Impulsos De Uma Paixão escrita por Gil Haruno


Capítulo 9
O tão sonhado momento


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora, gente!

A fic está na reta final. Espero
que gostem. Beijos!

PS: Alguém aqui faz capa de fic com photoshop?
Mande uma MP pra mim.



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Se tinha uma coisa que ninguém podia ignorar, eram as promessas de Sasuke-kun. E, no dia anterior, quando ele disse que iria me buscar no hospital no fim do expediente, cheguei a duvidar daquela súbita decisão; tomada repentinamente graças ao ciúme. Mas, se eu tivesse levado em conta o quanto ele ficara irritado ao vê a noiva ser assediada, estaria preparada ao deixar o hospital no dia seguinte, por que ele estaria me esperando na frente dele; exatamente como o avistei ainda na porta de entrada.

–Eu não acredito que ele veio.

Eu não deveria ter ficado tão espantada, mas o fato de que Sasuke Uchiha, um homem que a todo custo escondia quaisquer sentimento inferior a sua personalidade, estava plantado em frente ao meu local de trabalho; esperando-me decididamente.

–Oi. – aproximei-me dele.

–Oi.

–O que está fazendo aqui?

Perguntei como se aquilo fosse uma grande novidade, como de fato era, mas eu sabia exatamente bem o que se passava.

–Eu disse que viria.

Ele disse que viria, simplesmente, mas não ia tocar no mesmo assunto. Já era constrangedor para ele está ali.

–Sim. Você disse isso ontem, quando...

Não prossegui a frase, por que imediatamente Sasuke-kun ergueu uma sobrancelha, como se não acreditasse que eu ia mesmo causar mais constrangimento a ele.

–Você está adorando isso, não é, mocinha?

–Adorando o quê? – segurei seu braço e começamos a andar. –Você está aqui comigo? – perguntei inocentemente.

–Refiro-me a grande causa por trás disso.

–Ah! – sorri. –Acho que você estava morrendo de saudades de mim, por isso quer passar mais tempo comigo.

–Não se faça de desentendida.

–Na verdade, estou tentando não trazer à tona o ocorrido de ontem, mas é você que está dando voltas e mais voltas no mesmo assunto.

–Uh. – murmurou pensativo. –O que achou dele?

Olhei-o incrédula.

–Como assim?

Sasuke-kun olhou-me também.

–Ele me pareceu bem empolgado e entusiasmado com você. – deu de ombros, voltando a focar o caminho.

–Ele me deixou um pouco espantada. Não por causa da ceninha, mas todo aquele vexame. – apertei mais seu braço, aconchegando a cabeça no ombro dele. –Eu nunca trocaria sua cara amarrada e sua pose de durão por toda a empolgação do mundo, tão pouco por um sorriso escancarado.

Então ele deu meio sorriso. Mas por quê? Satisfação em se sentir o único homem, cuja personalidade, realmente me atraía?

–Você ainda não me disse se vai ajudar o Naruto.

–Isso não está ao meu alcance.

–Por que não?

Afastei-me para encará-lo.

–Sakura, isso seria um desastre.

–Não é não. Seria um gesto bonito da sua parte e...

–Ora! O que é isso? Você fez alguma promessa? – também me encarou, mas um pouco exasperado. –Por que tanta insistência nisso?

Emburrada, parei. Sasuke-kun também fez o mesmo e suspirou entediado.

–Ok, Uchiha sama! Pode negar um, dois, três ou até mesmo mil favores a seus amigos. Mas não se esqueça de que um dia você pode precisar da ajuda deles. Pior ainda. Você pode sentir remorso por que foi um péssimo amigo.

–Você é a pessoa mais dramática do mundo.

Cruzei os braços, ignorando seu sarcasmo que, muitas vezes, tornavam meus dias divertidos.

–Eu vou ajudar o dobe.

–Obrigada!

–Mas... – parei de sorrir, diante da seriedade dele. –, você vai ter que me prometer que nunca mais me pedirá uma coisa dessas.

–Eu não vou.

–Prometa.

Suspirei. –Prometo.

–Uh. – voltou a andar e novamente eu o segui. –Sua mãe se importará se você jantar comigo hoje?

–Não. – sorri empolgada. –Vamos cozinhar juntos de novo?

–Outro dia. Hoje vamos jantar no Ichiraku. O pessoal já deve está lá.

–É uma boa oportunidade para conversar com o Naruto.

Sasuke-kun olhou-me divertido, como uma criança que aprontou uma grande travessura.

–Eu já conversei com o dobe.

–Conversou sobre...

–Sobre assuntos que homens conversam com homens. – disse pacientemente. –Foi durante o treinamento de hoje de manhã.

–E como foi?

–Esqueça os detalhes. O que conversei com Naruto, morrerá com ele.

–Eu não acredito que vocês vão ficar de segredinhos com isso!

Satisfeito, ele me olhou divertido.

–Se você já tinha falado com ele, por que ficou fazendo todo aquele drama e me fez prometer que... ?

–Era o único jeito de arrancar essa promessa de você.

–Ora, Sasuke!

Afastei-me dele, me sentindo uma idiota.

–Foi uma maneira de puni-la também. – agora ele andava atrás de mim. –Você não deveria ter insistido tanto.

–Que bom que parei antes de aborrecê-lo ainda mais. – aumentei os passos.

–Graças a você nos comportamos como dois amigos de verdade.

–Quem diria! Sasuke Uchiha gostou de fazer algo tão bobo!

Aumentei mais ainda os passos.

–Por que você não desacelera um pouco?

Nada respondi.

–Se você não parar, terei que pará-la a força, e agarrá-la no meio de todos.

–Você jamais faria isso diante de tantas pessoas.

Tarde demais. Fora como um flash a maneira que ele se posicionou na minha frente, depois segurou fortemente minha cintura, e ergueu-me como se eu fosse uma criança.

–O que você está fazendo? – perguntei envergonhada, por que muitas pessoas passavam por nós no memento. –Sasuke-kun... As pessoas estão olhando pra nós.

–Deixe que olhem. – decidido e empolgado, ele me beijou ali mesmo, diante de muitos curiosos.

Naquele momento eu tive certeza absoluta de mais uma coisa: era um risco irremediável contrariar Sasuke Uchiha. Mas se minha penitência fosse ser cobrada daquela forma, todos os dias eu iria desafiá-lo.

*

Os dias passaram rapidamente e eu só fui sentir o efeito disso quando, finalmente, o dia do casamento havia chegado.

–Quem pegou o véu da noiva?

–Calma, Ino! – gritou Temari trazendo o véu. –Até parece que é você que vai se casar.

–Muito em breve, por que vai ser eu que vou pegar o buquê da noiva.

–Você uma pinoia! – gritou Tenten, ajeitando um único coque no topo da cabeça. –Esse buquê será meu, nem que eu tenha que duelar com alguém na porta da igreja!

–Posso facilmente entrar na mente de todas na hora que Sakura jogar o buquê. – disse Ino.

–E eu posso varrer todas vocês com meu leque.

–Mas, Temari, você não parecia animada com casamentos.

–Bem... – todas nós a encaramos depois do comentário feito por Hinata. –Todas querem se casar e eu não vou ser a única encalhada da turma.

–Muito bem. – Tenten se posicionou entre elas. –Que vença a melhor com o buquê.

–Certo! – disseram entreolhando-se, como se meu casamento fosse ser cenário de disputa.

–Podem parar! – levantei chamando a atenção de todas. –Ninguém vai usar jutsus pra ficar com o buquê! – elas suspiraram alto, desanimadas. –Esse é o dia mais importante da minha vida e eu juro que se alguém estraga-lo, eu o quebro com minha força bruta!

–O que está acontecendo?

Minha mãe entrou no quarto, na companhia da senhora Yamanaka.

–Nada, mãe. Estou pronta. – sorri para ela.

–Olha como você está linda!

Emocionada, minha mãe começou a chorar.

–Não! – ofereci um lenço a ela. –Não vou está linda se a senhora ficar chorando. – levantei o rosto, impedindo as lágrimas de caírem. –Eu não sei como vou chegar ao altar sem chorar.

–Impossível! – falou a senhora Yamanaka ajeitando meu véu. –Toda noiva apaixonada chora ao entrar na igreja.

–Mas não se preocupe em chorar ou não chorar. – disse minha mãe, entregando-me o buquê. –Apenas viva esse momento.

E era o que eu realmente faria. Viveria aquele momento... O tão sonhado momento de Sakura Haruno.


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