You're My Control. escrita por Charlie Fabray


Capítulo 10
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Capitulo 10-

Sábado.

Rachel estava pirando, nem Judy e nem seus pais a deixavam ver Quinn e já se passaram uma semana com ela no hospital, a morena estava ficando furiosa, ela queria ver Quinn de qualquer jeito.

A judia se levantou, já era final de semana e seus pais lhe disseram que Quinn sairia do hospital naquele sábado. Ela havia demorado de dormir por isso, mas acordou bem cedo e disposta pra ver sua loira. Foi no banheiro, fez sua higiene matinal, se arrumou e desceu para o café da manhã. Seus pais tinham acabado de acordar e ela parecia um daqueles cachorrinhos doidos que não aguentam ver um brinquedinho que acham energia de não sei onde.

“Que as estrelas como eu iluminem o dia de vocês!” Ela falou tão rápido que quase nenhum dos seus pais entendeu. “Que horas Quinn sai?” Ela dava pulinhos.

“As onze.” Noah apareceu do andar de cima com cara de poucos amigos, Rachel o encarou e depois ignorou o garoto completamente, tinha sido assim a semana inteira, ela o evitava a cada segundo, nem pareciam mais irmãos.

“Vocês vão lá?” Ela se sentou a mesa com seus pais e direcionou a pergunta a eles, Noah sentiu que ela não iria falar com ele tão fácil então deixou que os pais respondessem enquanto ele regulava seu sinto do fardamento militar e depois se sentava.

“Seu irmão irá.” Hiram disse simples, Leroy olhou pra filha e acenou negativamente com a cabeça pra que ela não fizesse um comentário ruim em sua mesa de café.

“Vamos orar por ela?” Leroy falou um pouco mais alto pegando uma das mãos de seu marido quando todos os homens pegaram sua kippa e colocaram na cabeça, depois pegou a outra mão de Rachel, Hiram segurou a mão de Noah e o mesmo ofereceu a mão a Rachel pra fechar o circulo de oração. Ela o encarou, suspirou e finalmente deu a mão depois que seus pais a fitaram como uma aviso de siga em frente.

Todos fizeram uma oração distinta e silenciosa por Quinn e depois tomaram seu café da manhã. O telefone tocou assim que Rachel acabou de escovar os dentes.

“Residência dos Berry.” Noah atendeu, depois acenou umas cinco vezes. “Sim, senhora Fabray.” Ele balançou a cabeça e anotou algo no papel.

“Diga a ela que irei também, Noah!” Rachel vibrou aparecendo do lado do irmão o assustando, ele falou com Judy e depois desligou.

“Ela disse que vai fazer um almoço surpresa de boas vindas pra Quinn na casa dos Fabray. Leroy, Hiram, ela disse que aceitaria a ajuda de vocês com os preparativos, Rachel, você vem comigo buscar Quinn.” Ele ditou.

“Ótimo, espere um minuto.” Rachel pegou uma cesta em cima do balcão da cozinha e voltou até a família. “Podemos ir.”

“Noah, ele a cesta pra dentro da viatura, vamos ter uma breve conversa com Rachel.” Hiram acenou pro garoto sair.

“O que foi?” Rachel indagou.

“Rachel, Quinn está em uma cadeira de rodas em tempo indeterminado, por isso ela não quis que você fosse visita-la no hospital, ela se sente frágil.” Hiram dizia, Rachel nunca vira Hiram falar assim de Quinn, desde que ela tingiu o cabelo ele se refere a ela como uma delinquente imbecil.

“Não haja como se estivesse com pena, isso irá destruí-la, você é a ultima pessoa pra quem ela quer parecer frágil.” Leroy terminou pelo marido.

“Tudo bem.” Rachel já tamborilava os dedos ansiosa, ela mal prestara atenção no que seus pais disseram de tanta agonia. Seu pais sorriram por fim e a levaram até a viatura.

A viagem de carro fora rápida e silenciosa. Rachel pegou sua cesta e andou pelo hospital com Noah, que estava muito intranquilo.

“Eu... eu espero vocês aqui fora.” Puck encarou a irmã e abriu a porta, Rachel achou aquilo a coisa mais inteligente que ele disse nos últimos dias e apenas acenou e entrou na sala.

Lá estava Quinn, mais linda do que nunca, conversando amigavelmente com uma enfermeira, elas riam juntas.

“Olá?” Rachel bateu na porta já aberta.

“R-Rae!” Os olhos de Quinn brilharam e depois ela se encolheu e olhou pra enfermeira com o cenho franzido, voltou sua atenção pra Rachel. “O que faz aqui?” Ela pedia pra que a pergunta não soasse indelicada.

“Vim te buscar.” Rachel sorriu segurando sua cesta contra o peito.

“Eu volto já.” A enfermeira sorriu pras duas e saiu da sala.

“Veio me buscar?” Quinn continuava de cenho franzido. “Sozinha?”

“Não, Noah está ai fora...” Ela suspirou. “Eu...” Ela ia dizer que sente muito mas então lembrou do que seus pais disseram, colocou a cesta em uma cadeira ao lado da cama onde Quinn estava quase sentada, apoiada na cabeceira. “Eu estava ansiosa pra te ver, Quinn.” Ela se aproximou da loira e a abraçou com o máximo de força que conseguiu. “Eu senti tanto a sua falta!” Ela soou dengosa ao pé do ouvido de Quinn, que sorriu ao sentir um calafrio do qual ela também sentia falta.

“Eu também estava com saudades de você, baixinha.” Rachel riu com o apelido e se afastou um pouco pra encarar a amiga. “Eu sei o que você está se perguntando... sim, eu lembro do nosso encontro no sábado, também lembro do acidente.” Quinn suspirou. “Eu não posso andar, mas estou feliz por estar viva.” Ela encarou a morena, ela não sentira aquilo de estar feliz por estar viva com tanta força antes, mas agora era diferente, ela estava com Rachel e quando ela estava com essa baixinha ela queria viver ou viver. “Estou feliz que veio.”

“O quê? Pensou que ia se livrar de mim tão fácil?!” Rachel falou em tom de brincadeira. “Eu não vou te deixar tão fácil.” As duas se olharam nos olhos durante um momento.

“O que tem na cesta?” Quinn olhou pra mesma um pouco curiosa.

“Feche os olhos.” Rachel falou em seu tom de ordem, Quinn obedeceu de súbito. A morena foi até a cesta e andou de volta até Quinn. “Você se lembra de quando nos conhecemos, querida?” Quinn não conseguiu segurar o sorriso ao ouvir Rachel chama-la assim, então acenou. “Abra os olhos.” Rachel ordenou, mas Quinn abriu com cautela e encarou o bichinho de pelúcia a sua frente.

“DE JEITO NENHUM!” Quinn vibrou.

“Sim.” Rachel sorriu e entregou o leãozinho. “É o Lion Wee, apesar de um pouco estragado.” Ela dei risada.

“Oh, caramba!” Os olhos de Quinn brilhavam e ela abraçou o leão de pelúcia. “Você ainda lembra o nome...” ela riu. “Você o guardou todo esse tempo?” Quinn a olhou curiosa.

“Sim...” Rachel corou um pouco, aquilo era uma prova acusadora do quanto ela era apegada a Quinn desde sempre. “Não me julgue, ele é fofo.” E ainda tem seu cheiro, ela queria completar.

“Eu sei, é o meu amor de infância.” Quinn sorriu boba.

Rachel estava devolvendo o bichinho por que sabia que Quinn iria gostar e por que arranjara outra coisa com o cheiro de Quinn que ela tinha certeza que a ex-loira não se lembraria: Um cardigã. Quinn tinha tantos que com certeza não perceberia que Rachel havia ficado com um.

“Trouxe bacon...” Os olhos de Quinn se arregalaram ao ouvir isso. “Biscoitos com manteiga de amendoin...” Ela se animou ainda mais. “E... mais algumas coisas que eu sei que você gosta.”

“Caramba, eu vou sair daqui e me transformar numa obesa, ninguém vai me querer.” Quinn riu.

“Isso é ótimo!” Pensou Rachel. “Pronta pra ir?” Ela finalmente disse para a loira.

“Sim! Pronta! Só um minuto.” Quinn apertou um botão vermelho ao lado da sua cama e a enfermeira que havia saído dali voltara de prontidão.

“Eu diria ‘volte sempre’, mas não é o lugar apropriado.” A enfermeira riu, ela parecia jovem, só um pouco mais velha, parecia ter seus vinte e cinco, por ai. “Vou sentir saudades de bater papo com você, Q.” ela sorriu e carregou a de cabelo rosa, como ela conseguia ser tão forte? Colocou-a na cadeira de rodas que trouxera. “Vê se não te mete em encrenca.” Se voltou pra Rachel. “E você, cuide bem dela.” Rachel acenou com a cabeça. “Por aqui.” A enfermeira abriu a porta.

“Eu vou ficar bem, Lea.” Quinn se dirigi um olhar calmo para a copia idêntica da Cobie Smulders que estava de pé ao seu lado. “Vou te manter informada.” Quinn sorriu.

“Eu irei cobrar, não se esqueça de mim, pode me chamar pra sair, Fabray, eu irei esperar.” A tal Lea falou em tom de flerte e Quinn deu uma risada safada.

“Eu irei ligar.” Falou por fim, Rachel começou a empurrar a cadeira com mais velocidade.

“Tchau, Enfermeira.” Rachel seguiu empurrando a cadeira de rodas hospital a fora, Quinn quase derrubara a cesta no seu colo.

“Devagar Berry, pra quê a pressa?” Quinn suspirou aliviada quando Rachel parou na saída, onde Puck esperava impaciente.

“Oi, Quinn.” Puck sorriu de lado e Quinn bateu na mão dele como se fossem amigos a muito tempo. Que diabos era aquilo?

“Puck! Como você está?” Quinn perguntou sorridente.

“Bem e... você?” Ele perguntou de volta com o mesmo sorriso de lado.

“Eu estou ótima! Lea perguntou por você.” Quinn cantarolou e Rachel a olhou incrédula, aquilo era mentira, elas não falaram de Noah.

“Sério? Legal!” Ele falou animado, Rachel ficou quieta.

“Vamos ou sua mãe me mata.” Puck conduziu a cadeira até a porta do carro.

“Cadê o Finn?” Quinn indagou.

“Ele está na sua casa, agora.” Puck disse simples e carregou Quinn, colocando-a dentro do carro. Quinn acenou com a cabeça.

Rachel, Quinn e Puck chegaram na casa Fabray, a viagem de volta foi toda de conversinhas entre Noah e Quinn sobre como a enfermeira era interessante. Rachel não abriu a boca pra comentar nenhuma palavra. A verdade é que ela estava com ciúmes.

“SURPRESA!” Disseram Leroy, Hiram, Judy, Russel e Shelby quando eles entraram na casa, que agora tinha uma pequena rampa pra Quinn subir e descer sozinha.

“Oh, por favor...” Quinn riu. “O que vocês fizeram aqui?”

“Um jantar, Quinn!” Judy sorriu.

“R-Russel... você...” Quinn engasgou ao ver seu pai parado com um sorriso no rosto.

“Eu vim te ver, Quinn.” Ele falou com sua voz forte. “E a sua mãe...” Ele envolveu Judy com um braço e Quinn arregalara os olhos um pouco.

O Jantar ocorrera bem, Russel e Judy contaram a história da viagem de divórcio. Pelo visto eles estavam decididos a se separarem, então quando se encontraram na viagem tudo sumiu, todos os problemas. Eles aparentemente estavam bem naquele momento e Quinn desejava que aquilo durasse, Russel voltou pra casa e ela desejava ter uma família de verdade pelo menos uma vez. Quinn brincara com Beth depois do jantar, junto com Puck, Hiram e Leroy conversaram o tempo todo animadamente com Russel, Judy e Shelby, mas o que Quinn estranhara é que Rachel não abrira a boca desde que chegaram ali, o que havia acontecido com a garota falante?

“Rach, quer sair comigo amanhã?” Quinn falou depois que todos estavam reunidos do lado de fora, prontos pra irem.

“Anram.” Respondeu desanimada.

“Rae! Qual o problema?” Quinn perguntou a judia.

“Me desculpe Quinn, eu só não entendo como você conseguiu perdoar Noah depois do que ele te fez.” Aquilo era parte do que a irritava.

“Faz parte do meu plano de vingança.” Quinn riu de leve, ela estava brincando mas parece que Rachel acreditou.

“Quinn.” Rachel sorriu de lado, ela sabia que era brincadeira, ela gostava do jeito que Quinn achava tudo brincadeira em sua vida. “Eu só não quero que mais nada de ruim te aconteça.” Ela abaixou a cabeça.

“Você estará comigo, certo?” Quinn perguntou segurando a mão da morena.

“Sim, mas não é...” Rachel foi interrompida.

“É o suficiente.” Quinn beijou a mão da garota. “É o suficiente pra mim.” Rachel sorriu com o gesto e apenas acenou.

Hiram e Leroy a chamaram e ela se despediu de Quinn com um beijo no rosto, depois de Beth que dormia, e Shelby. Por fim de Judy e Russel. Os Berry foram embora seguidos de Shelby e Beth.

Quinn se voltara pra sua família com um sorriso, parece que estava tudo bem por ali. Isso era ótimo.


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