Lilian Evans.

Hoje era quinta feira, Lenee eu, tínhamos a tarde de folga. Marlene me convenceu a acompanhar Claire até a sala de Adivinhação.

–Mas você tem que ir tipo agora Claire.

Marleneestava tentando ajudar Claire ficar com o Nate Grow ele era do Sexto ano; Grifinória; Ruivo; Olhos azuis; (nem preciso informar que era um dos mais disputados do castelo). Estávamos sentados no chão do corretor que levava a Torre da aula de Adivinhação.

–Sim, mas teu chego lá e faço o quê?

–Só passa por ele mexe com os cabelos e diz “oi”.

–Só isso?

–Só.

–E como vou conquistar ele só fazendo isso?

–A arte da conquista é demorada.

Digo tentando ajudar LEne.

–Eu não posso treinar com outro garoto. Não quero estragar tudo com o Nate.

–Claro que não Claire, tem que ser com ele. Porque foi ele que você escolheu.

–Ok, mas antes...

–Claire!

Grita um menino vindo em nossa direção. Joan. Irmão dela. Ele também tinha sido escolhido para a Grifinória, era loiro assim como ela embora seu loiro fosse mais escuro e se cabelo encaracolado, seus olhos eram pretos.

–O que foi Joan?

–Nada... É que... Depois a gente conversa.

Diz ele volta correndo por onde tinha vindo.

–Desculpe por ele, geralmente ele é mais normal.

–Esqueçamos o teu irmão e vai logo lá ao Nate.

–Eu vou, mas eu passo por ele jogo charme e digo “oi” então volto correndo para cá, não é dar muita bandeira?

–Claire. Você não está indo pra aula de adivinhação? E não tem que passar por ele para chegar até lá?

–Ah, é mesmo. Ok, eu vou lá. Desejem-me sorte.

–Só relaxa que tudo vai dar certo.

Digo dando a ele um sorriso tranquilizador.

...

Ficamos observando Claire indo na direção de Nate, ela faz o que Mel havia ensinado e sorrimos uma para outra quando Nate quase quebra o pescoço para olhar para a bunda da nossa amiga.

–Garotos!

Exclamo revirando os olhos.

–Falando em garotos. Só eu que notei que o irmão da Claire sempre fica nervoso quando você está por perto?

–Nem vem com essa, Lene

–Só estou dizendo que quando estamos reunidos sem você ele é super legal, mas quando você está com a gente ele fica todo nervoso. Mal consegue formular uma frase.

Resolvi ficar calada até porque eu já tinha notado isso, e agora Lele, se James percebesse também...

–Não vai dizer nada em sua defesa Lily?

–Cala a boca.

–Isso parece loucura né. Tipo os irmãos Claire e Joan apaixonados por James e Lilian.

Reviro os olhos para Marlene por me fazer lembrar isso.

O lance é que no primeiro dia de aula eu não estava me sentindo muito bem e por isso não desci (e tão pouco para qualquer outra refeição) para o café da manhã com as garotas, elas iam apresentar nossa nova companheira de quarto para os marotos além de fazerem um tour pela escola.

Naquela mesma noite quando Dorcas perguntou se ela tinha gostado de algum menino em especial (pois tínhamos prometido ajudá-la a encontrar um carinha) Claire disse que tinha se apaixonado à primeira vista pelo James, depois de um tempo em silencio Alice contou a ela que James era meu namorada obviamente que ela ficou morrendo de vergonha e pediu para elas prometerem não contar a mim, (Lene tinha pedido para eu descer porque James a estava enlouquecendo para me ver e Claire ainda não era confiável ao ponto de James entrar no nosso dormitório), muito embora tenha dita que não ia contar para mim, Lene me contou.

–Claire está afim do Nate agora. E Joan vai me esquecer tão rápido quanto começou a pensar em mim.

–Você acha mesmo que ela está querendo ele? Por favor, Lily. Ela só está tentando nos ludibriar. Se eu fosse você ficava de olho aberto. Não confio nessa garota. E acho que dificilmente ela esqueceu o teu James.

–Pensei que suas desconfianças quanto a ela tinham acabado. Afinal tu não acabou de ajudar Claire com Nate?

–Mantenha seus amigos perto e seus inimigos mais perto ainda.

–Eu acho que você está exagerando. Ela parece ser uma pessoa bem legal.

–Lily você não pode falar nada. Você é simplesmente a pior pessoa para julgar alguém porque tem a mania de só vê o que as pessoas têm de bom, e isso é ótimo, mas acredite quando eu digo que essa Claire não passa de uma biscate de segunda linha.

–Lene...

–Lily se essa fosse a primeira vez que ela dar em cima de um garoto como ela diz não tinha dado certo.

–Lene. eu te amo, mas acho que tu estás ficando louca.

–É o que veremos Lily.

[...]

–Lily achei que você aproveitaria essa tarde de folga com James e não com a Lene.

Dorcas falou quando chegou à sala comunal.

–É, mas Sirius roubou o James para falarem do jogo de quadribol daí me sobrou só a LEne

–Vocês são tão engraçadas.

Lene disse.

–Meninas vocês sabem se aconteceu alguma coisa com Remo e Pedro? Eles estavam quase para pular um em cima do outro na aula hoje.

(Dorcas estava na aula de Cuidado com as Criaturas Mágicas)

–Remo e Pedro? Não sei. Se bem que se prestar atenção eles não estão se falando desde que voltamos para o castelo.

Marlene diz.

–Quando conseguir tirar as garras do Sirius de cima do James pergunto a ele.

[...]

James Potter

Lily e eu estávamos nos jardins do castelo. Improvisando um piquenique essa era a segunda vez em duas semanas que conseguíamos ficar a sós já que todo nosso tempo livre estava sendo para Quadribol, Estudos e Monitoria. As meninas ainda inventavam de ficar em salas vazias "duelando", segundo as mesmas era um treino para o que viria depois de Hogwarts e logo eu e os marotos resolvemos entrar nessa também. É claro que depois de muita insistência minha a Lilian e eu acabamos curtindo um momento a sós durante a monitoria, mas nunca chegava a ser algo romântico.

Naquela manhã de sábado em especial minha ruiva estava na biblioteca fazendo o dever de Feitiços (que tipo de pessoas faz dever de feitiços? É FEITIÇO algo natural bruxo). Eu como bom namorado que sou arrastei ela da biblioteca (praticamente tive que joga-la nos meus braços) com ela nos meus ombros peguei algumas coisas na cozinha e a trouxe para os jardins numa parte que nos dava bem privacidade embora estejamos perto do Lago.

Agora Lily estava em pé na minha frente tentando fazer com as pedras quicassem na agua.

–Quer saber? Eu desisto simplesmente não nasci para isso.

Disse ela enquanto ainda arremessava suas pedras no lago. Olho para ela sorrindo, ela estava ali jogando não fazia nem mesmo um minuto e já tinha desisto ô mulherzinha paciente essa que arranjei.

–Se a senhorita deixasse eu poderia lhe ensinar, sou tipo um mestre de arremesso de pedras no lago. Uma vez consegui o feito de uma quicar sete vezes.

Lily virar a cabeça me olhando com um olhar mortal.

–Cala a boca Potter. Não preciso da ajuda de ninguém principalmente uma com ego enorme que nem você, e ainda vem se gabar, vou dizer mesmo.

Retrucou voltando para suas pedras e seu lago.

–Se a senhorita assim deseja fique a vontade. Eu adoro ficar aqui olhando você procurar a posição ideal para jogar a pedra. Eu gosto principalmente quando você agacha na verdade eu gosto de toda posição que eu tenha uma visão privilegiada da sua bunda.

Digo maliciosamente e tenho que me desviar de uma pedra que vem em minha direção.

–Você tem um belo braço já pensou em ser batedora?

–Já, mas não ia ter graça porque eu não poderia jogar os balanços em você.

–Sabia que ruivas são bem esquentadinhas.

–Cala a boca Potter.

–Vem calar Evans.

–Só se for com um soco porque eu nunca vou encostar minha boca na sua.

–Desafio aceito.

Levanto e vou até ela que me encara sorrindo e com um olhar desafiador.

–Lily, Lily, Lily...

Digo pegando-a pela cintura e a aproximando mais de mim.

–James, James, James...

Lily diz acariciando minha nuca.

–Você ainda vai me levar à loucura meu amor.

Digo antes de encostar meus lábios aos dela.

[...]

Lily estava deitada no meu peito olhando para o céu.

–O que você vê?

Ela pergunta.

–Como assim?

Digo sem entender.

–Nós trouxas temos mania de ficar olhando para as nuvens e vê os formatos que elas fazem.

–Qual o formato que aquela nuvem ali tem para você.

Digo apontado para uma enorme que para mim parece um dragão enorme cuspindo fogo.

–Um coelho.

–Um coelho? Tem certeza?

–Tenho, porque o que você vê?

–Um dragão cuspindo fogo. Acho que sou mais míope do que pensava.

Ela começa a sorrir

–Não é não. Meu pai diz que o que você vê nas nuvens é a forma que você o mundo. Assim você pode descobrir muito de uma pessoa só vendo o que ela vê nas nuvens.

–E o que isso diz de mim?

–Eu não tenho ideia. A teoria é do meu pai não minha, mas eu acho que ela não é lá muito correta não.

–Por quê? Seu pai pareceu ser muito esperto para mim.

–Porque quando eu deitava no jardim lá de casa com a Petúnia, eu e ela víamos as mesmas coisas nas nuvens e olhando para nós agora... Tipo nós vemos o mundo de uma maneira completamente diferente.

Por mais que ela tente esconder eu vejo na sua voz um quê de tristeza. Então eu a abraço mais forte.

–Eu acredito no seu pai. Talvez ela esteja um pouco cega agora, mas você vai vê um dia você e ela se tornarão amigas novamente. E nossos filhos vão brincar juntos. Só dê um pouco mais de tempo a ela.

[...]

–Sabe, às vezes fico me perguntando se algum dia nós não precisaremos fugir para aproveitar um momento como esse.

Lilian enquanto sentamos para comer.

–Claro que vamos. É que você resolveu me dar uma chance no ultimo ano e todos sabem que o ultimo ano é o mais puxado de todos.

–Não é só isso Jamie. É que quando penso no futuro só nos vejo fugindo de Voldemort. E mesmo quando estávamos de férias momentos de tranquilidade não era algo diário. Isso não é normal. Casais geralmente têm momentos de brigas, discussões, problemas de vez em quando, mas conosco é a todo tempo. Parece até que o universo não nos quer juntos.

–Eu sei o que você quer dizer. Já analisei esses pontos, mas isso não é tanto por nossa causa, o mundo está guerra. E é claro que nosso relacionamento nunca vai ser algo normal como os outros porque somos James Potter e Lilian Evans é algo natural nosso. Eu acho. Eu sei que as coisas não estão fáceis e que provavelmente elas não ficaram fáceis tão cedo. Eu sei, mas eu quero enfrentar tudo o que tiver por vir com você. Porque eu acho que juntos nós temos muito mais chances de sermos felizes que separados.

–Eu tenho medo por você... Não é o melhor momento para se estar namorando com uma nascida trouxa.

–E eu já disse a você que não importo. Eu sou um Potter e por isso já estou na lista negra de Voldemort, e minha sempre diz que é sempre o momento certo para se estar com quem ama. E eu amo você.

Ela sorri e se joga em meus braços.

–Eu amo você James, de uma maneira que eu nunca imaginei que pudesse.

–Então aceita se casar comigo.

Lilian me encara e começa a gargalhar.

–Que bom que meu pedido te diverte.

Digo emburrado fazendo-a rir mais ainda.

–Eu ainda estou pesando se você fica bonito, cervinho.

–Como?

–Não é nada. E se bem me lembro, eu e você, nós meio que temos um desafio para vê quem vai aguentar mais.

[...]