Waking Up escrita por LiKaHua, Claray


Capítulo 10
Marchin On


Notas iniciais do capítulo

(Claray)
Hola, gente! Tudo bem? ^-^
Demoramos um pouco, mas aqui está. Posso ser fuzilada depois, mas não consigo resistir: O fim está próximo e não é só para essa história, hoho~
Err... Antes que eu dê algum spoiler, vamos ao capítulo!
Boa leitura!



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             A noite ainda não havia acabado. Não, estava apenas começando. Após o beijo, dançaram um pouco mais e se sentaram em uma das mesas que ficavam em uma espécie de segundo andar, onde de um lado era possível ver de cima o palco onde as bandas ainda se apresentavam e de outro uma enorme janela ocupava toda a parede, dando-lhes a visão da rua movimentada. Os bares e restaurantes locais estavam lotados, tanto que, em alguns pontos, as pessoas chegavam a invadir a rua.

- O que tem feito nestes últimos anos? Tenho tantas perguntas! - Perguntou ela, apoiando os cotovelos na mesa e o queixo nas mãos e encarando-o com um sorriso doce. Ele ficou pensativo, sem nunca desviar os olhos dos dela. Para ele era impossível parar de encara-la.

- Nada muito animador. Apenas sai com os amigos e escrevi meu livro. No primeiro ano andei procurando por você, mas no fim acabei perdendo as esperanças, mesmo que sua voz ainda me assombrasse.

- Ora, então virei fantasminha camarada? - Riu - Fico feliz que não tenha sofrido tanto por mim quanto eu sofri por você. De verdade, eu não desejaria isso à ninguém. - Comentou, cortando mais um pedaço da pizza.

- Quem disse que não sofri? Ora, eu sofri dia e noite! Claro, com o tempo isso foi amenizando, mas o vazio sempre continuava lá. Eu nunca te esqueci, Elize. - Retrucou sério.

- Talvez tenha sido por que seu livro era sobre mim? - Sorriu de canto com ironia.

- Não, Elize. - Retribuiu com um sorriso doce, levando sua mão de encontro à dela e entrelaçando seus dedos - Eu não te esqueci por que eu te amava.           Por que eu te amo. Por que sempre vou te amar. E não acho que seja fácil mudar isso. Não, pelo contrário: acho que é impossível mudar isso. O livro era uma maneira que eu tinha de tornar a dor que eu sentia menos insuportável... De me agarrar de vez a sua lembrança, de não te perder completamente.

 Ela não pôde evitar sorrir, sorriso o qual descompassou o coração do escritor. 

- Assim espero. - Firmou o aperto entre seus dedos com carinho, deixando de lado qualquer vestígio de timidez ao proferir com determinação: - Pois eu também vou te amar, até depois da morte!

- Não sabe o quanto fico feliz em ouvir essas palavras... - Ela reencheu a taça, bebendo um gole.

- Não sei o que eu farei se der errado de novo... Acho que não irei me recuperar se isso acontecer. - Sussurrou.

- Não dará errado. Não pode dar errado. 

- E quanto à Brooklyn?

- Não sei e prefiro não saber. A última vez que a vi foi algum tempo depois que você... Uh... Descobriu sobre meu passado e resolveu terminar tudo.

- Não precisa falar mais nada. - Gesticulou erguendo uma das mãos em negação - Só de saber que você não sabe onde ela está já me satisfaz. 

 Ele sorriu, pensando se tudo aquilo era um sonho.

- Está vendo? Parece que dessa vez vai dar certo. - Comentou.

- Tem que dar. Estamos passando por cima de todos os problemas que tivemos, então... Tem que dar.

             O tempo passou lentamente - falavam sobre assuntos diversos sobre si, desde o passado até planos para o futuro. O lugar parecia animar cada vez mais conforme chegava mais gente, logo estava lotado. As bandas tocavam sem pausa, havia algumas que competiam entre si. Houve um momento em que Elize puxou Noah para dançar, alegando que era divertido pisar em seu pé enquanto parecia ter um ataque epilético.

            Ele a levou até a casa onde ela estava morando, quando se estabilizara na editora há alguns anos, Elize comprara uma casa confortável e não muito chamativa em um bairro bem localizado de Nova Iorque, a cidade parecia mágica para ela, tudo parecia poder acontecer ali e de fato, agora ela sabia que era verdade. Noah estacionou na frente do gramado e desceu para se despedir, Elize pareceu tímida novamente por um instante o que deixou o escritor confuso, mas mesmo assim encantado, era tão lindo o jeito como ela ficava ainda mais linda com as faces enrubescidas, ele tocou seu rosto com carinho e a beijou delicadamente, ela colocou a mão em volta do pescoço dele que apertou seu corpo suavemente em resposta, Noah sabia que não podia passar dos limites com ela, não com Elize, sua Elize. Mas ela era tão doce, e mesmo inocentemente conseguia deixar seu corpo inteiro fervendo de desejo.

- Você enlouquece alguém sem ter intenção sabia? – Ele sussurrou entre arfares quando afastou levemente os lábios dela.

- Pode ser que eu tivesse tentado agora... – Ela falou baixinho e Noah sorriu confuso.

- Como assim?

- Quero que entre... Com quais palavras devo pedir? – Ela falou e ele sorriu novamente ao ver sua face vermelha pela timidez, Elize sabia que estava vermelha, sentia seu rosto queimando mesmo depois de tentar evitar várias vezes.

- Com mais nenhuma.

            O escritor beijou-a ardentemente enquanto a segurava nos braços e tentava se convencer mentalmente que não estava sonhando. Ele colocou Elize no chão quando chegaram à varanda e ela abriu a porta com as mãos trêmulas que quase derrubaram a chave no chão, reclamou consigo mesma mentalmente para se acalmar, Noah percebia o quão novo era aquilo para ela e seu coração não poderia estar mais honrado e a ponto de explodir de felicidade, mas precisava ir com calma, tinha de conter o seu desejo para deixa-la à vontade. Quando entraram, ela colocou a bolsa sobre o móvel ao lado da porta e Noah pôs-se a observar a decoração da casa, era simples, mas moderna e muito aconchegante. De fato, Elize sabia construir um lar. Percebeu feliz que queria muito mais que apenas leva-la para cama, mas queria acordar ao lado daquela mulher pelo resto da sua vida.

- Você fez um excelente trabalho aqui. – Ele falou enquanto olhava a sala de estar através da porta, o conjunto de sofá de couro marrom, a estante de mogno recheada de livros, o aparelho de som moderno e sorriu ao ver que não havia nenhuma televisão. – Sem televisão.

            Elize sorriu encolhendo os ombros. Procurou dentro de si anular todas as dúvidas que ainda persistiam sobre o passo que estava prestes a dar, ela amava Noah e tinha mais que certeza disso. Ele olhou-a pensativa e se aproximou como se conseguisse traduzir o receio que se escondia no fundo do seu coração, ergueu seu queixo de modo que pudesse fitar seus olhos, os perfeitos olhos verdes que tanto o encantavam, Elize tentou sorrir ao olhar para o semblante sereno de Noah, ele envolveu sua cintura com o braço livre e olhou-a tão profundamente nos olhos que quase jurou ter visto sua alma através deles:

- Eu nunca machucaria você. Sabe disso, não sabe? – A voz dele era suave como uma carícia.

- Não tenho medo do que acontece agora Noah... Temo o que acontece depois. – Ela suspirou lutando contra os olhos que já enchiam de água.

- O que acontece depois? – Ele deu um leve riso. – Meu amor, depois nós estaremos ligados para sempre! Vamos nos casar e você vai ter de me aturar o resto da sua vida! – Elize sorriu. – Mas se quiser, podemos adiantar o depois antes do agora.

- Que quer dizer? – Ela o fitou, confusa.

- Estou andando com isto há alguns dias... – Ele se pôs de joelhos na frente dela e Elize sentiu o coração bater forte de tal forma que parecia que arrebentaria seu peito, ela não acreditava que ele faria o que ela pensava que ia fazer. – Elize... – Noah abriu a pequena caixinha de veludo revelando o anel dourado com uma pedra que reluzia ao toque da luz formando um arco-íris de brilho. – Você aceitaria se casar com este pobre escritor cheio de defeitos, mas que te ama mais que a si mesmo?

- Meu... Meu Deus, Noah... Isso é sério? – Ela falou sem conter as lágrimas de felicidade.

- Eu quero você Elize, para sempre, quero ver seu rosto inchado quando acordar de manhã, quero sentir seu perfume antes de dormir, quero te dar meu sobrenome e meu coração no mesmo instante, quero ser o primeiro e o último da sua vida, quero ser seu inteiramente e nunca mais pertencer a ninguém até meu último suspiro.

- Noah...

- Por favor, me diga que aceita antes que todas as minhas esperanças virem cinza e eu nunca mais acredite ser digno da felicidade novamente.

- É claro que eu aceito! – Elize respondeu extasiada. – É o que eu mais quero no mundo!

Noah sorriu e ergueu-a no ar rodopiando e deleitando-se com a gargalhada dela, colocando-a no chão ele deslizou a circunferência dourada pelo dedo anelar dela com um sorriso no rosto.

- Não precisamos ter pressa. Eu espero por você o tempo que quiser.

- Eu te amo.

- Eu te amo mais.

Ele sorriu e aproximou-se beijando-a levemente. Elize finalmente sentiu-se segura, suas dúvidas se dissiparam completamente e seus medos foram suprimidos por aquela felicidade completa que ela queria viver mais e mais intensamente, os dois subiram em direção ao quarto e ela deitou, Noah carinhosamente acomodou-se ao lado dela dando um suave beijo no seu rosto, mesmo que por dentro estivesse ardendo de desejo, ele esperaria o momento certo, o instante em que Elize fosse sua esposa e que ele lhe mostraria todas as belezas que havia no amor. Os braços dele envolviam seu corpo quase completamente, ela se sentia segura, protegida, amada e não havia nenhuma sensação que pudesse ser comparada àquela. Em um momento ela se virou para ele e acariciou seu rosto detendo-se a olhá-lo por um instante, Noah leu a paixão nos olhos dela, aproximou-se lentamente grudando seus lábios carinhosamente nos dela sentindo o corpo de Elize estremecer em seus braços.

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            Brooklyn olhava a neve cair pela janela enquanto as lágrimas banhavam seu rosto, lágrimas de um ódio que a sufocava - um ódio misturado à dor que ela já não conseguia controlar. A dor do seu orgulho ferido e pisoteado por Noah, do seu plano que falhara tão cedo. Ela sentia ódio de si mesma, ódio dele e de Elize e no que dependesse dela eles nunca seriam felizes juntos. Abriu a gaveta e contemplou seu desejo por um longo tempo, os olhos brilhando de ira.

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            Elize pressionou o corpo contra Noah de maneira que ele passou por cima dela antes que pudesse prever as consequências de seus atos, o beijo carinhoso tornou-se ardente, apaixonado e cheio de desejo, a mão pequena de Elize deslizou pela nuca do escritor enquanto os dedos ágeis dele abriam os botões da blusa branca de algodão que ela vestia sentindo o calor da pele dela e tocando a renda do soutien que ela usava, o corpo de Elize tremeu levemente quando as mãos de Noah deslizaram pela sua barriga acariciando-a suavemente, o calor em seu ser cresceu ao ponto de fazer uma dor aguda atingir o centro do seu corpo, os lábios dele se separaram dos dela deslizando pelo pescoço alvo, sob seus lábios a pele dela parecia queimar, Noah tentava ser o mais cuidadoso possível com o desejo que consumia cada centímetro do seu corpo, fazendo arder cada veia como se ele estivesse sendo consumido pelas chamas. Elize puxou a camisa dele pelos ombros sentindo a pele quente e os músculos firmes sob suas mãos delicadas o toque dela deixava Noah cada vez mais louco, ele puxou a calça que ela vestia fazendo-a deslizar pelas pernas da editora rapidamente, Elize tentou ignorar a timidez enquanto ele contemplava seu corpo suave, tocava cada parte dela conhecendo-a, fechando os olhos ela se rendeu às sensações que ele lhe despertava, a descoberta de algo intenso que estava prestes a dominar tudo dentro dela.

            Ele apressou-se em livrar-se da própria calça enquanto ela permanecia de olhos fechados, sua vaidade não chegava ao ponto de intimidá-la a contemplar seu corpo sem roupa, não iria impactá-la dessa forma do nada. Seu corpo sobrepôs-se ao de Elize e ele a ergueu junto de si, ela abriu os olhos enquanto as pernas pendiam de cada lado do corpo do escritor, ele a apertou contra si e ela deslizou as mãos pelas costas firmes de Noah que voltou a beijá-la com sofreguidão, os dedos deslizaram pela pele dela abrindo o fecho do soutien e logo ele sentiu a maciez dos seios enrijecidos contra seu peito quente, o contato tirou-lhe toda a razão e Elize perdia-se no amontoado de sensações que a envolvia e prendiam cada terminação nervosa do seu corpo àquele momento, a mistura de desejo e adrenalina cresciam dentro dela de maneira frenética e incontrolável e ela ansiava cada vez mais de Noah, os medos abriram espaço para a vontade de sentir, de viver, de pertencer a ele para sempre. Era hora de esquecer de vez o passado e começar a vida que eles planejaram para si, hora de marchar em frente.

            Noah  deitou Elize novamente e beijou suavemente cada um dos seios delicados dela, deslizando a mão pelo corpo delgado e retirando a última peça restante presa ao corpo dela, seus dedos tocaram o centro úmido do corpo da editora que se contraiu em resposta deixando escapar um leve arfar de satisfação que Noah gostou muito. Ele sabia que precisava ir devagar para não machuca-la, queria que o momento fosse perfeito para ela, os lábios voltaram a conversar silenciosamente enquanto ele se posicionava entre ela. Elize sentiu o falo rijo invadir seu corpo devagar, sem pressa e sem força, uma leve pontada de dor aflorou em seu corpo ao sentir-se rompida, mas logo o fogo do prazer dominou-a e enquanto Noah a invadia mais e mais em um movimento calmo e inicialmente suave ela relaxava e doava-se completamente sem conseguir dominar as emoções que explodiam dentro de si ou mesmo controlar a felicidade que a invadia junto com o corpo de Noah, os dois finalmente eram um só, pertencendo-se pela eternidade e Elize não poderia estar mais satisfeita com isso.

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“Noah Tedder foi visto com a ex-garçonete e agora editora Elize Siegel ontem por volta das 12:30 pm na casa da editora. Será possível que ambos tenham se reconciliado? Fontes próximas ao escritor afirmam que ele não está se relacionando com ninguém, mas ele não foi avistado deixando a casa da editora até a manhã do dia seguinte por volta das 10:30 am.”

            As fotos de Noah e Elize e alguns vídeos povoavam o canal de fofocas da televisão que Brooklyn assistia pela manhã, enraivecida. Era hora de agir. Ela mal conseguiu engolir o café com leite e as torradas que tentava comer, sua raiva tirara seu apetite. Segurou a bolsa com um cuidado extremado quando deixou a casa em um bairro badalado de Nova Iorque, ela tinha o endereço de Elize que conseguira de um contato na editora onde ela trabalhava, não era difícil conseguir nenhuma informação sobre algo relacionado à Noah, não para ela que conhecia exatamente com quem falar.  Quando estacionou em frente à casa de Elize, fez uma careta ao ver a simplicidade do lugar, pousou o salto agulha do scarpin no asfalto e endireitou a saia de tailleur preta que usava juntamente com a blusa social branca de seda. Posicionou a bolsa embaixo do braço e deu passos elegantes até a casa da editora.

            Elize tomava café, ainda extasiada com a noite que vivera com Noah. As lembranças e as sensações vinham como um filme em sua mente, ela se pegou sonhando acordada quando a campainha soou e ela levantou-se apressada pensando que era ela para pegar as chaves que esquecera sobre seu criado mudo na noite anterior. Quando abriu a porta, Brooklyn entrou sem permissão e Elize não teve como impedir:

- O que está fazendo aqui? – perguntou séria.

- Vim acertar de vez minhas contas com você. - Sorriu decidida. Seus olhos tinham um brilho diferente, talvez até mesmo insano.

- Não temos nada que acertar, Brooklyn.

- Isso é o que você pensa!

            Elize viu o cano da arma apontado para seu peito, nesse momento suas defesas falharam, sentiu o corpo amolecer e o som alto do disparo ensurdeceu-a, aos poucos sua mente foi se afastando e sucumbindo à dor, ao desespero, à frieza da morte.


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Notas finais do capítulo

Acho que é o último capítulo que vou postar, então vou agradecer e me despedir aqui mesmo.
Obrigada gente! Agradeço tanto aos que estão acompanhando até o fim até àqueles que pararam na metade, por terem dado a chance. E agradeço também a Kath, por essa experiencia de escrever um romance não-dark organizado! Já nem lembrava mais como era escrever algo do tipo, sério, lol.
Enfim... Obrigada! Er... Vejo vocês por aí... (?)... ...Ah, droga, por isso não gosto de finais e.e
Enfim, lembrem-se do review e de que a história ainda não acabou! o/