Todo O Mal Que Há escrita por Camila J Pereira


Capítulo 10
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

Demorou um pouco para sair esse, mas acho que ficou do jeito que queria.
Espero que gostem.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/352516/chapter/10

– Nem pensar. Falamos que ficaríamos com você, você disse que precisava da gente.

– Elena, isso foi antes de vocês serem ameaças por aqueles vampiros. O que aconteceu pode não ser nada diante do que pode vir a acontecer. Não quero vocês machucadas, vocês são minhas amigas e tem uma família no Brasil. – Tinha que fazê-las entender que deveriam ficar afastadas.

– Queremos ficar Bella, lá ficaríamos preocupadas. Podemos ajudar de alguma forma. – Bonnie agarrou-se ao braço de Elena em sua frente. Elas estavam tentando ficar junto à Bella, mas isso era algo que não poderia lidar. Era uma responsabilidade enorme para Bella.

– Por favor, não tornem isso mais difícil.

– Isabella, temos que começar o seu treinamento. Deixe as suas amigas se prepararem para partir. – Aro falou atrás de dela, lembrando-a das suas mais atuais obrigações, não que as roupas de montaria que estavam à sua espera no guarda-roupa não a lembrassem.

– Sim, claro.

– Bella, não nos deixe ir. – Elena pediu.

– Darei notícias. – Ela a abraçou. – Sabe que faço isso pelo bem de vocês.

– E o seu bem, Bella? O que faz pelo seu bem? – Elena perguntou em seu ouvido.

– Ficará tudo bem. – Bella abraçou Bonnie.

– Isso é uma injustiça.

– Ainda falarei com vocês antes de ir. Emmet levará as duas. – Sem saber mais o que dizer naquele momento, Bella soltou um beijo para as duas e seguiu Aro até os estábulos.

– Estou feliz que enfim se convenceu em ficar e começar com os trabalhos aqui. – Ele abriu o pequeno portão feito de madeira que separava a área da casa com o dos estábulos e esperou que ela passasse.

– Fico feliz em estar aqui e ajudar. – Aro demorou-se olhando para o seu rosto, o que a fez sentir-se um pouco estranha com isso.

– Acredita mesmo em tudo o que lhe é dito agora? Parecia muito descrente antes.

– Antes não existiam tantos fatos. – Ele riu e continuou a caminhar, ela o seguiu. Sabia que aquelas aulas com ele demorariam muito a passar. Aro era... um pouco tenso demais.

– Acredita apenas em fatos concretos?

– Acho que sim.

– Olá. – Riley apareceu do lado de fora. Podia sentir os animais e seus ruídos e o cheiro de estrume. Ele estava um pouco desalinhado, mas ainda o achava bonito.

– Riley. – Aro o cumprimentou. – Na magia não devemos nos deter a fatos. Pergunto-me, como seguirá então ao notar isso? – Ele sorriu novamente como se não tivesse tentado provocar uma inquietação nela. – Venha, quero que veja os animais. Nos acompanha Riley?

– Com prazer. – Riley emparelhou ao lado de Bella satisfeito enquanto Aro seguia na frente.

– O que sabe sobre cavalos? – Ele parou para perguntar.

– Hum... Muito pouco, mas sei que eles estão presentes com muita intensidade na história da civilização. No início eles eram usados como meio de transporte, os homens os usavam como montaria ou puxando carroças. Tiveram papel importante na agricultura também para ajudar na aragem do solo. Mas eles tiveram uma grande notoriedade nos exércitos, eles usavam cavalos na guerra, e os soldados que os usavam eram chamados de ‘unidades de cavalaria’. – Falou tudo que lembrava sobre esses animais.

– Reneé havia me contado que estudava história. – Seus olhos inquietos a estavam analisando novamente e o seu sorriso inteligente não saia dos seus lábios. Bella achava que ele tinha guardado algum tipo de rancor pelo tombo que o fez tomar no portão quando queria sair para ver suas amigas. – Mas aqui precisará saber um pouco mais do que isso. – Aro continuou a caminhar.

– Imagino que sim. – Um pouco tensa, Bella lançou um olhar interrogativo para Riley que sorriu levemente.

– Temos cavalos puros-sangues aqui. Este tipo de animal alcança em média 17m/s. Incrível, não é? - Pararam em frente a um lindo animal branco, seus pelos eram lustrosos, possuíam orelhas rosadas e os músculos eram bem delineados. Era realmente um animal esplêndido. – Temos que aprender a ser velozes por aqui, quando se trata de adversários como vampiros que podem alcançar velocidades inumanas. Velocidade é pressão, e tivemos alguns exemplos de como você age sob pressão. Os resultados podem parecer positivos à primeira vista, mas se controlar seus sentimentos e agir com clareza terá resultados ainda melhores.

– Melhor do que paralisar um vampiro?

– Muito melhor. – Ele não sorriu dessa vez, apenas olhou diretamente nos olhos claros de Bella. O animal resfolegou e aproximou-se. Aro acariciou o seu focinho com uma mão. – Essa é a égua da Rosalie, a nossa melhor hipista.

– Agora entendo algumas coisas. – Pensou alto. Aro a olhou com curiosidade, mas ela voltou a se calar. Riley pigarreou ao seu lado tentando não rir.

– Dama é uma égua muito dócil e obediente, foi muito bem treinada. – Riley informou.

– Dama?

– Rosie lhe deu este nome. – Era mesmo muito natural que ela tivesse este nome. Podia sentir a altivez dela. Por outro lado quem a montava...

– Venha, temos mais para ver. – Aro continuou e enquanto caminhava era apresentada aos outros lindos cavalos que faziam parte daquele estranho ambiente onde druidas e vampiros conviviam.

Aro falou sobre a montaria, e tudo o que Riley falou que ele falaria, como isso ajudaria no equilíbrio, concentração, coordenação, pensamento.

– Muito mais do que isso, te ajudará a ter disciplina. – Ele deu uma pausa longa olhando em volta e depois ela. Aquilo estava deixando-a desconfortável. Era óbvio que ele não confiava muito nela. Então o que eu poderia sentir sobre ele? – Por hoje, quero que escolha um destes para te acompanhar a partir de agora, um que não tenha um cavaleiro.

– Qualquer um?

– Sim. – Um sorriso largo surge nos lábios de Bella. Ela sabia que a escolha seria difícil, todos eram maravilhosos, mas seria uma tortura gostosa. – Depois da escolha feita, Riley te ensinará a alimentar, limpar, escovar, todas essas coisas que precisa saber para valorizar ainda mais o seu trabalho. Não se importa em sujar as mãos, não é? – E estava aí o olhar tenso de novo.

– Não me importo nada com isso. – Afirmou. – O que acho é que poderíamos ir direto ao que tenho que aprender de verdade. Eu vi Caius abrindo os olhos e Carlisle não quis me dizer ainda sobre os outros que também devem estar despertando.

– Eu gostaria muito que você estivesse pronta e não precisasse de qualquer coisa disso aqui. – Ele fez um gesto vago com a mão mostrando ao redor. – Não temos muito tempo, mas o tempo que temos vamos aproveitá-lo e acredite, você precisa passar por isso. Olhe para o lado bom, será por pouco tempo.

– Então acho que devo começar. – Deu-se por vencida.

– Bom. – Ele sorriu. – Deixarei vocês a sós agora. – Aro lhes deu um aceno rápido e os deixou ali.

– Não se preocupe, a parte de escovar e alimentar não é um monstro de sete cabeças.

– Não temo por isso. – Riley riu amigável.

– Nem Aro é. Não se engane com este ar de durão.

– Não devo mesmo? – Bella ergueu uma sobrancelha em dúvida.

– Ele só é um pouco metódico, mas é boa pessoa.

– Bem, você está aqui mais tempo do que eu. Eu ainda estou nas primeiras impressões. – Deu de ombros.

– Posso saber qual a primeira impressão que teve sobre mim? – Foi a sua vez de sorri para ele.

– Você é bem tranquilo e dedicado ao que faz e parece gostar muito daqui.

– Acho que você acertou algo. – Riram juntos.

– Mas também tem aqueles outros vampiros e a primeira impressão que eu tive deles não foi nada boa.

– Eu sei. – Ele suspirou. – Você precisa escolher um. – De repente ela sentiu-se mais animada. – Vai em frente. – Incentivou.

Olhou para aqueles belos cavalos e a verdade era que não gostaria de escolher um, ela queria experimentar todos, conhecer cada um, mesmo a Dama da irritante Rosalie. Havia um que possuía os pelos de uma tonalidade brilhante de castanho. Eles estava afasto, quando se aproximou da meia porta, lançou um olhar desinteressado para ela e voltou a se alimentar. Mesmo assim, o achei lindo e poderia ter escolhido aquele mesmo se não fosse um relincho que a fez se aproximar do próximo.

– Calma garotão. – Riley acariciou o focinho dele. Ele parecia querer sair. – O que há?

– Oi. – Olhou para ele e foi retribuída. – Olá. – Sorriu e assustou-se quando ele moveu a cabeça para cima e para baixo.

– Acho que ele gostou de você. – Riley falou arrancando um sorriso satisfeito de Bella. Ela também tinha gostado dele.

Deu uma boa olhada nele enquanto o acariciava, ele parecia um animal muito bem tratado e forte. Todo ele era escuro, pelos e olhos. Era bem hipnotizante olhar para ele.

– Quer entrar?

– Posso?

– Na verdade, deve.

– Bellinha. – Emmet chamou e virou para ver de onde sua voz vinha. Ele estava acompanhado por Bonnie e Elena.

– Oi Emm. Olha só o meu mais novo amigo. – Falou para eles.

– Ele é lindo! Bella, montara nele? – Bonnie perguntou empolgada. Estava claro que Bella não queria mesmo deixa-las ir, mas precisava. Sentiria muita falta, por exemplo, da empolgação da Bonnie. A segurança delas era mais importante.

– Sim.

– Realmente lindo. – Elena concordou.

– Como se chama? – Bonnie se aproximou.

– Como se chama? – Bella perguntou para Riley.

– Você escolhe o nome.

– Sério?

– É o costume. – Emm informou.

– Não sei qual nome dar. – Falou frustrada.

– Você terá tempo. – Emm acariciou seu braço. Bonnie olhou para a amiga com uma sobrancelha erguida. Bella reconheceu aquele olhar matreiro e não acreditava que ela estava pensando aquilo. Não estava acontecendo nada entre ela e Emm.

– Precisamos nos despedir. – Elena falou. – Depois você nos conta qual nome lhe deu. – Ela estava triste e Bella também, mas a decisão estava tomada.

– Conto sim. – Bella a abraçou novamente apertado. - Sentirei sua falta.

– Eu também, só não demora muito e dá notícias. – Soltou-a apenas para abraçar Bonnie.

– Se eu pudesse iria acompanhar vocês, mas ao que parece não temos muito tempo. Se cuida Bonnie.

– Você também. Ficaremos esperando você ligar. E qualquer coisa pode nos chamar.

Vê-las se afastando deu-me um aperto no peito. Sentiria a falta delas mais do que imaginava.

– Vamos voltar? – Riley chamou a sua atenção e ele lhe falou sobre o tratamento dos cavalos e a ensinou como proceder.

Aquilo a fez bem, apesar de sempre seus pensamentos voltarem para as meninas. Mas ela sabia que elas estariam bem com o Emm. Tentou se manter tranquila por conta disso. Sobre o seu novo amigo e ela, se davam muito bem. Ás vezes um pouco genioso, mas sabia que não seria um problema. Problema mesmo era encontrar um nome para ele. Cerca de uma hora mais tarde, Aro foi encontrar com eles e depois de observar como estavam, os liberou.

Bella correu para dentro da grande casa em busca de um bom banho. Estava coberta de feno, pelos e outras tantas sujeiras que era melhor não citar. Estava decidida no meu próximo passo: queria saber o máximo sobre esse mundo em que estava entrando e iria procurar a tal biblioteca que Alice disse existir.

– Filha! – Reneé a surpreendeu sentada na poltrona do quarto.

– Oi. – Continuou enxugando os seus cabelos com a toalha. Estava saindo do banheiro com um robe em volta do meu corpo. Olhou mais uma vez para ela com atenção. – Tirou o gesso. Sente-se melhor?

– Sim, sim. Bem melhor. – Reneé apalpou a perna antes engessada como para comprovar que não sentia nada e notei que os pequenos arranhões que ela possuía no rosto do atentado contra ela sumiram.

– Curou-se totalmente e tão rápido. – Aproximou-se dela e a tocou no rosto. Ela sorriu.

– Tomei alguns bons medicamentos druidas.

– Isso é incrível. – Ela pegou a mão da filha e a acariciou.

– Não sabe a quão orgulhosa estou de você.

– Não fiz nada para se sentir assim.

– Está aqui. Está se submetendo a passar por tudo isso. – Afastou-se dela, retirando a sua mão delicadamente das delas.

– Não era como se eu tivesse tanta escolha. – Ela sorriu.

– Existem outros despertando, não é?

– Sim. – Afirmou com pesar.

– Quantos?

– Não sabemos com precisão.

– Estamos em desvantagem. – Bella suspirou e sentou-se na cama.

– Temos a magia ao nosso favor.

– Quase que ela não nos salva ontem. Precisamos de muito mais do que isso e é por isso que quero aprender. Precisa me levar a biblioteca.

– Não quer descansar um pouco antes do almoço?

– Não acha que descansei demais? – Passou as mãos pelo rosto e deixou a toalha de lado.

– Ainda precisa vê-los. São nossos amigos.

– Aliados. – Corrigiu. Reneé estreitou os olhos para a filha.

– De qualquer maneira, precisa passar por isso. Eles precisam ver você, falar com você.

– Para me amaldiçoarem ainda mais de perto pelo o que fiz a eles. – Afirmou.

– Fala da maldição.

– Do que mais. Se eu sou mesmo a reencarnação dessa mulher, então sou eu a culpada pela vida, ou sei lá o quê que eles têm.

– Deve deixar isso pra lá. Precisa se concentrar...

– Exato. – Ergueu-se repentinamente e caminhou até o guarda roupa para encontrar algo para vestir. – E é por isso que preciso ir a biblioteca. Pode me dizer onde fica?

– Eu te mostrarei. – Reneé esperou que se vestisse e a acompanhou até a biblioteca. Ficava em outra ala da casa, para ir até lá teria que caminhar um pouco.

Royce King estava lá com o seu anel de cabelos brancos na cabeça. Quando chegaram, ele estava sentado em uma das mesas de leitura com grandes exemplares a sua frente, todos abertos. Usava óculos pequenos e redondos. A biblioteca, não era nada pequena, e parecia com as bibliotecas de instituição de ensino e nada com uma biblioteca pessoal.

– Temos grandes livros aqui. Encontrará tudo o que quer saber sobre os druidas. – Royce falou com o ar respeitador.

Tínhamos sentado à sua frente e Reneé falou-lhe sobre a minha vontade de saber mais.

– E sobre os vampiros?

– Sim. – Seus olhos ficaram inteligentes. – Mas encontrará mais lá embaixo, com Carlisle.

– Estes devem servir. – Bella deu uma olhada ao redor.

– Tem algum assunto em específico para começar?

– Sim. – Sorriu para ele.

Royce mostrou os livros que contavam sobre o surgimento dos druidas na história enquanto me contava sobre a sua rotina com os livros. Ele era responsável em mantê-la organizada e alimentá-la com mais material. Além dele, era a minha mãe quem o ajudava Olhei para ela surpresa.

– Não me disse isso.

– Não me perguntou. – Reneé respondeu simplesmente.

Depois mostrarem os livros, deixaram que Bella ficasse à vontade. Ela então, sentou-se em uma mesa lendo alguns que selecionou. Renée e Royce se disponibilizaram para ajudá-la se precisasse de algo. Como gostava de ler, Bella logo estava distraída com tantas coisas para ler e só despertou quando notou um vulto a sua frente. Sobressaltou-se para logo se recompor.

– Damon. – Deu-se conta de quão pouco o tinha visto desde que tinha chegado. A última vez em que o viu, ele tinha ido ajudar ela, as meninas e Emm. “Ele me teve em seus braços”, não pôde evitar pensar corando um pouco. – Como vai? – Não sabia se era isso o certo a falar, mas ele não tinha dito nada desde que apareceu a sua frente. De repente, percebeu que ele parecia cansado. Havia olheiras em seus olhos. – Damon? Damon? – Ele piscou ao vê-la insistindoendo e então pareceu focado.

– Vejo que está envolvida. – Aquilo a fez estranhar ainda mais, ele estava tentando manter o controle, mas porquê?

– Sim. Não está cedo para estar aqui?

– Não tenho sono. – Sem ser convidado ele puxou a cadeira e sentou.

– Quero agradecer por ontem... Você... – Pigarreou, é estava incomodada em fazer aquilo. Não era pra ser tão difícil agradecer por algo, mas o problema era que estava agradecendo a Damon. Tinha decidido não confiar nele desde o primeiro contato. – Você nos ajudou.

– Você me agradecendo?

– Não torne isso irritante. – Cuspiu de volta. Ele sorriu levemente. Era assim que ele gostava das coisas. Para ele, só estaria bom, só ficaria a vontade de se a deixasse irritada, e ela constantemente proporcionava esse prazer a ele.

– Está adquirindo o hábito de desfalecer em meus braços. – Bella já estava totalmente irritada e começou a levantar, mas ele segurou a sua mão mantendo-a aonde estava. – Sente-se.

– Solte-me.

– Sente-se. – Ele insistiu, mas desta vez estava pedindo. Relutante, sentou. Ficaram um tempo sem falar nada. Bella estava incerta do que fazer agora, nunca tinha ficado assim com ele e nunca pensou em estar, amigavelmente sentados. Ela ouviu a a voz de sua mãe e viu que ela olhava para os dois de longe.

– Porque está sem sono? – Bom, tinha que começar uma conversa. Assim, calados, parecia pior.

– Porque perdemos o sono? – Ele devolveu com outra pergunta.

– Tristeza, ódio, amor, culpa, preocupação, desejo... – Falou olhando em seus olhos e ele sustentou o olhar. Porque aquilo estava estranho? “Ele quer falar algo comigo, mas não sabe como.” Bella pensou.

– Acho que me preocupo. – Bella sentiu sua boca seca. Era como se fosse uma confissão. Mas o quanto ela poderia confiar nele? – E desejo, sempre desejo algo... – Suas bochechas queimaram e lamentou saber que elas deveriam estar como pimentões. Ela recordou de suas mãos no seu corpo, da sua respiração em seu rosto, no seu pescoço no dia em que desceram em Nova York e ficaram naquele hotel até partir para cá.

Ela tentava prestar atenção ao seu redor, pois notou uma movimentação na entrada e apenas moveu a cabeça levemente para ver quem era, voltando a olhar para ele sempre. Damon nunca desviava o seu olhar. Kebi estava ali e procurava Reneé. Reneé e Royce foram até ela e eles trocaram algumas palavras, para Bella pareceram um pouco aflitas, mas ela não conseguia livrar de todo daquele momento. Então, viu que o olhar de Damon mudava de fixado para consternado e ele abaixou levemente olhar.

Reneé aproximou-se dos dois. Bella estava fixa tentando decifrar Damon. Renée estava em uma movimentação inquietante. Algo tinha acontecido, mas ela não dava a devida atenção. Damon e aquele olhar era o que queria desvendar. O que significava tudo aquilo? O que ele tentava dizer? Porque estava ali?

– Damon? O que houve? – Ele não olhou, nem pareceu escutar.

– Bella. – Reneé tocou em seu ombro, olhou-a já pressentindo que algo não ia bem.

– O que aconteceu? – Reneé parecia pálida demais.

– Emmet e as garotas. – O seu coração parou por um segundo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!