Almas Sombrias escrita por Caroline Hernandez


Capítulo 32
Capítulo Trinta


Notas iniciais do capítulo

Mil desculpas pela demora, mas é que a internet daqui de casa está com problemas e eu ando meio sem ideias rsrs Mas aí está, não ficou dos melhores, mas é melhor do que deixa-los esperando tanto tempo :)



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Capítulo Trinta

O Vicent estava lá na sala esperando enquanto eu fui para o meu quarto procurar uma roupa descente para vestir, era meu primeiro encontro com um garoto e eu não queria estar desarrumada e fora que nem sabia em qual restaurante era esse que ele ia me levar.

Ainda não dava para acreditar que o Vicent tinha mesmo me pedido em namoro, tipo, eu NUNCA ia imaginar isso! Eu e ele sempre fomos muito próximos quando crianças e me lembro que gostava dele, aliás, acho que sempre gostei, mas depois teve aquele incêndio na casa da minha avó e eu tive que me mudar, pensei que nunca mais fosse vê-lo na minha vida, mas aqui estávamos nós e agora namorando.

Coloquei um vestido lilás que era tomara que caia e batia um pouco acima dos joelhos, era aberto nas costas e tinha alguns detalhes em roxo. Pensei em colocar um sapato de salto, mas pensei duas vezes e prefiri colocar sapatilha mesmo, até porque era mais fácil de andar. Soltei meus cabelos, fiz uma maquiagem leve, coloquei um perfume e depois desci.

Quando desci as escadas o Vicent se virou para mim e assim que ele fez isso eu meio que achei alguma coisa estranha no olhar dele, era aquele verde, mas parecia meio, sei lá, sem vida?

– Nossa, você está muito linda, aliás, você sempre foi - ele disse.

– Obrigada - disse corando.

Ele me deu um leve beijo nos lábios e assim que saímos me lembrei que tinha deixado um bilhete mais cedo dizendo que estava no lago então é provável que a Laura estranhe eu demorar tanto a chegar do lugar, só que eu fiquei com preguiça de voltar e trocar aquele bilhete, quando voltasse avisaria para ela tudo o que aconteceu, sei que ela vai ficar feliz por mim e pelo Vicent.

–---****----

Estávamos no carro fazia mais ou menos uns quarenta minutos quando enfim chegamos no restaurante, ele era um que eu nunca tinha visto na vida, mas que parecia ser bem luxuoso. O Vicent deixou o carro com o manobrista e entramos no local.

O Vicent já tinha reservado uma mesa e eu nem sabia, era provável que ele já tivesse imaginado me levar para aquele lugar.

Fomos em direção a uma mesa lá no canto, todo o restaurante era meio escuro e as luzes eram de velas, as mesas eram forradas com um seda vermelha, aliás, a maioria da decoração era vermelha e tudo era muito rústico, parecia aqueles restaurantes de época antiga. Era meio sombrio aquele lugar e eu não entendia o motivo do Vicent ter me trazido ali, mas talvez tenha algum motivo, vai que a comida seja super maravilhosa?

Ele arrastou a cadeira para eu me sentar e depois se sentou na cadeira a minha frente.

– Então...por qual motivo quis me trazer aqui? - perguntei.

– Não gostou da decoração? Achei que fosse gostar - ele respondeu e deu um sorriso que na luz bruxuleante das velas o fez ficar sombrio.

– É...legal - foi a única coisa que consegui responder, mas na verdade não gostei nem um pouco dali, era estranho aquele restaurante.

O garçom foi até nós e eu ainda nem tinha olhado o menu, então acabei escolhendo a primeira coisa que tinha no cardápio que era uma macarronada com um molho com um nome francês que eu nem sabia o que era.

– O que pedimos para beber? Um vinho? - o Vicente perguntou para mim.

– Eu não bebo, pode ser um suco mesmo.

Depois que o garçom se foi, o Vicent se virou para mim e segurou minha mão sobre a mesa.

– Mas era um ótimo vinho, você iria gostar.

– Eu não gosto de vinho - respondi.

Olhei ao redor e ainda estava incomodada com aquele lugar, as poucas pessoas que tinha no restaurante eram estranhas, não conversavam e estavam com as cabeças meio abaixadas, o que deixava o lugar silenciosamente medonho porque nem uma música ambiente tinha ali.

– Sabe, eu acho você uma garota tão bonita e inteligente, as vezes acho que devia se juntar ao exército do meu pai - o Vicent disse acariciando a palma da minha mão.

– Como assim, Vicent? Não era você que odiava seu pai?

Realmente ele estava muito estranho e eu não entendia qual era a dele, como assim me juntar ao Mitzcael? Ele quase ma matou eu nunca me juntaria a ele e não sei porque o Vicent estava dizendo aquilo.

– Sim, eu o odiava, mas descobrir que o melhor e mais seguro é ficar no lado vencedor, ou seja, ao lado do meu pai. Acho que você deveria fazer o mesmo, não acha?

– Não, eu não acho - disse tirando minha mão da dele.

O Vicent saiu da cadeira em frente a minha e foi para a que estava ao meu lado.

– Sei que você ainda vai pensar nisso, mas que tal agora irmos ao que interessa...

Ele se aproximou mais de mim e começou a beijar o meu pescoço, sua mão direita estava sobre a minha perna e a outra na minha nuca puxando meu rosto para mais próximo do seu. Pude sentir sua mão subindo cada vez mais pela minha coxa por baixo do meu vestido. Sua boca chegou até a minha e ele me beijou da forma mais intensa que podia.

– Você é muito gostosa, Alyssa - ele disse com os lábios próximos ao meu ouvido.

– E você é um imbecil idiota, Dereck.

Disse isso e peguei a faca que estava em cima da mesa e cravei nas costas dele fazendo-o se afastar rapidamente de mim. Seus olhos se arregalaram surpresos, ele com certeza não esperava isso.

– Sua vadia, co-como você soube?! - ele perguntou entredentes enquanto tentava alcançar a faca nas suas costas.

– Esqueceu que eu não sou um simples garota normal? Agora me diz onde está o Vicent - eu disse enquanto pegava uma outra faca e enfiava no braço dele.

O Dereck já tinha voltado a sua verdadeira forma, podia ver sua cara de dor e mesmo isso me dando um pouco de pena, tinha que colocar na cabeça de que ele não era do bem e que de qualquer forma não morreria daquele jeito.

Ele tentou se levantar mas eu estava em cima dele e era muito mais forte do que parecia ser.

– Você acha mesmo que vai me vencer assim? Sou mais forte e experiente que você, princesa.

Ele falou isso e de uma hora para outra se levantou e quando eu reparei, quem estava debaixo dele era eu. O Dereck estava segurando meus braços, sua blusa branca estava machada de vermelho, mas as facas já tinham sido removidas. Tentei me movimentar mas ele era mesmo bem mais forte que eu.

– Achou mesmo que podia comigo, garota? Eu sou bem mais forte que você. Agora você vai ficar bem quietinha que eu vou te levar para um lugar que você vai gostar muito. Se lembra da cela 17? Pois é, ela já está liberada.

O Dereck surgiu com uma seringa na mão que continha um líquido azul. Ele se aproximou de mim e me beijou, não podia fazer nada, a única coisa que consegui fazer foi morde a boca dele fazendo-o se afastar rapidamente.

– Você me mordeu, sua idiota - ele disse encostando o dedo na boca e vendo o sangue nele - Agora você vai ver só, boa-noite queridinha.

Ele foi com a seringa em direção ao meu braço, só que no momento em que ele ia enfiar a agulha no meu braço, eu consegui me desprender dele e me levantei segurando-me na beirada da mesa e comecei a correr o máximo que pude.

Enquanto passava pela mesas do lugar, as pessoas que estavam ali enfim levantaram os rostos e eu pude ver que não eram pessoas normais, eram rostos sem vida, pele pálida com olhos totalmente enegrecidos, suas unhas eram imensas e aquelas coisas faziam gruídos assustadores. O restaurante a minha volta tinha ficado mais obscuro do que já era.

Aqueles seres estavam se levantando e esticando as mãos compridas e ossudas na minha direção. Eu cheguei na entrada do restaurante só que a porta estava trancada e por mais que forçasse ela não abria.

Senti uma mão no meu ombro e quando me virei vi o Dereck, ele estava segurando a seringa e a enfiou rapidamente no meu braço fazendo-me ficar cada vez mais mole até desmaiar.


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Notas finais do capítulo

Até breve :D



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