Almas Sombrias escrita por Caroline Hernandez


Capítulo 33
Capítulo Trinta e Um


Notas iniciais do capítulo

Sei que estou demorando a postar os capítulo, mas é que ando muito sem tempo, me desculpem T.T



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Capítulo Trinta e Um

Eu despertei, estava deitada em um sofá vermelho em alguma sala que parecia ser de um escritório, naquele lugar era quase tudo feito de madeira e as luzes das lâmpadas da sala pareciam que eram meio escuras. Já ia me levantar quando descobri que eu estava presa por correntes nos meu tornozelos que me impossibilitavam de ir muito longe.

Fiquei na dúvida entre gritar ou ficar calada e tentar fugir e achar o Vicent que até o momento eu não fazia ideia de onde estava e se estava bem ou não, mas eu não tive muito tempo para pensar nisso, pois no momento seguinte adentraram a sala o Mitzcael e um outro homem enormemente grande.

– Olha só quem temos sobre meus domínios de novo - o Mitzcael disse como se estivesse surpreso - E dessa vez sem escapatória, o seu adorado namorado está preso e você não está com aquela sua pulseirinha mágica.

Olhei automaticamente para o meu pulso e notei a falta da pulseira. Eu não estava acreditando nisso, eu de novo aqui e sem nada que pudesse me salvar.

– O que fez com o Vicent?

– Calma, ele está bem, só está pagando por algumas coisinhas e pode ter certeza de que vai estar bem melhor que você quando eu te mandar para a cela 17.

Maldita cela 17, por que você existe? Não sei o que tem lá e nem quero saber, mas parece que a sorte não estava no meu lado, pois por mais que eu me revirasse nas correntes elas não saíam nem do lugar, eram bem grossas e pesadas, faltava só tem um chumbo nos meus pés também.

– Seu maldito, o que quer comigo?! - eu perguntei gritando e com uma enorme vontade de enfiar aquelas correntes na cara dele.

– Quero você do meu lado para acabar com o Nicoel e se caso não aceitar, sinto dizer que será mandada para a famosa cela que eu mais gosto.

– Eu já disse que não quero ficar no lado de nenhum dos dois!

– Sinto lhe dizer que não tem escolha, mocinha. Vou te dar cinco segundos para decidir, depois disso não tem mais volta.

O Mitzcael começou sua contagem e cada segundo mais nervosa eu ficava, não podia me juntar a ele, mas também não queria morrer, era algo horrível de decidir, mas para eu ter alguma ideia do que fazer, teria que estar viva.

– Tempo esgotado. Miguel, leve ela - o Mitzcael mandou.

O enorme homem veio andando na minha direção, até que eu disse:

– Espera! Eu...e-eu aceito ficar do seu lado, mas com uma condição.

– Você não está muito no direito de pedir alguma coisa, mas me diz, o que é?

– Quero que me deixe ver o Vicent e que libertem ele.

O Mitzcael começou a rir como se eu tivesse contado uma piada e depois disse:

– Você acha mesmo que vou cair nessa?

– Eu não estou brincando, liberte o Vicent e eu me junto ao seu exército - tentei mante a expressão mais séria que eu podia e acho que consegui, pois o Mitzcael parou de rir e estava me fitando.

Ele se aproximou mais de mim, pensou e disse:

– É uma proposta tentadora...Você é muito valiosa, Alyssa, então tudo bem, eu aceito.

Comemorei mentalmente, mas isso passou rapidinho quando me dei conta de toda burrada que estava fazendo, pois depois que libertasse o Vicent, o que eu faria? Sei que ele tentaria me ajudar, mas seria um contra um exército todo.

– Pode libertar ela, Miguel, leve-a até o Vicent.

O tal de Miguel tirou as correntes dos meus tornozelos e eu senti até um alívio quando elas foram retiradas. Pensei em tentar correr naquele momento, mas teria posto todo o plano por água abaixo, pois terminaria em o Vicent ainda preso por não sei quando tempo e eu na temida cela 17.

O homem grandão me guiou pelos corredores escuros que mais parecia um labirinto feito embaixo da terra, era escuro e cheio de portas estranhas e entradas que levavam para não sei que lugar, com certeza eu me perderia ali se tentasse fugir e não quero nem imaginar onde iria parar.

Viramos e vi no final do corredor uma cela com grossas grades de aço, não dava para enxergar se tinha alguém ali de longe, mas ao nos aproximarmos pude ver uma silhueta sentada nos fundos do lugar com a cabeça baixa e pude distinguir que era o Vicent.

Fui correndo em direção as grandes e me agarrei nela. O Miguel parou ao meu lado e ficou postado ali.

– Será que poderia nos dar um momento a sós? - perguntei me virando para o homem.

– Não confio em você - ele disse, seco.

– Acho que o Mitzcael não vai gostar de saber que eu não quis ir para o exército dele só por causa que você não quis me dar um momento a sós com o prisioneiro - falei em tom de ameça.

Ele revirou os olhos e se afastou um pouco parando na entrada do corredor, mas seus olhos ainda pousavam em mim e confesso que fiquei com um pouco de medo dele, porque vai que ele consiga ler mentes ou algo assim e saiba o que eu estou falando com o Vicent?

O Vicent percebeu a minha presença e se levantou rapidamente vindo

na minha direção. Ele atravessou os braços pelas grades, segurou meu rosto e me beijou avidamente como se precisasse daquilo e eu também estava precisando.

Tive que me libertar do seu beijo, não que eu quisesse, mas porque eu não tinha muito tempo e me sentia incomodada com o Miguel nos observando.

– Também estava com saudades - disse recuperando o fôlego.

– O que está fazendo aqui, eles te pegaram também? O que o meu maldito irmão fez com você? Ele me pegou desprevinido quando eu estava na sua casa te esperando para irmos ao encontro e tinha mais gente com ele, não pude fazer nada. Sei que ele se passou por mim, aquele infeliz...

– Mas eu descobri que era o Dereck, só que não deu tempo de fugir.

Olhei para os olhos do Vicent e vi aquele verde intenso que definia bem quem ele era, só ele tinha aqueles olhos perfeitos.

– O que ele fez com você enquanto se passva por mim? Ele encostou em você? - podia ver que o Vicent estava tenso, mas eu precisava contar a ele.

– Hum...digamos que ele encostou até demais em mim... Mas aí eu enfie umas facas nele e até que foi divertido fazer isso.

– Aquele maldito idiota, ele vai ver só quando eu sair daqui! - o Vicent bateu na grade fazendo-o tremer, mas tinha certeza de que era bem resistente e que não iria se soltar.

– Ok, amor, mas tenho que te contar algo e não tenho muito tempo.

Olhei para trás e vi que o Miguel estava nos olhando e depois ele indicou o relógio que estava em seu pulso. Me virei de volta para o Vicent e disse:

– Eu me juntei ao exército do seu pai.

– O quê?! Por que fez isso, Alyssa? Eu não acredito - ele colocou a mão na testa e começou a balançar a cabeça negativamente como se não pudesse acredita enquanto andava de um lado para o outro.

– Calma, eu não terminei de te contar tudo. Aceitei me juntar ao exército do seu pai com a condição dele te libertar, assim vamos poder arranjar um jeito de sair dessa situação, eu não pretendo me juntar verdadeiramente, até porque não quero isso - tive que falar essas coisas em voz baixa, não queria o Miguel ouvindo nada.

O Vicent parou de andar e parou na minha frente de novo.

– Mas você não entende, meu pai é perigoso, é capaz de tudo para conseguir o que quer. Como você foi se meter nisso?

– Eu não tinha escolha, ou ia para a cela 17 e provavelmente morreria lá, ou me juntava ao exército do Mitzcael e tentava te salvar para juntos conseguirmos alguma escapatória.

– Eu tenho que pensar em algo...

– Receio não termos muito tempo - falei indicando com a cabeça o Miguel no início do corredor com os braços cruzados.

– Claro, como eu não pensei nisso antes! - o Vicent disse e um semblante de animação passou pelo seu rosto.

– O que é?

– Tem um jeito de acabar com isso tudo que anda acontecendo.

– Fala logo, não me deixe tão curiosa.

– Temos que destruir os dois portais que ligam o nosso mundo com o dos seres da Trevas. Não é uma tarefa muito fácil, mas é a nossa única chance de acabar com o meu pai e com o seu deixando eles no lugar que nunca deveriam ter saído.

– Como vamos fazer isso?

Vi o Miguel já vindo na nossa direção e eu estava nervosa, não tínhamos mais tempo.

– Eu vou dar um jeito, tente sair na cerimônia de inicialização.

– O quê? Que cerimônia?

– Tempo esgotado, garotinha - o Miguel disse aparecendo atrás de mim.

– Vocês tem que libertam o Vicent, era a promessa do Mitzcael - disse.

– E vamos, só que só depois da inicialização. Agora vamos logo.

O Miguel segurou meu braço e me arrastou para longe das grandes. Eu me virei uma última vez para ver o Vicent, ele estava nervoso, mas pude distinguir quando ele mexeu os lábios dizendo "Vamos dar um jeito" e eu esperava que realmente houvesse um jeito para tudo isso.


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Notas finais do capítulo

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