Uncontrollable Desire escrita por IzzFN


Capítulo 10
One Crazy Night


Notas iniciais do capítulo

Dedico o capítulo para a fofa da Iana Salvatore que recomendou a fic. Beijos, flor.
Prim ->http://www.polyvore.com/cgi/set?id=84803431&.locale=pt-br
Katniss -> http://www.polyvore.com/katniss_party/set?id=84808912
Clove -> http://www.polyvore.com/clove_party/set?id=84811779



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POV Katniss

Eu sou uma retardada mental. Concordei em sair com Clove, tudo bem, afinal era algo que sempre fazia, mas quando eu era uma pessoa desempregada e desocupada. Essa vida de responsabilidade não é pra mim. Deus, oh Deus, por que me fizeste pobre? Se for porque eu já sou linda e seria injustiça também ser rica, eu lhe perdoo, pois amo ser linda. Beijos pra você que é feia e  pro seu recalque.

Eu vou sair com Clove e Cato, não podia deixar minha amiga, sozinha, era só voltar pra casa cedo. Isso, voltar cedo. Eu não ia ficar de vela sozinha, nem ia sair compartilhando germes com ninguém, por isso decidi chamar Prim e Gale para ir conosco. E Cato, ainda não o avisei. Desci as escadas e os encontrei na sala, jogados no sofá assistindo uma série qualquer. Não me interessava, não tinha nenhum ator bonito.

- Olá querida família, tenho um comunicado a fazer. – Falei usando meu melhor tom de Barack Obama. – Clove chamou Cato para ir numa balada.

- Deus finalmente atendeu minhas preces. – Cato gritou se ajoelhando no chão e jogando as mãos para o alto. – Obrigado, Senhor, juro que vou cumprir minha promessa e parar de assistir vídeos pornôs.

- Eca! E o que eu tenho a ver com o Cato? Só porque somos gêmeos não significa que eu queria saber da vida dele. – Prim disse enquanto chutava a cabeça de Cato.

- Que bom pra você. Quer palmas agora? – Gale ironizou com tédio.

-Você sabe ser irônico, Gale? Que avanço para o mundo. Eu não vou ficar de vela sozinha, vamos comigo meus queridos irmãos?

- Balada na segunda? Sim ou claro ou obviamente ou com certeza? – Prim já corria escada acima para se arrumar.

- Eu não vou, tenho um encontro. – Gale informou com ar pomposo.

- Quem é a vítima? Ou a doida? – Olhei feio para Cato que se corrigiu. – Digo, a sortuda.

- Prefiro informar somente quando se tornar um relacionamento sério.

- Ou seja, nunca. Vou tomar banho. Partiu, banheiro. – Cato subiu para seu quarto cantando uma versão de uma música do Queen que dizia I’m the Champion.

- Não liga para eles, você é tão gato quanto eu. – Falei dando um beijo na bochecha de meu irmão mais velho. – Tchau, Galenho.

- Para com esse apelido, Catnip. Parece Galinho. Me sinto o Chicken Little. Vá tomar banho, você está fedendo.

Mostrei minha língua para ele e fui em direção ao meu banheiro. Prendi meus cabelos, eu não ia molhar a noite, ia ficar fedendo e perder todo o brilho e maciez. Tomei um banho rápido, e fui somente de toalha escolher a minha roupa. Peguei um vestido vermelho, eu simplesmente amava vermelho, todas as roupas que usava tinham alguma coisa dessa cor. Quando criança minha mãe sempre colocava um laço vermelho em meus cabelos, aquela música girl on fire foi feita para mim. Fiz minha maquiagem, peguei a bolsa com tudo que achei necessário e fui para o primeiro andar. A sala estava vazia e Gale provavelmente já teria ido ver sua namorada misteriosa. Clove não disse a horas em que viria até minha casa, mas provavelmente seria às 7:30h, minha amiga sempre marcava a essa hora.

Prim desceu primeiro que Cato, ele sempre era o último a ficar pronto, segundo ele tanta perfeição demorava um pouco para ficar pronta. Ficava ajeitando o cabelo, trocava mais de roupa do que eu. Nem preciso comentar que Prim estava vestida de rosa, Prim e pink eram sinônimos. Parecia uma morta viva pelo vestido ser da sua cor, mas uma bonita.

- Tô gata né?! Eu sei. Prepara que agora é hora do show da Primderosa. – Cantava enquanto fazia um rebolado estranho levantando as mãos.

- Quando você diz Primderosa quer dizer que você está de rosa? – Cato perguntou enquanto descia a escada pelo corrimão.

- Não, Prim + Poderosa = Primderosa. – Explicou como se fosse a coisa mais óbvia do universo.

A campainha tocou, me salvando de uma discussão enorme e sem o menor sentido que aqueles dois iriam iniciar. Era Clove, com seu estilo rebelde, os cabelos estavam com umas mechas coloridas, gente doida é assim mesmo.

- Heloooou, família. – Cumprimentou animadamente. – Oi KatCat, você continua menos bonita que eu. – Falou enquanto me abraçava. – Prim, querida, quase fiquei cega com tanto roxo em uma só pessoa. – Deu dois beijinhos em Prim. – Cato, como vai? – Ela perguntou um pouco tímida.

Cato a abraçou, ela era muito menor que ele, mesmo com aquele salto imenso. Ele a levantou para que ficassem da mesma altura e cheirou os seus cabelos. Tão fofos juntos. Prim e eu fizemos corações com as mãos uma para a outra e fizemos carinha de: Ownti.

- Melhor agora. – Cato respondeu. Deus, me mande um exemplar dessa espécie de homem, please.

- Que bom que tá tudo melhor. Agora vamos embora que eu quero beber até esquecer que levei um fora daquele gato. – Prim falou enquanto pegava sua bolsa e ia em direção a porta. – Vou ficar com o cara mais gato que eu vê e nunca mais vou sofrer por loiros. Me ouviram? NUNCA! – Saiu batendo a porta atrás de si.

- Ela levou um fora? – Perguntei para Cato.

- Ele era gay e Prim não tem o que ele gosta. Sabe como é.

Vou poupar de contar sobre o caminho até a boate, foi chato, Prim e eu fomos atrás comentando sobre o quanto o ator que faz o Thor era lindo e Clove e Cato foram se encarando na frente. Chegando a boate não precisamos enfrentar fila, afinal estávamos com uma Kalt, ao chegar o casal fofura sumiu e fui para o bar com Prim. Esqueci-me de que pretendia não beber e enchi a cara mesmo.

- Prim, você tá vendo esse brilho na nossa frente? – Perguntei enquanto espremia os olhos para enxergar melhor.

- Sim, e não é um brilho, sua burra. É a Sininho. Não tá vendo os sapatos fofos?

- Sério? Sininho, me leva pra Terra do Nunca? Se o Capitão Gancho for igual em Once Upon a Time, eu quero ir agora, me leva, por favor? – Eu ia ser a Capitã Gancha, que legal.

- Não vai embora, Sininho. Eu também quero ir pra Terra do Nunca. O               Michael Jackson tá lá? Foda-se, essa vadia não quer me levar. Vou procurar o Peter Pan. – Prim estava se levantando quando começou a tocar uma música muito musicalmente dançante.

- Vamos dançar, Prim? Dança comigo, a gente faz a dança de As Branquelas. – Entrelacei meu braço ao dela e fomos para a pista de dança.

Um sujeito veio querendo me agarrar, quem ele pensa que eu sou? Uma dessas qualquer?

- Hey, como assim você chega se esfregando? Tem que ter dialogo, pagar um jantar, levar flores! – Gritei revoltada. – Você pensa que eu sou sua mãe?

- Eu vou é sair de perto de você, sua doida. – Falou enquanto se afastava.

- É bom mesmo. – Voltei a dançar imitando a Nicole. Aquela que eu não sei falar o sobrenome.

Prim se agarrava com um bofe escândalo do meu lado. Senhor, porque só eu que não arranjo um bofe escândalo? Já sei o que vou fazer.

POV Clove

Assim que chegamos à boate, Cato  e eu fomos para uma área reservada, tínhamos muitos assuntos para resolver.

- Então, o que você queria falar comigo? – Indagou enquanto se sentava em um puff e me olhava. Ele sentado era quase da minha altura. Trágico.

- Sabe, eu sei que errei em te desprezar, mas foi medo. Medo de me entregar e não ser tudo aquilo que eu esperava. – Falei logo antes que perdesse a coragem. – Eu nunca me entreguei antes, nunca senti o que sinto por você, com ninguém. Eu já fui abandonada pela minha mãe, eu não aguentaria ser abandonada novamente, principalmente por uma das pessoas que eu considero mais especial... – Eu continuei falando e falando até que Cato resolveu se levantar e se aproximar com o sorriso mais lindo que já vi em minha vida.

- Clove, você é uma das pessoas mais pessoais que já conheci. Na primeira vez que eu te vi, soube que era com você que eu iria passar o resto da minha vida, ter filhos tão lindos quanto eu, uma mansão e um elefante de estimação. Nem querendo eu iria abandonar você, pois seria como abandonar a mim mesmo, pois você é uma parte de quem eu sou. E se quer saber a minha opinião, você é a melhor parte de mim. – Porque tão perfeito?

Meus olhos lacrimejaram, meu coração começou a bater estupidamente rápido, minhas pernas perderam a força e eu senti como se fosse cai, fato que só foi impedido por Cato ter acabado de colocar seu braço ao redor da minha cintura. Nossos rostos foram se aproximando lentamente, nossos olhos se encontraram, esverdeado no azul perfeitamente límpido. No momento em que ele me beijaria e eu descobriria se meu sonho fazia jus à realidade gritos nos atrapalhou.

- TIRA! TIRA! TIRA! – a multidão gritava enlouquecida.

Nos viramos na direção em que vinha os gritos. Oh Meu Deus, eu não acredito nisso, porque comigo Zeus? Essa égua arranjava um jeito de estragar até o melhor momento da minha vida. Minto, o melhor momento seria o meu casamento com Cato. Katniss e Primrose dançavam em cima do balcão da boate ao som de Dont Cha do Pussycat Dolls. Os vestidos já estavam quase mostrando a calcinha do tanto que tinham subido, Katniss balança o cabelo de quatro se sentido a Beyoncé no seu show, Prim rebolava até o chão agarrada em um poste que tinha no balcão.

- Não acredito nisso. – Murmurei colocando minha cabeça na curva do seu pescoço. – Me diz que é mentira.

- Se você tiver falando da Kat e da Prim se sentindo em Moulin Rouge, sinto dizer, mas é verdade. – Cato deu uma gargalhada se divertido com a situação.

- Vem, vamos descer elas de cima do balcão. – Falei enquanto o puxava pela mão em direção ao local onde elas faziam o seu show.

- Deixa elas se divertirem. – Dei um olhar mortífero e ele se calou.

Sempre me disseram que eu era assustadora, deve ser minha semelhança com a menina que faz o filme daquela órfã.

- Katniss e Primrose, desçam já daí. – Gritei fazendo minha melhor pose de autoritária.

 - Agora não, preciso fazer o quadradinho de oito antes. – Kat falou enquanto se editava no chão e abria as pernas. Oh, God!

- Foda-se Sininho, você quis me levar, agora eu vou procurar o Nemo. – Prim tentava descer do balcão.

- Cato, pega sua irmã logo.

Eu segurei Prim pelo braço e a arrastei até a saída da boate, Cato segurou Katniss pela a cintura e a jogou no ombro como se ela fosse um saco de batatas, batatas feias e gordas. O lamento de toda parte masculino foi ouvido por nós, mas continuamos nos dirigindo para a rua o mais rápido possível. Quando já estávamos perto do carro, Catnip foi colocada no chão e vimos um guarda multando o nosso carro por estacionar em local proibido.

- Ô seu puliça, porque que tá multando o carro de nós? – Katniss segurava o policial pelos ombros e falava bem próximo ao rosto dele. – Você não pode fazer isso. Tá me entendendo? – Os olhos dela estavam esbugalhados parecendo um társio.

- Senhora, você não está sóbria, não tem condições de discutir agora. – O homem tentava se esquivar daquela louca.

- Como é? Senhora é a sua madrinha, eu sou uma jovem solteira e independente, trabalhadora e honesta. Mais respeito comigo, eu não bebo, nunca bebi. Estou completamente sóbria e irei te processar por danos morais. Escutou? Porque se não tiver escutado eu não vou repetir, pois você não é surdo. – Aquela não era mais Katniss, era Rochelle.

Cato e eu estávamos chocados demais para falar alguma coisa, e Prim estava procurando o Nemo nas latas de lixo.

- Eu vou ser obrigado a lhe prender por desacato a autoridade. – O guarda já estava perdendo a paciência.

- Ninguém prende a minha irmã, muito menos um guardinha feio e sem sal como você. – Prim veio defender a irmã. – Quer briga? Então vamos brigar. Cai pra dentro, irmão. – Fez uns movimentos estranhos como se fosse de luta.

- Como ousa querer me prender? Quer saber, me prende seu frustrado sexualmente, pode me prender. – Katniss berrava para os quatro ventos. – A justiça sempre vai está ao lado dos cidadãos de bem.

- LIBERDADE DE EXPRESSÃO JÁ! POR UM PAÍS LIVRE DE GUARDAS BROXAS! PELA LIBERAÇÃO DA MACONHA! GUERREIROS UNIDOS, JAMAIS SERÃO VENCIDOS! – Prim levantava o punho enquanto fazia seu discurso.

- Chega dessa palhaçada, tá todo mundo preso. – O policial tirou as algemas do bolso.

- Eu não fiz nada, seu Guarda. Me poupe da cadeia, me deixe livre, me deixe viver. – Cato implorou com as mãos unidas em frente ao corpo.

- Não quero saber, vai você, as duas loiras loucas e a morena anã.

- Anã é a sua mãe, seu desaforado. Você sabe com quem você tá falando? Eu vou lhe dizer com quem você tá falando! Eu sou Clove Ka... – Cato tampou a minha boca. O que vocês esperavam? Ele tocou na minha ferida mais profunda.

- Todo mundo pra delegacia, e se der um pio é cadeia na hora. – Falou enquanto nos forçava a entrar na viatura.

- Pio! Pio! Pio! – Katniss e Prim piavam enlouquecidamente.

- CALEM A BOCA! – A veia na testa do guarda estava saltada lhe dando uma aparência bem feia de se olhar.

- Credo, gente mais sem humor. – Prim resmungou cruzando os braços.

Eu, Clove Victorine Kalt, estava em uma viatura policial sendo presa por ter amigas loucas. Tive o meu beijo com o cara dos meus sonhos atrapalhado, meu cabelo parecia uma vassoura e minha vida não podia piorar.


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Notas finais do capítulo

Passando bem rápido para postar o capítulo. Espero que gostem.
Amei os reviews e a recomendação. Depois respondo vocês.
Beijos.