Eu Não Mudaria Nada Em Você - Segunda Temporada escrita por Amanda Suellen


Capítulo 1
Bem vinda a Nova York, Jujuba.


Notas iniciais do capítulo

Links nas notas finais (:



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/353843/chapter/1

Katy Perry - Teenage Dream

Eram quase duas da manhã quando chegamos ao apartamento de Travis, em nova York. O vôo foi longo e eu estava cansada, seu apartamento era grande e sofisticado. Entramos e colocamos nossas malas na sala.

Travis: Você parece acabada – ele falou me olhando.

Juliana: E eu estou, não consegui dormir um minuto se quer dentro daquele avião! – disse me lembrando do gordo no acento da frente, brigando com uma velhinha de cara amarrada. Eles discutiram a viagem toda, e eu não conseguia pregar os olhos.

Travis se aproximou de mim e me virou de costas para ele, e então começou a fazer massagem no meu pescoço.

Juliana: Obrigada – murmurei relaxando.

Travis: Por nada – ele disse se voltando para nossas malas – É melhor você tomar um banho e ir dormir.

Juliana: Hum... Onde é o quarto?

Travis: Só ir reto por ali – ele falou apontando para um corredor longo.

Juliana: Ok. – sorri agradecida.

Faz quase uma semana que estou morando com Travis, e para minha alegria não está sendo tão ruim quanto achei que seria. Hoje à noite (19 horas) seria o grande evento que ele queria que eu o acompanhasse. Entrei em uma suíte gigantesca, com uma cama boxe enorme, das janelas a gente podia ver toda a vista de nova York. Fui para o banheiro, tomar banho.

Deixei a água quente escorrer pelo meu corpo, era tão bom. Massageando o xampu no cabelo, pela sensação maravilhosa de estar finalmente em nova York.

A porta se abriu e eu dei um pulo. Automaticamente envolvi com os braços as partes do corpo que não queria que ele visse.

Juliana: Travis! O quê você está fazendo aqui?

Travis: Você esqueceu de pegar a toalha, e eu trouxe suas roupas, sua escova de dente e um creme fácil esquisito que achei na sua bolsa.

Juliana: Você mexeu nas minhas coisas? – perguntei, com um gritinho meio agudo.

Ele não respondeu. Em vez disso, ouvi ele abrir a torneira e começar a escovar os dentes: Dei uma espiada pela cortina de plástico, mantendo-a junto ao peito.

Juliana: Vai embora, Travis.

Ele ergueu o olhar para mim, com os lábios cobertos de espuma da pasta de dentes.

Travis: Não posso dormir sem escovar os dentes.

Juliana: Se você chegar a meio metro dessa cortina, vou arrancar seus olhos quando você estiver dormindo.

Travis: Não vou espiar, Jujuba. – disse ele, dando uma risadinha.

Jujuba na opinião do Travis era um apelido carinho que ele havia me dado no segundo dia que eu estava na sua casa, e apenas ele podia me chamar assim.

Fiquei esperando debaixo da água com os braços bem apertados em volta do peito. Ele cuspiu, bochechou, cuspiu de novo e depois a porta se fechou. Eu me enxagüei, me sequei o mais rápido possível, vesti a camiseta e o short, coloquei os óculos (durante o dia eu uso lente, mais de noite costumo usar meu óculos) penteei o cabelo. Vi o hidratante de uso noturno que Travis tinha levado até o banheiro e não consegui conter um sorriso. Ele era atencioso e quase gentil quando queria.

Travis abriu a porta de novo.

Travis: Anda logo, Jujuba vou apodrecer de tanto esperar aqui!

Joguei meu pente nele, mas ele conseguiu desviar, fechando a porta e rindo sozinho até chegar ao quarto. Escovei os dentes e fui arrastando os pés até o quarto. Hesitei antes de bater duas vezes, suavemente, na porta do quarto de Travis.

Travis: Entra, Jujuba. Não precisa bater. - ele abriu a porta e eu entrei. – Gostei do pijama, bem pode vir. Não vou te morder.

Juliana: Não tenho medo de você. – falei indo até a cama.

Parei um pouco, sem saber como dormiríamos. Travis saiu do quarto, cruzou o corredor e ligou o chuveiro. Virei às cobertas e puxei-as até o pescoço, ouvindo o chiado agudo da água no encanamento. Dez minutos depois, a água parou de correr e ouvi o assoalho ranger sob os passos de Travis. Ele entrou no quarto com uma toalha enrolada nos quadris. Fiquei de costas para ele enquanto ele deixava a toalha cair na frente da cômoda e vestia a cueca. Depois ele desligou a luz e deitou na cama ao meu lado.

Descansei a cabeça no travesseiro, enfiando as cobertas atrás de mim a fim de criar uma barreira clara entre o corpo dele e o meu.

Travis: Boa noite, Jujuba – ele sussurrou no meu ouvido.

Eu podia sentir seu hálito de menta na minha face, o que fez cada centímetro do meu corpo arrepiar. Ainda bem que estava muito escuro e ele não pôde ver minha reação embaraçosa, ou o rubor que tomou conta do meu rosto logo em seguida.

x

Parecia que eu tinha acabado de fechar os olhos quando ouvi o despertador, estiquei-me para desligá-lo, mas puxei a mão de volta horrorizada ao sentir uma pele morna sob os dedos. Tentei lembrar onde estava. Quando dei por mim, fiquei mortificada de que Travis pudesse pensar que eu tinha feito isso de propósito.

Juliana: Travis? O despertador – sussurrei para ele, que não se mexia. – Travis! – repeti, cutucando-o.

Como ele ainda não se mexia, estiquei a mão por cima dele, tateando sob a iluminação fraca até sentir a parte de cima do despertador. Não sabendo ao certo como desligá-lo, bati no relógio até acertar o botão soneca, depois cai bufando no travesseiro.

Travis deu uma risadinha.

Juliana: Você estava acordado?

Travis: Prometi que ia me comportar. Não falei nada sobre deixar você se deitar em cima de mim.

Juliana: Eu não me deitei em cima de você – protestei – Eu não conseguia alcançar o relógio. Esse deve ser o alarme mais irritante que já ouvi em toda minha vida! Parece o som de um animal morrendo!

Ele estendeu a mão e apertou um botão.

Travis: Quer tomar café?

Olhei irritada para ele e balancei a cabeça em negativa.

Juliana: Não estou com fome.

Travis: Bom, eu estou. Por que você não fingi que é educada e faz companhia pra mim?

Girei os pés até a lateral da cama e os enfiei nos chinelos, arrastando-me até AP porta.

Juliana: Não, obrigada. – respondi.

Travis: Aonde você vai? – ele quis saber.

Juliana: Vou me vestir e ir conhecer a cidade. O que isso te importa?

Travis se espreguiçou e então veio na minha direção, ainda de cueca.

Travis: Você é sempre tão temperamental assim, ou isso vai parar quando você acreditar que eu não estou arquitetando nenhum plano para transar com você?

Então ele colocou as mãos em concha nos meus ombros e senti seus polegares acariciarem minha pele.

Juliana: Eu não sou temperamental.

Ele se inclinou mais próximo de mim e sussurrou ao meu ouvido:

Travis: Eu prometi para o seu primo que não iria tentar nada com você, Jujuba. Não quero transar com você. Gosto demais de você para isso.

Então foi caminhando até o banheiro. Fiquei parada, perplexa. As palavras de Pietra ficavam se repetindo na minha cabeça. Travis Malik transava com qualquer uma, eu não conseguia evitar a sensação de inferioridade ao saber que ele não tinha vontade nem de tentar transar comigo.

Meu celular tocou, era a Nanda.

Inicio da ligação.

Fernanda: Acorda, dorminhoca! – disse numa voz cantante.

Juliana: Você está parecendo sua mãe, Nanda. – resmunguei, revirando a mala.

Fernanda: Aaah... Alguém passou a noite em claro?

Juliana: Ele mal respirou na minha direção. – falei em tom azedo.

Fernanda: Ah. – ela disse com um tom estranho.

Juliana: “Ah”, o quê?

Fernanda: Nada, preciso desligar. Beijos.

Fim da ligação.

Ela desligou sem deixar eu dizer nada. Fui para a cozinha, Travis estava cantarolando uma musica qualquer enquanto preparava ovos mexidos.

Travis: Tem certeza que não quer um pouco? – ele me perguntou.

Juliana: Tenho sim. Mas obrigada.

x

Eu tinha acabado de sair do banho, tinha uma toalha em volta do meu corpo e meu cabelo estava com bobs.

Travis: Comprei isto para você usar hoje – ele coloca o braço em volta de mim e estende a mão. Na palma da mão repousa uma pequena caixa vermelha com Cartier escrito na tampa. – Espero que você goste.

Timidamente eu alcanço a caixa e abro. Dentro brilha um par de brincos. Eles são lindos, simples e clássicos. O que eu iria escolher para mim, se alguma vez fosse fazer compras na Cartier.

Juliana: Eles são adoráveis – eu sussurro – Obrigada.

Travis: Você vai usar aquele vestido vermelho de cetim? – ele pergunta olha para o vestido estendido em cima da cama.

Juliana: Sim. Tudo bem?

Travis: Claro. Vou deixar você se aprontar. – ele sai pela porta sem olhar pra trás.

Eu entrei num universo alternativo. A jovem olhando para mim parece digna de um tapete vermelho. Seu vestido longo e sem alças de cetim vermelho é simplesmente deslumbrante. Talvez eu deva realmente agradecer a Pietra pro me ajudar a escolhê-lo. É ajustado e realça as curvas do meu corpo perfeitamente. Meu cabelo está caído pelos meus ombros, com cachos suaves. Eu boto um lado atrás da minha orelha, revelando os meus brincos de presente. Eu mantive minha maquiagem no mínimo, para ter um olhar natural. Delineador, rimel, um pouco de blush rosa e batom vermelho.

Eu me inclino para recolher minha bolsa de cetim dourada e vou em busca dos meus saltos maravilhosos.

Travis está de costas para mim, quando eu chego até a sala. Ele observa a grande Nova York da janela.

Juliana: Saudades de morar aqui?

Ele se virou. Caramba! Minha boca seca, ele parece impressionante... Smoking preto, gravata borboleta preta, e sua expressão quando olha pra mim é de espanto. Ele vem para mim e pega na minha mão.

Travis: Você está de tirar o fôlego, Jujuba – ele riu malicioso.

Eu coro com este elogio.

Ele vai para seu quarto e volta trazendo algo escondido atrás das costas.

Travis: Aqui, você vai precisar disso. – ele me entrega uma bolsa de veludo grande – Abra – ele diz com um sorriso. Intrigada, eu alcanço dentro do saco e retiro uma intricada máscara preta, muito delicada e linda. – É um baile de mascaras – ele afirma com naturalidade.

Juliana: Eu vejo. – Sorrio para ele timidamente – Você vai usar uma?

Travis: Claro. – ele sorri malicioso.

Juliana: Então o que podemos esperar neste evento?

Travis: Oh, as coisas de sempre. – ele diz despreocupadamente.

Juliana: O que não é habitual para mim – eu o lembro.

Travis: Muitas pessoas esbanjam dinheiro. Leilão, rifa, jantar, dança, minha mãe sabe como dar uma festa.

Juliana: Seus pais sabem que eu vou com você?

Travis: Claro. Eles estão loucos para te conhecer. – ele sorriu carinhoso.

Juliana: Espero não decepcioná-los.

Travis: Você nunca decepciona, Jujuba.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Apartamento: http://data.whicdn.com/images/56144604/tumblr_mk4en1dMxy1s7g09co1_500_large.jpg

Brinco: http://data.whicdn.com/images/55862222/64700_510409105689406_1810148494_n_large.jpg

Vestido: https://lh3.googleusercontent.com/-g_Z4cPTM244/UUt7CWsS9uI/AAAAAAAABb8/-rABn96GLzA/s400/420009_445723368846007_364779755_n.jpg

Cabelo: http://data.whicdn.com/images/56725203/388387_446985148728685_440879120_n_large.jpg

Salto: https://lh6.googleusercontent.com/-LbxKmVm0wPk/UUt61f4ukzI/AAAAAAAABa8/wtlrw9vSRkI/s720/1862_444980328920311_1901150927_n.jpg

Máscara: http://data.whicdn.com/images/55839635/BFzpUuUCIAAsoiU_large.jpg

Gostaram?