Almas Sombrias escrita por Caroline Hernandez


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Gente, essa é minha primeira fic e espero que gostem, coloquei só o prólogo, mas em breve vai ter o capítulo um



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Prólogo

    O som da chuva lá fora me faz lembrar dos tempos em que vivia na fazenda com a minha avó, nesse dias ficávamos perto da fogueira contando histórias de terror e nos enchendo de doces, eu e minhas primas ficávamos sentadas enroladas num cobertor gigante enquanto nossa avó ficava sentada na poltrona com uma lanterna no rosto nos assustando e depois todas nós dormíamos juntas com medo de os monstros das histórias que a vovó contava serem reais. E realmente são. 

    Posso ser maluca por pensar assim, mas na ultima vez que estive na casa da minha avó e todas nós dormíamos juntas na cama de casal enorme do quarto principal, eu vi, era uma coisa assustadora, eu estava deitada na beirada da cama e me sentia inquieta, sem conseguir pegar no sono e no momento em que decidi abrir os olhos e me virar, preferia ter ficado de olhos fechados. A imagem a primeira vista parecia ser uma pessoa, uma sombra negra parada na soleira na porta e sentia que me observava, até pensei que fosse o caseiro, mas me lembrei que ele não estava lá naquela noite, e quando a imagem criou enormes asas por de trás de suas costas, eu congelei, não conseguia me mexer e estava com muito medo. A imagem se aproximou de mim e encostou a mão no meu pulso, suas mãos eram frias, mas a minha pele esquentou com seu toque, a dor se tornava quase insuportável. A imagem se desencostou do meu pulso e foi em direção a janela, não deu tempo de mim ver como ele saiu, mas tenho certeza de que saiu voando. 

    Depois desse dia minha vida nunca mais foi a mesma. Alguns minutos depois da imagem ter saído pela janela do quarto, comecei a sentir o cheio de coisa queimando, no começo não me importei, achei que poderia ser lá de fora o cheiro, mas quando notei aquela fumaça negra vindo pela escada e aquele cheiro de coisa pegando fogo, eu me desesperei, notei que a casa pegava fogo e que ele já estava se alastrando pelo corredor bem perto da porta do quarto. Eu desesperada comecei a sacudir minha avó e minhas primas, mas pareciam que elas estavam desmaiadas, não acordavam com nada, fiz de tudo para acorda-las, mas não adiantava. Tentei pensar em algo rápido e a única coisa que me veio na cabeça foi pular pela janela e pedir ajuda rápido, e assim eu fiz, pulei de uma janela do segundo andar, mas não me machuquei muito, só torci o pé. Comecei a correr mesmo com o pé direito doendo para todos os lados em busca do vizinho mais próximo. 

    Consegui pedir ajuda ao vizinho mais próximo, mas quando os bombeiros chegaram ao local, a casa já estava todo queimada, eu comecei a chorar sem conseguir me controlar, a única que sobreviveu a esse acidente foi minha prima  Camille, mas ela não ficou muito bem, ficava gritando que tinha alguém na casa e que tinham vozes ecoando, ela se debatia e não queria ficar perto de ninguém, tentou machucar os bombeiros dizendo que eles eram do mal. Ela foi parar no manicômio, sei que ela viu alguma coisa na casa aquele dia assim como eu, mas acho que era algo para ela não ter visto, pois ficou muito abalada. E eu, bom, eu fui morar com a minha mãe, eu não gostava de morar com ela, mas foi a única opção, não tinha mais ninguém com quem viver. 

    Como eu disse, minha vida nunca mais foi a mesma. A partir desse dia, vejo sombras, névoas que se formam do nada, formas de animais que aparecem de noite, e eu fiquei com uma marca em forma de raio depois daquela sombra ter me tocado, e essa marca não saí por nada, tenho ela ate hoje e as vezes arde. Posso fazer coisas que mais ninguém consegue fazer, consigo explodir e mexer as coisas com o pensamento, sou mais forte que as pessoas normais e mais rápida, sei que normal eu não sou mais. 

    Aquele imagem com asas eu só vi naquela vez do incêndio, depois nunca mais vi. Sei que algo estranho ocorreu aquele dia e com a minha prima também, ela ainda está no manicômio mesmo tendo se passado cinco anos, a Camille até melhorou, mas se tocar no assunto daquele dia na fazendo, ela começa a surtar de novo. 

    Não sei o que se passa comigo, mas não é algo normal.    


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Notas finais do capítulo

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