O Baile Em Silverydew escrita por Coruja Laranja, Lady Cinis


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

NÓS NÃO ABANDONAMOS A FANFIC, ELA FOI REESCRITA EM UMA ONE SHOT CHAMADA "RECOMEÇO" (link https://fanfiction.com.br/historia/726755/Recomeco/ )

Mil perdões pela demora! Obrigado a todas as leitoras maravilhosas que deixaram comentarios. Vamos tentar postar uma vez por semana, mas se demorarmos por favor nos avisem por mp, pois as vezes agente esquesse a quanto tempo postou o ultimo cap, e 3 dias são na verdade 3 semanas.



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P.O.V. Maria

Eu olhava de um lado para o outro, impaciente. Já cansada da demora de todos para acabarem seus pratos, ansiosa para finalmente poder sair da mesa. Fazia uma semana desde meu ultimo encontro com Pisco, e como era muito arriscado ele ir pelos túneis já que Zacarias aparentava ter um enorme apreso por caminhar por eles, desta vez iríamos nos encontrar na floresta.

Quando Srta. Heliotrópio deu sua ultima garfada me levantei subitamente, causando um grande barulho e assustando a todos, pois estivera quieta durante todo o jantar.

—Com licença, mas vou me recolher.- Pronunciei.

—Mas já? Esta cedo. - Questionou meu primo.

—Eu sei, mas estou realmente exausta. - Respondi tentando passar verdade e confiança em minhas palavras.

—Esta bem... -Disse ele ainda desconfiado.

—Loveday? - Perguntei, contendo a vontade de sair correndo as escadas, pois faltavam somente 10 minutos para a hora marcada.

—Mais é claro. - Ela respondeu, sorrindo.

—Srta. Heliotrópio? - Perguntei quase fazendo bico. Quase.

—Maria, as normas de etiqueta dizem claramente que... -Começou ela ajeitando o óculo. Mas foi interrompida por mim:

—Por favor, estou fraca de cansaço. - Falei com voz de doente.

Ela olhou para os lados a procura de ajuda, mas como não a conseguiu, me liberou:

—Esta bem.

—Obrigado, obrigado. Boa noite a todos. - Falei contendo um gritinho eufórico.

Subi correndo as escadas, meus passos ecoando auto, enquanto fazia o percurso. Ao chagar, me troquei o mais rápido possivel, colocando um vestido de cavalgar, que era mais resistente, fiz um "clone" meu com travesseiros e o cobri com cobertas.

Desci pela janela, me sentindo como se fosse Marmaduke, e me pus a correr. Sem surpresa nenhuma, Wrolf me seguiu.

Ao chegar no lugar marcado, a árvore de entrada para a caverna onde o primeiro Coqc de Noir viveu por muitos anos, encontro Pisco sentado no chão, mirando o horizonte.

O abraço por traz, o que o assusta no começo, mas quando sussurro um "Desculpe o atraso" em seu ouvido ele se vira e me beija.

—E posso saber porque a senhorita atrasou? - Perguntou rindo.

— Os outros comeram excepcionalmente devagar hoje e eu tive de esperar. - Respondi.

—Por que? - Ele parecia genuinamente confuso ao perguntar.

— Etiqueta, oras. - Respondi.

—Ah... - Falou ele revirando os olhos, deixando claro seus sentimentos sobre excesso de bons modos.

ROUF

Um latido de Wrolf o assustou, o fazendo dar um pulo sentado.

—Tudo bem Wrolf, Pisco é amigo.- Falei para o mascote de Sir. Benjamin

O leão cheirou Pisco por alguns segundos antes de lamber-lhe o rosto.

—Ele gostou de você!

Pisco deu uma risadinha sem-graça e se encolheu levemente ao toque de Wrolf.

—Tem certeza de que ele é um cachorro? - Perguntou-me Pisco.

—Claro que não é um cachorro, é um leão. Isso de cachorro foi invenção de meu primo.

Acho que não deveria ter falado isso, pois ele pareceu muito mais desconfortável com Wrolf.

Aparentemente estávamos seguros pois o leão se foi após uns 10 minutos, e Pisco suspirou aliviado.

Me sentei ao seu lado e ficamos vendo o por do sol.

Já havia escurecido quando ele falou:

—Você fica linda a luz do luar.

—Obrigado - falei corando -, é realmente lizongeo vindo de um namo... - Me contive, por constatar que não estávamos oficialmente juntos.

Ele corou também, e falou:

—Você se considera minha namorada?

—B-bom... si.. nã...

Eu não tinha resposta para aquela pergunta.

Ele olhou para baixo. e tomou fôlego. Ao voltar a me encarar, disse:

—Maria Merryweather, você gostaria de namorar comigo?

Eu abri um largo sorriso.

—Sim

Começamos a nos beijar quando ouvimos passos e gritos vindos de algum lugar mais a dentro da floresta.

Eu olhava assustada para os lados quando Pisco levou a mão a testa, e murmurou irritadamente:

—Porque não podem passar um dia sem ficar bêbados e estragar a minha vida?

Quando as vozes se aprossimaram mais, o cheiro do álcool se tornara quase insuportável. Tapando o nariz eu disse:

—Como você aguenta eles?

Mas Pisco não teve tempo de responder, pois agora a sinueta dos homens já era visível.

—Rápido, entra la dentro! - Berrou M.E.U. novo novo n.a.m.o.r.a.d.o., me levando para dentro da caverna e tapando a entrada com raízes.

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Respiramos com o mínimo de barulho possível, enquanto ouvíamos as vozes se afastarem.

Sentei no chão com as costas apoiadas em um canto da caverna e Pisco se sentou ao meu lado. Eu estava sorrindo, cheia de adrenalina, enquanto ele parecia preocupado. Eu já ia começar a acalma-lo quando uma expressão maliciosa se formou em seu rosto.

—Onde nós estávamos antes de sermos interrompidos, mesmo? - Perguntou.

Eu ri de boca fechada e me aproximei dele. Fomos nos aproximando mais e mais, até que nossos lábios se encontraram. Como sempre, foi maravilhoso sentir o calor de seu corpo, sentir seu cheiro, o gosto de seus lábios...

Estava justamente pensando nas coisas com quais eu deixava de me preocupar durante este divino momento quando o óbvio me vem a mente.

—ENTENDI! É VOCÊ, PRECISA SER VOCÊ!- Berrei, me afastando bruscamente.

—O que? - A expressão perplexa dele estava tão engraçada que não consegui deixar de rir.

— É sério, o que foi? - Persistiu.

—A profecia. - Falei como se isto explicasse tudo.

Ele parecia ligeiramente envergonhado ao falar:

— Bom... tudo o que me contaram é que o antepassado dos Merryweather matou o nosso e que as pérolas foram roubadas pelos mesmos. Poderia me contar, por favor?

— Claro , afinal você é MEU namorado.- Falei, sorrindo ao pronunciar aquelas magicas palavras.

Eu me sentia de volta a igreja, cercada de crianças enquanto resumia o que ouvi:

—Séculos atrás, Sir. Wrolf Merryweather ganhou o lote de terra que hoje corresponde ao solario onde moro, Silverydew, os parques de Moonacre e os campos e bosques que cercam o vilarejo, por atos de bravura. Apesar de ser um homem bom, era extremamente ganancioso e tinha em mente de que tinha direito de ter tudo o que desejasse.

A colina do paraíso e o mosteiro no alto dela, pertenciam aos monges, entretanto Sir. Wrolf os desejava. Por isso, quando o rei foi visita-lo, Sir. Wrolf pediu ao rei para que expulsasse os monges e lhe desse as terras, e o mesmo aceitou, pois Sir. Wrolf salvara sua vida três vezes.

Entretanto tudo isso não foi o bastante para ele que também queria as colinas em torno do vale, a floresta sombria e a baía, as duas ultimas na posse de seu antepassado, Sir, Guilherme Coqc de Noir, também conhecido como Guilherme, o sombrio, por conta de um galo preto que era emblema de sua família.

Pisco resmungou de modo rabugento algo sobre chutar traseiros recém depenados quando ouviu a parte do galo.

Continuei:

—Apesar de todas as suas tentativas, Sir. Wrolf não conseguiu nem comprar nem convencer o rei a dar as terras para ele. Então Sir. Wrolf e Sir. Guilherme começaram a se insultar o que gerou grande discoridia, pois as pessoas em Silverydew começaram a tomar partido de um deles.

Vendo que a violência não surgira efeito, Sir, Wrolf decidiu usar a inteligencia. Gradualmente, para não levantar suspeitas, fingiu mudar seu comportamento até que pediu desculpas a Sir. Guilherme. Depois disso começou a cortejar sua bela e única filha, com o intuito de se casar com ela para que quando Sir. Guilherme morresse, ele ficasse com suas terras.

Os cabelos claros como prata, a pele alva como leite e os olhos cinza-prateados fizeram com que todos chamassem a garota de Princesa da Lua.

Apesar de no começo não ligar para ela, a Princesa da Lua era tão encantadora que Sir. Wrolf se viu tão apaixonado por ela quanto ela estava por ele.

Sir. Wrolf deu para sua amada um unicórnio branco vindo do mar. O unicórnio tinha ficado preso a espinheiros e por isso não conseguiu desaparecer como seus companheiros.

A princesa deu a seu noivo um Leão com uma leve aparência de cachorro.

Sir. Guilherme deu a sua filha um colar de pérolas cor da lua que fora de sua mãe.

Tudo estava bem até que Sir. Guilherme se casou de novo e teve um filho, que seria o novo herdeiro, o que fez com que Sir. Wrolf se enchesse de amargura.

Como deixou transparecer esta amargura a princesa da lua logo percebeu que fora enganada e passou a nutrir um profundo ódio pelo marido.

Após certo tempo eles também tiveram um filho, mas já era tarde demais para seu casamento. A criança fora uma grande decepção para a princesa, pois era muito parecido com o pai, e por esta razão, não conseguia ama-lo.

A princesa começou a fiar com ódio de tudo e todos, e se isolar, somente com a companhia do cavalinho branco, cada vez mais.

Sir. Wrolf e Sir. Guilherme voltaram a ser inimigos e as brigas recomeçaram. Entretanto Guilherme, o Sombrio, desapareceu, seu filho foi dado como morto e sua esposa voltou para sua terra natal, deixando assim, as terras para Sir. Wrolf.

Não aguentando mais viver com o marido, pois o culpava pelas mortes, a princesa da lua desapareceu.

Então uma vez a cada geração uma nova Princesa da Lua retorna ao solario e vive feliz, até que uma briga a faz ir embora. Mas diz a lenda que algum dia, uma delas terá capacidade o bastante para engolir o orgulho e aceitar a ajuda e o amor de quem todos menos esperam.

Ao fim da narrativa, Pisco parecia chocado.


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Notas finais do capítulo

Muiticimo obrigado por lerem, por favor deixem comentarios e se o mundo sobrenatural for interessante para vocês, por favor confiram nossa nova fic:
http://fanfiction.com.br/historia/366519/Overnaturlige-os_Sobrenaturais
Obrigado de novo.
Beijos de chocolate.
Gi e Carol.