Waking Up escrita por LiKaHua, Claray


Capítulo 5
Missing Persons 1 & 2




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“Pessoas desaparecidas na janela, me encarando

Dizendo coisas que eu não posso ouvir

Pessoas desaparecidas na janela me encarando

Não as via há anos”

Tic, toc. Tic, toc. Tic, toc.Osomdorelógio ecoava pelas paredes silenciosas da sala, Noah apertava com força o papel do jornal de modo a amassar suas pontas. Os olhos encaravam a página – não lia, apenas encarava. Suas mãos suavam, o corpo rígido fez um movimento mínimo como que afundando-se ainda mais na poltrona.

Tic, toc, tic, toc, tic. Um pássaro cinzento pousou na janela, Noah mordeu o lábio inferior enquanto era despertado de seu transe pelo canto feio. Espantou a ave, logo fazendo do jornal uma bola de papel amassado. Respirou fundo e olhou pela janela, identificando um carro verde-esmeralda ao longe que percorria a estrada a caminho de sua casa.

Fechou e trancou as portas e fechou as cortinas, enfiando-se novamente na poltrona e discando o número de Ellie. A ligação não foi atendida de primeira, mas na segunda tentativa ouviu a voz da jovem:

- Fale rápido! – Pediu apressadamente. Noah podia ouvir o som dos pratos ao fundo, assim como as vozes emboladas dos clientes.

- Tem como você passar pra Elize? Tenho que f—

- Não dá, ela está tipo assim, morrendo, pra dar conta de todos esses clientes. Alias, eu também tô! Céus, nunca vi isso aqui tão cheio... Liga depois, ok?

- Por favor, Ellie. – Implorou. – É urgente.

- Dois hambúrgueres para a mesa oito! – Em seguida: -- Foi mal, mas não vai dar mesmo. – E desligou.

O escritor suspirou, movendo a ponta da cortina um pouco para o lado e buscando o tal carro. Assustou-se ao ver o rosto sério de Brooklyn encarando-o de volta do outro lado da janela, dando um pulo para trás.

- Noah? Ah – Riu – Eu ia bater na janela. Vi que você estava aí, ouvi sua voz. – Não houve resposta – Acho que você já leu o jornal, ou ainda viu na TV... – Comentou em tom amável – Olha, eu realmente não esperava que tivesse alguém ouvindo aquilo. Se dependesse de mim ninguém nunca ficaria sabendo do que aconteceu e... – Silencio, quebrado instantes depois: - Desculpe.

O escritor abriu as cortinas, encarando o rosto maquiado envolto por fios castanhos enrolados para o alto em um coque. Por fim, acabou indo até a sala de entrada e abrindo a porta de madeira.

- Entre. – Disse apenas, voltando à sua poltrona no cômodo ao lado sem olhar para trás para ver se a ex o seguia.

- Você me perdoa? – Perguntou em tom esperançoso, adicionando logo depois – Não pela traição, pois entendo que aquilo foi imperdoável, mas por ter tornado público algo assim.

Um som estranho escapou da boca de Noah, algo como “Nuwahamao”. Brooklyn não sabia se aquilo era em outra língua ou se era apenas um grunhido mesmo, de modo que mordeu o lábio inferior e, abaixando a cabeça, segurou com força a bolsa de mão.

- Acho que é só isso... Então... Desculpe de novo. Adeus. – Acenou com a voz embargada pelo choro, surpreendendo-se então.

- Espere. – A voz de Noah saiu em um rompante. Se a história que leu era verdade, não havia vítima maior que Brooklyn! Precisava repensar um pouco sobre aquilo, mesmo que aquilo tudo lhe causasse náuseas só de pensar.

- Sim? – Virou-se impedindo o sorriso glorioso de se formar nos lábios, aproximando-se.

- ... – Silencio.

- Noah? – Chamou baixinho após algum tempo.

- Eu... - A voz falhou - Eu te perdoo sim. Mas você deve falar para Elize que não há mais nada entre nós, pois creio que ela desconfie que ainda sentimos algo um pelo outro.

- Você pode não sentir, mas eu sinto. Nunca deixei de amar você, Noah. – Segredou com a voz mansa.

- Não confunda perdão com reconciliação, Brooklyn. – Repreendeu sério.

- Sim, eu entendo e respeito sua decisão... Bem, me ligue quando quiser que eu venha falar com Elisis. – Pediu.

- Elize. – Corrigiu.

- Desculpe. – Acenou com um pequeno sorriso, retirando-se a tempo de não ver Noah franzir o cenho.

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 Elize suspirou enquanto sentava-se em uma cadeira vazia no balcão. Céus, nunca vira aquele lugar tão movimentado! Felizmente as pessoas pararam de chegar conforme ia anoitecendo e logo só sobraram mais três ou quatro, que terminavam seus lanches em silencio.

- Sinto que posso cair no chão exausto a qualquer momento. – Comentou Paul, apoiando-se no balcão enquanto bebia um copo de água da torneira.

- Você diz isso por que não ficou aqui e sim lá na cozinha preparando as coisas! – Reclamou Ellie, atingindo-o com um pano de prato.

- Ei! Por isso mesmo, tive que trabalhar em dobro.

- Verdade, o coitado se matou para cozinhar tudo a tempo. – Defendeu Elize.

- Ei, eu ouvi errado ou o escritor love-love da Elize ligou pra você? - Sorriu Paul pervertidamente - Olha que por chifre na amiga é feio, hein!

- O que? Ora, não seja besta, Paul! - Rolou os olhos - Ele queria falar contigo, Liz, mas como o movimento estava gigantesco eu não passei. Quer ligar pra ele agora?

- Hm... - Ponderou - Não. Eu não sei se quero vê-lo agora.

- Estão me escondendo algo? - Questionou o rapaz em tom magoado enquanto erguia as sobrancelhas.

- Ligue a televisão e você vai saber o que houve. - Sussurrou Ellie no pé do ouvido do colega, o que não foi notado por Elize, que encarava com estranho interesse o tubo de ketchup. – Oh minha querida, não fique assim, certamente há uma explicação para ele não ter dito nada a você.

- Ora Ellie, não se escondem coisas assim quando se confia em quem está com você!

- Mesmo assim, escute o que ele tem a te dizer, ouça o que aconteceu da boca dele.

- Não creio que isso seja prudente agora Ellie, não poderia controlar uma reação diante dele, e quando digo reação me refiro a um ataque ou algo do tipo!

            Elize levantou-se nitidamente chateada para não prolongar ainda mais a discussão, não queria pensar em Noah naquele momento, não queria entender que ele havia escondido algo assim dela, poderia ele estar usando-a para esquecer Brooklyn? Poderia ele, agora que sabe a verdade, voltar pra ela? O que Elize realmente significava pra ele? Meneou a cabeça tentando livrar-se daquele pensamentos, definitivamente pensar não a ajudaria em nada naquele momento.

- Posso falar com você?

A voz fez sua espinha gelar, ela reconheceu-a no mesmo instante e fitou incrédula a figura à sua frente, não acreditava que poderia estar mesmo ali diante dela, não depois de tudo que havia saído nos jornais e provavelmente meio mundo já sabia, o que teria para ouvir daquela pessoa? Ou pior, o que ele ia querer dela? Não queria ouvir mais nada, queria esquecer tudo, tudo que aconteceu.

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- Noah!

 O som da gargalhada preencheu a sala antes silenciosa, era uma gargalhada única, cheia de viço. Estava ali, diante dele correndo de um lado para outro e arrastando-o com ele, tentando inutilmente livrar-se dos braços que a prendiam e dos lábios que enchiam seu pescoço de beijos que começavam agora a acender chamas flamejantes em seu corpo. Virando-se para ele, os lábios dominaram os seus com uma fome insaciável, devorando-os com paixão, as mãos deslizaram pelos seus ombros abaixando a blusa fina de alças que usava, pressionando o corpo contra o seu com possessão, desejo, necessidade. Em um segundo as respostas do corpo dela estava ali, respondendo aos seus desejos, sorrindo de satisfação ao seu toque e em outro simplesmente desapareceu.

- Anna?!

 Noah gritou para o nada. Fora real, ele não estava dormindo, estava acordado e as imagens estavam passando em sua frente como em uma tela de filme, mas ele era protagonista, era real, ele conseguira sentir. Meneou a cabeça passando as mãos pelo rosto e deslizando-as pelos fartos cabelos negros, como poderia ser real? Anna estava morta. Ele olhou em volta e fitou a sala vazia, o único som que rompia o silêncio era o tic tac constante do relógio, a única coisa real na qual ele podia agarrar-se naquele momento. Levantou-se e caminhou até a janela vendo o crepúsculo distender-se sobre o céu.

- Filho, por favor...

A prece sincera da mãe para que Noah não viajasse era quase uma súplica. Ele via nitidamente o rosto da mãe marcado pelo medo, os olhos marejados com a premonição de que não o veria mais.

- Eu preciso ir mãe... É uma oportunidade única, não vou ter outra chance como essa. Tudo vai ficar bem, lhe prometo.

O rosto da senhora converteu-se em um olhar pesaroso e uma expressão mortalmente triste que deixou Noah atordoado, ele não entendia os sentimentos dela, não compreendia a insistência premonitória escondida naquela prece e quando viesse dar-se conta, seria tarde demais.

- Mãe? – A voz de Noah ecoou novamente pela sala, quebrando o silêncio sepulcral, ela parecia estar ali, na sua frente e em uma fração de segundo se dissolveu como se fosse ar, partindo-se em milhões de minúsculos fragmentos intocáveis, irreais.

Acontecera tão depressa, ele via a escuridão preencher tudo à sua volta, o movimento giratório deixou-o enjoado e seu vômito se espalhou por todo lugar, de repente ele não ouviu mais nada, fora lançado à metros de distancia e podia sentir sua cabeça arder violentamente. Olhando para frente se deparou com o olhar fraco de David, os olhos pendendo e a testa ensanguentada, seus lábios fizeram um movimento inaudível, como se ele falasse algo que Noah não conseguia ler, e em um rompante o fogo consumiu tudo, David desaparecera bem ali, diante dos seus olhos.

Encolhido no canto da sala, o corpo jogado no chão ele via a imagem de David bem ali diante dos seus olhos, o sorriso branco em contraste com a pele achocolatada, os olhos castanhos que o fitavam com alegria, com a mesma alegria de sempre. Era ele, estava ali. Mas Noah parecia incapaz de se mexer, como se seu corpo tivesse sido petrificado ali, as batidas na porta pareciam algo distante do real, longe, ecoando em um fundo da sua mente que naquele momento parecia desligado de qualquer reação.

- Noah! – Largando a bolsa no chão, Brooklyn abaixou-se ao lado do escritor que parecia delirar, o olhar perdido em algum ponto da sala. – O que aconteceu?

Com alguma dificuldade, ela conseguiu ajuda-lo a levantar e forçou-o a dar passos lentos em direção ao quarto. Diante de Noah, David, Anna e sua mãe estavam ali, reais, vivos, perto.

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- Desculpe, mas creio que não tenho nada para dizer ao senhor. – A voz de Elize era fria e imparcial, ela se esforçava para ser educada.

- Não vai demorar Elize, prometo. – O Homem assegurou.

- Não me interessa quanto tempo vai durar, eu não vou falar nada sobre nada. Agora se me da licença eu preciso trabalhar.

- Apenas me diga se sabia do antigo romance do escritor com a modelo.

- Qual parte do ‘não vou falar nada’ e ‘estou trabalhando’ você não entendeu?

- Você se sentiu magoada com isso?

- Paul! – Ela chamou e prontamente o jovem alto e musculoso apareceu na entrada do café.

- Algum problema Lize?

- Pode, por favor, acompanhar esse senhor até a saída? Acho que não fui clara o bastante para dizer que não estou interessada em responder perguntas.

- Então, vamos fazer do meu jeito ou do seu?

            Elize entrou no café enquanto Paul cuidava do jornalista, que mesmo diante do homem com o triplo do seu tamanho se recusava a sair sem respostas. Odiava Noah por tê-la feito passar por isso, mas o amava demais para não conseguir perdoá-lo e se perguntava agora em que momento começou a amá-lo tanto e se esse sentimento era recíproco. Olhou o relógio e viu que faltavam apenas cinco minutos para fechar, o último casal que terminava seu lanche havia saído e ela e Paul prontamente começaram a arrumar as mesas:

- Não acredito que isso aconteceu. – Ela suspirou desanimada, sua cabeça latejava.

- Amanhã provavelmente o jornal vai inventar mundos e fundos sobre você, sabe disso não sabe? – Paul falou em tom sério, aparentemente preocupado com a amiga.

- Pior que sim... E preferia realmente não saber, ser alheia a isso tudo.

- Procure-o Elize, tire a história a limpo e coloque as cartas na mesa.

- Talvez esteja certo...

Talvez. Ela pensou contrariada. Colocou as chaves na bolsa e despediu-se dos amigos, caminhando até o carro viu-se tentada a ir até a casa do escritor, seria seu desejo maior que o ressentimento que sentia por sentir-se enganada por ele? Se havia algo que Elize odiava, era mentira. E de certa forma escondendo-lhe a verdade ele a havia enganado. Cedeu a sua vontade e pegou a estrada que levava à casa de Noah, parte de si estava ansiosa por vê-lo, a outra parte dizia-lhe para dar meia volta e sair dali enquanto era tempo. A noite estava escura e o céu negro sem estrelas, era lua nova e fazia frio, Elize sentiu um arrepio percorrer sua espinha e o nervosismo, adicionado à ansiedade, faziam seu corpo ter leves espasmos, ela avistou a casa de Noah e seu coração acelerou quando viu duas luzes acesas, uma na sala e outra no andar de cima onde ficava o quarto dele, ela estacionou e respirou fundo se convencendo de que era o melhor a fazer, tirar toda a história a limpo de uma vez.

Saindo do carro, Elize deu passos incertos até a casa e bateu a porta algumas vezes, não demorou muito a ouvir passos se aproximando e qual não foi sua surpresa quando a porta abriu-se à sua frente e Brooklyn saudou-a com um sorriso. Elize avaliou a camisa de Noah dos Bulls que ela estava usando, os cabelos soltos e os pés descalços, mordendo o lábio inferior, Brooklyn sorriu novamente ao ver a expressão de desagrado de Elize:

- Oi Eliza!

- Que tá fazendo aqui? – Ela perguntou em um tom nem um pouco cordial.

- Calma, Noah e eu só estávamos conversando. – Booklyn falou em tom de provocação.

- Onde ele está?

- No quarto.

Sem dizer nada, Elize simplesmente se virou quando Brooklyn a impediu:

- Espera Eliza...

Em um reflexo impensado, Elize deferiu um tapa sonoro e forte no rosto da rival e sua expressão tomou uma fúria animal:

- Nunca mais... – Falou entredentes olhando Brooklyn com nojo. – Toque em mim, entendeu?

E antes que Brooklyn pudesse dizer qualquer coisa, ela virou-se irritada e saiu em direção ao carro entrando e dando a partida em alta velocidade. Enquanto tentava concentrar-se na estrada, os olhos de Elize lacrimejavam, impedindo-a de ver direito a estrada, a imagem de Brooklyn não saía da sua mente e misturava-se com muitas outras imagens, cenas de Noah tocando o corpo dela, palavras de Jornal, o coração dela apertou-se violentamente dentro do peito, as lágrimas escorriam pelo seu rosto e ela se sentia idiota, traída, profundamente machucada. A dor em seu peito era incomensurável.

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- O que está havendo, Noah? – Anna perguntava carinhosamente, sentada ao lado dele na cama.

- Eu não sei Anna... Estou com medo de perder Elize. – Noah falou entre soluços.

- Meu querido, isso nunca vai acontecer.

- Não fique assim filho... – A mãe de Noah acariciou seu rosto delicadamente.

-Não me deixem sozinho...

-Nunca meu amor. – Anna falou suavemente.

- Sempre estaremos com você.

-Noah? – Brooklyn se aproximou dele tocando sua testa, a temperatura estava fora do normal.

- Seja forte meu amor... – Anna pediu.

-Elize...

- Ela virá. – A mãe assegurou-lhe.

            Brooklyn torceu o rosto em uma careta de desagrado e aproximou-se de Noah deitando-se ao seu lado e aninhando-se em seus braços que se fecharam em volta de seu corpo puxando-a contra ele.

- Eu sinto sua falta Anna... – Ele falou com a voz embargada.

-Eu também meu amor. Mas eu estou aqui agora.

Ela o olhou com doçura e aproximou o rosto dele e o beijou com carinho, Noah apertou os braços em volta do corpo delgado e lentamente suas mãos deslizaram pelas costas dela subindo o vestido branco que ela usava, a chama do desejo ardendo em seu corpo, sua Anna estava ali mais uma vez, todo o resto desaparecera.

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- Mas como assim vai embora Elize? O que aconteceu?

- Juro que te ligo e depois explico tudo Ellie, vou voltar para Nova Iorque ainda hoje pela madrugada e tentar meu antigo emprego de editora.

- Mas e o escritor?

- Entregue isto a ele. – Ela falou colocando o envelope branco nas mãos da senhora. – Se ele me procurar, o que acho pouco provável.

- Mas... – Ellie gaguejou. – Eu sentirei tanto sua falta... E Paul... Nada será o mesmo sem você.

Elize mal percebeu que, assim como Ellie, também estava aos prantos. Elas se abraçaram fortemente por longo tempo e Elize beijou-lhe o rosto.

- Diga a Paul que sinto muito... Quando me estabelecer em Nova Iorque ligo mandando meu endereço. Obrigada Ellie, por tudo que fez por mim. Cuide de minha mãe, por favor.

- Não se preocupe minha querida... Sentirei saudades.

---

            Elize olhou pela janela do avião, as lágrimas caíam pelo seu rosto sem que pudesse evitar, ela não tinha certeza se eram de raiva, decepção ou tristeza, sentia um profundo vazio que causava uma dor violenta em seu peito, as lembranças vieram à sua mente como a cena de um filme antigo:

- Então, o que o trouxe pra cá? Até onde sei sobre você a vida Rural não é muito a sua praia.

- Eu quero escrever algo diferente...

- Que inclui garçonetes de café?

- Que inclui garçonetes de café com vidas incríveis e amores verdadeiros.

- Amores verdadeiros? - Ela ergueu a sobrancelha.

- Sim... Como em Volta para Recomeçar, encontrar alguém feito pra você.

- Acredita mesmo nas coisas que escreve?

- Você não?

- O amor não é simples como você tenta fazer parecer, as dificuldades reais são bem mais complexas e a maior parte dos relacionamentos não sobrevivem a elas... Nos livros tudo é como uma sinfonia, mas na vida real é como se a música da sua vida fosse inspirada em sushi.

Noah não conteve o riso o que fez com que Elize risse também, em um dado momento os dois estavam sem ar.

- Você é incrível.

- Racional demais... Perdi a habilidade de sonhar.

- Só precisa achar a pessoa certa para ajudar você a aprender.

- Você pensa como um escritor, vive em mundos perfeitos. A tal pessoa certa é utopia. Se fosse assim todas nós esperaríamos Edward Cullen ou Damon Salvatore.

Como pudera deixar-se acreditar que ele seria diferente? No fim de tudo, Noah Tedder era igual a todos os outros e livros eram apenas livros, um amontoado de páginas juntas cheias de ilusões.


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Notas finais do capítulo

Claray: E aí, o que acharam? Não esqueçam dos reviews! :D