Shadowhunters No Facebook escrita por Emma Snow, Ana Carstairs


Capítulo 16
Participações Especiais


Notas iniciais do capítulo

Ok. Não teve 7 comentários, mas eu estava com pressa pra postar logo a outra fic, hehehe. Se chama Somos Pó e Sombra - Interativa e o link é http://fanfiction.com.br/historia/385910/Somos_Po_E_Sombra_-_Interativa/
Espero vocês lá!



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POV: Magnus.

Parei em frente ao Instituto e toquei a campainha. Logo o elevador dourado desceu, com Alec lá dentro.

- Magnus - ele disse, parecendo confuso. - O que foi?

- Eu gostaria de saber se você quer viajar comigo. - Eu respondi, sorrindo.

- Viajar? Claro. - Ele assentiu, sorrindo também. - Mas porque decidiu viajar tão de repente?

- Bom, eu fui ao Dumort um dia desses... - Comecei, então o sorriso de Alec desapareceu. - O que foi?

- Você foi ver Camille. - Ele disse.

- Bom, sim. Ela me devia 15 centavos, eu não podia deixar de cobrar isso. - Expliquei, e ele pareceu relaxar. - Enfim, eu fui lá, e, após pegar o dinheiro, vi um envelope apoiado em uma mesinha. Estava endereçado a Raphael Santiago.

- E...? - Tirei o envelope do bolso e mostrei a ele, tirando os papéis de lá enquanto falava.

- E nesse envelope tinha uma carta e duas passagens de avião na primeira classe para Londres. - Eu o entreguei a carta e guardei as passagens novamente no bolso.

Alec desdobrou a carta e a leu:

- Querido Raphaelzinho orgulho da mamãe, o verão está chegando e eu acho que você poderia vir passar as férias por aqui conosco! Sei que, como você é uma pessoa muito bonita e popular aí, em seu clã, deve com certeza ter uma namorada. Pode trazê-la com você, há duas passagens aí, e vamos adorar conhecê-la! Com amor, mamãe e papai.

Alec me entregou a carta e se apoiou em meu ombro para não cair no chão de tanto rir.

- Mas – Ele disse, se recuperando. – Você roubou isso?

- Não. Raphael apareceu e viu que eu parecia interessado no envelope, então me deu e disse que eu podia ficar com aquilo, e se não quisesse, pediu para eu tacar fogo ou vender. - Eu expliquei, dando de ombros. - Acho que ele está com vergonha de mostrar aos pais que é um solteirão de sei lá quantos mil anos de idade.

- Então vamos à Londres! - Ele gritou, feliz, me abraçando. Eu retribuí o abraço.

- Só preciso que você chame sua irmã um minutinho, por favor. - Eu disse.

- Claro. Espere aqui. - Ele entrou no elevador e foi procurar Isabelle, e eu fiquei aguardando.

Cerca de 5 minutos depois, eles voltaram.

- Isabelle, preciso que você me faça um favorzinho.

- Sim? - Ela disse, distraída, mexendo na unha.

- Quero que você cuide de meus 5 gatos enquanto eu viajo com seu irmão.

- 5? - Ela levantou o olhar. - Não era só o Presidente Miau?

- Esqueceu dos outros? Tem a Presidenta Miau e os filhotinhos, Prefeito Miau, Deputado Miau e Senador Miau. - Eu lembrei-a.

- O que eu ganho se fizer isso?

- 10 reais.

Ela pareceu interessada.

- Posso chamar mais gente para cuidar desses bichos comigo?

- Pode, desde que não destruam a minha casa, e não sejam lobisomens.

- Temos um acordo.

POV: Simon.

Eu e Clary entramos no apartamento de Magnus, fazendo o possível para sermos cuidadosos. Izzy veio atrás de nós, seguida de Jace e Max.

Vou explicar para você: Izzy tem que cuidar de 5 gatos, então quis 4 pessoas para ajudá-la. Eu fui porque ela é minha namorada, Max porque Maryse e Robert voltaram para Idris – eles praticamente vivem lá – e não pode ficar sozinho (não depois do que aconteceu da última vez), Clary veio porque gosta de gatos e Jace veio porque Clary veio.

- Quanto tempo eles vão ficar lá? - Clary perguntou, colocando sua mochila no sofá e se sentando.

- Só 2 dias. - Izzy respondeu.

- Cadê o Max? - Jace perguntou, olhando para os lados.

- Aqui. - Ele disse, vindo de um corredor. - Eu vou dormir na cama, beijos.

- O sofá é meu! - Clary declarou, sem fazer nada, porque, bem, já estava lá. - Se quiser, Jace, pode dividi-lo comigo.

- Nada de safadezas extremas, por favor. - Eu pedi.

Jace me fuzilou com o olhar e soltou sua mochila ao lado da de Clary.

- Bom – Izzy disse. –, acho que vou procurar um bom cômodo aqui e armar uma barraca.

- Tem mais uma cama. - Max disse. - De casal. No quarto de visitas.

- Onde fica isso? - Perguntei.

- Que tal seguir aquela placa com letras Neón enormes onde está escrito “quarto de visitas”? - Ele sugeriu, apontando para ela, que estava na entrada do corredor.

- É uma boa ideia. - Jace comentou.

POV: Alec.

Eu e Magnus andamos pela cidade de Londres, apreciando a paisagem.

- Onde podemos ficar? - Perguntei em certo momento. - Quer dizer, eu não tenho vontade de me hospedar com os pais de Raphael, obrigado.

Magnus riu.

- Há um Instituto de Caçadores de Sombras por aqui. Não sei se as pessoas que conheço ainda estão por aqui, mas não custa nada tentar.

Dei de ombros.

- Pode ser. Sabe onde fica?

- Claro. Venha comigo.

***

Entramos na igreja abandonada. Não precisamos tocar a campainha porque eu tenho sangue de Caçador de Sombras, e Magnus estava sem paciência para cortesias.

O lugar em si não era muito diferente do Instituto de Nova York, na verdade. Magnus observava tudo e parecia recordar o lugar.

Uma jovem, parecia apenas um pouco mais velha que eu, passou por nós. Estava com roupas simples e possuía uma enorme cicatriz em seu rosto, que me fez desviar o olhar.

- Charlotte Branwell ainda lidera esse Instituto? - Magnus perguntou, colocando uma mão no ombro da garota.

- Sim. - Ela respondeu. - Quem são vocês?

- Magnus Bane. O Magnífico Feiticeiro do Brooklyn. - Ele se apresentou, sorrindo.

- Ah, você. Me lembro de você. - Ela disse, revirando os olhos. - E você é...?

- Alexander Lightwood. Do Instituto de Nova York. - Eu disse.

Um garoto de repente saiu de uma sala, segurando uma faca.

- LIGHTWOOD? - Ele perguntou. Eu andei um passo para trás. - MORRA DE VARÍOLA DEMONÍACA, LIGHTWOOD DESPREZÍVEL!

- Ah, Will. Achei que não viveria o suficiente para vê-lo ameaçar outro Lightwood. - Magnus o cumprimentou. - Quer dizer, achei que você não viveria o suficiente.

- Magnus? Você está usando roupas mais estranhas que dois séculos atrás. - O garoto, Will, comentou.

Espere um minuto.

- Você é Will Herondale? - Perguntei, desconfiado.

- Sim, ouviu falar de mim? Sou mundialmente famoso, eu sei.

- Magnus, eu não acredito que você me trouxe para onde ele vive... - Eu comecei. Magnus me interrompeu.

- Will, Alec. Alec, Will. - Ele nos apresentou. - Por favor, não se matem.

- Ei! Eu lembro de você! Conversei com você por menos de 5 minutos no Facebook. - Will disse, orgulhoso de sua boa memória.

- É.

- Sabia! Sou muito top mesmo.

Um casal veio andando pelo corredor. O garoto tinha olhos e cabelos curiosamente prateados, e a garota tinha cabelos castanhos e olhos cinzentos.

Magnus revirou os olhos.

- Você está tão irritante quanto século retrasado, Will.

- Sim! - Ele respondeu.

- Isso, Magnus – O garoto de cabelo prateado disse. -, porque você ainda não o viu cantar sobre varíola demoníaca.

- Querem que eu faça uma apresentação agora? - Will ofereceu, animado. - Varíola demoníaca, oooooooooh, varíola demoníacaaaaaa, como é que se...

- William! - O garoto disse. - Vai causar más impressões aos visitantes.

- Ele é um Lightwood!

- E? - A garota disse.

- E ele é um Lightwood! Preciso falar mais alguma coisa?

- Sou Jem Carstairs. - O garoto se apresentou, ignorando seu amigo que aparentemente perdeu todos os parafusos. - Me desculpe por... ele.

Assenti.

- Alec Lightwood.

- Me chamo Tessa Grey. - A garota disse.

- Eu já a vi antes, não? - Perguntei, curioso. - Antes do Facebook. Na festa em Idris, após a batalha... era você que estava conversando com Magnus.

Tessa assentiu.

- Não sabia que haviam me visto.

- Muito brevemente.

***

Charlotte e Henry, quem quer que fossem, não puderam comparecer ao jantar, e ficamos apenas eu, Magnus, Tessa, Jem, Will, a garota que eu havia visto antes, Sophie, um garoto que se apresentou como Gideon Lightwood e Jessamine, que me lembrava Jace, porém sem o sarcasmo, as piadas, o ódio por Sebastian e o amor quase doentio por Clary. Tipo um Jace feminino sem as partes positivas.

- Então – Magnus começou -, vocês, Will, Gideon, Sophie e Jessamine, não deviam ter, sei lá, morrido uns 100 anos atrás?

- Está incomodado com o fato de estarmos vivos, Magnus? - Will perguntou, com os pés em cima da mesa.

Jessamine revirou os olhos e respondeu.

- Devíamos.

- É que vocês devem ter percebido que nada nessa história faz sentido – explicou Gideon, se referindo à uma guerra com sprays, uma viagem à Fenda do Biquíni e cia. – então a autora presumiu que colocar uns mortos do século retrasado não atrapalharia em nada.

- Realmente não! - Uma garota apareceu do nada.

- Mas hein? - Eu disse.

- Ah, eu sou a autora propriamente dita. - Ela explicou, sorrindo.

Gideon piscou, confuso.

- Ah, deixa pra lá, vou deixar vocês sozinhos. A propósito, Will, Jem, vocês são uns gostosões, não fiquem com a Tessa, sou muito melhor. E Alec, se você não fosse gay eu juro que nós nos casaríamos e teríamos 2 filhos. - Ela piscou para mim, e se voltou para Magnus. - Maaas, MALEC É VIDA EU RESPIRO MALEC UHUL VAI MALEC! - Então ela sumiu.

- Uma fangirl. - Magnus explicou. - Elas vem de uma espécie de segunda dimensão, como os demônios, só que é um mundo cheio de pôneis e livros e séries. São criaturas curiosas, as fangirls. Meio que dizem que se casaram com todos os homens dos livros. Já vi umas que gostam até do Sebastian.

- Do Sebastian? - Perguntei, incrédulo, me engasgando com a comida.

- Pois é. O mundo está perdido.

- São garotas malucas com alguns parafusos a menos. Tipo o Will. - Jessamine resumiu.

- Eu não sou uma garota lou... - Ele começou, mas foi interrompido.

- Sim, você é. E nada do que você diga vai mudar isso.

Will fechou a cara e revirou os olhos.

- Não se preocupe, William. - Jem colocou uma mão no ombro do parabatai. - Talvez algum dia você consiga alguém na sua vida. A Camille não te considera feio. Há uma chance.

Will olhou para ele com uma cara de pare-de-me-zoar-estamos-em-público.

- Uma chance de tipo 0,00000000000000000000000000001%, mas é. - Jem continuou, e deu de ombros.

- Um dia a gente dá um jeito do Magnus te levar pra dimensão das fangirls. - Tessa disse.

- Não quero ir à um mundo cor-de-rosa cheio de pôneis e garotas doidas. - Will comentou.

- Não são apenas garotas doidas. - Gideon disse. - São garotas doidas que querem casar com você!

Ele pareceu ponderar sobre isso, e olhou para Magnus.

- Ele não está mentindo. Embora os gráficos indiquem que a maior parte das fangirls goste mais do Jem que de você.

- Não posso fazer nada se sou mais legal que você.

- Bah. Só porque desde o primeiro livro você é legal, fofo e angelical enquanto eu era...

- ...rude, arrogante e egoísta. - Jessamine completou.

- Isso influencia as fangirls, Will. Mas muitas ainda amam você. E uma parte ama os dois. - Magnus disse.

- Tipo, nós dois? - Jem perguntou, confuso.

- Não se espante, pequeno gafanhoto. As fangirls tem em média entre 9 e 37 maridos, incluindo personagens fictícios e astros famosos. - Meu namorado o disse. Nossa, que garotas doidas. - Acho que quem tem mais esposas e nem sabe é um tal de Josh Hutcherson. Toda fangirl que eu conheço é casada com ele.

- Mas ele é gato. - Jessamine disse, dando de ombros.

POV: Izzy.

2 dias depois...

- CLAAAAARY, ACHOU ALGUM DELES? - Ouvi Jace perguntar, enquanto empurrava os móveis loucamente em busca de algum sinal deles.

- NÃO, MAS TEM PEGADAS POR AQUI! - Ela respondeu, aparecendo na sala, ofegante, enquanto segurava um abajur. Pra quê, eu não sei.

- Max, levante seu traseiro preguiçoso do sofá e ajude a procurar esse bichos! - Pedi, abrindo todos os armários da cozinha em que os gatos pudessem caber.

- No. - Ele respondeu, se espreguiçando e mudando o canal da TV.

- AAAAAACHEEEEEEEEEI UUUUM... - Ouvimos Simon gritar dos quartos, e me senti esperançosa. -... ah, deixa, é só um bicho de pelúcia.

- Argh! Desisto! - Clary se jogou no sofá, exausta. Estamos procurando faz umas 3 horas, e nem sinal dos gatos de Magnus. - Acho que vou me mudar para o Canadá e mudar meu nome para Carolina.

- Por que Carolina? - Jace perguntou.

- Sei lá. - Ela disse, mexendo a mão em sinal de indiferença. - É parecido com Clarissa.

- E eu vou com você, mas meu nome vai ser o mesmo, porque eu gosto dele. -Jace comentou.

- E eu vou para o meu apartamento e vou continuar me chamando Simon porque tenho a Marca de Caim e Magnus não vai poder me matar.

- Na verdade, vai. - Jace disse. - Só que ele vai morrer 7 vezes depois. Se isso for possível.

- Eu estou pouco me ferrando se vou morrer, e não vou me mudar, porque quero meus 10 reais.

- Dá pra vocês pararem de resmungar sobre o que vão fazer? Eu quero ver o desenho. - Max nos interrompeu, colocando o volume do máximo.

O meu celular vibrou em meu bolso, e eu o peguei, impaciente. Uma nova mensagem.

“Me encontre hoje às 18h00 no Central Park para ter todos os seus problemas resolvidos.”

Número desconhecido, que estranho.

Guardei o celular de volta no bolso e levantei o olhar. Clary, Jace e Simon também estavam com os celulares na mão, com uma expressão confusa.

- Alguém conhece esse número? - Perguntei, por fim.

- Já vi em algum lugar. - Clary confessou. - Mas não lembro de quem é.

- Só tem um jeito de resolver isso. - Jace disse.

- Chamando a polícia? Procurando o número na lista telefônica? Qualquer coisa assim? - Simon chutou.

- Eu estava pensando em ir para o Central Park às 18 horas. - Ele concluiu, dando de ombros.

- Ótimo, Alec me disse que chegaria só umas 8 da noite. Você vai e nós ficamos aqui te esperando. - Eu disse, decidida.

- Mas por quê eu?

- Você sugeriu isso, oras.

- Eu vou com você. - Clary se ofereceu, sorrindo.

- Ok. Nos vemos... sei lá que horas. - Ele e Clary saíram, e eu e Simon nos entreolhamos.

- Então tá. - Ele disse, se sentando ao lado de Max e assistindo o desenho com ele. Revirei os olhos e me sentei ao seu lado.

POV: Meliorn.

É, eu acho que vocês nem sabem quem eu sou, desinformados do jeito que são. Eu apareço menos nessa fic que a Jocelyn, pois é.

[N/RDCS: Pare de tagarelar e narre logo isso.]

Que diabo de abreviação é esse?

[N/Rainha da Corte Seelie: Só narre.]

Mas você nem veio aqui. Não podia pelo menos me dar uma mãozinha?

[N/Rainha da Corte Seelie: Não.]

Mas eu...

[N/Rainha da Corte Seelie: Cale a boca, Meliorn.]

Enfim. Eu não imaginei que eles realmente fossem vir, mas precisava tentar, porque esses gatos malucos já estavam destruindo o mundo das fadas completamente. Minha cara, por exemplo, está toda arranhada, e esses bichos soltam muito pelo.

Por fim, cerca de meia hora depois do horário marcado, o loirinho apareceu saltitante de mãos dadas com a sua namorada ruiva, a filha de Valentim. Eu tive esperanças que Isabelle viesse, já que é mais bonita, mas só me livrar desses gatos parece o suficiente.

- Você? - Clary perguntou, parecendo ligeiramente espantada.

- Eu. Tomem esses gatos malditos e deem o fora daqui. - Eu disse, entregando as 5 feras peludas para a garota e indo embora.

POV: Clary.

- Jace, me ajude com essas criaturas! - Pedi. Os vários gatos de Magnus já estavam arranhando minha cara, e, ai, isso arde.

- Claro, me dê eles aqui... - Jace pegou Presidenta Miau, Deputado Miau e Senador Miau, mas o último caiu no chão e começou a correr. Ele me devolveu os outros 2 e começou a correr atrás do outro.

- Volte pra lá, eu vou pegar esse! - Ele gritou, e eu fiquei preocupada, mas não contestei e voltei para o apartamento com as bestas sanguinárias e peludas.

POV: Jace.

Parecia para mim que eu estava correndo haviam várias horas, mas talvez fosse apenas impressão minha. O tempo passa de jeito estranho nessas fanfics.

Eu olhei as horas no celular. Já eram quase 7 horas, pelo Anjo, eu precisava achar esse gato.

Acabei parando para descansar perto de 7h30, em uma cidade que me parecia conhecida. Mas não podia ser ela, eu estava em Nova York havia pouco tempo, não haveria como eu chegar aqui correndo.

- Claro que há como você chegar aqui correndo. - Disse uma garota estranha, segurando um notebook e um livro de capa azul, quase roxa, com dois adolescentes quase se beijando, um loiro e uma com cabelos que pareciam fogo. - Você está numa fanfic, e pode chegar correndo onde quiser. Digo, onde eu quiser.

- Você lê pensamentos? - Perguntei. - E quem são esses na capa do livro?

- Não, eu crio os seus pensamentos, idiota. - Ela disse, revirando os olhos como se eu fosse um retardado. - Ah, esses são você e a Clary! Não são lindos juntos? CLACE É VIDA!

Com isso, a garota sumiu.

Ok, nada normal.

Por fim, caminhei mais um pouco, cansado, quase perdendo o gato de vista, e encontrei uma igreja abandonada. Espera.

Um Instituto!

Entrei, perseguindo Senador Miau, e o encontrei no colo de uma garota com roupas de treinamento, os cabelos loiros apenas um pouco mais claros que os meus. Ela segurava uma espada na outra mão, e estava descalça.

- Isso é seu? - Ela perguntou, indicando o gato com o olhar. Assenti. - Quem é você?

- Jace Wayland. Herondale. Lightwood. Como você preferir. Sou do Instituto de Nova York. E você é...?

- Emma Carstairs. Sou do Insituto de Los Angeles mesmo, que é onde estamos. - Ela respondeu, me entregando o gato.

- Em que século estamos? - Perguntei, desconfiado. Pelo que me lembro, apenas os Blackthorn vivem nesse Intituto.

- Bom, acredito que ainda no XXI. É 2012.

- 2012? Eu estava em 2007 faz pouco tempo, como isso...

- NÃO PERGUNTE SOBRE COISAS ANORMAIS! - Emma me alertou. - ELA VAI APARECER DE NOVO SE...

Então aquela garota do livro comigo na capa reapareceu.

- Isso aconteceu porque você é um personagem fictício e está numa fanfic escrita por mim! - Ela disse. - Você não aprende não, Jace? É exaustivo ter que te explicar isso o tempo todo. - Então ela se virou para Emma. - AAAAAAH EMMAAAA EU TE ADORO VOCÊ É MINHA DIVA!

Emma trocou o peso de um pé para o outro, desconfortável com a garota maluca a abraçando, mas parecia feliz em saber que tinha fãs. Embora eles não fossem mentalmente estáveis.

POV: Simon.

Ouvimos passos, mas não parecia de uma pessoa só, como havíamos esperado. Não era Jace.

Izzy ficou tensa.

- Certo. Sem problemas. - Ela respirou fundo. - Clary, você vai lá distraí-los.

- Por que eu? - Ela perguntou, surpresa.

- Sei lá!

- Posso ir? - Max perguntou. - Sei fazer malabarismo. Posso mantê-los ocupados até Jace chegar. E sou mais convincente que vocês.

Nos entreolhamos. Ele parecia confiante.

- Vá lá! - Izzy o empurrou, e ele saiu. Fechou a porta, para a nossa sorte, e nos grudamos nela para ouvir a conversa.

- Maninho, você voltou! - Max disse, com uma animação quase convincente.

- É, Max, fiquei com saudade de você também. - Parecia que os dois tinham se abraçado.

- Max, com licença, tenho que guardar as malas e... - Magnus começou, mas foi interrompido.

- Eu acabei de aprender a fazer malabarismo, vejam! - Pelo que minha audição aprimorada de vampiro indicou, Max havia pego as bolinhas e começado a jogá-las.

- Legal, Max, mas será que podemos... - Dessa vez, Alec foi interrompido.

- Que tal irmos ao Taki's? Eu vou lá guardar as coisas de vocês...

- Estamos cansados. - Magnus disse, e parecia estar começando a ficar impaciente. Então pareceu que ele foi entrar, e...

Nesse momento, Jace entrou pela janela, caindo com tudo no chão. Mas o gato estava lá, e era isso que importava. Desgrudamos da porta, e ligamos a TV, para parecermos descontraídos.

Magnus abriu a porta, e ele e Alec entraram. Max deu uma espiada, e pareceu aliviado ao ver Jace.

- Por que estão assistindo Dora, a aventureira? - Alec perguntou, olhando para a TV e depois para nós.

- É... interessante. - Jace disse, de modo nada convincente.

Alec franziu as sobrancelhas e colocou suas malas no chão. Magnus começou a contar os gatinhos.

- Tome, Isabelle. - Ele disse quando viu os 5, a entregando o dinheiro em duas notas de 5. Ela guardou uma no bolso, revirou os olhos e entregou a outra à Max, que sorriu, satisfeito. - Eles deram trabalho?

- Você nem imagi... - Jace começou, mas Clary o deu uma cotovelada. - Nah, eles foram super comportados.

Magnus o encarou com curiosidade, mas deu de ombros.

- Ótimo! Eu e Alec estamos planejando viajar daqui a 15 dias, e eu gostaria que vocês cuidassem deles de novo.

Nós arregalamos os olhos, e Magnus riu.

- Sabia.


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Notas finais do capítulo

É, esse foi o último capítulo, mas é o maior deles. A Tessa realmente aparece em Cidade de Vidro, no Epílogo. Página 460, último parágrafo.
Lembrando http://fanfiction.com.br/historia/385910/Somos_Po_E_Sombra_-_Interativa/
Quero realmente vocês lá, ok? É comédia!



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