Mais um dia de aula, despertei pensando em Santana. Após o empurrão, comecei a pensar que as coisas ficariam piores para o meu lado.

Saí de casa e fui para o colégio tentando manter a cautela para Santana não me pegar de surpresa, mas consegui chegar a escola sem nenhum problema.

- Bom dia.

- Bom dia Quinn. A Rachel ainda não melhorou?

- Não, ela ainda está de cama e já estou morrendo de saudades. Eu consigo falar com ela apenas pelo telefone e até contei sobre o que você fez com Santana.

- Falando no diabo...

- Sebastian! Como é bom vê-lo! Eu sinto lhe dizer que seu plano não funcionou muito bem, eu apenas torci meu pé.

- Que bom não é?

- Santana – interrompeu Quinn – você quer apanhar de novo?

- Mesmo machucada, eu acabo com você.

O clima começou a esquentar, as duas começaram a se preparar, Quinn soltou sua bolsa, mas Brittany impediu que brigassem.

- Sem Violência.

Tentei acalmar Quinn enquanto Brittany ajudou Santana no caminho para a sala de aula. Quinn dirigiu-se ao banheiro, deixando-me sozinho no corredor. Mas de repente, vejo Blaine entrando no colégio.

Corri para abraça-lo, desviei de umas garotas, passei pelo monitor, mas Sam conseguiu chegar primeiro, ele estava mais próximo e o abraçou dizendo:

- O que você faz aqui?

- O diretor permitiu que eu voltasse.

- Nossa, você está cheiroso.

- Obrigado.

Eu não aguentei ficar apenas olhando enquanto Sam tenta conquistar ele, decidi agir também.

- Blaine, Você voltou! Finalmente teremos de volta a melhor voz do coral! Eu já estava sentindo falta dela.

- Sério? Obrigado! Eu também senti sua falta.

Após dizer isso, Blaine calou-se e ficou sem graça, abaixou a cabeça para não mostrar que estava vermelho, Sam ficou olhando fixamente para mim. Pensei em convidá-lo para sair mas o sinal tocou e fomos para a sala de aula.

 O dia passou depressa, Santana não fez nada comigo e Sam ficou afastando do Blaine, deixando espaço para eu convidá-lo.

- Quer ir ao Shopping comigo?

- Claro, quando?

- Hoje a tarde, aceita?

- Sim, nos encontramos na portaria.

- Tudo bem.

Fui para casa, tomei um banho e me preparei, estava prestes a sair da casa quando Rachel me ligou:

- Amigo! Que saudade! Você se esqueceu de mim?

- Rachel, quanto tempo! Eu jamais vou te esquecer.

- Tudo bem?

- Melhor impossível, estou indo me encontrar com Blaine, vou contar o que eu sinto por ele hoje, se eu conseguir criar coragem, não é?

- Que fofo! Tudo bem, vai lá e conte-me tudo depois. Beijos.

Eu já estava atrasado, desliguei o celular e saí de casa. Quando abri a porta, encontrei Sam que começou a falar.

- Onde está o Blaine?

- Deixe-o em paz!

- Por quê?

- Vou ser sincero, estou gostando do Blaine, sinto que ele também me ama, por isso saia do nosso caminho. Não gosto de você então não quero ver você perto dele novamente. Estamos entendidos Sam?

- O Blaine é meu!

- Então veremos.

Ele estava na frente do portão, passei ao seu lado e o empurrei com o ombro para abrir mais espaço e fui para o shopping.

- Olá Blaine!

- Oi. Achei que você tinha se esquecido.

- Nunca.

- Sebastian, posso lhe perguntar uma coisa?

- Fale.

- É meio complicado, mas vou tentar...

Blaine se preparou para falar, mas de repente, alguém jogou um copo de suco, molhando todo seu rosto e suas roupas.

- Quem foi o desgraçado? – Perguntou Blaine enquanto tentava se secar.

- Foi a gostosa aqui.

- Santana? – Perguntei tentando me controlar – O que você está fazendo aqui?

- Eu escutei você convidando o Blaine para sair e não resisti, eu precisava fazer isso.

Minha raiva tomou conta das minhas decisões, tentei dar um soco, mas ela desviou e rindo conseguiu me empurrar. Blaine me levantou e por trás de Santana, tentou algo mas ela percebeu e deu uma cotovelada em seu nariz.

- Blaine! Olha o que você fez, sua vadia!

- Está sangrando, que legal!

Dando gargalhadas, Santana desapareceu entre as pessoas. Ajudei Blaine a limpar seu nariz. Decidimos ir até sua casa.

Entramos pela sala. Não havia ninguém na casa, subimos para o quarto, Blaine entrou no banheiro para se lavar. Deitei em sua cama, comecei a pensar em contar o que sinto por ele. Abri seu armário, peguei algumas peças, olhei tudo em seu quarto, até que ele saiu do banheiro.

- Menino, coloca alguma roupa!

- Já estou de toalha.

Blaine sorriu e eu fiquei com vergonha, meu coração já estava acelerado. Ele estava na minha frente, apenas de toalha.

- Seu nariz está sangrando de novo.

- Pegue uma toalha para mim – entrei no seu banheiro enquanto Blaine falava mal de Santana – Aquela vadia vai me pagar pelo que fez.

Voltei para o quarto, comecei a limpá-lo, senti que o clima estava diferente, estava perto demais, Blaine olhava nos meus olhos, conseguia sentir sua respiração e de repente, Blaine foi aproximando seu rosto do meu, comecei a tremer, ele continuou firme mas eu não, no ultimo momento desviei meu rosto. Eu me arrependi no mesmo segundo de ter feito aquilo. Já é a segunda vez que eu fiz aquilo, comecei a chorar, ele preocupado tentou me acalmar, joguei a toalha em sua cama e saí correndo de sua casa.