Aprendendo A Ser Eu Mesmo escrita por The Greatest Star
Passaram-se dois dias, fiquei enrolando e não fui visitar Blaine, eu estava com medo e não sabia o que dizer a ele. Mas já havia me decidido, eu visitaria Blaine naquela tarde após a aula do Coral.
Entrei no colégio com Tina e a infeliz da Santana já me esperava.
- O que você quer? – tentei ser enérgico.
- Quieto gay! Eu estou aqui para pedir desculpas por tudo.
- Bebeu? – Perguntou Tina sendo irônica.
- Asiática insignificante, ninguém está falando com você. Continuando, quero pedir desculpas por fazer da sua vida uma porcaria... Na verdade, sua vida já era uma merda.
- Chega Santana, resume o que você quer falar.
- Estou arrependida, você parece ser legal, então vamos esquecer tudo está bem?
- Sem querer ofender – minha intenção era ofendê-la – você é uma cobra, então não estou acreditando em nada do que você disse.
- Nossa! Como você sabia que eu estava fingindo?
Ao terminar de falar, Santana fez um sinal com as mãos e de repente dois garotos me levantaram do chão e me jogaram dentro do latão de lixo. Os três saíram dando gargalhadas enquanto Tina me ajudava a sair de lá.
- Sebastian, você se machucou?
- Já cansei disso Tina! Nesses últimos dias ela simplesmente me humilhou e sem nenhum motivo, cansei de sofrer e ficar quieto. Está errado, mas vou me vingar dela!
Na última aula, fomos para o auditório recém-reformado. A professora sem perder tempo montou grupos.
- Alunos, minha filha Rachel está doente e por isso não está presente. Bom, quero grupos com quatro alunos. Quinn, Sebastian, Mercedes e Santana...
- Não professora – interrompeu Quinn - Eu não quero cantar com essa vadia.
- Sem reclamações! Vocês serão o primeiro grupo a se apresentar por isso.
Subimos ao palco, escolhemos uma música, sugeri Bad, do Michael Jackson. Já estava tudo planejado. Quinn cantou a primeira parte, entramos no refrão e começamos a coreografia e como previsto, Santana foi para a ponta do palco, com apenas um empurrão ela desapareceu, aterrissando entre as cadeiras.
- Santana! – Gritou Shelby.
- Ai meu Deus, me desculpe Santana – estava conseguindo convencer a todos com minha atuação – foi sem querer, eu juro! Apenas me desiquilibrei e acabei encostando em você.
Quinn estava chorando de tanto rir, relembrava o tombo, ria mais alto e imitava-a caindo várias vezes, enquanto eu fingia estar preocupado. Brittany ajudou sua namorada a se levantar e a carregou para a enfermaria e ao mesmo tempo, Santana chorava de dor e gritava de raiva.
Eu estava tão feliz. Ninguém conseguiu notar que o empurrão foi proposital, é errado fazer isso, mas a sensação de vingança foi muito boa.
Ao término da aula, corri para casa, tomei um banho e me arrumei para visita-lo. Minha empolgação era visível, peguei minhas coisas, tomei coragem e saí de casa, meu plano era agradecer o Blaine e quem sabe, não poderia rolar algo depois?
Meus pensamentos estavam a mil, minha imaginação criava centenas de possibilidades, durante o caminho, fui imaginando como seria e como eu iria me declarar.
Cheguei à frente de sua casa, meu coração acelerou de tal modo que eu escutava suas batidas. Caminhei até a porta e toquei a campainha, alguns instantes a porá se abriu devagar.
Por que ele estava lá? O que ele fazia na casa do Blaine? Eu estava espantando e não sabia o que falar. Após alguns segundos imóvel, falei:
- O que você está fazendo aqui?
- Passei para dar uma visitinha – sua risada no final foi irônica e só fez aumentar minha raiva – você quer entrar, Sebastian?
Sam estava descalço, sem camisa e com o cabelo todo bagunçado. Eu pensava em todas as coisas que eles poderiam ter feito, mas entrei.
- Estou aqui pelo Blaine...
- Eu também – interrompeu Sam – Ficamos o dia todo juntos.
- Por isso você não foi ao colégio?
- Sim, o Blaine é um amor. Olha, apenas entre nós, mas acho que estou gostando dele e acho que ele também gosta de mim.
- Como você sabe?
- Olá Sebastian, quanto tempo!
Blaine desceu as escadas sorrindo, apenas de bermuda, aproximou-se e me deu um abraço forte, onde eu consegui sentir o calor do seu corpo e ainda me causou arrepios que por um instante me fez esquecer o ciúme.
- Oi Blaine, eu passei para agradecer por tudo que você fez por mim, mas estou em uma hora ruim.
- Imagine, por nada, eu vou pegar algo para você beber, vá para a sala com o Sam.
Sentamos no sofá e ficamos a sós, aproveitei o tempo livre e comecei a esclarecer as coisas com Sam.
- Sam, sinto lhe dizer, mas o Blaine é meu.
- Mas o que é isso? Ele é seu namorado?
- Não, mas será.
- Então não vou desistir dele tão fácil, eu ainda tenho chance, aliás, ele já é meu.
- O que conversavam? – Apareceu Blaine com um copo de suco.
- Nada – Comecei a disfarçar – eu só queria agradecê-lo e perguntá-lo por que você fez aquilo por mim?
Blaine ficou completamente sem graça, ele estava vermelho e começou a gaguejar, procurando algo para dizer. Quando finalmente ele começou a explicar, Sam o interrompe.
- Então Blaine, conte o que fizemos hoje... Olha Sebastian, nós nadamos a manhã toda, brincamos de luta, e ele ainda cantou para mim.
Eu estava com tanto ciúmes que acho que Blaine notou.
- Desculpem-me, preciso ir.
- Não, espere Sebastian – Disse Blaine.
- Não posso, até mais.
Consegui dar um abraço desajeitado em Blaine e saí às pressas de sua casa, deixando ele com o Sam. Eu queria ficar e dizer para ele tudo o que eu sinto, mas meu ciúme me dominou e acabou desistindo, fui para casa pensando no pior e cheguei a uma conclusão. Sam tomou o meu lugar.
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