Impulsos De Uma Paixão escrita por Gil Haruno


Capítulo 10
Cerimônia


Notas iniciais do capítulo

Penúltimo capítulo!

Beijos!



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Quanto tempo eu havia sonhado com o dia que entraria em uma igreja, vestida toda de branco, com todos os olhares voltados para mim, e Sasuke no altar, esperando-me para torna-me sua esposa? Inúmeras vezes eu tinha sonhado e pensado a mesma coisa durante anos e, quando finalmente desfrutei aquele momento, uma onda de ansiedade e expectativa invadiu-me completamente.

–Está pronta?

Atônita, encarei o sorriso do meu pai.

–Sim.

Enlacei meu braço ao dele e o olhei sorrindo.

–Eu nunca conversei abertamente com você sobre seu relacionamento com Sasuke. – disse ele como se aquilo fosse seu maior dever. –Sei de toda a história dele e confesso que muitas vezes cheguei a olhá-lo duvidoso. Mas ele tem sido muito bom com você, comigo, com sua mãe, e com a vila. – pensativo olhou mais a frente, exatamente para a entrada da igreja. –Não tenho mais dúvida que ele será um bom marido. – sorri aconchegando-me mais em seu braço. –Entretanto, se ele a magoar, eu o punirei severamente!

–Ah, papai! – soltei-me do seu braço e, delicadamente, ajeitei alguns dos fios grisalho do cabelo dele.

–Sabe, você era muito birrenta mais nova. – reparou, olhando-me de esguelha. –Agora está mais carinhosa e mais responsável.

–Estou com quase vinte primaveras, mudei muito nesses últimos anos. – voltei a enlaçar seu braço ao meu.

–Sua mãe acha que, a seriedade do seu futuro marido influenciou no seu amadurecimento.

Não era cem por cento verdade o que meus pais achavam, afinal eu estava beirando os vinte anos, e, desde o momento que fiz parte do Time Sete, pouco a pouco amadureci com o grupo. Mas eu não podia negar que, a convivência com Sasuke, me atribuía mais responsabilidade.

–Agora podemos entrar?

–Sim. Estou prontíssima.

Sorri verdadeiramente aliviada. Foi a primeira vez que tive uma conversa tão íntima com meu pai e fora como um balde de água fria no meu nervosismo. Não sei se ele se comprometeu a falar devido meu estado tenso ou por que era seu dever de pai. Mas seja lá o que tenha sido, acalmou-me e me deu confiança.

Dentro da igreja, lotada de rostos conhecidos, a música ao som de um piano alarmaram as pessoas que, animados, preparam-se para a entrada da noiva. Novamente encarei o rosto do meu pai e, ambos sorrindo, chegamos à entrada da igreja. Em passos lentos nos aproximamos do altar e, à medida que eu me aproximava de Sasuke-kun, meu sorriso diminuía, e meus olhos embargavam. De repente, fora como um flash todos os momentos que passamos juntos. Todas as lembranças, todas as dores, todas as alegrias, todos os sorrisos, e todas as lágrimas, rodaram como um filme na minha cabeça. E fora deixando cair às lágrimas de alegria que cheguei ao altar e fui entregue a meu futuro marido. Com um sorriso quase imperceptível Sasuke-kun segurou minha mão e a cerimônia deu início.

Então, os minutos se passaram... Com a mão levemente trêmula, pus a aliança no dedo de Sasuke-kun –, ainda presa no momento em que dissemos sim um ao outro.

–Pode beijar a noiva.

Minhas bochechas coraram instantaneamente, Sasuke-kun, no entanto, tomou a iniciativa de unir nossos lábios rapidamente; arrancando aplausos dos nossos amigos. Em especial, ouvi claramente Naruto gritar um ‘finalmente’ com estardalhaço.

–O buquê!

Mal havíamos saído da igreja e todas as mulheres solteiras de Konoha correram para a porta desta, à espera da sorte da noiva.

–Como se sente?

Olhei para Sasuke-kun e o encontrei com o semblante divertido.

–Aturdida. – respondi corada. –Essa festa é mesmo nossa?

–Parece que sim. – brincou ele, mas nunca liberando um sorriso generoso. –Eu vou me afastar de você um pouco. Não quero ser pisoteado por causa de um buquê.

Juntando-se ao grupo de amigos, ele enfiou as mãos nos bolsos, e esperou até aquela loucura de buquê acabar.

–Joga logo!

Gritou uma mulher desconhecida para mim.

–Olha meu pé, Ino!

–Você acabou de me dá uma cotovelada, Tenten!

–Temari... Seu braço está no meu pescoço.

–Desculpe, Hinata.

Todas elas eufóricas, até mesmo a doce Hinata, para meu espanto.

–No três! – falei dando as costas para elas. –Um! Dois! Três! – joguei o buquê e a algazarra entre elas multiplicou.

–PEGUEI!

Aplausos ecoaram por todos os lados. Ansiosa, virei-me para vê a sortuda e me surpreendi ao vê uma cena nada corriqueira, talvez. O lindo buquê estava dividido entre as mãos de Tenten, Temari, Ino, e Hinata.

–Boa sorte, rapazes. – desejou Sasuke-kun olhando-os de esguelha.

*

–Eu não acredito que você foi a primeira a se casar, testuda, ainda mais com o Sasuke.

–Sinto muito, porca, mas tenho que dizer que fui mais rápida que você.

–Admito que você me deixou pra trás, mas aposto como serei a segunda a me casar.

–Nada disso. – disse Temari. –Daqui a dois meses estarei convidando-as para meu casamento.

–Não antes de mim. – falou Tenten.

–Bem, pegamos o buquê da noiva, agora só falta sermos pedidas em casamento.

Para o completo silêncio de todas, sem querer Hinata acabou trazendo-as à vida real.

–Por que estão tão desesperadas para casar? – perguntei experimentando alguns dos doces.

–Pelo mesmo motivo que todas se casam. – respondeu Ino.

–A não ser que a mulher esteja encalhada ou queira prender-se a um homem, acho que todas elas querem ter sua própria família. – concluiu Temari.

–Além do fato de que estamos ficando velhas.

Rimos do comentário de Hinata. Ela era uma das poucas mulheres de Konoha que ainda seguia um velho padrão de filosofia do que dizia respeito a casamento. Mas a Hyuuga era diferente. Queria se casar por que amava Naruto e não por que estava ficando mais velha. Ou será que eram os dois?

–Arrasamos na decoração, não é?

Com a gabação de Ino, olhei a sala dos meus pais, finalmente voltada aos detalhes da decoração.

–Ficaria melhor se fosse na casa de Sasuke. O espaço é bem maior. – disse Tenten.

–Eu não quis insistir muito em fazer nossa pequena reunião no bairro Uchiha. – olhei Sasuke-kun, a uns cinco metros de mim, conversando com os garotos. –Ele disse que não era uma boa ideia e eu respeitei a decisão.

–Uh. – Temari murmurou pensativa. –Claro. Todos iriam demorar a irem embora, e com certeza vocês querem privacidade de agora em diante.

Corei subitamente, desviando o olhar da figura de Sasuke-kun.

–Sakura-san, eu nunca vi você mais corada que eu. – reparou Hinata.

–É que intimidade... – Ino aproximou-se mais de Hinata. –Sakura ainda não teve muita intimidade com seu marido.

–Está dizendo que... – cochichou Temari. –, até agora só rolou beijo e abraço?

–Não tivemos tanta pressa para avançar nossas etapas amorosas. – respondi.

–Naruto-kun e eu também não temos pressa.

–Você e Naruto não é novidade, Hina. Mas Sakura e Sasuke? – todas riram do comentário de Tenten. –Ele não quis avançar ou você não deixou?

–Foi tudo naturalmente. – respondi constrangida e, na pressa de dá uma resposta, experimentei dois doces de vez. –Claro que... – olhei para os lados, para não sermos flagradas falando de algo tão inapropriado no momento. –Sasuke-kun fugiu de mim algumas vezes.

–Você se insinuou?

–Claro que não, Ino! Estivemos a sóis diversas vezes e o clima sempre surgia. – sorridente, observei meu marido ainda distraído. –Acho que meu pai o intimida um pouco, por isso ele foi certinho.

–Então, boa sorte, amiga. – desejou Ino. –Agora o Uchiha é seu marido e não tem como você escapar dele.

Risos maliciosos inundaram minha cabeça. Não tinha do que ter medo e, se eu tivesse, seria patético. Na verdade, nervosismo era a palavra a ser usada.

–Pare de comer esses doces. – Tenten tirou o pratinho de doce das minhas mãos. –Sabemos que você está nervosa. Mas já imaginou ter uma baita dor de barriga na noite de núpcias?

Seguindo o conselho de Tenten, não comi mais nada.


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