Avril Lavigne - What The Hell

Juliana Narrando

You say that I'm messing with your head
All 'cause I was making out with your friend
Love hurts whether it's right or wrong
I can't stop 'cause I'm having too much fun

You're on your knees
Begging please,
Stay with me
But honestly
I just need to be a little crazy

All my life I've been good, but now
Ah, I'm thinking "what the hell"
All I want is to mess around
And I don't really care about
If you love me, if you hate me
You can't save me, baby, baby
All my life I've been good, but now
Whoa, what the hell

What? What? What? What the hell?

Dei um pulo da cama quando ouvi meu celular tocando e pra minha alegria (sentiram a ironia?) não era o despertador e sim a Pietra. Revirei os olhos, suspirei e atendi.

Juliana: Que foi?

Pietra: Te acordei?

Juliana: Não. Imagina. São seis horas da manhã e eu já estava acordada esperando você ligar. – falei irônica.

Pietra: Que mau-humor! Queria avisar que não vou à escola hoje, e te convidar pra faltar comigo.

Juliana: Pra quê?

Pietra: Ora, eu preciso de mais de que algumas horinhas pra preparar tudo pro aniversário da Nanda. E então?

Juliana: Nanda sabe que você vai faltar pra isso?

Pietra: Claro que não. E você não vai contar!

Juliana: Ok. Mas não se esqueça, ela não quer nada muito exagerado.

Pietra: Eu sei. Por isso estou chamando você pra ir comigo, confio mais em você do que em mim mesma na hora dos enfeites.

Juliana: Não sou boa nessas coisas.

Pietra: Ah nem vem. Não tem essa de “ser boa ou não”. É só enfeitar e pronto.

Juliana: Argh! Ok. Eu vou, está bem?

Pietra: Ótimo! Passo ai em dez minutos. Beijos.

Coloquei o celular na cômoda e suspirei, o dia seria cheio. Levantei-me e fui para o banheiro, tomei banho, fiz minha higiene e fui até meu closet, tirei dele uma baby look vermelha e um jeans cintura-alta escuro.

Depois de pronta, peguei meu celular e escrevi uma mensagem pro Trav.

Bom dia amor. Eu não vou à escola hoje. Pietra quer sair pra resolver as coisas do aniversário da Nanda, e ela não pode saber. Te vejo de noite?

Ps: Te amo muito & estou com saudades já.

– Juliana Torres

Desci assim que ouvi a buzina do carro da Pietra, suspeito que ela veio em alta velocidade já que a casa dela não é nem um pouco perto e ela não dormiu na casa dos meninos.

Juliana: Matou algum pedestre enquanto vinha? – falei colocando o cinto de segurança.

Pietra: Haha, engraçadinha. Eu sei dirigir, ok? – ela ligou o carro, mas antes que desse partida o Travis se colocou a frente do mesmo. Tanto eu como Pietra nos assustamos. – Ta querendo morrer? – ela perguntou brava.

Travis: Calminha, onça. Eu não dormi com você, então bom dia. Educação mandou lembranças. – ele riu e eu revirei os olhos.

Pietra: Sai logo da frente Travis, antes que eu passe por cima de você. – retrucou.

Travis: Você não ia me dar nem um beijo? – ele se abaixou na minha janela.

Juliana: Amor, a gente precisa ir.

Travis: Só um beijo?

Pietra: Pelo amor de Deus, Travis! A Nanda logo ta aqui. – ela falou impaciente e Travis fez beicinho, não ligando.

Sai do carro e joguei os braços no pescoço dele, não demorou muito pra ele me segurar pela cintura e me dar um beijo quente e faminto.

Juliana: Até de noite. – falei voltando pra dentro do carro e ele ficou com cara de idiota, querendo mais, sorri. – Te amo.

Travis: Isso não ta certo. – ele balançou a cabeça indignado e eu ri enquanto a Pietra dava partida.

Eu e Pietra rodamos quase a cidade inteira, por mais que eu lembrasse a ela que Nanda não queria nada exagerado, ela parecia não me ouvir. Iria ter DJ mais também teria musica ao vivo. Toda a escola fora convidada então tivemos que procurar um salão de festas grande o bastante pras idéias malucas de Pietra e também para todas as 500 pessoas. Pietra acabou contratando o bife mais caro, pois eles teriam que servir sem camisa. Ela decidiu que seria uma festa a fantasia, algo bem sensual, já que Nanda faria 18 anos.

Por fim voltamos pra cara, já eram 18 horas, me joguei no sofá.

Juliana: Meu Deus! Estou morta!

Pietra: Isso porque ainda nem compramos os convites, vimos às bebidas...

Juliana: Precisa mesmo de convites? – a interrompi. – Você não pode simplesmente convidar todos pela radio escolar?

Pietra: É claro que não! Eu tenho que ter certeza que todos vão!

Revirei os olhos e fui pra cozinha, Pietra me seguiu.

Gail: Com fome, queridas? – ela perguntou sorrindo calorosamente e eu retribui o sorriso.

Juliana: Estou morrendo de fome. – me joguei na cadeira dramaticamente.

Pietra: Eu também.

Gail: O que acham de sanduíches? – ela piscou e tanto eu quanto a Pietra ficamos com água na boca.

Juliana & Pietra: Perfeito! – falamos em uníssono e rimos.

Enquanto Gail fazia os sanduíches, explicamos pra ela o que tanto fizemos hoje e Pietra também contou sobre a idéia de ser festa a fantasia e tal. Por fim comemos os sanduíches e ficamos mais um pouco conversando com ela, até que a Mel desce correndo.

Melissa: Jú! Jú! Jú! - ela veio correndo em minha direção, peguei-a no colo.

Juliana: Oi, princesa?

Melissa: É verdade que vocês vão fazer festa pra Nanda? Eu posso ir? – ela perguntou animada e eu olhei horrorizada pra Pietra, a festa que ela estava preparando não era para crianças.

Juliana: Princesa...

Pietra: Claro que pode linda! – ela me cortou e sorriu.

Melissa: Eba! Vou falar pra Nanda e pro Math.

Juliana: Eles estão aqui?

Melissa: Não. Estão na casa dos meninos. – ela pulou do meu colo e saiu da cozinha, fuzilei a Pietra com o olhar.

Pietra: Que foi? – ela deu de ombros.

Juliana: Você ficou louca? Os garçons vão estar quase pelados na festa! A Mel é só uma criança!

Pietra: Eu sei né. – ela revirou os olhos – Mais vamos fazer uma “festinha” mais cedo pra Mel participar, não seria justo ela ficar de fora no aniversário da Nanda.

Juliana: Ah, certo.

Pietra: Viu? Não precisa perder a cabeça.

Juliana: Não estou preocupada comigo e sim com você, Nanda vai pirar quando souber o que você está planejando.

Pietra: Ainda tenho muito tempo até ela descobrir. – ela piscou pra mim e se levantou – Estou indo, amanhã a gente se vê. Beijos.

Ela se despediu e foi embora, subi para o meu quarto, tomei um banho de banheira demorado, sai e vesti meu pijama. Travis entrou pela janela.

Juliana: Temos uma porta, sabia? – sorri.

Travis: Acho mais interessante entrar pela janela. – ele deu de ombros e me puxou para seus braços. – Estava com saudades – me beijou.

Seu beijo era quente e lento, a definição certa de apaixonado. Eu também estava com saudades dele, passei o dia todo correndo pra lá e pra cá com a Pietra e não tive nem tempo de mandar alguma mensagem pra ele.

Juliana: Também estava com saudades. – sorri e ele me deu um selinho.

Travis: Comprei uma coisa pra você. – ele tirou do bolso uma caixinha preta, peguei a mesma e abri, dentro tinha uma aliança toda detalhada. – Feliz um mês de namoro, Jujuba. – ele sorriu e limpou uma lágrima que teimou em escorrer, com a correria de hoje acabei nem lembrando que hoje fazíamos um mês de namoro.

Abracei-o forte e sussurrei:

Juliana: Eu te amo.

Travis: Hoje não foi como eu tinha planejado. Achei que passaríamos o dia juntos... Mas amanhã vou te levar em um lugar.

Juliana: Que lugar?

Travis: Surpresa, Jujuba. – cerrei os olhos e ele me deu um beijo na testa.