Todo O Mal Que Há escrita por Camila J Pereira


Capítulo 9
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Antes que o dia termine, um novo capítulo.



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– Não me ouviu? Queremos a garota. – O vampiro com dreads repetiu.

– Acho que vocês não se tocaram. Nenhuma garota está disponível aqui. – Bella tentava ver de dentro do carro o que acontecia do lado de fora.

– O que faremos, Bella? – Bonnie perguntou enquanto Bella livrava-se do cinto e passava para o banco do motorista.

– Ainda não sei. – Bella tateou sua bolsa e pegou seu celular. Ela discou para Renée que atendeu no primeiro toque. Agora os três estavam rodeando Emmet a distância. – Renée precisamos de ajuda. – Ela tentava falar baixo e rápido.

– O que houve Bella?

– Três vampiros nos encurralaram na rodovia próximo a Vermont. Se tiver como ajudar, essa é a oportunidade. – Mesmo nesta situação de perigo, Bella parecia estar lidando melhor do que quando recebeu as informações mais cedo.

– Tentamos nos precaver contra isso Bella, Stefan está indo com ajuda. Vocês já deviam estar juntos. – Renée ficou alarmada. – Emmet está com você?

– Ele está lidando com a situação. Sabe quanto tempo levará para Stefan chegar?

– Ele já deve estar perto.

– Tudo bem.

– Não desliga Bella. Fique comigo. – Sentiu a aflição da mãe.

– Acha que pode nos vencer? Somos três e você está sozinho. – Bella ouviu a conversa do lado de fora do carro. As meninas olhavam para a cena hipnotizadas.

– Vocês são tão estúpidos. – Emmet provocou e o louro avançou ao mesmo tempo que o druida retirava algo do seu bolso.

Bella viu que era um isqueiro ele o acionou e quando a chama surgiu diante do seu rosto, ouviu Emmet dizendo:

Ast. – Incrivelmente o fogo do isqueiro transformou-se em algo como um maçarico e prolongou-se até o vampiro louro atingindo-o.

O vampiro correu ao redor debatendo-se. A mulher tentava ajuda-lo. Fez com que ele deitasse e rolasse ao chão.

– Acho que Emmet acabou de pôr sua chama da palma no chinelo, Renée.

– Emmet é muito habilidoso com o fogo.

– Seus truques não nos impedirão. Bruxo! – E foi a vez do moreno tentar atingi-lo, mas foi recebido da mesma forma. Como ele esquivou-se no último momento, apenas a manga de sua jaqueta queimou e ele logo a apagou. – Isso não ficará assim!

Todos os três investiram e mesmo que Emmet tentasse ele estava em desvantagem. Ele usava o ar em volta também para afastá-los, mas eles estavam determinados.

– Acho que agora era o momento de alguém fazer alguma coisa. – Elena falou.

– Vá e pegue a garota! – O louro gritou para a ruiva que olhou diretamente nos olhos de Bella.

– Renée tem algo que eu possa fazer?

– Bella, use sua telecinese. Afaste-os de você. Filha, faça isso agora. – Renée pedia percebendo que sua filha estava em perigo.

A ruiva passou pela defesa de Emmet e em um impulso vindo de dentro do seu ser, Bella saiu do carro deixando o celular no banco.

– Bella volte! – Elena pediu.

– Não resista, não queremos machuca-la. – A ruiva aproximou-se de Bella olhando-a de cima a baixo. Também pôde ver que as meninas saíram do carro ficando atrás dela.

– Voltem para o carro. – Bella pediu.

– Isso meninas humanas, voltem para o carro. Depois lidamos com vocês. – A ruiva ameaçou.

– Afaste-se dela! – Emmet urrou e um vento forte atingiu a ruiva. Emmet tinha agido, mas por conta disso baixou a guarda e o louro estava prestes a ataca-lo por trás. Ele não veria, Bella tinha que fazer algo.

– Pare! – Bella ergueu a mão para que ele parasse e o vampiro ergueu-se como mágica e bateu em uma árvore. Ela estava indo encontrar com Emmet quando o outro apareceu em sua frente e segurou-a no braço.

– Venha comigo Isabella e as outras garotas viverão. – Bella olhou para as meninas que estavam sendo retidas pela ruiva próximas ao carro. – Então, não quer que elas se machuquem, não é mesmo?

– Bella, não ceda! – Elena gritou corajosamente.

– Cale a boca, vadia humana! – A ruiva puxou os cabelos longos da sua amiga.

Em fração de segundos, Bella recordou-se da noite em que Damon a desafiou. Naquele momento era Bonnie que estava em perigo iminente, neste, as duas. Ela não soube como, nem porque, mais algo mais lhe veio à mente. Era uma cena apocalíptica, o cenário não parecia com a época atual, mas num momento muito aquém daquele. Pessoas estavam sendo mortas, Bella via corpos e mais corpos em um tipo de galpão. Ela sentiu compaixão daquelas pessoas, mas a culpa era ainda mais forte.

– Vamos! – O vampiro com dreads começou a rebocá-la.

Bella voltou a realidade e olhou para trás. Viu Emmet correndo em sua direção, ele pretendia salvá-la. No entanto, o perigo estava perto dele, pois o louro erguia-se novamente. Bella não teve muito tempo para pensar, ela queria que todos eles ficassem bem. Fitou novamente as amigas.

– Solte-as! – Ordenou para a ruiva que a olhou surpresa.

– Você não entendeu? Nós mataremos as duas! – O vampiro falou ao seu lado apertando-lhe o braço. Bella ouviu um baque atrás de si e ao virar viu Emmet lutando com o louro.

– Vocês que não entenderam! – Bella sabia que algo novo surgia em seu semblante. Ele podia sentir, estava estampado no rosto do vampiro. O senso de proteção para com os outros a fez reagir. Algo novo também surgia em seus ouvidos, como num sussurro. Ela soltou-se dele. - Tunc quaero: interrumpitur. – Ela repetiu olhando nos olhos do vampiro. Naquele momento sentia a caixa torácica em chamas, mas ignorou.

Viu que os olhos do vampiro perderam o foco, e ele todo estava paralisado. Era como se fosse um boneco, mas de carne e osso. A vampira chiou alto, o que fez com que Bella olha-se para ela novamente.

– O que fez com ele? – Ela gritou.

– O mesmo que acontecerá com você se não soltá-las. – Bella arriscou ser ousada e avançou devagar para ela. Ficou esperançosa quando a vampira recuou. No entanto, sentia-se tonta e talvez não suporta-se mais o mal estar dentro do seu corpo. Era como se algo dentro de si quisesse expandir e não houvesse como.

– Não se aproxime ou eu mato suas amiguinhas! – Ela ameaçou assustada, mas um vulto aproximou-se dela por trás e arrancou-lhe a cabeça.

Bella viu as garotas gritarem assustadas ao verem o corpo sem cabeça tombar aos seus pés. Elas correram em direção a ela. Quando estava nos braços das amigas viu de quem se tratava o vulto, era Damon que olhava para ela de maneira grave. Era como se pensasse seriamente em algo. Bella sentiu as pernas fraquejarem.

– O que há Bella? – Bonnie perguntou tentando com Elena segurá-la.

Mais uma vez Damon tornou-se um vulto e no instante seguinte estava muito próximo a ela. Ele sentiu quando as mãos dele tomaram o lugar das mãos das suas amigas. Eram mãos fortes que a seguravam agora e frias. Sentiu seu corpo flutuar e percebeu que ele a estava carregando junto ao peito. Era estranho estar assim com Damon e perigoso.

– Bellinha! – Ouviu Emmet aproximar.

Estava visivelmente preocupado e ao seu lado Stefan certificava-se que todos estavam bem. Mesmo naquele momento Bella notou o olhar intenso trocado entre ele e Elena. Bella sorriu para Emmet que a tomou dos braços de Damon.

– Tudo ficará bem. Você foi sensacional. – Ele lhe falou. Bella sentia o corpo de Emmet quente e acolhedor, pensou na palavra “seguro” também. Era tão diferente de Damon... Ela adormeceu.

***

– A temperatura do seu corpo normalizou. Ela estava tão fria antes. – Ouviu o suspiro pesado próximo de si, mas mesmo assim ainda não se sentia pronta para abrir os olhos.

– Acho que ela acordou. – Ouviu uma voz de sinos falar com sua mãe. Foi a sua vez de suspirar, tinha sido pega.

– Bella. – Reneé chamou o seu nome. Abriu os olhos que ainda pesavam, e buscou a mãe. – Oi, querida. – Ela sorria.

– Oi. – Viu que ao seu lado uma garota de olhos ansiosos também a olhava. Sentou um pouco desajeitada pega de surpresa com a visitante.

– Bella, é tão bom vê-la acordada enfim. Sou a Alice. – Ela a abraçou. – Você tem um cheiro bom. – O que a fez ficar assustada e afastá-la.

– É a vampira Alice?

– Ela é muito espontânea Bella, mas não lhe fará mal.

– Claro que não. – Ela confirmou. – Gostou do que fiz com o quarto?

– Sim, ficou adorável, você tem talento. – Ela bateu palminhas animadas.

– Que bom que gostou.

– Alice deixemos a decoração um pouco de lado. – Renée sentou ao seu lado pegando a sua mão. – Sente-se bem?

– Sim. As meninas...? – Recordou totalmente do que tinha acontecido, porque até então estava distraída com a figura no seu quarto.

– Estão bem e dormindo.

– Que horas são? – Tinha perdido o senso de tempo.

– Duas da manhã. – Tinha ficado algumas horas desacordada.

– O que aconteceu Renée? O vampiro que queria me levar ficou paralisado, como um boneco.

– Você conjurou um feitiço.

– Que nenhum principiante saberia, na verdade nem os mais experientes. – Alice completou.

– E fiquei fraca novamente...

– Sobre isso daremos um jeito. Você só utiliza demais sua energia para isso, terá que aprender a administrar.

– O que aconteceu com os vampiros?

– Parece-me que um deles fugiu e os outros dois foram pegos.

– Pegos? – Suspeitou, pois lembrava do que tinha acontecido com a ruiva.

– Mortos. – Ficou um pouco chocada, mesmo sendo vampiros eles haviam morrido de verdade. – Descanse um pouco querida, ao amanhecer tudo ficará melhor. – Ela levantou, mas Bella não conseguiria descansar.

– Carlisle poderá me receber agora? – Ela parou um momento antes de me responder.

– Estará lá embaixo nos esperando. – Sorriu. Não era a primeira vez que via Renée comunicar-se telepaticamente, mas isso ainda parecia estranho.

Depois que se vestiu adequadamente, pois estava apenas de camisola, desceram. Alice parecia sempre solicita e animada enquanto Renée cuidadosa e amorosa. Bella tentou não pensar em quanto havia desejado aquela atenção materna quando era criança. Carlisle estava sentado em uma poltrona na sala de estar. Alice foi ao seu encontro e o beijou no rosto. Ele sorriu carinhosamente para ela.

– Pelo menos conheceu a Alice. Ela estava ansiosa para te encontrar. – Carlisle falou.

– E estou muito feliz.

– Você é muito gentil Alice.

– Desculpe-nos pela indelicadeza de mais cedo. Talvez a maneira que abordamos o assunto...

– Desculpe-me você. – Bella o interrompeu delicadamente, passando as mãos nervosamente pelos cabelos. – Nunca tinha pensado no assunto como algo possível, muito menos pensado em mim vivendo tal coisa. Reencarnação...

– Eu sei, parece mesmo impossível de acreditar quando olhado superficialmente.

– Esses meus sonhos... – Lágrimas nervosas e de tantos sentimentos misturados e não identificados surgiam em seus olhos. – Alguns são premonições, agora tenho certeza, mas outros são...

– São? – Ele se aproximou dela e Bella sentiu que queria ampará-la de alguma forma. Renée e Alice também estavam atentas e tocadas por seu desabafo e naturalmente seu estado emocional do momento.

– São lembranças. Recordações de uma época passada. Nunca prestei atenção até a poucas horas enquanto estava sendo atacada por aqueles vampiros.

– Teve um vislumbre do passado? – Renée perguntou.

– Sim.

– Isso explica você ter conjurado um feitiço usando corretamente as palavras.

– O que significam aquelas palavras?

– Você o ordenou a ficar imóvel. – Sim, ela tinha imaginado. Não sabia traduzir exatamente o que disse, mas sentia a essência das palavras.

Cruzou os braços enquanto dava alguns passou nervosos e desleixados pela sala. Eles esperavam que se manifestasse. Ela queria acordar em algum lugar longe dali, descobrir que tudo não passou de um sonho longo e cansativo e continuar a sua vida de onde parou. Mas não podia fechar os olhos e duvidava muito de que pudesse escapar, Caius havia despertado. Pior, ele tinha um plano que a envolvia e que apenas tinha certeza de que não era nada bom. Bella teria que detê-lo.

– Pela manhã mandaremos as meninas de volta para o Brasil. – Elas não poderiam ficar como inicialmente pensou, era muito mais perigoso do que imaginava. - Começaremos a exercitar essa magia em mim. Há livros aqui?

– Tá de brincadeira? Existe uma biblioteca aqui. – Alice informou.

– Tenho que ler sobre algumas coisas.

– Tudo o que precisar podemos providenciar. – Carlisle sorriu.

– Filha, estou muito feliz com sua decisão. – Renée a abraçou comovida.

***

Não tinha voltado a dormir. Quando estava deitada sem querer viu o colar novamente em um dos criados mudos. Leu novamente “Isadora de Powys” na pedra tipo talismã.

– Uma outra vida. – Sussurrou para si mesma.

Se aquilo era mesmo verdade, se ela tinha imposto a maldição do vampirismo naquelas pessoas, então era culpada por todo o mal que elas cometiam. Se aquilo a enchia de angustia, não era de se estranhar que a alma de Isadora não tenha sossegado e tenha querido voltar.

– Estou bem ferrada. – Constatou.

Desceu novamente as escadas, tinha noção de que era ainda muito cedo, mas não tinha mais saco para ficar trancafiada no quarto, mesmo sendo lindo como aquele. Não havia ninguém na sala, e passou pela porta vendo o sol surgir entre as árvores. Um dourado tímido banhava tudo em volta tornando aquela visão magnifica.

Um vento frio cortou o seu corpo, fechou o casaco rapidamente. Olhando tudo em volta não enxergara nenhum vulto, mas era provável que algum dos druidas estivessem por ali fazendo a ronda. Pensando bem, eles já deveriam estar atentos a sua presença do lado de fora.

Naquele momento não estava querendo fugir então eles não deveriam se preocupar. Começou a caminhar no terreno em volta da casa, aquilo tudo era imenso. Não tinha notado que o aras no terreno ao lado fazia parte dos domínios da casa, só separado por um portão. Havia uma estrebaria e vi movimento por lá. Ouviu o relinchar de um cavalo e ao me aproximar do portão voltou a olhar para os cavalos ali. Eram todos lindos e pareciam lhe saldar, pois todos começaram a fazer ruídos.

– Bom dia para vocês também. – Novamente percebeu um movimento na estrebaria. Curiosa caminhou para o seu alcance e quando estava chegando perto uma garota saiu de lá, sobressaltando-a. Ela estava vestida para montar, seus cabelos escuros louros estavam presos em uma longa trança que ela mantinha sobre o ombro esquerdo. Ela a olhou de cima a baixo.

– Olá. – Falou como se fosse obrigada a cumprimentar.

– Olá. Sou Isabella Swan. – Bella sorriu tentando manter um ar amistoso.

– Eu sei. – E o tom desgostoso estava novamente em sua voz. – Meu nome é Rosalie Hale, sou uma druida. – Foi a apresentação mais fria que já tinha visto nos últimos tempos. Ela não se aproximou, apenas colou as mãos em sua cintura e continuou olhando para Bella com aqueles olhos de gata prestes a atacar.

– Bem, não quero tomar o seu tempo. Parece prestes a montar... – Uma outra pessoa saia da estrebaria, este, estava com roupas mais simples e parecia estar lidando com os cavalos a constar pela sujeira.

– Bom dia. – Ele vacilou olhando de uma para outra, mas sorriu ao voltar-se para Bella novamente. – Você deve ser a Isabella. – Ele estendeu a mão pela cerca e eles trocaram cumprimentos. Bella pensou que a garota pareceu odiá-la ainda mais.

– E qual o seu nome?

– Riley Biers.

– Parece que todos resolveram reunir-se aqui logo ao amanhecer. – A voz de Emmet surgiu atrás dela.

– E não é uma hora agradável? – Riley respondeu. – Ainda mais quando se conhece a Isabella. – Sorriu encabulada, mas Rosalie meio que grunhiu irritada e ela se conteve. – Já soube o que aconteceu ontem. Incrível!

– Ela é incrível. – Não queria corar, mas não teve alternativa. Não queria mais ouvir sobre si mesma dessa forma.

– Vocês têm aulas de equitação?

– Sim, bom para o equilíbrio, concentração, coordenação, pensamento. Pelo menos é o que diria Aro.

– E é verdade. – Emmet confirmou. – Terá aulas com ele. – Involuntariamente fez uma pequena careta. Emmet percebeu e riu. - Rosie montará? – Todos nós olhamos para ela.

– Perdi completamente à vontade. – Ela saiu sem ao menos falar qualquer coisa além disso.

– Ela é sempre assim.... doce? – Eles riram.

– Perdoe-a, ela está um pouco nervosa. Passará. – Riley se desculpou.

– Certamente. – Falou tendo certeza de que não passaria.

– Quer dar uma volta?

– Claro Emmet. – Despedimo-nos de Riley e começamos a caminhar.

– Como se sente?

– Muito bem. Você está bem, machucou-se? – Avaliou ligeiramente o seu corpo para ver se encontrava algum ferimento, mas ele parecia ileso e forte sob aquela camiseta branca colada.

– Estou perfeitamente bem.

– Quero agradecer por ontem.

– Ora, pelo que?

– Levou-me até Nova York, voltou comigo e as meninas e nos protegeu.

– Você fez muito mais do que eu. E o pouco que eu fiz, não foi nada. – Ele parou fazendo-a parar também. Tocou em uma mexa do seu cabelo olhando em seus olhos, foi intenso, ela sentiu, mas depois ele sorriu divertido como antes e afastou-se. – Você é tão legal que não conseguiria dizer não e é sensacional como bruxa. Claro, sabemos o que você é, mas vendo... Nossa!

– Parece que falam de outra pessoa e parece que todos conhecem essa pessoa menos eu.

– Tem que acreditar que tudo se encaixará. – Ele voltou para onde estava ainda parada. – Está a poucos dias aqui, dê-se mais um tempo.

– Caius nos dará esse tempo?

– Estaremos aqui para retardá-lo, para impedi-lo de tocar em você. – Emmet estava falando com um tom diferente de todos que já havia visto. Seus lábios eram linhas retas e estava tenso.

– Emmet... – Ele olhou para ela novamente daquela maneira carinhosa. – Muito obrigada. – Ergueu-se ficando nas pontas dos pés e segurou seu rosto com as duas mãos fazendo-o debruçar-se um pouco e beijou-lhe o rosto demoradamente.

– Está com fome? – Emmet parecia um pouco aéreo. – Há coisas fabulosas feitas nesta cozinha.

– Eu acredito. – Ele olhou-a com ar divertido.

– Então não é essa cética que tanto falam?

– Incrivelmente você me faz acreditar.

– Que bom. – Ele pegou-a pela mão e a levou até a sala onde eram feitas as refeições.

Kebi estava lá e Aro também. Renée juntou-se a eles em seguida e além deles Rosalie já vestida com outra roupa, não menos glamorosa e Riley. Carmem, Maria e Isabel depois de terminarem seus quitutes sentaram-se também com os outros. Kebi teve que lhe apresentar apenas Royce King, que sem dúvida era o mais velho de todos ali. Ele era magro e frágil como um idoso normal, a seus cabelos brancos podiam ser vistos apenas ao redor da cabeça, no meio era completamente lisa. Ele possuía olhos astutos e sorriso contido, mas Bella gostou dele de cara. Também havia Benjamin e Jarede Cameron e Paul Lahote que faziam o tipo alto e forte de Emmet, mas não tão alto e fortes. E enquanto Emmet tinha a pele branca como a neve, os dois possuíam a pele azeitonada.

– Estes são os descendentes dos primeiros druidas, aqueles que realmente demonstram alguma habilidade na magia.

– Parece-me um grupo pequeno para o que vamos enfrentar.

– Juntos somos fortes o suficiente e podemos contar com os aliados de baixo. – Kebi respondeu com sua voz calma. Ela sorriu para prosseguir em outro assunto. – Carlisle deixou-me uma mensagem dizendo que estava aberta ao que foi dito a você. Não temos muito tempo a perder então tentaremos ensiná-la o básico rapidamente. Ficará essa manhã com Aro.

– Ótimo. – Falou entre os dentes em um sorriso amarelo que lançou somente para Emmet ouvir e ele riu ao meu lado.

– A tarde reterei sua atenção. A noite estará com Carlisle. – Kebi continuou. – Agora coma e aprecie a refeição.

Bonnie e Elena chegaram a sala quando começava a comer. Foi ao encontro das duas para acompanha-las até a mesa e apresenta-las. Todos as receberam bem, mesmo sabendo que elas não deveriam estar ali. Rosalie foi a única que demonstrou o seu desagrado todo o tempo. Antes de começar a sessão aulas para bruxas, teria que conversar com elas.


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