Lilian Evans

Estava na sala comunal junto com Claire quando Remo passou com a cabeça baixa e indo rápido em direção ao dormitório masculino. Como se não quisesse que ninguém o percebesse.

Claire acompanhou meu olhar e perguntou.

–Então Lily vamos dar uma olhada no treino dos meninos da Grifinória?

–Vai indo que depois dou uma passada lá.

–Está bem.

Assim que ela saiu subi as escadas do dormitório masculino e entrei no quarto dos marotos.

–Remo, podemos conversar?

–Agora não Lily, depois.

–Depois coisíssima nenhuma, faz dias que você está me evitando.

–Não é nada demais. Juro.

–Que seja. Eu e você vamos conversar e pronto.

–Ok, mas aqui não.

–Então aonde?

–Torre de Astronomia.

[...]

–Estamos aqui desembuche.

–Não é nada.

–Remo, eu te conheço, você é meu melhor amigo, esse lance de “não é nada” não vai funcionar comigo.

–Funcionou com os meninos.

–É, mas garotos acreditam em qualquer bobagem. Rem, por favor, eu estou preocupada contigo. Fica aí pelos cantos, mal fala com todo mundo...

–Lil. É que eu estava pensando esses dias e me dei conta de que não sou um bom amigo.

–Você é o melhor amigo que eu poderia ter.

–Não, não sou. Devido as minhas “condições” eu posso ter forçado meus amigos a serem criminosos e isso pode ter deixados eles com raiva de mim.

–Remo você tem ideia do absurdo que está falando. Os meninos não dão a mínima para o seu problema peludo, assim como eu, e eles foram idiotas infringindo as leias, mas por Merlim! Ter raiva de você por isso? Até parece que os marotos ficam com raiva por alguém dar um motivo para eles infringirem alguma regra.

–É mais complexo que isso. A raiva por perder espaço para mim, sendo eu uma escoria da sociedade, pode levar uma pessoa a fazer péssimas escolhas.

–Remo nunca mais repita que você é uma escoria da sociedade, porque você não é. Você é uma vitima e isso não te transformar em alguém pior, ou, melhor que qualquer outra pessoa.

–Lily você não entende, não tem como entender.

–Então me explica melhor para eu poder entender.

–Eu não posso.

–Por que não?

–Porque eu não tenho certeza do que sei e se eu falar e não for eu vou cometer um erro terrível.

–E enquanto isso vai ficar assim deprimido pelos cantos? Eu não vou aceitar isso Remo. Então me conte, por favor.

–Façamos um acordo. Eu melhoro e você para de me pressionar.

–Só se você prometer que quando tiver pronto eu vou ser a primeira a saber.

–Eu prometo.

–Venha cá, daqui dá pra ver os meninos treinando.

Diz Remo olhando pela janela.

–Tem certeza que não está ficando louco?

Digo indo olhar também.

–É que o céu está bem limpo hoje.

–Qual deles é o Jamie?

–Aquele que tem uma auréola em cima da cabeça com os dizeres “Sou louco por Lilian Evans”.

–Engraçadinho.

–Ele é aquele ali - Disse apontando para o moreno que estava à cima de todos os outros.

–Pensei que ele não soltava o pomo nos treinos com todo mundo.

–Ele está observando os outros, vendo se estão na posição correta.

–James adora isso né?

–Acho difícil saber do que ele gosta mais de você ou de quadribol.

–Eu votaria no quadribol.

–Sabe James me contou uma coisa engraçada esses dias.... Falou-me que te pediu em casamento, mas que você se recusa a dar uma resposta.

–Nós somos muito jovens Remo.

Digo me explicando, mesmo que ele não tenha pedido isso.

–Idaí... Isso só quer dizer que vocês têm mais tempo para ficarem juntos.

–Vamos voltar. Quero estar na sala comunal quando ele chegar do treino.

–Mudando de assunto Lilian?

–Só estou dizendo que devemos ir.

–Tudo bem, mas faça-me um favor, eu vou ser o padrinho de casamento.

–Vamos logo Remo.

...

James Potter.

–Jay, espera.

Claire, nova amiga das meninas, me chama quando estou indo em direção ao campo de quadribol.

–Oi Claire. Aconteceu alguma coisa com a Lily?

–Não, ela não vem.

–Não?

–Ela até ia vim, mas daí viu o Remo e preferiu ficar com ele lá em cima.

–Ah.

–Aí eu estava vindo para cá e te encontrei e pensei já que a Lily trocou nós dois pelo Remo nós podemos ir juntos. Podemos?

–É... Acho que sim.

–Então quando vai ser o grande jogo?

–Amanhã. Grifinória e Sonserina.

–Agora entendi porque é um jogo tão esperado, os maiores rivais da escola, não é?

–Grifinória versus Sonserina sempre é um espetáculo a parte, mas o mais importante é que quem ganhar tira a oportunidade do outro ganhar. Se nós ganharmos a Sonserina não vai mais ter chance de ganhar o troféu de campeã esse ano e vice-versa.

–Com você sendo nosso apanhador eles não têm nem esperança.

–Obrigado, mas quadribol é mais que o apanhador.

–Aceite o elogio Jay.

Claire disse colocando a mão sobre o meu peito.

–Já aceitei, agora acho melhor eu ir.

Respondi tirando sua mão de mim e entrando no campo.

...

–Nem foi me vê treinando.

Digo para Lily que estava lendo um livro deitada no sofá da sala comunal. Além dela só tinha um grupo de alunos do primeiro do outro lado da sala.

O pessoal do treino ainda não tinha voltado, fui o primeiro a terminar de me arrumar.

Jogo-me em cima dela. Fecho seu livro. E lhe beijo.

–Não é porque não me viu te vendo que eu não tenha visto.

Responde ela quando nos afastamos.

Ela me afastou obrigando-me a sentar, ela deitou-se sobre minhas pernas.

–Falei com Remo hoje.

–Eu sei. Claire me contou.

–Ela te contou?

–Foi. Quando eu estava indo para o campo ela apareceu disse que você tinha dado um bolo nela para falar com o Remo.

Tenho cuidado para não deixar escapar que provavelmente a amiga dela deu em cima de mim. Eu devia estar imaginando coisas.

–Quer saber? Vamos conversar lá em cima. Não quero ter que dividir você com seu fã clube nem com os meninos.

–Como a senhora quiser.

Digo a pegando no colo e a levando para meu quarto. Deito ela na minha cama e fecho as cortinas. Deito ao lado dela.

–Então conseguiu descobrir porque Remo anda tão estranho?

–Não, mas conseguir fazer ele prometer que vai tentar parar de andar tão depressivo.

–É bom mesmo a última coisa que quero é andar com o lobo depressivo daqui a duas semanas.

–Uhn... Ele me contou uma coisa bem interessante.

–Que coisa?

–Ele me contou que você contou a ele que me pediu em casamento.

Sorri.

–Pois é.. Eu fiquei meio mal depois que você deu um “não” como resposta, precisava desabafar. Imaginei contar para o Sirius, mas se ele soubesse nunca mais nos deixaria em paz, então contei para Remo o mais sensato dos marotos.

–Eu realmente queria te dar uma resposta senhor Potter, mas veja bem... você vai desistir primeiro.

Ela diz a última parte sussurrando em minha orelha. E logo depois começa a mordica-la. Arrancando de mim um gemido.

–Esse é um jogo que dois podem jogar senhorita Evans.

Digo a puxando para baixo de mim. Começo a mordicar seu pescoço e amassando e apertando sua cintura e suas pernas com minhas mãos. Lilian agarra meus cabelos e pressiona sua pélvis no meu membro já duro.

–Vocês sabem que fechar a cortina só impede que eu veja vocês, não que eu escute os gemidos de vocês.

Sirius diz.

–Não acredito nisso!

Lily e eu no encaramos e não conseguimos evitar sorrir.

–Podem continuar eu só vim chamar o Jay para jantar, mas fiquem à vontade.

–Depois que ele corta completamente o clima.

Eu digo.

–Sorte sua o seu amigo ter aparecido porque ao meu ver você estava quase implorando para desistir.

–Acho que temos visões diferentes das coisas.

–Você está duro Jamie.

–E eu aposto que você está molhada. Você não vai aguentar muito Evans.

–É o que veremos Potter.

–Ei, de novo... Eu estava só brincando, desçam AGORA.