Eram seis horas da manhã, eu estava deitado pensando se iria para a escola ou não mas meu celular tocou. Era Rachel:

- Amigo! Hoje você precisa ir para a escola, temos as apresentações dos duetos e você precisa me ver brilhar.

- Esqueci que você é o Sol – caímos na risada – eu vou, estou animado para cantar.

- E para ver ele...

- Não! Ontem ele veio até aqui e falou que é hétero.

- Mentira! Você sabe que ele é gay.

- Enfim, eu vou hoje, te encontro no pátio do colégio, beijo.

Peguei minha mochila e fui para a escola, no caminho encontrei Tina e seguimos para o colégio, porém três garotos aproximaram-se e começaram a nos empurrar, um deles tomou minha mochila, tentei pegar mas fui impedido por outro. Tina correu para me ajudar mas um dos garotos a derrubou. Ele devolveu minha mochila e os três correram.

- Tina, você está bem?

- Sim, só torci meu pé.

- Vamos para a escola, eu te ajudo.

Estava com medo, acabei de ser atacado e nem sabia os motivos. Percebi que Tina chorava então fiquei calmo para passar tranquilidade a ela.

Na escola, Tina foi para o banheiro e eu encontrei Rachel.

- Você está atrasado – disse Rachel preocupada – aconteceu algo?

Expliquei o que havia acontecido mas antes de terminar, Quinn concluiu:

- Foi a Santana, aquela garota vai apanhar!

- Acalme-se amor! – interrompeu Rachel – não temos provas de nada.

Já estava na hora de cantar, entramos no auditório e todos ficaram chocados. Quando eu vi, fiquei sem reação, quem faria aquilo?

- Olá classe – diz Shelby olhando ao seu redor – o que aconteceu aqui? Quem fez isso? Como?

Todas as paredes do auditório estavam pichadas, desenhos e palavrões e ainda as cortinas estavam rasgadas e o chão sujo de tinta.

- Eu sugiro olhar todas as bolsas para procurar quem fez isso – Comentou Santana.

- Boa ideia – concluiu Shelby – Quero ver todas as mochilas.

Shelby começou a olhar, quando abri minha mochila, havia três latinhas de tinta e um spray. Aquilo não era meu, mas comecei a tremer.

- Deixe-me ver!

- Professora, por favor, acredite em mim, isso não é meu!

- Como você pôde? Por quê? Vamos para a diretoria.

Quinn, Blaine, Brittany, Santana, Mercedes e Sam estavam arrumando o que podiam quando Blaine tenta me defender.

- Não foi ele!

- As tintas estão com ele, então...

- Santana, cala essa boca! Eu aposto que foi você – Respondeu Quinn.

- Eu não fiz nada, com certeza, foi ele.

- Chega! Você vai apanhar agora! – Quinn saiu correndo na direção de Santana mas foi impedida pelo Sam – solte-me, eu vou matar essa cachorra!

- Parem agora! – Gritou Shelby colocando ordem na discussão – Sebastian, venha comigo.

Na sala do diretor, fiquei esperando enquanto ele conversava com minha professora para decidir o que fariam comigo.

- O que você fez é muito grave – começou o Diretor olhando para as tintas sobre a mesa – nesse caso, você seria expulso...

- Mas não fui eu!

- Silencio! Você terá cinco dias de suspensão.

- Mas senhor...

- Pare! Eu ainda estou sendo bondoso com você, porque na verdade, você seria expulso e...

- Esperem! – interrompeu Blaine entrando na sala – eu pichei as paredes, não ele!

- O quê? – eu estava espantado com sua atitude – o que você está fazendo Blaine?

- Foi você? – questionou o Diretor.

- Sim!

- Mas as tintas estavam com ele...

- eu coloquei lá para me livrar das provas

- Mas não foi ele, diretor! Eu também não fiz isso e sei que o Blaine não fez.

- Sebastian, saia, por favor.

- vá embora – disse Blaine.

Saí da sala e encontrei Santana.

- Foi você que armou tudo isso, sua vadia! Agora Blaine será suspenso.

- Que maravilha, meu plano está funcionando melhor do que esperava. Quer saber meu plano? Foi simples, eu pedi para três garotos picharem o auditório e colocar as tintas na sua bolsa.

- Por quê?

- Para me livrar de você e depois do Blaine, mas ele foi primeiro.

Eu estava com muita raiva, consegui me controlar e nem sequer a empurrei. Procurei Quinn e Rachel para contar o que descobri, enquanto isso não parava de pesar em uma coisa: por que Blaine se arriscou por mim?

Quando as encontrei, contei tudo o que Santana havia me dito e Rachel disse:

- O jeito é aceitar, pois ninguém vai acreditar que foi ela, não temos provas e é apenas sua palavra.

- Não! Eu vou espancá-la e colocar aquela vadia no lugar dela! E vai ser agora!

- Acalme-se Quinn! – consegui impedi-la – vamos descobrir um jeito de incriminá-la e fazê-la confessar. Mas agora estou preocupado com Blaine.

- Verdade. O que ele fez por você foi muito romântico, ele tomos as consequências no seu lugar. Ele fez isso por você Sebastian, ele te ama – concluiu Rachel.

Realmente o que ela dissera fazia sentido, afinal, por qual outro motivo ele faria isso? Corri até a sala do diretor mas ele não estava mais lá.

O dia todo passei sem vê-lo, minha preocupação aumentava e eu queria agradecê-lo por ter feito isso.

Fui para casa, tentei esquecer esse assunto de várias maneiras mas era impossível, eu precisava encontrá-lo e precisava de respostas. Por que ele fez isso? Tomei uma decisão, para resolver o assunto pendente, o melhor era eu ir até sua casa e visita-lo.