Eu Não Mudaria Nada Em Você - Segunda Temporada escrita por Amanda Suellen


Capítulo 22
Éros, Deus do Nosso Amor?


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura s2



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Estava fechado meu armário quando Parker parou ao meu lado, junto com Chris, que deu um aceno para o mesmo e continuou andando em direção a sala de aula.

Parker: Oi, Jú. – ele sorriu torto. Mesmo depois de eu ter começado a namorar com o Travis, ainda não tinha tido coragem de conversar com Parker e explicar tudo. Não estávamos namorando, mas estávamos de algum jeito ligados um ao outro. E eu devia a ele uma explicação.

Juliana: Parker... – comecei mais ele levantou a mão, fazendo sinal para que eu parasse.

Parker: Não precisa dizer nada. Eu entendo. Você gosta do Malik. Quero que você seja feliz. – ele colocou as mãos no bolso e baixou a cabeça – Ainda podemos ser amigos, não é?

Juliana: Claro. – sorri e o abracei, ele ficou rígido. – Amigos se abraçam, sabia? – brinquei e ele sorriu.

Parker: O que vai fazer hoje?

Juliana: Não tenho nada programado. Acho que ficar em casa. – dei de ombros.

Parker: O que acha de ir lá em casa? Você pode chamar os outros se quiser.

Juliana: Tudo bem. Umas três horas estamos lá, ok?

Parker: Ok. – ele se despediu de mim e foi para sala.

Meu celular vibrou enquanto eu ia em direção a sala de literatura.

Adivinha quem tem aula com você agora?

Travis Malik

Abri meu melhor sorriso enquanto passava pela porta e via Travis sentado na frente da Pietra e do Gui. Sentei-me ao seu lado e deu um selinho nele.

Juliana: Não acredito que temos aula juntos.

Travis: Não é muito difícil convencer o professor a nos juntar. – deu de ombros convencido.

Lucas: O que o Parker queria com você? – ele perguntou se sentado a minha frente.

Juliana: Convidar-nos pra ir a casa dele. – sorri e o professor entrou na sala.

Professor: Na aula retrasada não terminamos nosso debate, e na aula passada tivemos prova. Então hoje, terminaremos nosso debate sobre os Deuses da mitologia grega. – ele falou e todos responderam animados – Só que será diferente hoje, meninas contra meninos. Vi que vocês têm pensamentos bem diferentes em relação a algumas lendas, e quero que vocês se expressem melhor.

Todos pareciam muito animados, os pontos seriam contados como na aula retrasada. O professor pegou uma urna em sua mesa, dentro havia vários papeis.

Professor: Estão vendo essa urna? Vocês pegaram um papel daqui, e responderam a pergunta que estiver dentro.

Pietra: Estamos liberados para fazermos comentários? Digo, se eu não concordar com algo, posso falar?

Professor: Claro, Srta. Mitchell. Um debate é isso. Dar nossa opinião e ouvir a de outras pessoas. Claro que terá o momento certo para você dar sua opinião. – Pietra assentiu e sorriu, o professor pegou a lista de chamada – Sr. Torres? – olhou para o Math.

Math se levantou e tirou um papelzinho da urna.

Matheus: Qual era a função de Cérbero? – leu em voz alta e devolveu o papel para o professor – Cérbero era o cão guardião dos portões de Hades, tendo como função garantir que nenhuma alma fuja do mundo dos mortos.

Professor: Certo. E quem eram seus pais?

Matheus: Tifão e Equidna.

Professor: Cérbero representa o quê?

Matheus: Hum... – ele coçou a nuca. – Representa ordem. Porque se as almas fugissem do mundo dos mortos, seria caos na terra.

Antes que o professor falasse algo, Ligia, uma das nerds da sala levantou a mão.

Professor: Srta. Sanchez?

Ligia: Na verdade, Cérbero representava o terror da morte. Ele simboliza os próprios infernos, e o inferno interior de cada um.

Professor: Muito bem, Srta. Sanchez. Ponto para as meninas.

Math voltou para seu lugar e o professor pediu que Ligia pegasse um papel da urna. Então a mesma se levantou e pegou um:

Ligia: Quem eram as Harpias? – leu em voz alta e devolveu o papel para o professor, assim como Math fez. – Eram monstros horríveis, tinham o rosto de mulher velha, corpo de abutre, garras aduncas, seios pendentes. No inicio, existiam apenas Aelo e Ocipete, mas depois nasceu mais uma, Celeno.

Professor: Certo. O que elas gostavam de fazer?

Ligia: Além de ser feias? – perguntou indiferente e todos rimos – Elas gostavam de pousar nas iguarias dos banquetes e espalhar um cheiro tão infecto, que ninguém mais podia comer.

Professor: Sim. Quem eram seus pais?

Ligia: Poseidon e Electra. – ela respondeu em duvida, Rafa levantou a mão.

Professor: Sr. Happis?

Rafael: Ela está errada. Seus pais foram Taumas e Electra. Poseidon foi seu esposo.

Professor: Muito bem, Sr. Happis. Ponto para os meninos.

Ligia fez beicinho e foi se sentar, Rafa se levantou e tirou um papelzinho da urna.

Rafael: Para quê os Gigantes foram gerados? – ele leu em voz alta e sorriu convencido, a pergunta era fácil demais. – Os Gigantes foram gerados por Geia para vingar os Titãs, que Zeus havia lançado no Tártaro.

Professor: Certo. O que quer dizer “Gigantomaquia”?

Rafael: Isso lá existe? – ele perguntou confuso e todos riram. No entanto, Nanda levantou a mão.

Professora: Srta. De La Cour?

Fernanda: Sim, isso existe. – ela respondeu a pergunta de Rafa e continuou – A “Gigantomaquia” quer dizer a luta dos Gigantes.

Professor: Certo. Ponto para as meninas.

Rafa se sentou e Nanda foi até a urna. Mas antes que ela tirasse seu papelzinho, alguém bateu na porta, a inspetora.

Inspetora: Licença, professor.

Professor: Como posso ajudá-la? – ele perguntou a mesma.

Inspetora: Os alunos do 2°B estão sem professor, poderiam se juntar a sua classe?

Professor: Não vejo mal algum, por mim tudo bem. Entrem – ele falou par aos alunos que já esperavam na porta, no meio deles, Alice e Natália.

Pietra: Mas que inferno. – resmungou abaixando a cabeça na mesa.

Guilherme: Relaxa amor. – ele sorriu.

Quando todos se acomodaram nas carteiras, o professor começou a explicar como funcionava o debate. Por fim, pediu que a Nanda pegasse um papelzinho.

Fernanda: Como Apolo se apaixonou por Dafne? – ela leu em voz alta e devolveu o papel para o professor – Éros, o cupido, estava determinado a mostrar a Apolo quem era superior, então voou muito alto nos ares e lançou duas flechas. Uma delas feriu Dafne, e a outra atingiu o coração e Apolo.

Professor: Certo. Mas as duas flechas eram do amor?

Fernanda: Não. A flecha que Éros lançou em Apolo era de desejo, ou seja, ele ardia de desejo por Dafne. E a flecha que Éros lançou em Dafne era de ponta romba, uma espécie de flecha que demove o coração de amor, ou seja, ela era incapaz de amar.

Professor: Sim. E o que foi que aconteceu com os dois?

Fernanda: Dafne após ser atingida pela flecha de Éros decidiu imediatamente que não queria nada com homens ou Deuses machos, nem desejo sexual, nem casamento. Apolo usou todas as suas artes para cortejá-la, mas ela fugia dele onde quer que o visse. Ela era dominada pelo medo e ele pelo desejo. Certo dia, quando estava correndo de Apolo pela colina abaixo, em direção ao rio Peneu, suplicou ao pai: “Ajuda-me, pai! Se tiveres algum poder como Deus do rio, usa-o agora para me salvar de Apolo. Ele ama a minha beleza, segundo diz. Pai, destrói o meu corpo e mantém-me a salvo para sempre!” A seguir ela parou, incapaz de dar mais um passo que fosse. Ficou junto à margem com os pés quase sobre a terra úmida. O seu corpo tornou-se mais fino e a sua pele desenvolveu uma camada de casca. Os seus braços transformaram-se em ramos e os dedos em folhas. Dafne tinha-se transformado no primeiro loureiro. Apolo não conseguiu esquecer a ninfa e jurou que iria usar sempre uma coroa de folhas de louro. Todos os atletas que ganhassem os jogos haveriam de usar uma coroa de louros em memória de Dafne e o prêmio para o melhor poeta seria também para sempre uma coroa de louros.

Professor: Muito bem, Srta. De La Cour. Ponto novamente para as meninas.

Nanda sorriu e foi se sentar, todas nós estávamos comemorando. Até que o sorriso de Nanda se transforma em algo sombrio, ao ouvir Alice sussurrando:

Alice: E não é que até o Apolo pode ter coração?

Natália: Fraga: Apolo perdendo algo que ninguém sabia que ele tinha, seu coração. – brincou rindo.

Sabíamos que elas não estavam falando do Apolo, Deus do Sol. Math olhou para Nanda e pediu que ela respirasse fundo, depois lançou um olhar mortal para as duas.

Professor: Sr. Ferraz? – o professor chamou um garoto do 2°B, o mesmo se levantou e foi até o professor – Quero sua opinião, mas lembrando, sua opinião só é valida quando se tem um argumento forte. Está claro?

XxX: Sim, professor.

Professor: Você acha que Éros conseguiu provar que era superior a Apolo?

XxX: Não. – ele respondeu.

Professor: E por que não?

XxX: Ora, professor. Éros era apenas o cupido, já Apolo era Deus do Sol, das Artes, da Medicina. Era muito mais superior do que o Éros, sem duvida. – ele falou indiferente e eu imediatamente levantei a mão, indignada.

Professor: Srta. Torres, tem uma opinião diferente a do seu colega? – ele me perguntou e eu podia jurar que ele estava contendo um sorriso.

Juliana: Sim. – respondi forme, todos me olhavam.

Professor: Muito bem. Diga-me, Éros mostrou sim ou não ser superior a Apolo?

Juliana: Mas é claro que sim! Éros não era apenas o “cupido”, ele era o Deus do Amor, ele decidia quem era digno de ter um amor verdadeiro ou não. Ele era perigoso, pois conseguia derrubar o Deus mais forte só com uma flechada, só com o amor. E foi isso que ele fez, ele derrubou Apolo, o fez correr atrás de Dafne sem se importar com sua própria dignidade. Todo seu orgulho foi exposto de lado, para ter a mulher que ama. – falei rápido, e firme. Já tinha lido muito sobre Éros e assim como o admirava, também sentia um pouco de raiva dele.

O professor me olhava maravilhado, e os alunos estavam surpresos.

Alice: Que bobagem. – ela falou se levantando – Se ele era o Deus do Amor e blá blá blá, como poderia ser perigoso?

Juliana: Em uma passagem que li, Afrodite disse para Éros o seguinte: Cuidado, Éros, porque poderás atiçar a paixão do mais gélido ser, e isto poderá trazer tristeza ao mais sublime coração. Resumindo, Éros tinha que ser cuidadoso e bom, pois se não uma catástrofe poderia acontecer. Ele é esperto, trapaceiro, usa sua flecha para conquistar as coisas ou provar algo. E isso é baixo e cruel.

Ligia: Assim como quando Hádes seqüestrou Perséfone – ela comentou Toda a fome que os humanos passaram não teria acontecido se não fosse por Éros, que jogou uma flecha em Hádes e fez com que ele seqüestrasse Perséfone...

XxX: E deixasse Hermes – o garoto do 2°B completou – Tão brava que se recusasse a dar vida a terra e frutos. Acabou que Zeus conseguiu fazer um acordo entre Hádes e Hermes, mas Perséfone por sua vez, foi infeliz para sempre.

Natália: Infeliz? – ela riu alto. – Ela metia o chifre em Hádes feito louca. E ele metia nela. Todos sabemos que os Deuses daquela época adoravam um pula-cerca. – ela sorriu e piscou para o Gui.

Pietra ficou com o rosto vermelho e Gui a segurou.

Alice: Pois é, até o próprio Zeus, que era pai de Perséfone, decidiu ter um vuco-vuco com ela. – ela falou indignada, mas o sorriso malicioso em seu rosto, todos riram.

Professor: Ok. Ok. – ele falou chamando a atenção de todos – Acalmem-se.

Antes que ele pudesse conter a sala, o sinal bateu e todos saíram rapidamente para a próxima aula.        

~x~

Estávamos na casa dos meninos, Mel estava sentada no colo do Trav e eu ao seu lado. Pietra estava no sofá junto com o Gui, Nanda e Math. No outro sofá estava o Caíque e a Lara, mais o Rafa.

Pietra: Seu aniversário é sexta, é? – ela perguntou a Nanda animada.

Fernanda: Ai meu Deus – choramingou – Achei que você esqueceria.

Pietra: Nunca! Temos que comemorar!

Fernanda: Não posso simplesmente passar o dia no shopping, e depois de noite ir jantar com o Math? – implorou já sabendo a mega-festa que Pietra está planejando dar.

Pietra: Mas é claro que não! Você vai fazer dezoito anos! Vai ser maior de idade! – falou indignada e Nanda suspirou alto.

Fernanda: Ok. Mas nada muito exagerado, ok?

Pietra: Aê! – gritou animada.

Lara: Sabe Nanda? To com pena de você. – ela disse rindo e olhando para a Pietra que pulava praticamente de tão animada.

Juliana: É, eu também.

Pietra: Ei, to ouvindo sabiam? – ela semicerrou os olhos. – Não sou tão exagerada quanto pensam. Sei fazer uma festa intima. – fez beicinho.

Guilherme: Ah, claro que sabe. – ele a abraçou soando sarcástico e nós rimos.

Travis: Que horas temos que ir pra casa do Hayes? – ele perguntou-me com desdém.

Eu tinha esquecido até que íamos lá, olhei para o relógio, já eram duas e cinqüenta e cinco. Chegaríamos atrasados, dei um pulo do sofá.

Juliana: Agora. Já estamos atrasados.

Todos se levantaram e fomos para a casa do Parker, Mel foi com a gente já que a Gail estava de folga.

Não demorou muito pra gente chegar, a empregada dele nos levou até a parte de trás da casa dele, onde uma festa na piscina acontecia. Assim que Parker me avistou veio sorrindo.

Parker: Você veio! – me abraçou.

Juliana: Eu disse que viria – sorri sem graça.

Parker: Meninos – ele deu um aceno para os mesmos – Nanda, Pietra, Lara. – disse dando um beijo no rosto de cada uma.

Juliana: Você não disse que era uma festa na piscina. – disse olhando para nossas roupas.

Parker: É... Acho que me esqueci. Mas tem roupas pra vocês.

Eu e as meninas nos trocamos, sentei-me numa cadeira de praia para tomar sol, enquanto os meninos terminavam de se trocarem. Lara, Pietra e Nanda já estavam na piscina. Parker se sentou ao meu lado.

Parker: Está gostando da festa? – perguntou sorrindo.

Juliana: Ahn. – retribui o sorriso e fechei os olhos.

Parker: Mas você ainda nem entrou na água. – comentou e meu corpo se enrijeceu na hora.

Juliana: Eu... – havia começado a falar, mas fui interrompida por Parker me pegando no colo, e antes que eu notasse o que ele pretendia fazer, já era tarde.

Senti o meu coração parar quando Parker me jogou na piscina e a escuridão me engoliu. A última coisa que me lembro foi de Travis gritando.

Travis Narrando

Preocupado e sentindo-se muito culpado, Parker andava de um lado para o outro, enquanto esperava o médico que ele mandará buscar para examinar a Jujuba. Ela estava inconsciente e minha vontade era de quebrar a cara do Parker. O que achou que estava fazendo?

Parker: Eu juro, eu não sabia que ela não sabia nadar. – ele falou desesperado e eu me levantei para socá-lo, mas fui impedido pelo Math.

Matheus: A Jú ta precisando mais de você agora. Ele não sabia, deixa pra lá.

Quando ela recobrou a consciência e começou a tremer, me senti aliviado. Nenhum cobertor parecia aquecê-la, era como se o frio viesse de dentro dela.

Médico: Ela está em estado de choque – o médico diagnosticou, fechando a maleta – Fisicamente, ela está bem. Engoliu um pouco de água quando caiu e isto pode deixá-la enjoada, mas sem mais conseqüências. Emocionalmente, é outra história. Diria que ela tem fobia de água. Acho que não foi boa idéia jogá-la na piscina – ele falou no fim olhando para Parker quem abaixou a cabeça.

Eu estava preocupado com a palidez da Jujuba, e o pavor em seus olhos, queria realmente que ela parasse de tremer. A abracei forte. Ela se aconchegou em meus braços.

Fomos para casa, no caminho reparei que ela havia parado de tremer, mas ainda estava muito pálida. Sem dizer nada, carreguei-a para o quarto e deitei-a delicadamente na cama. Ela é muito frágil.

Travis: Você está bem? – falei me colocando deitado ao seu lado e puxando-a para meus braços.

Juliana: Desculpe. – ela falou triste e eu passei as mãos pelo cabelo. Eu que deveria pedir desculpas, por não estar lá.

Travis: Você não tem que se desculpar, Jujuba. A culpa é do Hayes, aquele imbecil – cerrei os dentes.

Juliana: Estou sendo uma tola, não deveria ficar assim por causa de uma coisa tão boba.

Travis: Não está sendo tola. Você está reagindo assim por causa do trauma que passou com o Josh, é normal.

Ficamos um tempo ali, deitados. Eu fazia carinhos em seus cabelos, e cantava baixinho em seu ouvindo. Uma brisa fria passou pela janela fazendo a Jujuba tremer, ainda estávamos com as roupas molhados.

Travis: Vamos, você precisa tomar um banho quente. – chamei-a e ela assentiu.

Tomamos banho e depois que ela se deitou, fui até a cozinha preparar algo para ela comer. Depois que ela comeu, escovou os dentes e se deitou ao meu lado.

Juliana: Obrigada. – ela falou fechando os olhos.

Travis: Pelo quê?

Juliana: Por ficar comigo e todos os meus dramas.

Travis: Eu te amo, Jujuba. Independente do seu passo. Eu te amo. – falei beijando o topo de sua testa e ela sorriu, pela primeira vez desde o acidente na piscina, sorriu para mim.


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Notas finais do capítulo

Não revisei, então... Ignore se tiver erros ortográficos 9: