Eu Não Mudaria Nada Em Você - Segunda Temporada escrita por Amanda Suellen


Capítulo 11
Ártemis & Órion


Notas iniciais do capítulo

Só tive tempo de postar agora, sorry u.u
Espero que gostem.



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Juliana Narrando

Primadonna girl, yeah

All I ever wanted was the world

I can't help that I need it all

The primadonna life, the rise, the fall


You say that I'm kinda difficult

But it's always someone else's fault

Got you wrapped around my finger, babe

You can count on me to misbehave


Primadonna girl,

Would you do anything for me?

Buy a big diamond ring for me?

Would you get down on your knees for me?

Pop that pretty question right now, baby

Acordei com meu celular tocando, Travis já estava no banho. Peguei meu iphone em cima da cômoda e atendi:

Juliana: Alô?

Parker: Jú? Te acordei?

Juliana: Ah! – me levantei rapidamente – Oi, Parker... Não, não, eu já estava acordada. – menti.

Parker: Hum... E o que achou das rosas? – ele perguntou animado.

Juliana: Rosas? – repeti confusa.

Parker: Sim... As rosas que deixei ontem à noite pra você. Você estava dormindo quando voltei ai, mas Travis disse que entregaria.

Juliana: Ah sim! As rosas! – fingi ter lembrado – São lindas... Realmente lindas, obrigada.

Parker: Que bom que gostou. Te vejo na escola?

Juliana: Ahn, claro.

Parker: Até mais, gata.

Juliana: Até!

Desliguei e me joguei na cama, suspirando. Travis então saiu do banheiro – vestindo o uniforme do time – pegou sua mochila e seu celular, sem nem ao menos olhar pra mim. Certo, o que eu fiz? Perguntei a mim mesma.

Juliana: Oi. – disse cautelosa quando ele me olhou.

Travis: Oi. – devolveu secamente e saiu do quarto.

Olhei sem entender nada para a porta, me levantei e fui para o banheiro. Tomei um banho rápido, vesti minha roupa intima, meu uniforme escolar e prendi meu cabelo em um coque mal feito. Passei uma make fraca, peguei meu celular e minha mochila e desci. Travis estava na cozinha tomando café, junto com a Pietra e o Caíque.

Caíque: Bom dia, Jú – ele sorriu.

Juliana: Bom dia, amor. – retribui o sorriso e me sentei ao lado de Pietra. – Bom dia, vaca.

Pietra: Venho que a noite foi realmente boa – ela riu e eu corei.

Juliana: Cadê o Gui e o Rafa? – mudei de assunto vendo a cara de poucos amigos de Travis.

Caíque: Estão na escola já, tinham umas coisas pra fazer.

Juliana: Hum.

Pietra: Então não vai me contar como foi sua noite com o gato do Parker? – ela riu.

Juliana: Foi ótima, ele é incrível.

Pietra: Imagino, as rosas que ele te mandou são lindas...

Juliana: por falar em rosas – a cortei e olhei para o Travis – Onde estão as rosas que ele me deu?

Ele deu de ombros e olhou para o lixo.

Travis: Achei melhor jogá-las fora, afinal, morreriam uma hora ou outra mesmo.

Cruzei os braços furiosa, ele não tinha o direito de fazer isso.

Juliana: Você ficou maluco?

Travis: Não a pergunta aqui é: Você não vê o quão idiota é por sair com o Parker?

Juliana: Quê?

Travis: Isso mesmo – ele se levantou – Você é uma idiota por sair com ele.

Juliana: Idiota?! Idiota?! – gritei – Idiota é você por estar assim sem motivo nenhum.

Travis: Sem motivo algum? – ele riu sem humor – Jujuba, você vai se machucar e eu não quero que isso aconteça, o Parker não é bom o suficiente pra você!

Juliana: E você é por acaso? Por que até agora, o Parker mostrou ser bem diferente de você!

Travis: Você nem o conheci. Mas tudo bem, você está certa, eu não sou bom o suficiente pra você. Ninguém é. – ele falou como se sentindo dor e saiu.

~x~

Estava saindo da aula de biologia quando dou de cara com minha tia.

Juliana: Tia Patty? – falei surpresa.

Patrícia: Oi, Jú! – ela sorriu.

Juliana: O que faz aqui?

Patrícia: Vim falar com a diretora sobre um evento de caridade, que estou pensando em fazer.

Juliana: Ah sim.

Patrícia: Bom preciso ir agora. Beijos querida.

Fui para a rádio onde Pietra estava.

Pietra: Gatona – ela sorriu.

Juliana: Vadia. – me sentei ao seu lado.

Pietra: Sua tia acabou de sair daqui.

Juliana: O que ela queria? – perguntei surpresa.

Pietra: Ela me convidou para ajudá-la a organizar a lista de alunos e as suas devidas funções no evento de caridade. Como estou há tanto tempo aqui, eu conheço mais ou menos um pouco de cada um. A Patty disse que quer encaixá-los em funções que os deixem confortáveis e que tenham algo ligado ao gosto deles, para que possam ajudar sem reclamar.

Juliana: Posso ver as funções de cada um?

Pietra: Não! Só depois.

Juliana: Mas eu preciso saber com que parte eu vou ficar encarregada, afinal eu também vou participar.

Pietra: Claro que você vai ficar sabendo, assim como todo mundo, apenas no dia do evento.

Juliana: O quê? Pára Pietra… diz logo em que barraca eu vou ficar, se é que eu vou ficar em uma barraca.

Pietra: Ok, eu vou te dar apenas uma dica. Você vai cuidar de uma barraca sim.

Juliana: Que tipo de barraca? – perguntei tentando descobrir mais alguma coisa.

Pietra: Já disse que não vou contar agora, vai ser apenas no dia.

Juliana: Mas por quê? Me conta de uma vez vai! – disse curiosa.

Pietra: Não Jú! Eu já te dei uma dica.

Juliana: Me dá mais uma dica, então.

Pietra: Nem pensar, eu disse que ia dar uma dica só, não adianta tentar arrancar mais nada de mim.

Juliana: Quer saber? Eu tenho até medo de saber o que você está armando. –disse tentando ler o que ela escrevia, mas não estava dando muito certo. – Ah não! Não vai me dizer que eu vou ficar na mesma barraca que o Travis?!

Guilherme: Quem vai o que? – ele disse entrando na rádio e vindo se sentar ao lado da Pietra.

Pietra: Ela quer saber se vai trabalhar junto com o Travis. – disse rindo e lhe abraçando.

Guilherme: Relaxa Jú, você não está na mesma barraca que ele. – ele disse retribuindo o abraço dela.

Juliana: Como você sabe? – perguntei arqueando uma sobrancelha.

Guilherme: Eu vi nas anotações. Estou ajudando a Pietra nisso. – ele falou sorrindo.

Juliana: Ah… Por que ele pode saber de tudo e eu não? – murmurei cruzando os braços.

Pietra: Porque ele é o Gui… E você não é ele, então você não pode saber de nada. – ela disse debochando.

Juliana: Pietra, então me fala pelo menos com quem eu vou ficar?

Pietra: Que chata você é, Jú! Na sua barraca só precisa de uma pessoa para cuidar, então você vai trabalhar sozinha, não vai ter mais ninguém contigo. Agora deixa a gente a sós. – ela disse rindo enquanto apontava para a porta, me expulsando literalmente.

~x~

Nosso professor de literatura resolveu fazer uma surpresa pra gente e juntou nossa sala com a do 3°c – que por coincidência era a mesma dos meninos e da Nanda – ele dividiu a sala em dois lados, a minha contra a deles.

Professor: Bem, hoje vamos fazer um debate sobre os grandes deuses da mitologia grega.

Alguns alunos reclamaram enquanto outros ficaram animados.

Caíque: Vai valer nota?

Professor: Sim. Cada resposta certa é um ponto. Se errarem perde um ponto e a sala adversária ganha um. Entenderam?

Todos: Sim!

Professor: Ótimo. Srta. De La Cour? – ele chamou e a Nanda levantou a mão - Qual era o nome da deusa do amor, sexo e beleza? – perguntou a ela.

Fernanda: Afrodite. – sorriu.

Professor: Muito bem, certa resposta. – ele olhou a chamada novamente – Sr. Maxfield? – Lucas levantou a mão – Os principais seres mitológicos da Grécia Antiga eram?

Lucas: Heróis, Ninfas, Sátiros, Centauros, Sereias, Górgonas e Quimera.

Professor: Muito bem. Srta. Marquez? – chamou uma garota do terceiro – Qual era o nome da górgona que transformavam os homens em pedra com apenas um olhar?

XxX: Medusa.

Professor: Muito bem. Sr. Fontinelly? – chamou o menino da minha sala - Hera era Deusa do que?

XxX: Dos casamentos e da maternidade.

Professor: Muito bem. Sr. Happis? – Rafa levantou a mão – Quem era o Deus dos mares?

Rafael: Poseidon.

Professor: Muito bem. Essas perguntas foram fáceis, vamos para as difíceis. Srta. Mitchell? – chamou a Pietra – Quem eram os pais do Deus Apolo?

Pietra: Zeus e Leto.

Professor: Muito bem. Sr. Cortez? – Caíque levantou a mão – Qual era o nome da irmã gêmea de Apolo?

Caíque: Ártemis ou Diana.

Professor: Muito bem. Quem ela era? – perguntou para o Caíque novamente.

Caíque: Deusa da caça... – ele passou a mão na nuca – e das amazonas? – respondeu em duvida.

Professor: Errado. – levantei a mão para responder – Srta. Torres?

Juliana: Era Deusa da caça e da serena luz. Ártemis foi a mais pura e casta das Deusas da Grécia antiga.

Professor: Muito bem. Apolo, seu irmão gêmeo, era Deus das Musas também e Ártemis?

Juliana: Deusa das Ninfas.

Caíque: Ah claro... Das ninfas. – ele falou lembrando – mas então quem era a Deusa das amazonas? – perguntou confuso e todos riram.

Travis: Hipólita era rainha das amazonas.

Professor: Isso mesmo Sr. Malik. Creio que você saberá me dizer, quem foi Órion?

Travis: O Herói Órion, era um grande caçador, filho de Poseidon e Gaia,

Professor: Muito bem. Por quem ele foi amado?

Travis: Eis a questão ele não foi. – ele disse e todos riram.

Levantei a mão.

Professor: Srta. Torres?

Juliana: Ártemis.

Travis: Como é?  - ele perguntou.

Juliana: Ele foi amado por Ártemis. – expliquei.

Travis: Na verdade o que ela sentia por ele, não podemos dizer que era amor.

Professor: E por que não Sr. Malik?

Travis: Ora ela o matou. – ele falou como se fosse obvio.

Juliana: Ela não sabia que era ele. – retruquei.

Travis: Ah claro, por que ela era cega e não conseguiu identificar o que era o “ponto preto” que tinha que acertar né?

Juliana: Ela estava longe, Travis! Não dava pra saber o que era!

Travis: Não interessa. Ela matou o cara que ela dizia amar!

Juliana: A culpa foi do irmão dela e não dela. Se ela soubesse que era Órion, nunca, ouviu bem? Nunca teria atirado aquela flecha! – falei irritada. Eu realmente acreditada no amor de Ártemis por Órion, e sempre o defendi, não importando o que as outras pessoas dissessem.

Travis: Como você pode ter tanta certeza? Duvido que já tenha estado numa situação dessas.

Juliana: Nunca estive, mas acredito que quando amamos alguém cuidamos dela, e não a matamos. Ártemis não atiraria a flecha se não fosse por Apolo.

Travis: Você está sendo injusta com Apolo, afinal, ele não a obrigou a atirar.

Juliana: Não obrigou, mas a enganou. O que dá no mesmo.

Travis: Ok, digamos que você está certa, o que Ártemis fez depois que viu que era Órion? Simplesmente pediu para seu pai, Zeus, transformá-lo em uma constelação, grande prova de amor. – ele disse indignado.

Juliana: O que mais ela poderia fazer? – perguntei sentindo uma dor enorme no peito – Ele havia morrido, o único homem que ela amou na vida, havia morrido e ela era a culpada, por assim dizer. Transformá-lo em uma constelação não foi apenas prova do amor dela por ele, mais também um jeito de mostrar a todos do que o Deus do Sol, Apolo, era capaz. Foi o único jeito que ela encontrou pra mostrar aos Deuses e aos humanos, o quanto ela o amava.

Travis ficou me encarando, meu coração estava apertado e uma vontade horrível de chorar tomava conta de mim, afinal o que estava acontecendo comigo? Todos nos olhavam, curiosos e surpresos.

Rafael: Apolo hein? Sempre estragando tudo! – ele brincou e depois piscou para a Nanda, que o encarou carrancuda.

Fernanda: Não vejo graça. – falou brava.

Rafael: Ah qual é? Você sabe que seu irmão adora ver as pessoas infelizes, e se pudesse já teria feito o mesmo com o Math e com você.

Professor: Ok, ok. Srta. Torres e Sr. Malik, agradeço a opinião de vocês e os argumentos fortíssimos que usaram, realmente estou orgulhoso por mostrarem tão interessados na aula. Mas eu gostaria que não houvesse exatidões aqui. E Sr. Happis, fazer comentários ofensivos para com a colega não é nada legal.

Rafael: Desculpe, Nanda.

Nanda deu de ombros e Math a abraçou, o professor então chamou uma garota loira para responder.

Guilherme: Você está bem? – o ouvi perguntando ao Travis.

Travis: Vou ficar. – ele então levantou a mão e o professor o olhou.

Professor: Sim, Sr. Malik?

Travis: Posso ir ao banheiro?

Professor: Não demore.

Travis saiu da sala, e eu levantei a mão, o professor me olhou agora um pouco irritado.

Professor: Não me diga que precisa ir ao banheiro também, Srta. Torres?

Juliana: Na verdade... Eu preciso ir à enfermaria. – disse me levantando.

Professor: Se senti mal? – ele perguntou agora preocupado.

Minha cabeça girava e eu sentia uma vontade terrível de chorar, meu estomago estava revirando, coloquei a mão na boca e sai da sala correndo. Entrei no banheiro feminino e me joguei para o chão, colocando a cabeça de frente a privada e comecei a vomitar.


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Notas finais do capítulo

Deve haver erros ortográficos, não revisei.
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