TERCEIRA PESSOA

Faltavam apenas alguns minutos para voltarem a Hogwarts, os últimos momentos de férias, as ultimo férias já que esse era o último deles na escola.

–Não acredito que vocês já vão. Essa casa vai ficar tão silenciosa sem o barulho de vocês em cada canto.

Dorea disse já com lagrimas nos olhos.

–Hoooo, mãe. Relaxe a gente promete que vai escrever a cada uma semana, não é James?

–É isso aí mãe.

–Arram. Até parece. Todo ano dizem a mesma coisa, mas sempre se esquecem de mim, seus ingratos.

–Sem dramas Dorea, por favor.

–Charleus Potter, saiba você que eu estou numa idade bastante avançada na qual tenho todo o direito de fazer quanto drama eu achar necessário.

–Está bem, não precisa me engolir não. Desculpe garotos pensei que ela já tinha passado da menopausa.

–Como é POTTER?

Após enfeitiçar seu marido deixando-o o mudo, Dorea abraçou Sirius e James com uma força desproporcional a sua idade.

[...]

–Remo, não deixe que eles se metam em muitas encrencas.

–Vou tentar ao máximo senhora Potter.

–Até parece que o Remo pode fazer alguma coisa contra nós.

Sirius Black falou pretencioso.

–Ele pode escrever uma carta para mim comentando sobre o comportamento de vocês.

–Mãe, a senhora acha que temos quantos anos? Cinco?

–Eu acho que você tem 17, mas que com toda certeza achem como se tivessem cinco. Agora calem a pouca e me deixem despedir do Remo.

–Não se preocupe senhora Potter, isso é só ciúme deles.

Remo dizendo abraçando-a e lhe dando um beijo na bochecha,

[...]

–Lene e Dorcas minhas queridas não vão aprontar muito não, ein! E tomem muito cuidado os garotos sabem ser bem idiotas.

–E nós não sabemos? Passamos boa parte do tempo em Hogwarts com os marotos.

Marlene argumentou fazendo a velha rir.

–Oh minhas queridas, e não se esqueçam de me escrever.... Eu adoro receber cartas, até porque não tenho nada para fazer mesmo.

–Pode deixar não vamos esquecê-la até porque isso é meio que impossível.

Dorcas disse.

[...]

–Lily, foi tão bom finalmente conhece-la. Você não tem ideia do quanto fiquei feliz em saber que finalmente um dos meus filhos tinha encontrado alguém com quem realmente quisesse ficar e mais feliz ainda quando conheci você. Não se esqueça dessa velha aqui. Mande-me muitas cartas, nem que seja para me dizer que criei dois filhos idiotas.

–Claro que vou escrever para a senhora sempre que eu puder, contando tudo o que esses meninos aprontarem... E foi muito bom conhece-la, e ao senhor Potter também, vocês são demais.

–Bom, a Lily ama meus pais, meus pais amam a Lily. Já pode até entrar pra família ruiva. Vai ser minha cunhadinha para o resto da vida.

–Sirius!

Lilian e James falaram juntos.

–Ui já estão até falando juntinhos.

Frank falou.

[...]

–Alice E Frank, saibam que foi um prazer recebe-los aqui em casa, vocês formam um belo casal, tem futuro.

–O prazer foi nosso de passar as férias aqui.

[...]

–Lily por favor, não fique muito brava pelas idiotices do Jamie, ele puxou para o pai nesse quesito.

–Pode deixar. Qualquer coisa nós podemos usar magia em Hogwarts.

–Ei isso foi uma ameaça?

James perguntou.

–Não, meu bem, foi só um aviso.

Lilian disse piscando para sua sogra que sorria.

–O fã-clube do James que se cuide, porque essa ruiva aqui é fogo.

Alice diz.

–Quê? Elas não vão sentir nem falta desse veado. Até porque elas terão o mais gostoso dos marotos.

–E cadê ele?

Dorcas perguntou.

–Não me faça mostra-lo para você, Dorcs.

–Sirius!

Remo gritou.

–Ops! Foi mal Aluado.

–Acho melhor irmos antes que vocês cheguem atrasados.

[...]

Lilian Evans.

–Eu adoraria sentar aqui com vocês seus lindos, mas James e eu temos que ir para a cabine dos monitores.

–Sei bem o que vocês vão fazer lá.

Sirius disse maliciosamente.

–Olha que Black você me respeita que eu não sou qualquer uma dessas daí não, ouviu bem?

Digo ameaçadoramente para ele.

–Vixi, parece que não foi só a mamãe que ainda não passou pela menopausa.

–James tira Lily daqui antes que ela pule encima do Sirius.

Lene pede.

–Sim senhora. Vamos Lily.

James diz me puxando cabine a fora.

...

Enquanto andávamos pelas cabines, vários rostos se viraram para gente e ficavam nos apontando.

–É sério isso? Pensei que esses idiotas já tinham parado com isso. Já deviam ter se acostumado a nos ver juntos, não?

James sorriu.

–Acho que ficaram surpresos porque você chegou comigo o que significa que passou as férias comigo... E eu me lembro de você dizer em alto e bom som que nunca colocaria os pés na minha casa.

–Bom... Tecnicamente a casa é dos seus pais e não sua. Então eu continuei com minha palavra.

–Tecnicamente eu sou filho único, ou seja, sou o único herdeiro, o que faz com que aquela casa seja futuramente minha.

–A casa vai ser tua e do Sirius. E eu pisei lá enquanto seus pais eram donos não vocês.

–Não vou continuar esse discursão.

–Acho bom mesmo. Até porque você vai perder mesmo.

James revira os olhos e abre a porta da cabine dos monitores para mim. Quando entramos damos de cara com Snape sozinho.

–Bom dia.

Digo educadamente.

–Estão atrasados.

Snape nos diz.

–E quem se importa.

James retruca.

–Você provavelmente não, nunca se importou com regras não é mesmo, mas você Lily...

–É Lilian. Lily é só para os amigos.

Digo friamente para ele.

–E nós não chegamos atrasados, porque segundo a professora McGonnal devíamos chegar antes do trem partir e como você pode ver se observar a janela ainda estamos parados, ou melhor, estamos saindo agora.

–Que seja. Vocês devem apenas ficar cuidar dos alunos do primeiro ano da casa de vocês.

Disse saindo.

–Pelo menos temos a cabine só para nós.

Digo.

–É acho que Sirius tinha razão.

[...]

Depois de ajudar Hagrid com os alunos do primeiro ano nos dirigimos para o castelo. O clima no salão principal está triste. Olho preocupada para James que aperta mais seus braços em volta de mim.

–O que aconteceu.

Pergunto quando me sento à mesa ao lado de Lene.

–Não viram o Profeta?

–Nem cheguei perto de um jornal hoje, o que aconteceu?

–Sabe Edward Muller? O braço direito do Ministro?

Sirius perguntou.

–Sei quem é. Ele é um babaca se quer saber.

–Babaca ou não James, o lance é que o corpo dele foi encontrado morto na frente do ministério hoje à tarde. Enquanto estávamos no trem.

–Como é que é?

Digo.

–Isso mesmo que vocês ouviram. O profeta lançou um jornal extra só para dá essa informação.

Lene diz.

–Será que foi Voldemort?

Sirius pergunta

–Acho que não. O que ele iria querer com Muller. Ele é um idiota completo.

James responde.

–Não é obvio? Para pegar informações e colocar medo nas pessoas. Pense bem ele era braço direito do ministro devia ter informações privilegiadas, além disso, se nem mesmo o braço direito do ministro está seguro, quem vai estar? Aposto quanto quiser que ele já está até mandando no Profeta, porque se a gente pensar bem esse jornal extra hoje foi só mais uma jogada de Voldemort, ele quer que nós fiquemos com medo, que nós nos sintamos desprotegidos.

Digo.

–Será?

Sirius pergunta.

–Claro que é. Pensa bem Sirius. Se você fosse um tirano idiota e quisesse dominar o mundo qual seria a primeira coisa que você ia querer que as pessoas tivessem?

–Não sei.

–Medo... Sirius. Medo. Medo de você. Medo de ser contra você.

–Vocês estavam falando sobre o tal Muller?

Dorcas chega com Alice e Frank.

–Estamos. Lily está dizendo que foi um truque de Voldemort para deixar todo mundo com medo.

James diz.

–Eu concordo com ela. Veja bem como está esse salão. Isso porque acabamos de chegar. Geralmente quando voltamos de férias isso aqui é barulhento, mas depois dessa notícia todo mundo ou está cabisbaixos ou está feliz porque o plano do Lord deles deu certo.

Frank argumenta.

–Vocês acham que aqui tem comensais?

Alice pergunta.

–Oficialmente nenhum, mas futuros comensais. Tem alunos aqui que estão só esperando a hora de se formar para se juntar com o Lord Idiota deles.

James responde.

–Mas quem são os mais prováveis na visão de vocês?

Dorcas questiona.

–Qualquer aluno da Sonserina é um possível comensal.

Sirius diz com desgosto.

–Nem todos. Não é só na Sonserina que tem bruxos maus. Nas outras casas também.

Digo.

–Sim, mas a porcentagem de sonserinos é maior.

–É exatamente isso que ele quer. Que não soubermos em quem confiar.

Frank argumenta.

–Pelo menos não precisamos nos preocupar muito com a Grifinória, porque para entra tem que ser leal.

James diz orgulhoso.

–O problema é Leal a quem.

–Qual seu problema Lily. Está dizendo que existem bruxos comensais na Grifinória.

–Estou dizendo que em todas as casas tem possíveis comensais e que a Grifinória não é uma exceção.

...

James, Frank e Sirius ficaram jogando xadrez bruxo na sala comunal enquanto eu e as meninas resolvemos ir deitar.

Quando chegamos ao dormitório encontramos uma garota sentada numa cama extra.

–Oi, vocês são minhas colegas de quarto? Eu sou Claire. Sou nova aqui em Hogwarts, até as férias eu estudava em casa com meus pais, mas sabe como é com essa guerra estourando o lugar mais seguro em toda Grã-Bretanha é Hogwarts.

–OI, sou Lilian essas são Marlene, Dorcas e Alice. É um prazer lhe conhecer.

–Eu não sabia que tinha uma aluna nova no castelo.

Lene falou sentando em sua cama.

–E não tem... Só uma. Quando eu estava na sala do diretor mais cedo usando o chapéu seletor tinha mais uns quatro alunos, duas garotas e dois garotos, sem contar meu irmão. Acho que os pais dele tiveram a mesma ideia que os meus.

–Você tem um irmão? Ele é gatinho?

–Lene!

Alice grita.

–O que foi? Fiz uma pergunta super inocente. Nem todo mundo tem um Frank para ficarem agarradinha, algumas tem que ir à luta querida Alice.

–Não precisa se preocupar, eu entendo. Como eu estudo em casa não tenho tempo para ficar azarando garotos. Agora respondendo sua pergunta, eu não acho meu irmão gostoso, mas sou suspeita porque sou irmã dele.

–Meu Merlim que triste a coitadinha não tinha tempo para azarar garotos. Por Merlim.... Não se preocupe eu, Marlene McKinnon, vou te ajudar a superar esse problema. Amanhã mesmo vou começa a te dar aulas.

[...]

Remo Lupin.

Passei a viagem toda tentando encontrar Pedro, mas não o vi em nenhuma cabine, por uns breves minutos até comecei a pensar que ele talvez não tenha vindo para Hogwarts. Porém quando o trem parou o vi saindo todo escabreado acompanhando um grupo de garotos a distância. Sem pensar duas vezes o segui.

Eles seguiram em direção ao castelo, mas nos últimos 50 metros se distanciaram a direita, entraram em um corredor -formado por arvores -a direita e continuaram seguindo reto... então todos eles fizeram uma roda (foi quando percebi que estavam mascarados), um garoto que acho que não era nem mesmo do quarto ano se ajoelhou no meio da roda, os outros começaram a dizer algumas palavras para o garoto. Foi quando Pedro começou a correr se distanciando em direção ao castelo novamente eu o segui.

–Pedro.

Gritei quando já estávamos perto da entrada da sala comunal.

–Remo?

–O que era aquilo Pedro?

–Aquilo o quê?

–Eu estou te seguindo desde o trem Pedro.

–O que você quer dizer com isso?

–Eu quero dizer que eu vi você seguindo aqueles caras. Quem eram eles? O que estavam fazendo?

–Não é da sua conta Remo. Fica na tua. Deixa que meus problemas eu resolvo.

–Pedro, você está com problemas?

–Já falei que não é da tua conta, seu lobisomem.

[...]