praça.

Megan: Vai dar briga na certa.

Lexie: Aquilo são duas cobras venenosas. Qualquer coisa é motivo para as duas famílias brigarem.

Megan: A senhora Capuleto está sempre acompanhada pela ama dela, a coitadinha faz tudo.

Lexie: A senhora Montéquio é outra que só faz os outros trabalharem pra ela.

Megan: O pior é que os homens também estão por aí.

Lexie: Temos que avisar os nossos patrões.

Megan: Não. Vamos ficar aqui pra ver se alguma coisa acontece...

Lexie: Vamos. Não discuta comigo. Os príncipes de Verona vão acabar logo, logo com essa briga.

Elas saem.

Juliana: Papel interessante os delas. – comentei, tentando me animar um pouco. Pietra me deu uma cutucada e sorriu.

Pietra: Não, é?Elas não precisam fazer esforço nenhum para interpretarem. Duas fofoqueiras! – rimos.

            Professora: Meninas – nos repreendeu – Por favor! Cena 2 – gritou ela. Tiffany e Natália entram.

(Montéquios e Capuletos brigam na praça) – Narra o narrador.

Tiffany: Rosalina, veja que dia lindo! A Praça de Verona é o melhor lugar para compras.

Natália: Sim, Senhora Montéquio. Mas onde estará Romeu?

Tiffany: Romeu me disse que iria convidar Mercucio e Benvólio para virem à praça. Sabem eles que nós temos muitas compras para carregar...

Natália: Sabe, Romeu anda meio distante ultimamente. Até parece que não gosta mais de mim.

Tiffany: Não se preocupe. Os jovens são todos assim: inconstantes. Mas onde estarão aqueles três?

Nessa hora, Travis, Nanda e Gui, passam pela porta do auditório. Travis vai junto com o Gui para trás do palco. Nanda se inclina para a professora e sussurra: “Ele está pronto para continuar. Não precisa cortar a cena”.

Natália: Ei, veja quem está passando por aqui!

(Chegam Senhora Capuleto e Ama, que está carregando uma sacola de compras) – O narrador narra. Sarah e Lara entram.

Sarah: A praça está uma porcaria hoje. Os pássaros sujaram tudo, e... Veja! Até os mendigos estão fazendo compras! A que ponto chegamos!

Lara: Não são mendigos, minha senhora, são os Montéquios.

Tiffany: Boa tarde, conseguiram comprar alguma coisa?

Sarah: Sim, temos dinheiro. Não precisamos vender propriedades e jóias para tanto.

(Chegam Romeu, Benvólio e Mercucio) – O narrador narra. Lucas, Caíque e Travis entram.

Lucas: Chegamos, senhoras. Estamos prontos para ajudá-las.

Travis: Rosalina, senti saudades. – ele fala sem ao menos olhar para ela.

Natália: Não parece, Romeu. Estás muito atrasado. A companhia não está agradável.

Caíque: Ah, refere-se aos Capuletos? – ele olha para Sarah e pergunta – Como vai a nata de Verona?

Sarah: Vai bem, senhor Mercucio. Mas acho muito ruim o sobrinho do príncipe de Verona estar com os Montéquios.

(Chegam Teobaldo e o Capuleto) – O narrador narra. Math e Hugo entram.

Hugo: Estes senhores estão a importuná-la, cara tia?

Sarah: Oh, caro sobrinho Teobaldo e senhor meu marido – Math beija suas mãos – Talvez...

Matheus: Isto é um ultraje. – a interrompe – Desembainhem suas espadas, biltres!

Lucas: Com prazer! Verão o aço de nossas espadas em vossos corpos pestilentos!

(Mulheres retiram-se em pontos diferentes para torcer, enquanto os homens brigam.) – O narrador narra. As meninas saem de perto dos garotos, dado espaço para a encenação da luta. E os garotos começam a lutar. Uma música começa de fundo.

(Chega o Príncipe de Verona. Todos fazem reverência e acaba a briga) – O narrador narra. O Gui entra acompanhado da Tori.

Guilherme: Hoje não, senhores. Vivem brigando, não agüentam um dia sequer?

Victória: Até tu, meu sobrinho Mercucio – aponta para o Caíque – Pare de Brigar.

Guilherme: Montéquios, venham comigo? E Capuletos, espero vocês hoje à tarde para uma conversa muito séria.

Victória: Estas brigas têm que acabar. Até vocês, senhoras, - olha para as garotas – Compartilhando desta selvageria!

Todos saem do palco e uma música continua de fundo.

Batemos palma, e o elenco sai de trás do palco.

Professora: Muito bem. Por hoje chega. Travis? Que mais animação e contato visual da próxima vez, sim? – ele assentiu e saiu. – Estão dispensados – disse por fim.

...

Estava andando pelo parque, já eram quase 8hrs da noite. O vento gelado batia pelo meu rosto, fazendo meu cabelo voar.

Depois que viemos embora, me tranquei no quarto, Travis saiu pelo que sei e ninguém sabia para onde ele tinha ido.

Um casal passou ao meu lado, e eu senti meu coração se apertando mais. De repente, um latejar forte na cabeça e minha visão fica turva. Sentei-me num banquinho, e fechei os olhos. Respirei fundo. Estava fraca, peguei meu celular e disquei o primeiro número que apareceu:

XxX: O que você quer? – rosnou pelo telefone.

Juliana: Eu preciso de ajuda. – disse antes de ver tudo preto.

Eu estou correndo o mais rápido que posso, mas então, de repente eu caio no chão. Josh está por cima de mim, me enchendo de cócegas e eu estou rindo histericamente.

Juliana: Jo... Josh! Para!- pedi meio a gargalhadas.

Josh: Não até você se desculpar – falou ele rindo.

Juliana: Me desculpa! – gritei e ele parou as cócegas.

Josh: Bem feito. – disse me ajudando a levantar.

Juliana: Você me paga! – o empurrei na areia e ele me puxou junto. – Josh!

Josh: Você quem começou. – deu de ombros. – Vem, tenho algo pra você. – o segui até seu quarto, ele mexeu na sua gaveta de meias e de lá tirou um papelzinho azul. – Toma. É seu. – me entregou o papelzinho – Li em algum lugar... E sei lá, gostei. Acho que você vai gostar também – sorriu de lado e eu abri o papelzinho:

Bem vinda à vida! O lugar onde as pessoas te julgam sem te conhecer, te odeiam pelo que você é e tem inveja do que você tem.

Algumas pessoas falam de amor, outras sabem amar. As pessoas te iludem, o amor te magoa, a saudade te tortura, a amizade te consola.

Mas a vida... Ela te ensina, ensina a ser forte. Por isso, levante a cabeça diante das dificuldades. Porque aquilo que você não puder fazer, Deus faz por você! Confie, tenha fé e ore, ele vai te escutar.

Levantei meus olhos para ele e sorri. Nunca fui muito religiosa, sempre que dava, eu fugi da igreja. Sempre falava para meus pais que estou passando mal ou algo parecido e eles acreditam... Ou pelo menos, fingem acreditar. Mas Josh, era diferente. Ele era presente na igreja. Ele tinha fé, e amor por Deus.

Juliana: Talvez, esteja na hora deu ir à igreja – sorri para ele. 

Acordei em um quarto familiar... O quarto do Travis. Tentei me levantar, mas minha cabeça doía muito e eu mais uma vez vi tudo turvo. Escutei a voz da Nanda no corredor, ela estava discutindo com alguém.

Fernanda: Estou falando Travis, ela está arrependida!

Travis: Não importa. Ela quis ir embora. Ninguém a obrigou a nada.

Senti algo molhado passar pelos meus lábios, levei minha mão até meu nariz e depois olhei, sangue. Arregalei os olhos e tentei me levantar mais uma vez, e acabei batendo no despertador de Travis, derrubando-o no chão e fazendo barulho.

Em segundos, Nanda e Travis entraram no quarto.

Fernanda: Ai meu Deus! – falou vindo me ajudar. – O que aconteceu? – perguntou enquanto me ajudava a sentar na cama.

Juliana: Eu... Não sei. – falei sentindo as lágrimas, pânico tomando conta.

Fernanda: Calma, ok? Levanta a cabeça para trás – fiz o que ela pediu – Travis! Não fique parado ai!Traga uma toalha!

Ele foi para o banheiro e voltou com uma toalha. Entregou para a Nanda e saiu do quarto. Que ótimo, ele não suporta nem ficar no mesmo lugar que eu! Porque raio eu tinha que ligar justo pra ele?! Argh!

Math, Caíque e Rafa entraram no quarto acompanhados do Travis.

Matheus: O quê ta acontecendo? – perguntou preocupado.

Caíque: O quê você tem, Jú?

Eram muitas vozes ao mesmo tempo, minha cabeça ardia muito, parecia que alguém estava construindo ao dentro dela ou quebrando. Eu só queria que todos ficassem quietos. Só queria que essa dor passasse.

Coloquei a mão na cabeça e fechei os olhos com força, o sangue do meu nariz agora escorrendo livremente.

Juliana: alguém faz parar! – gritei desesperada – Por favor! Por favor! – senti as mãos de Travis em meus braços, abri os olhos e dei de cara com seus penetrantes olhos arregalados. – Por favor. – pedi chorando.


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Notas finais do capítulo

Não revisei, então pode ter erros ...