-A gente tem que fugir para bem longe, vamos – disse me levando para um pequeno celeiro pouco longe do meu palácio.

Entramos e eu me sentei em um monte de palha e comecei a chorar.

-Por que choras princesa? – perguntou se sentando do meu lado.

-Minha família... estão todos mortos...

-Oh majestade eu sei mas... – eu o interrompi

-Não me chame dessa maneira tão formal... me chame pelo meu nome.

-Me perdoe... Anastácia eu sei, mas infelizmente não a nada que nós possamos fazer.

-Eu sei – disse aumentando meu tom de voz – nesse momento nós devemos ir á Paris.

-Á Paris? Mas por quê?

-Minha vó Maria Feodorovna mora lá, eu irei morar com ela.

-Mas... mas e eu?

-Como assim? – o questionei.

-Minha família também... foram mortos -  falou tentando esconder seus belos olhos cheios de lagrimas

-Você pode vir morar conosco, será meu fiel amigo que me ajudou a fugir do palácio.

-Grato Anastácia, muito grato – falou beijando minha mão

-Fique calmo – falei rindo

-Agora sim eu consegui tirar um sorriso desse seu lindo rosto.

-Só você para me fazer sorrir em um momento como esses.

-Eu sei como fazer você sorrir majestade – disse enquanto eu admirava seus belos olhos – mas eu acho que agora é melhor você ir dormir, porque amanhã nós teremos uma longa viagem.

-Para onde vamos? – perguntei me aconchegando no monte de palha.

-Bem, temos que ir para a cidade arranjar documentos falsos para ir  para Paris, e isso vai dar uma trabalhão.

-É verdade, boa noite Dimitri.

-Boa noite, Anastácia.