Uncontrollable Desire escrita por IzzFN


Capítulo 11
Criminal Record


Notas iniciais do capítulo

Não me matem, tentarei me explicar nas notas finais.



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POV Katniss

Eu, diva, linda, gata, perfeição, terror das recalcadas, fui presa. Ai meu Zeus, como vou sobreviver agora sendo uma criminosa? De Capitã Gancha para infratora das leis do país. Tudo culpa daquela vadia da Sininho que não quis me levar junto com ela. Quando eu pegar ela, vou bater até ela ficar morena. Agora eu tô aqui na cadeia, sem Gancho, sem Peter Pan, sem Nemo. Só com minha dignidade ferida, meus irmãos e minha ex-melhor amiga. Ex, pois ela nem trouxe dinheiro o suficiente pra pagar minha fiança.

- Hey, tu aí de farda. É tu mesmo. Venha cá. Eu sou uma cidadã honesta, pago meus impostos em dia, não dirijo bêbada e nunca roubei na vida. Eu tenho meus direitos e vou usá- los. Tá entendendo ou quer que eu desenhe? – O homem me olhava como se eu fosse louca. – Eu exijo um telefonema. Eu exijo. AGORA. Senão eu quebro essa cadeia. – Bati o pé no chão e coloquei a mão na cintura.

- Eu fui presa. Eu vou chorar. Eu vou morrer. – Clove choramingava sentada no chão com os cotovelos nos joelhos e segurava a cabeça com as duas mãos. – Eu sou tão jovem pra morrer. Quero ficar bem na foto de presidiária. Nem que use photoshop.

- Olha, um brilho. Não creio! É um unicórnio que morreu e virou purpurina. Vem ver Cato. – Prim perseguia um treco. – Ele tá falando comigo. Vem escutar.

Cato sentou ao lado de Clove e ficou tentando consolar a pobre moça. Tava tão fudido quanto ela e vem passar otimismo. Povo hipócrita.

- Tá bom, dona. Eu deixo você fazer uma ligação, mas tem que ser rápido. – O policial abriu a cela e começou a me levar até o local em que ficava os telefones.

- Dona é o cacete. Essa gente tá com mania de me chamar de velha. Velha é a vó de vocês. – Peguei o telefone e disquei o número de Gale.

E quem se importa se era uma hora da madrugada e ele devia está fazendo coisas ilícitas com a namorada dela. Você? Porque eu não dava à mínima. No terceiro toque ele atendeu com uma voz de sono.

- Alô?

- Não diga alô. Diga eu gosto de chá. – Ri, pois sou ótima em piadas. – Sou eu, a Katniss Linda. Gale, meu lindo, eu tô presa. Eu sei que você deve está se perguntando como uma pessoa tão integra foi presa. Também não sei. Jogaram uma macumba em mim, um urubu cagou na minha cabeça... Não sei. Vem me soltar. A Prim, o Cato e a Clove tão aqui também. Tchau, beijo. Não precisa agradecer por ouvir minha voz. Te amo. A prisão é aquela perto da Broadway. Ai espera, a gente não mora em New York. É essa que tem perto da boate Gloss Night. – E desliguei na cara dele. Vai que ele falava que não vinha.

Fui dançando até a minha cela, pois sou diva até na cadeia. Passei pelo guarda e perguntei se podia pegar uma xícara de café. Peguei meu café e entrei em minha humilde cela. Humilde mesmo. A bichinha só tinha um colchão e uma janelinha, nem papel de parede tinha.

- Liguei pro Gale. Ele vem nos tirar daqui.

- Era o mínimo que você podia fazer depois de me prender. – Clove resmungou.

- TPM? Só sabe reclamar. Pensei que depois de se acertar com Cato ia melhorar esse seu humor. – Falei dando um gole no meu café.

- Quem te disse que eu me acertei com Cato? Quem te disse que eu tenho TPM? Quem te disse que você pode falar comigo? – Ela fez a cara da órfã.

- Não faz essa cara, gnomo. Se você é a órfã, eu sou a Samara. Sou uma bêbada que eu sabe das coisas. – Sentei no colchão ao lado de Prim e ficamos cantando as músicas de Encantada.

Cerca de meia hora após eu telefonar para Gale, vocês não sabem quem entrou na delegacia. Sim, ele mesmo. Ian Somerhalder, só que não. Era o diabo do Peeta.

- Que é que você quer aqui? Foi preso também? Nem ser presa eu posso mais que você me segue. Cadê o Gale? – Perguntei me levantando e ficando próxima grade para falar com Peeta.

- Eu estava dormindo quando uma louca embriagada me liga, me chamando de Gale e pedindo para eu vir tirar ela da cadeia. E claro que aquela voz irritante só podia ser sua. – Peeta falou enquanto se recostava nas barras de ferro da minha cela.

- Olha aqui, sua gazela mal-vestida, não sou louca, estou sóbria e minha voz parece um coro de anjos. Gente invejosa é o fim. – Coloquei as mãos na cintura e joguei o cabelo pra trás. – E já que você veio até aqui só pra me seguir, faça o favor de me tirar dessa cadeia pão com ovo, onde só tem guarda feio e mal educado.

- Eu tava até felizinha quando fui presa. Sempre imaginei que nessas cadeias tinham uns policiais gatos, altos, sensuais, pura enganação. – Prim reclamou cruzando os braços.

- E você ainda é presa com uma criança desse tamanho, Katniss? – Nem preciso dizer que foi o metido do meu chefe querendo dá lição de moral sem ter nenhuma.

- Ela não é criança. Tem quase 18 anos, ela só é desse tamanho porque esqueceu de crescer.

- Falou a alta. Foi mal aí, Kobe Bryant. – Era só falar em altura que Clove se alterava.

- Não sou alta, mas sou maior que vocês. Tocos de amarrar jegue. – Mostrei a língua para as recalcadas.

- O Cato é o único que pode falar de altura aqui. – Clove respondeu enquanto acariciava os cabelos de Cato que estava deitado nas pernas dela.

- Lá vem ela meter o Diabo loiro. Ai o Catinho isso, ai o Catinho aquilo. E blá blá bla... – Me cansei de discutir e virei para Peeta que parecia se divertir com nossa discussão. – Sim, vai pagar ou não? Quero dormir! Eu trabalho amanhã.

- Vou pagar, pois tenho pena dos seus irmãos por dependerem de uma louca que nem você. – Ele se virou e foi embora. Como se eu fosse um nada.

- Eu não sou louca. Não me dê as costas, Peeta Mellark. Eu estou falando com você. – Berrei com o rosto entre duas barras e as segurando com força.

- Me sinto em um hospício. – Clove murmurou, mas sou uma boa ouvinte e consegui ouvir. Há!

- Tem certeza que ainda vai querer entrar para a família? – Meu irmão é burro de perguntar isso. Vai que a moça diz que não.

- Por você eu entraria até num poço cheio de caranguejos. – Falou e sorriu para ele. Fofos, mas não estou de bom humor.

- Mentirosa, o máximo que você entrava por ele era no shopping. – Sou sincera, beijos.

- Cadê a lista? – Cato indagou com as sobrancelhas arqueadas.

- Que lista, criatura? – E ainda era eu que estava bêbada.

- A lista de quem perguntou sua opinião.

- Hahahahahá. Tá ficando muito tempo no facebook. Seu cérebro vai atrofiar e a Sininho não vai te levar pra Nárnia.

- Deixa de ser burra. Pra entrar em Nárnia é pelo guarda-roupa. A Sininho mora em Andalasia. – Prim respondeu.

- Suas antas. Quem mora em Nárnia é o Sr. Tumnus, a Giselle mora em Andalasia, a Sininho mora na Terra do Nunca. – Clove nos corrigiu com um ar de sabe tudo.

- Porque a Sininho mora na casa do Michael Jackson? O Peter Pan expulsou ela de casa? – Cato não era meu irmão.

- Deixa pra lá. – Clove respondeu revirando os olhos.

Peeta voltou com um guarda que abriu nossa grade e disse que podíamos sair. O agradeci como a boa dama que sou e deixei que o meu chefe nos guiasse até seu carro, não podia negar que ele foi gentil de vir me resgatar. Fui no bando da frente, o carro de Peeta era lindo, preto e parecia caríssimo, quase cheirava a dinheiro.

- Peeta, você acha que o Sr.Tumnus aceitaria tomar uma xícara de chá comigo? – Perguntei olhando para a sua cara da confusão.Ele era ainda mais linda a luz do luar. Credo, não acredito que pensei uma coisa brega dessa.

- Claro, você é uma pessoa adorável. – Respondeu sem usar ironia.

- Obrigada! – Me calei.

Seguimos em silêncio até minha casa e ao chegar beijei sua bochecha em agradecimento e subi para meu quarto. Aquela noite foi boa. Troquei minha roupa por uma mais confortável e adormeci. Talvez Peeta não fosse tão ruim.


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Notas finais do capítulo

Demorei muito né? Geeeente, fiquei me sentindo tão culpada por não postar, mas a escola me consumiu nos últimos dias. Me matei de estudar.
Tenho uma boa e uma má notícia, vou dá primeiro a má. Não vou poder postar nas férias, vou viajar pra casa da minha vózinha e lá não tem internet. A boa é que vou postar um bônus até sexta com POV Clove sobre o primeiro beijo dela com o Cato, que não aconteceu.
Quando voltar juro que posto um capítulo enoooooooorme.
Mil desculpas, não queria ficar sem postar, mas não posso fazer nada, só vejo minha vó uma vez por ano.
Me digam o que esperam da história que é pra eu ter uma noção do que vocês querem que aconteça, afinal escrevo a fic pra vocês.
Beijos e me desculpem.