Shadowhunters No Facebook escrita por Emma Snow, Ana Carstairs


Capítulo 17
Eu tinha um pai, mas ele está morto (ou nem tanto)


Notas iniciais do capítulo

Oi ^^



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/353683/chapter/17

POV: Jace.

Existe coisa pior que acordar num supostamente perfeito sábado às 4 horas da manhã com dois litros de água gelada caindo na sua cara? Eu respondo por você.

Sim, existe. Ver Valentim dançando usando apenas roupas íntimas no seu quintal é muito pior. Foi uma noite muito louca. Digam não às drogas, crianças!

Mas fora isso, acho que acordar no sábado de madrugada com água gelada na cara é a pior.

Antes de acordar de verdade, pensei que se fosse Izzy ou Max acordando com água gelada na cara, imaginariam que o culpado teria sido eu.

Então não consegui pensar muito mais a respeito disso porque meu lindo rostinho foi atingido por um travesseiro.

– Vamos, Jace. Acorde.

– ALEC? POR QUE VOCÊ FEZ ISSO? EU ACHAVA QUE VOCÊ ERA A ÚNICA ALMA SÃ DESSE MUNDO DE MALUCOS!

Alec revirou os olhos.

– Temos uma reunião com o Conselho.

– AGORA?

– É, agora.

– MAS ESTÁ DE MADRUGADA!

– Madrugada? Jace, são 2 horas da tarde.

– Mas hein?

– Olhe só. - Alec me mostrou seu relógio de pulso e vi que estava mentindo descaradamente.

– É 1:57, não 2 horas. Você mentiu para mim! Achei que pudesse confiar em você, Alec, que decepção...

Alec revirou os olhos mais uma vez. Qual é a graça de revirar os olhos, sinceramente?

– Ah, grande diferença que isso faz. Vamos, levante-se!

– Posso ir de pijama?

– Pode, Max vai assim também. Só escove os dentes, está com um bafo horrível.

POV: Isabelle.

Nos encontramos na biblioteca, e o único além de mim que parecia um pouco apresentável era Alec. Jace e Max pareciam dois mendigos que não tem nada para vestir além de pijamas, e Max estava calçando pantufas de coelhinho.

– Vamos chamar os outros? - Perguntei.

– Epa, epa epa. Pra que exatamente é essa reunião? - Jace perguntou.

– A Clave vai decidir se podemos ou não ficar parados inutilmente fazendo cosplay de plantas. - Respondi.

– Como assim? - Max perguntou, lendo seu mangá.

– O Conselho acha que as crianças e adolescentes devem voltar à caçar demônios. - Alec resumiu. – Enfim, Izzy, vá chamar Clary, e Jace, vá chamar Sebastian. Eu vou chamar Aline, e Max, hum... Max vai ficar vendo TV.

– EU APROVO! - Max gritou, levantando a mão. Alec ignorou o comentário e disse:

– Nos encontramos no apartamento de Magnus em meia hora.

– Como assim chamar Sebastian? - Jace perguntou com desgosto.

– Ele vai também, oras. É da nossa idade.

– Eu não posso ir chamar a Clary não?

– Izzy não iria chamar Sebastian nem se pagassem.

– Depende. - Eu protestei. - A partir de 100 reais eu o mando um SMS, por 300 ligo, e por 1000 eu vou lá chamá-lo.

– Seus serviços são caros demais. - Alec comentou.

– Nossos pais - Max bocejou. - sabem disso?

– Sabem. Vão! - Alec e Max subiram as escadas, Max provavelmente tentaria ver TV no meu quarto após o acidente de Raphael com os controles de Wii. Eu e Jace, sem meios de reclamar, fizemos o que nos foi pedido.

POV: Jace.

Parei em frente à porta do apartamento de Valentim e seu filho desprezível. Toquei a campainha, esperando o pior.

– Tá aberta. - Ouvi a voz de Valentim. Nossa. Eles são tão cuidadosos, deixando a porta aberta por aí. Abri a porta e entrei.- Ah, Jace. O que você quer?

Valentim estava largado de qualquer jeito no sofá, de pijamas assim como eu, com a TV ligada em frente a ele, assistindo Os Padrinhos Mágicos. Ele murmurava a musiquinha de abertura.

– Quero falar com sua cria loira oxigenada. - Eu disse, enquanto assistia o desenho junto a ele.

– Deve estar no quarto dele. - Ele deu de ombros. - É a última porta. Vá até o final do corredor. Provavelmente estará escrito “não entre sem autorização, e se você tiver autorização não entre também”, ou alguma coisa assim.

Andei até a porta mencionada, que estava entreaberta, mas hesitei ao ouvir a voz de Sebastian lá dentro. Decidi ver o que ele estava fazendo antes, poderia ser algo útil para zoá-lo pelo resto da vida, quem sabe?

Espiei pela pequena abertura, atento a qualquer sinal de que ele me notasse lá. A bicha louca loira oxigenada estava parada no meio do quarto, segurando um papel, de frente para a parede, dizendo dramaticamente com uma voz sombria:

– Meu nome é Jonathan Christopher Morgenstern. - Ele falou, com um sotaque estranho, e me surpreendi ao descobrir que era poser da minha própria vida. Todos esses anos eu havia pronunciado Morgenstern errado, céus! - Eu tinho um pai, mas ele está morto.

– MORTO O CARAMBA! PELA MILÉSIMA VEZ, JONATHAN, EU ESTOU MUITO VIVO! - Valentim gritou da sala. Sebastian ignorou o comentário e continuou.

– Eu tenho uma mãe, mas ela está morta para mim. Eu tenho um irmão, e vou vinculá-lo a mim. Tenho uma irmã, e vou ensiná-la a me amar. - Pensei “vai sonhando”, mas não o interrompi. - Meu nome é Jonathan, mas todos me chamam de Sebastian, e eu vou queimar o mundo.

– Que merda é essa? - Perguntei, empurrando a porta e entrando no cômodo. - COMO ASSIM MORGENSTERN SE PRONUNCIA MORGUENSTER? QUE SOTAQUE É ESSE?

– Jace? O que raios você...

– Reunião do Conselho. Pelo visto você já está apresentável. Vamos? - Me aproximei dele para agarrar seu pulso e arrastá-lo até a sala, mas a senhora Fresquinha deu um passo para trás, com uma cara de nojo.

– NÃO ME TOQUE! - Depois que se recuperou disso, completou: - Eu estou com roupas de hippie. Não estou apresentável.

– Meu querido irmãozinho na verdade nada querido, eu estou de pijamas. Vamos logo. - Eu saí do quarto, me dirigindo à sala, e ele, por incrível que pareça, foi atrás de mim. - Vou levar seu filho embora, ok, sogrinho? Obrigado e tenha um bom dia.

Valentim me encarou por um momento, depois deu de ombros e disse que se eu quisesse poderia nunca mais devolver Jonathan. Então eu disse que eu nem queria tirar aquela coisa de lá, e ele disse que compreendia, e fomos embora, com Sebastian murmurando para si mesmo que transformaria nós dois em escravos quando dominasse o mundo.

POV: Alec.

Subi as escadas em silêncio, até chegar no quarto em que Aline ainda estava. Bati na porta. Ela apareceu lá. Não estava de pijamas, nem com cara de quem tivesse acabado de acordar. Só parecia irritada.

– O que você quer?

– Temos uma reunião com o Conselho marcada para daqui a pouco, e você tem que vir.

Aline revirou os olhos.

– Ok. O pessoal já tá pronto?

– Hum, sim. Jace foi chamar Sebastian, e Izzy, Clary. Mas você pode ir ver TV com Max se quiser.

– Tá, vou procurar ele.

– Ahn, se me permite dizer, você parece meio... com raiva. O que aconteceu?

– Izzy mudou a senha do wi-fi de novo.

– Ah, sim. Acho que agora é simonlindo123.

Aline pegou o celular no bolso, digitou algumas coisas e sorriu. Então me ignorou e saiu correndo pelo Instituto, gritando:

– Interneeeeeeeeeeet!!!

– A REUNIÃO É DAQUI A POUCO! - Eu gritei, lembrando-a.

– TÁ BOM! - Ela gritou de volta, então voltou a gritar “internet” com várias vogais.

POV: Isabelle.

Descobrir onde a Clary mora – Confere.

Achar alguém para me deixar na casa de Clary – Confere.

Conseguir que essa pessoa seja Simon, e não seus amigos extraterrestres - Infelizmente, não confere.

Fazer Eric parar de falar sobre coisas de nerds enquanto me leva para a casa de Clary – Confere.

Chegar na casa de Clary – Confere.

Explicar para Luke o que íamos fazer – Confere.

– Obrigada, Eric. Pode ir embora. - Eu disse, dispensando-o com um gesto. Luke me olhou com curiosidade.

– Por que você veio aqui mesmo?

– Temos uma reunião marcada com o Conselho. Na verdade, você é um membro do Conselho, devia saber disso.

– Hum... ouvi falar. - Ele comentou. - É aquela lá para vocês voltarem a caçar?

Assenti.

– Eu não vou nessa. Apenas Caçadores de Sombras participarão. - Ele fez uma cara de desprezo. - Acham que não somos suficientemente responsáveis para definir o futuro de vocês, e tal.

– Ah. - Eu disse, filosofando.

– Espere um minuto. - Luke entrou em casa. - CLARISSA! SE VISTA E VENHA AQUI, ISABELLE QUER FALAR COM VOCÊ! VOCÊ VAI PARA IDRIS!

O choque de ouvir alguém nos chamando por nossos nomes fez eu me distrair e não ouvir a resposta de Clary, apenas o que Luke disse a ela em seguida:

– O JACE VAI ESTAR LÁ.

Então, cerca de 10 segundos depois, Clary estava na minha frente, pronta e disposta.

– Onde ele está?

– Na casa do seu irmão. Vamos nos encontrar no apartamento de Magnus. Venha.

***

Magnus nos guiou até o portal aberto em seu quarto, que reconheci imediatamente, e vi, pela expressão de Max, que ele também.

– Esse portal não levava para Hogwarts? - Perguntei.

– Levava. No passado. Agora deixará vocês na entrada de Alicante.

– Obrigado, Magnus. - Alec disse. - Vamos?

Sebastian foi o primeiro a passar pelo portal, impaciente. Max foi em seguida. Depois Clary, seguida de Jace, e depois, eu, e o resto do pessoal.

POV: Clary.

Vou pular a parte chata da coisa, que foi chegar em Alicante, descobrir onde ficava a sala de reuniões do Conselho etc.

Chegando lá, haviam vários Caçadores de Sombras sentados em volta de uma enorme mesa. Me sentei ao lado de Jace, com Izzy e Alec de frente para nós, e o resto do pessoal espalhado aleatoriamente. Pude ver vários outros Nephilim da nossa idade, e Aline estava sentada perto daquela garota descendente de fada, Helen, que, por sua vez, estava ao lado de seus irmãos.

Resumindo: a reunião foi muito chata, e nós ficamos ela toda brincando de achar palavras começadas com C. A lista terminou em: Conselho, Contrato, Clave, Cônsul, chocolate, cinema, comida, casaco, código, chave, candidato, cadeia, cadeira, cadeado, cama, caneta, cachorro, camiseta, chamas, cinza, e mais umas duas folhas cheias de palavras.

Acho que não gostaram muito do nosso comportamento, já que gritávamos a cada 2 minutos "lembrei de uma palavra!", Sebastian estava com os pés em cima da mesa e ficava repetindo que ia queimar o mundo ou alguma coisa assim, e nós grudamos em baixo da mesa uma boa coleção de chicletes mascados, além de Max ter começado a dormir cerca de 5 minutos depois que a reunião começou.

Então, por conta desse comportamento desprezível - como o Cônsul o descreveu - nós agora temos que caçar demônios novamente.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Eu sei pronunciar Morgenstern, ok? Só achei engraçada aquela voz do Sebastian no trailer e decidi colocar aqui heuheuehu
Mesma quantidade de comentário de sempre, 7.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Shadowhunters No Facebook" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.