Todo O Mal Que Há escrita por Camila J Pereira


Capítulo 3
Capítulo 3




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– Stefan, Damon, que bom que chegaram. – O alívio de Reneé era imenso.

– Viemos logo atrás de você. Achamos que não estaria segura. – O homem mais baixo falou. Eles pareciam americanos, mas falavam muito bem o português com certo sotaque, é claro.

– O que acham de continuarmos essa conversa aí dentro? – Seu companheiro sugeriu. – Isso aqui está enfeitiçado.

Reneé parecendo desperta prostrou-se entre os dois do lado de fora do apartamento e segurando em um braço de cada um fechou os olhos e pronunciou alguma palavra muito baixa para ser ouvida.

– Podemos. – Ela disse para os dois e entrou com eles. Bella ficou indignada com aquilo. Sua mãe acabara de colocar dois completos estranhos dentro do seu apartamento.

– Reneé, acho que não é uma boa ideia. – Bella segurou-lhe no braço numa tentativa fazê-la escutá-la.

– Fique calma, filha, eles são aliados.

Bella fitou os dois a sua frente e viu que o homem mais também parecia o mais tranquilo estava olhando por todo o apartamento como se avaliasse o local e o outro com um ar presunçoso as observava. Ele a encarou, seus olhos azuis fizeram-na recordar dos sonhos que tivera várias vezes, arrepiou-se.

– Eles não me parecem aliados. – Viu seus olhos estreitarem para ela. – Na verdade eles parecem com o outro homem que nos fez aquela visitinha ontem. – Voltou-se novamente para a mãe. Ela envolveu-lhe pelo ombro com um braço.

– Bella, quero que conheça Stefan e Damon.

– É um prazer conhecê-la Bella. – Stefan disse cavalheiro, meio que fazendo reverencia. Damon, no entanto, aproximou-se dela e a avaliou.

– Ela me parece indefesa. – Riu debochado e afastou-se indo até a janela e olhando através dela. Bella sentiu-se insultada e abriu a boca para o que achou uma atitude grosseira.

– Essas são Bonie e Elena. – Reneé continuou com as apresentações. Damon apenas deu uma breve olhada para elas, mas Stefan ao repetir o gesto que fez a pouco ao ser apresentado para Bella, se demorou admirando Elena. Isso não escapou aos olhos de Bella. Sua amiga estava petrificada e parecia não respirar.

– Elas sabem? – Stefan perguntou a Reneé ainda olhando para Elena.

– Sim.

– Precisamos que conte o que aconteceu desde a sua chegada. – Stefan pediu. As meninas sentaram apenas observando enquanto Reneé discorria sobre tudo, desde o tal vampiro que apareceu ontem no apartamento até o atropelamento.

– Sentimos o cheiro dele, está bem fraco, mas ainda perceptível. – Ele disse.

– Você disse que sentiu o cheiro? – Ele assentiu tirando os olhos com dificuldade de Elena para olhar para Bella. Ele assentiu.

– E como consegue fazer isso?

– Acho que ele é um vampiro. – Bonie soltou mais animado do que surpresa. Stefan olhou para Bella novamente e ela aceitou aquele olhar como uma confirmação.

– Tá de brincadeira.

– Meu irmão e eu somos vampiros. – Ela soltou um riso nervoso.

– Bem, penso que ele esteja interpretando melhor esse papel. Ou se dissesse que faz parte da máfia Italiana também acreditaria. – Bella ouviu o riso baixo de Damon, ele se empertigou e olhou em sua direção.

– Veja que interessante irmão, a escolhida é uma incrédula. Já sinto a humanidade salva. – Seu sacarmos foi notável.

– Então, é mais um capítulo dessa história. – Pensou alto. – Escutem, quero que saiam daqui. Imediatamente. – Exigiu.

– Eles vieram ajudar. – Elena se pronunciou pela primeira vez e vacilou olhando para Stefan.

– Sério? Elena esses dois que diz que vieram nos ajudar denominam-se vampiros.

– Nós somos. – Stefan confirmou. – Infelizmente. – Lamentou.

– Conta outra. – Bella piscou para ele.

– Posso fazê-la acreditar em um segundo. – Damon avançou na direção de Bella e só não a alcançou porque Stefan o segurou. As meninas abraçaram-se e ficaram nervosas falando ao mesmo tempo.

Bella não conseguia tirar os olhos daquilo, seus dentes caninos ficaram alongados e seus olhos escureceram. Era como se fosse um demônio. Ele grunhia para ela querendo amedrontá-la e mais uma vez ela rememorou o sonho.

– Já chega Damon. – René se interpôs e ele voltou ao normal.

Stefan o soltou lentamente e então ele ajeitou sua jaqueta e seus cabelos ainda a fitando. Sua irritação era clara.

– Darei uma vasculhada pelas redondezas. – Falou com o irmão.

– Não é seguro nos separarmos.

– Não se preocupe, não ficarei tão longe. Volto em breve. – Damon partiu como se evaporasse diante delas.

– Ele tem presas. – Elena falou com a mão nos lábios um pouco chocada.

– Todos nós temos. Somos vampiros. – Stefan aproximou-se de Bella parecendo lamentar. – Desculpe-me pelo o meu irmão, ele ás vezes não consegue se conter.

– Não poderia ter trazido outro vampiro, um mais dócil? – Reneé o tocou na altura do ombro brevemente.

– Ele se dispôs a vir, acho que estava curioso sobre a escolhida. Todos estão. E quis ajudar em algo para ele acreditar e lutar. – Stefan falou como se desculpasse.

– Eu entendo Stefan, acho que fez bem. Bella agora você acredita? – Ela perguntou com olhos esperançosos.

– Eu não sei. – Estava um pouco confusa com o que tinha presenciado. Damon tinha mudado de forma, seus dentes se alongaram, seus olhos escureceram. Mas algo lhe dizia que uma explicação lógica poderia ser extraída. - Reneé você disse que os druidas querem conter os vampiros. Por que esses vampiros estão aqui tentando ajudar?

– Existem vampiros que se tornaram aliados dos druidas. Eles se ajudam e protegem mutuamente. Os primeiros deles são terríveis e criam mais e mais vampiros com essa linha. Esses vampiros são humanistas.

– Isso soa interessante. – Soltou sem saber o que pensar. – Então, caso isso tudo seja verdade, podemos confiar neles dois?

– Pode confiar sim. – Reneé confirmou.

– E quando diz que veio ajudar, a que se refere?

– Vamos protegê-las e levá-las em segurança até Carlisle. – Ele respondeu.

– Para os EUA? – Perguntou.

– Exato.

Depois de surtar mais uma vez dizendo que não iria para lugar algum, os ânimos se acalmaram. Stefan era paciente e respondia sempre educadamente aos questionamentos das garotas. Reneé preparou um chá para ajudar a relaxar, mas não estava adiantando. Toda vez que Bella via Stefan e se lembrava do que o Damon tinha feito antes ficava agitada.

– Não quer o chá? – Perguntou a ele que as observava em pé bebendo o chá.

– Não bebemos e nem comemos comida humana.

– Nunca? – Elena ficou tocada.

– Nunca. – Stefan parecia querer manter-se tranquilo, mas Bella percebeu que responder aqui para Elena mexeu com ele. – Reneé, precisamos partir o quanto antes. É bom que fiquemos juntos. Carlisle poderá ajudá-la com a aceitação e todo o resto. – Bella sentiu como se não estivesse lá, ou como se fosse uma criancinha que tinham que decidir por ela. Bateram na porta.

– É o Damon. – Stefan abriu e Damon entrou sem problemas. Parece que o que quer que Renée tenha feito deixava a passagem livre para aqueles dois possíveis vampiros.

– Encontrei um vampiro, mas ele conseguiu fugir. Com toda a certeza eles sabem da existência dela e a querem.

– Como eles podem ter sabido de mim?

– Há tempos desconfiamos de que temos um traidor entre nós e esta é a confirmação. – Stefan respondeu.

– Não deve ser difícil para vocês saberem sobre o traidor. – Bonie em todos os casos otimista.

– Não é tão simples. Esse vampiro é bem esperto, nos enganou todo esse tempo.

– Então querem me levar para lá, um lugar que sabem que existe um traidor e que pode em qualquer momento me dar de bandeja para esses loucos?

– Ficaremos de olho em você. – Damon a fitou malicioso e esboçou um sorriso indolente.

– A madrugada avança. Aonde pretendem passar o dia? – Renée perguntou de repente.

– Aqui mesmo, lá embaixo existe um tipo de porão. Nossos pertences já estão lá. Só precisamos que lance uma proteção. – Stefan respondeu.

– Farei isso. Meninas vão dormir.

– Não te deixarei sozinha. – Quis deixar claro que não a deixaria com aqueles dois.

– Damon, por favor, fique com elas enquanto vou com o Stefan lá embaixo. – Bella fitou a mãe indignada por ter ignorado o que falou.

– Que seja. – Damon respondeu.

Elena e Bonie se acomodaram, mas ela se recusou a ir enquanto a Reneé não voltasse. Ficou no mesmo lugar todo o tempo. Damon manteve-se afastado dela o quanto pôde, mas ela via que ele olhava para ela de vez enquando.

– Ainda não acredita? – Sobressaltou-se com sua pergunta inesperada. Ele estava calado todo o tempo e de repente a abordava desta maneira.

– Isso importa?

– Parece que sim. Vampiros estão atrás de você, querem matar a sua mãe para que ela não interfira. Estão manipulando humanos para ajudá-los nisto também, por isso o motorista tentou matar a Reneé. Qualquer um pode estar em perigo agora. Suas amigas estão envolvidas, seu pai pode ser um alvo. – Bella o olhava muda por temer que eles se machucassem. – Tudo o que você que fazer é ir conosco.

– Tudo o que eu tenho que fazer é largar a minha vida aqui e seguir com vocês em uma aventura fantasiosa. Tudo isso não é pouco para mim. – De repente ele estava a sua frente, agachado, suas mãos apoiadas no sofá uma em cada lado do seu corpo com cuidado para não a tocar.

– Tem que acreditar. – Viu sua pupilar dilatar e de repente seus olhos azuis pareciam hipnotizantes. – Venha conosco e salve a sua mãe e tantas outras pessoas que servirão de alvo para eles. Isabella, eles provavelmente conseguirão o que querem. Venha conosco. – Sentia-se em um desejo louco de ir com ele para qualquer lugar, sua mente ficou embaralhada. Então, quis raciocinar, com todo a sua força de vontade piscou.

– O que foi isso? Você... Isso foi...? Tentou me hipnotizar? – Damon pareceu pego de surpresa. Ergueu-se e afastando-se dela voltando a ficar distante. Seguiu-o. – Tentou?

– Pensei que não acreditasse. – Tentou contornar a situação.

– Você tentou me hipnotizar. – Agora saiu como uma acusação. Stefan e Reneé entraram neste momento.

– Você fez isso? – O seu irmão perguntou.

– Seria uma maneira mais rápida de fazer as coisas acontecerem.

– Não manipulamos a mente humana, a não ser que seja extremamente necessário. – Stefan pareceu chateado.

– Este é um momento extremo. Ela parece uma mula empacada, não tenho paciência para isso. E de qualquer forma, não surtiu efeito, parece que Reneé já a protegeu contra isso.

– Na verdade, ainda não o fiz. – Sua mãe disse.

– Não? – Damon pareceu impressionado. – Então?

– Ela é a escolhida Damon.

***

No dia seguinte quando acordou, por alguns segundos não lembrava o que tinha acontecido na noite passada. Mas então, sua memória voltou a funcionar e gemeu de desgosto. Não queria nem imaginar onde aqueles dois estavam. “Será que dormiam em caixões?”, pensou. Sacudiu a cabeça afastando essa pergunta descabida, só em concebê-la era um vestígio de que poderia considerar aquilo tudo verdade.

Arrumou-se para a aula e preparou o café. Chamou Bonie, pois sabia que ela também tinha aulas naquela manhã. A sua sorte era que estava no final do ano letivo e as aulas eram apenas reforços antes das provas.

– O que está fazendo? – Uma Reneé sonolenta, desgrenhada e manca apareceu na cozinha.

– Café da manhã.

– Aonde pensa que vai? – Bella fitou-a por meio segundo sem acreditar naquelas palavras.

– Não penso, eu vou. Vou para a escolar dar aula. Bonie também precisa ir.

– Hoje terei um dia puxado, mas ainda bem que pegarei o meu carro na oficina no final da tarde. – Bella sorriu para ela.

– Não é seguro saírem.

– Não podemos ficar presas. Temos uma rotina, compromissos. Não peça isso Renée. Tomaremos cuidado com os possíveis loucos.

– Ainda não sabe a gravidade da situação, querida. Espero que se permita saber logo. – Foi o que Reneé falou.

Elena também sairia mais tarde. Teria que terminar seus desenhos e levar para a escritora e a editora dos livros vê-los e aprová-los. Antes de saírem Reneé entregou para cada uma pequenos ramos de Verbena para colocar em seus bolsos afirmando que as protegeria. Bella coloquei o seu no bolso traseiro da calça jeans.

Antes de a primeira aula começar recebeu a ligação de Charlie, o seu pai. Nervosa, atendeu meio que tropeçando nas palavras. Agora que ele tinha ligado não sabia exatamente o que dizer. Temia que parecesse louca também.

– Ouvi sua mensagem tarde, imaginei que estivesse dormindo.

“Imaginou errado pai. Se eu te contasse, sofreria com a possibilidade de sua filha ter seguido o caminho da mãe.” – Pensou.

– Mas então, é verdade? – Ele hesitou.

– Sim, pai. Renée está em minha casa. Ela me encontrou, não sei como. Parece que tem amigos influentes agora. – Contou o que poderia contar. Não diria que eram amigos vampiros e possíveis druidas, assim como ela.

– E como ela está?

– Bem. Parece bem. – Mentiu apressadamente.

– Sério?

– Sim, até agora. – Fez uma careta por ter que mentir para ele. Não tinha alternativa, ou tinha?

– Isso é incrível. Eu... A nossa... – Charlie estava visivelmente emocionado. Não poderia suportar mais isso, entraria em colapso e choraria.

– Pai lamento, mas terei que desligar. Depois conversamos com calma. Tenho aula agora.

– Tudo bem, filha. Bom trabalho para você.

– Igualmente. Beijos.

Teve que encerrar a conversa, sabia que ele faria perguntas que não teria como responder. Talvez tenha sido precipitado ligar para ele, mas estava tão aturdida que queria dividir isso com ele. Agora, queria que ele não tivesse sabido.

No final das aulas despediu-se de Bonie que pegaria o seu carro. Combinou com ela de se encontrarem novamente no apartamento dela. Seria mais seguro ficarem juntas até que tudo passasse. No estacionamento da escola um homem esbarrou nela e olhou como se a reconhecesse.

– Isabella Swan? – Antes de responder qualquer coisa, tentou lembrar se já o conhecia. Ele era um homem de seus 40 anos, louro e um pouco calvo, estava acima do peso, tinha lindos olhos castanhos. Não o reconheceu.

– Sim. – Decidiu arriscar.

– Tenho um recado para você. – Ele sorriu.

– Para mim? – Olhou para os lados, as últimas crianças saiam.

– Entregue-se a eles ou terá o sangue de milhares de pessoas em suas mãos. – Ele parecia estar em transe.

– O que disse?

– Entregue-se a eles Isabella Swan, ou terá o sangue de milhares de pessoas em suas mãos. – repetiu. – Entendeu? – Não disse nada. Aquilo já estava passando dos limites. – Entendeu? – Repetiu mais alto.

– Sim. – Disse por impulso. Foi aí que viu que ele estava o tempo todo com um canivete na mão, pois ele a ergueu e imaginei que tudo estivesse perdido. – Espere. – Pediu. – O que pensa que irá fazer? – Sem mais ele enfiou o canivete na própria barriga e ela gritou.

O homem caiu e então ajoelhou ao seu lado. Ele gemia e tremia de dor. Bella não sabia o que fazer então gritou pedindo por socorro. Algumas pessoas se aproximavam. Pediu que chamassem uma ambulância.

– Por que fez isso?

– Eu não sei. – Disse com dificuldades e parecia mesmo surpreso por estar com um canivete em cravado no corpo. Era como se estivesse sonâmbulo... Como se estivesse hipnotizado. Bella segurou-lhe a mão para apoiá-lo e começou a dizer que tudo daria certo. Suas mãos e parte de suas roupas estavam manchadas de sangue.

Policiais chegaram, perguntaram o que tinha acontecido. Disse apenas que ele enfiou o canivete nele mesmo. Tomaram o seu lugar ao lado do homem e perguntaram o seu nome. Ouviu quando eles repetiram: Luciano Oliveira. Tinha que manter este nome na memória e para onde iriam levá-lo. Aquele homem não escaparia. Bella foi liberada pelos policiais logo depois que a ambulância o levou.

Sem pensar muito, pegou o seu carro e dirigiu até o hospital. Vestiu uma jaqueta que mantinha sempre dentro do carro e tentou esconder a roupa ensanguentada. Correu para o banheiro mais próximo lavando as mãos e outras partes também sujas de sangue.

Ao sair, perguntou pelo homem identificando-se como uma amiga da família. Disseram que ele estava sendo atendido, pediram que aguardasse. A noite caiu e ainda não tinha noticias dele. Seu celular tocou, Elena deveria estar preocupada.

– Aonde você se meteu?

– Tive um pequeno contratempo, mas está tudo bem. – Acalmou-a.

– Bella, já é noite e você está sozinha. Bonie já está aqui há quase 2 horas. Onde você está? – Insistiu. Antes que respondesse notou que ela passava o celular para alguém.

– Filha, tem que dizer em que lugar está. – Era Reneé.

– Estou em um hospital.

– Mas por quê?! – Apavorou-se.

– Fique calma, não houve nada comigo, mas estou aqui acompanhando alguém.

– Apenas diga em que hospital está e iremos te encontrar.

– Não preciso que venham. Logo estarei em casa.

– Bella, só por um momento pare de ser tão teimosa! – Falou autoritária como poucas vezes tinha presenciado. Diante disso teve que informar em que hospital estava.

Logo depois uma enfermeira contou que o homem estava bem, mas dormia. E pediu que voltasse no dia seguinte pela manhã para vê-lo, pois já tinha passado do horário de visitas. Resignada saiu do hospital em direção ao seu carro. Encontrou com Damon e Reneé andando com uma muleta.

– Nunca mais faça isso, não saia sem avisar. – Reneé a abraçou e ela quis afastar-se.

– Acho que essa fase acabou faz tempo Reneé, sou bem grandinha. – Disse irônica.

– Bella, fiquei muito preocupada.

– Não vi a sua preocupação nos últimos 12 anos! – Explodiu afastando-se definitivamente dela. Estava vivendo sob pressão nos últimos três dias e não aguentava esse excesso de cuidados de uma pessoa que não tinha procurado por ela todos esses anos. René pareceu magoada ou culpada, não importava.

– Desculpe-me Bella.

– Pelo que eu sei não vim ao Brasil para participar de sessões de ajustes familiares. Vamos pular essa parte, queridinha, para o bem de todos e nos diga, por que diabos, veio para um hospital.

– Um homem esbarrou em mim no estacionamento do colégio onde trabalho. Perguntou se eu era a Isabella Swan e como se estivesse em transe passou-me um recado.

– O que ele disse? – Reneé perguntou.

– Para eu me entregar a essas pessoas que parecem estar atrás de mim ou o sangue de milhares de pessoas estariam em minhas mãos.

– Falando em sangue, você está sangrando? – Damon perguntou com as sobrancelhas unidas e Reneé comoçou a avaliar o estado da filha. Em reflexo, fechou a jaqueta na frente do seu corpo.

– Esse sangue não é meu. É do homem que está lá dentro. Depois do recado ele enfiou um canivete no próprio corpo.

– Estava hipnotizado. – Reneé concluiu.

– Ele parece estar fora de perigo, mas não pude vê-lo.

– E para quê quer vê-lo? – Damon perguntou.

– Para saber como está e talvez para que ele me contasse o que aconteceu, como que me conhecia.

– Ele não te conhecia, queridinha, estava programado para encontrar você e depois para provar que falava sério machucou-se por mando deles também. Espero que depois disso você tome juízo e que compre as passagens para sair daqui o quanto antes com a sua mãe. Entre no carro, seguiremos você de volta para casa.

– Irei com ela, Damon.

– Tudo bem Reneé.

Voltaram para casa sendo escoltadas por Damon, aparentemente um vampiro. Ainda não tinha falado com ninguém sobre os seus sonhos com ele, mais antigos do que qualquer outro que tenha tido. Desde que sua mãe chegou não parou para considerar nada com calma, estando apavorada com tudo o que ela dizia. Parecia fácil para Elena e Bonie aceitarem tudo, mas para ela não. No entanto, algo dentro dela pedia que parasse e escutasse o seu coração.


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