Lady Antebellum - Need You Now

Há uma fila de carros de luxo estacionados até a garagem da mansão Malik. Longas lanternas de papeis cor de rosa, estão penduradas em todo o caminho, enquanto nós chegamos mais perto com o Audi R8 Spyder de Travis, posso ver que elas estão por toda parte. No claro inicio da noite, elas parecem mágicas, como se estivéssemos entrando num reino encantado. Olha para Travis, muito adequado para meu príncipe, e em mim floresce uma excitação infantil, superando todos os outros sentimentos.

Travis: Ponha a máscara – ele sorriu, e quando ele vestiu sua simples mascara preta, meu príncipe torna-se mais sombrio, mais sensual.

Tudo o que posso ver do seu rosto é a boca bonita, esculpida e a mandíbula forte. Puta merda... Meu batimento cardíaco dispara com a visão dele. Eu aperto a minha mascara e sorrio para ele, ignorando a fome no fundo do meu corpo. Ele puxou para a entrada de automóveis, e um manobrista abriu a porta para mim.

Travis: Pronta? – ele pergunta.

Juliana: Como eu sempre estive.

Travis: Você está linda, Jujuba. – ele beija minha mão.

Um tapete verde escuro corre ao longo da grama num lado da casa, conduzindo-nos ao impressionante terreno da parte traseira. Travis tem um braço protetor em torno de mim, descansando a mão na minha cintura, enquanto seguimos o tapete verde, um fluxo constante da elite de Nova York, vestidos com suas melhores roupas e usando todos os tipos de mascaras, e lanternas que iluminam o caminho. Dois fotógrafos guiam os convidados para posar para as fotos, contra o pano de fundo de um caramanchão de hera.

XxX: Sr. Malik! – Um dos fotógrafos chama. Travis acena com a cabeça em reconhecimento e me puxa para perto e nos posicionamos rapidamente para uma foto.

Como eles sabem quem é ele? Sua marca registrada, o cabelo rebelde cor de cobre, sem duvida.

Juliana: Dois fotógrafos? – pergunto a ele.

Travis: Um é do New York Times, o outro é para uma lembrança. Nós podemos comprar uma copia mais tarde.

No final da linha, de terno branco, os garçons servem nas bandejas, copos cheios de champanhe, e eu sou grata quando Travis passa-me um copo. Nós nos aproximamos de uma grande pérgula branca, com versões menores das lanternas de papel penduradas. Abaixo dela, brilha uma pista de dança quadriculada em preto e branco, rodeada por uma cerca baixa, com entradas por três lados. Em cada entrada estão duas esculturas elaboradas de gelo, de cisnes.

O quarto lado da pérgula é ocupado por um quarteto de cordas que toca suavemente, uma assombrosa e etérea peça, que eu não conheço. Aparentemente o palco será de uso de alguma grande banda, mas ainda não há sinal dos músicos. Eu acho que isto deve ser para mais tarde. Pegando minha mão, Travis me leva entre cisnes na pista de dança, onde os outros convidados estão se reunindo, conversando com suas taças de champanhe.

Em direção ao litoral, encontra-se uma enorme tenda, aberta ao lado mais próximo de nós, onde eu posso vislumbrar as mesas formalmente organizadas e as cadeiras. Há tantas!

Juliana: Quantas pessoas estão previstas? – pergunto, observando o tamanho da tenda.

Travis: Acho que cerca de trezentas. Você terá que perguntar a minha mãe. – ele sorriu para mim, e e talvez seja porque eu só posso ver o sorriso que ilumina em seu rosto, mas minha deus interior desmaiou.

XxX: Travis! – uma jovem aparece fora da multidão e joga os braços em volta de seu pescoço, e imediatamente eu sei que é Kate. Ela está vestida com um elegante vestido longo de chiffon com uma deslumbrante mascara veneziana, delicadamente detalhada para combinar.

Ela parece incrível, e por um momento eu me sinto grandíssima pelo vestido que comprei, juntamente com Pietra e Nanda.

Katherine: Você deve ser a Jú! – ela me dá um abraço apertado – Você está linda! Você precisa vir e encontrar minhas amigas. Nenhuma delas pode acreditar que Travis finalmente tem uma namorada.

Eu dou uma rápida olhada, em pânico, para Travis, que encolhe os ombros de modo resignado, “eu sei que ela é impossível e eu tive que viver por anos com o seu jeito”, e ele deixa Kate me levar para um grupo de quatro mulheres jovens, todas vestidas com roupas caras e impecáveis.

Kate fez as devidas apresentações de forma apressada, três delas são doces e gentis, mas Ariel, eu acho que é o seu nome, me olha amargamente por debaixo de sua mascara vermelha.

Ariel: Claro que todas nós pensamos que Travis não tinha mais jeito – ela disse maliciosamente, ocultando o seu rancor com um grande e falso sorriso.

Kate fez beicinho para ela.

Katherine: Ariel, comporte-se. É obvio que ele tem bom gosto para mulheres. Ele estava esperando a pessoa certa, e essa não era você!

Ariel cora ao mesmo tom de sua mascara, assim como eu. Como eu poderia explicar que não era namorada de Travis? E sim só uma amiga, idiota que perdeu uma aposta, e foi obrigada a vir para esse baile?

Travis: Senhoritas, eu poderia reclamar a minha acompanhante de volta, por favor? – ele serpenteia o braço em volta da minha cintura, me puxa para seu Aldo. Todas as quatro garotas sorriem, nivelando as suas inquietações, seu sorriso deslumbrante faz o que sempre faz.

Kate olha pra mim e revira os olhos, e eu não consigo não rir.

Juliana: Foi adorável conhecê-las – eu digo, enquanto Travis me arrasta para longe – Obrigada – murmurou para ele quando estamos a alguma distancia.

Travis: Eu vi que Ariel estava com Kate. Ela é um pedaço desagradável de pessoa. – ele estremece.

Juliana: Ela gosta de você – murmuro secamente.

Travis: Bem, o sentimento não é mútuo. Venha, deixe-me apresentá-la para algumas pessoas.

Passei a meia hora seguinte em um turbilhão de apresentações. Eu conheci atores de Hollywood, dois CEOs, e vários médicos eminente. Puta merda... de forma alguma vou lembrar o nome de todos. Travis me mantém perto, ao seu lado, e eu lhe sou muito grata. Francamente a riqueza, o glamour e o próprio evento luxuoso me intimidam. Eu sempre tive do bom e do melhor, meus pais também são pessoas ricas, mas eu nunca tive esse esbanjamento, que ele tem.

Os garçons de terno branco, se movem sem esforço por entre a multidão crescente de clientes, com garrafas de champanhe, trocando o meu copo com uma regularidade preocupante. Eu não devo beber demais, eu não devo beber de mais. Repito para mim mesma, mas eu estou começando a me sentir tonta, e eu não sei se é o champanhe, ou a atmosfera carregada de misteriosa e emoção criada pelas mascaras.

XxX: Então você mora em São Paulo? – pergunta um senhor careca, com uma meia mascara de urso ou será de cão? – Ouvi falar que lá é um lugar muito lindo.

Juliana: Sim eu sou. Realmente um lugar muito lindo, Sr. Eccles. – respondo educadamente.

XxX: Senhoras e Senhores! – o mestre de cerimônias, vestindo uma mascara impressionante de arlequim em preto e branco, interrompe-nos – Por favor, tomem seus lugares. O jantar será servido.

Travis pega minha mão, e nós seguimos a multidão vibrante para uma grande tenda. O interior é deslumbrante. Três enormes, lustres jogam brilhos de arco-íris sobre o forro de seda marfim do teto e paredes. Deve haver, pelo menos, trinta mesas, e no centro, uma exposição primorosa de peônias rosa pálido, reunidas em torno de um candelabro de prata. Envolta em gaze de seda ao lado é uma cesta de guloseimas.

Travis consulta o plano de lugares e leva-me a uma mesa no centro. Kate e Grace (a mãe de Travis, que conheci enquanto era apresentada para as varias pessoas ali presente) já estão sentadas, em profunda conversa com um rapaz que eu não conheço. Grace está usando um vestido verde hortelã brilhante, com uma mascara veneziana para combinar. Ela parece radiante, sem sinal de estresse, e ela me cumprimenta cordialmente.

Grace: Jú, que delicia ver você de novo!

Travis: Mãe – ele cumprimenta-a com firmeza e a beija em ambas as faces.

Grace: Oh, Travis, que formalidade! – ela o repreende provocadoramente.

Os pais de Grace, Sr e Sra. Patterson, se juntam a nós, em nossa mesa. Eles parecem exuberantes e jovens, mas é difícil dizer sob as suas mascaras de bronze. Eles estão muito satisfeitos por ver Travis.

Travis: Vovô, Vovó, eu apresento-lhes Juliana Torres.

A Sra. Patterson avança sobre mim com uma erupção cutânea.

Sra. Patterson: Oh, ele finalmente encontrou alguém, que maravilhoso, e ela é tão bonita! Bem, eu espero que você faça dele homem honesto – ela diz, apertando minha mão.

Caralho. Agradeço aos céus por minha mascara.

Grace: Mãe, não embarace a Jú. Ela é apenas uma amiga de Travis – ela vem em meu socorro.

Sr. Patterson: Ignorem esta velha tola, meus queridos. – ele aperta minha mão – Ela acha que porque é tão velha, tem o direito dado por Deus de dizer qualquer absurdo que apareça em sua cabeça oca.

Katherine: Jú, este é o meu irmão, Shepley. – Kate timidamente apresenta um garoto jovem. Ele me dá um sorriso caloroso, e seus olhos azuis dançam com diversão, enquanto nós apertamos as mãos.

Juliana: Prazer em conhecê-lo, Shepley.

Shepley: Chame-me de Shep, Jú. – ele pisca brincalhão.

Travis e ele se cumprimentam com um abraço.

Lance e Janine, amigos de Grace, são o ultimo par na nossa mesa, mas não há ainda nenhum sinal do Sr. Malik.

XxX: Bem vindos, senhoras e senhores, ao nosso baile anual de caridade. Espero que vocês aproveitem o que temos preparado para vocês nesta noite e que vocês abram bastante os bolsos, para apoiar o trabalho fantástico que a nossa equipe faz com a Coping Together. Como vocês sabem, é uma causa que é muito próxima ao coração de minha esposa e do meu. Vou deixá-los agora com o nosso mestre de cerimônia. Por favor, sentem e desfrutem – Sr. Malik termina.

Aplausos educados o seguem, então o murmúrio na tenda começa novamente. Estou sentada entre Travis e seu avô. Eu admiro o cartão pequeno, branco com fina caligrafia prata, que leva o meu nome, enquanto um garçom acende o candelabro com uma vela longa. Sr. Malik se une a nós, beijando-me em ambas as faces, surpreendendo-me.

Sr. Malik: Que maravilha poder finalmente conhecê-la – ele murmura. Ele realmente parece muito marcante com sua extraordinária mascara dourada.

Juliana: O prazer é meu, Sr. Malik – sorrio timidamente.

Sr. Malik: Chame-me de Carrick, por favor, doce Juliana.

XxX: Senhoras e senhores, por favor, devem nomear um chefe de mesa – o Mc fala.

Katherine: Oh, eu, eu! – Kate diz imediatamente, saltando com entusiasmo, em seu assento.

XxX: No centro da mesa você encontrará um envelope – o Mc continua – Será que todos encontraram? Implore, peça emprestada ou roube um valor com maior denominação que você possa gerenciar, escreva o seu nome, e coloque-o dentro do envelope. Chefes das mesas, por favor, guardem esses envelopes com cuidado. Nós vamos precisar deles mais tarde.

Droga. Eu não trouxe nenhum dinheiro comigo. Que estupidez, é um evento de caridade! Meu subconsciente rosna para mim.

Travis pega a carteira, pega duas notas de cem dólares.

Travis: Aqui – ele diz.

Juliana: Eu te pago de volta – eu sussurro.

Eu assino o meu nome usando sua caneta-tinteiro, que é preta com uma flor branca na tampa, e Kate passa o envelope ao redor. Na minha frente eu encontro outro cartão escrito com caligrafia prata, nosso cardápio:

Baile de mascaras em auxilio da Coping Together.

Cardápio

Salmão tártaro com creme fresco

Pepino no brioche torrado

Alban estate roussanne 1006

Peito de pato assado à moscou

Puré de sunchoke cremoso

Tomilho torrado coberto com cerejas

Foie grãs

Chateauneuy-du-pape vieillcs vignes 2006

Domaine de la jannasse

Crosta açucarada chiffon

Figos cristalizados, sabayon, sorvete de bordo

Vin de Constance 2004 klein constantia

Seleção de queijos e pães locais

Alban estate grenache 2006

Café e petitis fours

Bem, isso explica o numero de copos de cristal de cada tamanho, colocado na minha frente. Nosso garçom está de volta, oferecendo vinho e água. Atrás de mim, os lados da tenda através da qual entramos, estão sendo fechadas, enquanto na frente, dois servidores puxam para trás uma tela, revelando o por do sol sobre Nova York. É uma visão absolutamente de tirar o fôlego, as luzes de Nova York cintilam a distancia e o laranja escuro, calmo, da baia reflete o céu de opala. Uau, é tão calmo e pacifico.