The Roommate escrita por Reet


Capítulo 4
Capítulo 3 Invasão de privacidade


Notas iniciais do capítulo

PROCURA-SE um tubo de Pringles do sabor mel e mostarda, se você mora em algum lugar que tenha esse sabor, você é automaticamente invejado por mim.
Como vai, pessoal? Olha, obrigada por todos os reviews! Eu estou explodindo de felicidade, mas por um momento, tenho medo de decepcioná-los com essa fanfic.
Agradecimento especial a LouCake (u/109301) e a Thai (u/99976) ♥ meninas eu já amava vocês antes, agora então com essas recomendações lindas!
Gente, olha só: vocês acham que eu escreveria uma original heterossexual e colocaria o cara principal gay? Porque olha que mentes fechadas vocês têm!
Capítulo revisado por Marismiley ♥



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Lavei a louça com uma velocidade impressionante que até Bradley ficou surpreso. Ele se perguntou baixinho como nunca havia me achado antes ou notado minha existência e eu ri alto de sua observação, despertando-o de uma profunda reflexão encarando um vidrinho de corante artificial rosa como se olhasse pra cura do câncer enquanto eu secava minhas mãos no pano de prato.

– Você não vai me mostrar meu quarto? – perguntei ao jogar o pano de prato na bancada.

– É claro, hóspede. – ele brincou e andou em passos largos para longe, me fazendo correr para acompanha-lo. Ele caminhou pelo corredor chutando algumas peças de bagunça pelo caminho e eu me segurava para não rir. Parou em frente a uma porta, e ainda havia duas mais adiante. – Entra na bagunça, mas não repara no quarto. Talvez eu tenha usado para guardar alguns...

Abri a porta do quarto e encontrei mais um pedaço de bagunça. Tinha uma cama anormalmente grande para ser de solteiro, um armário embutido, escrivaninha e uma cadeira com rodas, mas fora isso, havia alguns ursos em cima da cama e da cadeira.

– ... brinquedos. – Bradley completou e entrou no quarto de braços abertos, começando a recolher os ursos. – O que achou? Fora a minha bagunça.

– Está ótimo, eu não ocupo tanto espaço. – empurrei minhas malas para perto da cama e me sentei, descobrindo ser muito fofa e ótima para pular e quebrar as molas, e quem sabe não quebrar a cara, o braço e a perna. – Vou começar com uma pequena arrumação aqui e depois na sala, que está mais bagunçada que meu antigo guarda-roupa, e depois o seu quarto...

– Meu quarto é uma zona restrita. – Bradley cortou rapidamente.

– Não faz mal arrumar uma ou duas vezes.

– Eu prefiro que não...

– Segure! – alertei, pegando um urso com um laço vermelho em volta do pescoço, caído ao lado da cama, e joguei na direção de Bradley como se arremessasse uma bola de basquete na cesta.

Ele arregalou os olhos e deixou todos os outros brinquedos que estava segurando, caírem no chão apenas para segurar o urso. Eu soltei uma gargalhada e continuei meu caminho, pegando objetos que não deveriam estar ali e atirando-os em sua direção. Eu era horrível em mira, e Bradley era ótimo em segurar coisas que eram atiradas na cara dele. E seus braços eram largos o suficiente para pegar tudo. Por último, eu puxei um edredom da cadeira com rodas e joguei em Bradley, e dessa vez, não foi para Bradley, e sim, em cima de Bradley. Ele derrubou tudo com o edredom na cara, cambaleou para trás e bateu com seu corpo esguio na porta do quarto, fazendo um alto barulho ecoar pelo quarto.

Minha capacidade especial de fazer merda já estava se exibindo para meu mais novo colega de apartamento, isso!

– Você está bem? Desculpe! – corri na direção dele e puxei o edredom permitindo-o voltar a ter sua visão completa sem nenhum empecilho e segurando seu braço antes que ele batesse em algum outro lugar.

– Tudo bem.

– Não, eu sei que só faço merda, por que raios eu joguei um edredom? – franzi a testa e bati com o punho levemente em seu braço, batendo em seguida na parede e na porta, nervosa.

– Estou acostumado. – disse com os olhos colados em mim.

– Como é?

Naquele momento, ao encarar Bradley daquela altura, eu me senti um camundongo. Ele era tão enorme, e me olhava daquela forma tão babaca, como se me conhecesse e estivesse acostumado com as minhas idiotices, e pior, como se achasse graça, o que era meio estranho, porque onze em cada dez idiotices minhas envolviam alguém se machucando no final.

– Com tombos, machucados e essas coisas, relaxa. – dito isso, segurou meus pulsos e afastou minhas mãos dele. Em seguida, chutou tudo que havia deixado cair para o corredor, então tecnicamente, o quarto estava limpo. Pousei as mãos na cintura e balancei a cabeça com um olhar de reprovação. – O que você vai querer para o almoço?

– Acabamos de tomar café da manhã, você já está pensando em comida?

– Eu poderia comer qualquer coisa o tempo inteiro, se quisesse.

Não sei se foi intencional, mas eu adorei o som daquelas palavras, ou como elas estavam organizadas.

Começamos a arrumar a sala, onde eu descobri estar todo o guarda-roupa de Bradley, e todas as suas camisas mais sugestivas, o que, acreditem, eram a maioria. Por um momento, eu fiquei vegetando em frente à máquina de lavar, e novamente ele sabia fazer algo que eu não tinha a menor ideia: colocar as roupas para lavar. O almoço acabou sendo pipoca com manteiga e mais coca-cola enquanto eu varria o chão e Bradley assistia um filme de drama na TV com os pés para as costas do sofá quando eu passava a sua frente. Por alguns momentos eu achei que ele estivesse encarando minha comissão traseira, e levei isso como uma ação positiva: minha comissão traseira não era de se jogar fora.

A vassoura caiu da minha mão automaticamente quando eu terminei de varrer a parte principal da casa. E eu também caí no sofá ao lado de Bradley e seus dois potes de pipoca vazios. Fechei os olhos e respirei fundo, fazendo careta ao lembrar que ainda havia o quarto dele e uma outra porta que eu ainda não tive a chance de abrir. Quando tornei a abri-los, Bradley me encarava mastigando milho.

– Vida fácil, a sua. – murmurei.

– Até que não, eu tenho uma pilha de trabalhos para segunda-feira.

– Eu já fiz todos. – disse, e então, me levantei do sofá, batendo uma mão contra a outra. – Acho que vou tomar um banho.

– O banheiro é no final do corredor, se precisar de ajuda para mudar a temperatura, me chame.

Fui ao meu quarto e pousei as mãos na cintura, olhando em volta.

Bradley. Pois é, eu tinha mesmo me metido nessa roubada, e agora eu estava sob o mesmo teto de um cara como aquele, que era uma caixinha de surpresas e que cada vez me deixava mais enlouquecida. Mas que tipo de colega de apartamento eu arranjei? O que deu na minha cabeça? Por um lado, se eu ainda estivesse em casa, eu estaria prestes a explodir todos presentes, mas por outro, eu não estaria debaixo desse teto me corroendo de curiosidade de ir até o desejo sexual em pessoa no sofá da sala e lhe bater até entender o porquê ele tinha brinquedos, hematomas, cozinhava tão bem e sabia lavar roupa. Também não estaria com vontade de arrancar todos os meus fios de cabelo de ansiedade.

Abri o zíper da primeira mala e enxerguei roupas íntimas, puxando minha camisa rapidamente com os dedos pra cima e jogando por cima da cama. Adorava ficar nua, me deixava com uma sensação de ter um corpo esguio, que qualquer um iria se deliciar tocando.

– Escute, esqueci de mencionar que a porta... – e a voz de Bradley foi sumindo no corredor, como se tivesse se distanciando. Puxei minha toalha da mala e me cobri, me virando para a porta e notando-a entreaberta, com dedos de lagartixa segurando a madeira e metade de um rosto praticamente me espiando. Abri e fechei a boca várias vezes até decidir o que dizer.

– Você vai continuar aí parado invadindo minha privacidade? – arqueei a sobrancelha.

– Você já invadiu a minha e eu não reclamei. – ele terminou de abrir a porta do meu quarto e ficou de braços cruzados com um sorriso irritante brincando em seu rosto. Nunca pensei que iria gostar tanto de encarar alguém assim.

– Está certo, você também não se importa com nudez parcial pela casa, não é?

– Não! Espere! Eu me impor...

Sua voz foi diminuindo ao mesmo tempo em que minha toalha escorria, e então a agarrei com apenas um braço. Bradley deu um tapa na própria testa e depois esfregou os olhos e a bochecha. Talvez porque eu não estivesse usando blusa, talvez porque meu sutiã era de rendas, talvez porque Bradley tinha altos níveis de testosterona no organismo, ou talvez tudo isso junto. Bradley abriu a boca para protestar, enchendo o peito de ar, mas preferiu morder o lábio inferior enquanto eu passava por ele em direção ao final do corredor.

– Você não poderia esperar para tirar a roupa no banheiro? – apontou o dedo na minha direção de forma como se me acusasse de um crime.

– Você também poderia ter vestido essa camisa no seu quarto!

– Eu não tenho seios!

– Mas você tem um tronco que, céus, já se olhou no espelho? – essa era uma bela hora para Bradley continuar a discussão, mas ao invés disso, o idiota fez questão de ficar em silêncio com as sobrancelhas arqueadas, o que fez minha última frase ecoar na minha cabeça e me fazer refletir o quão descarada tinha soado. Ótimo, babaca! – Desculpe. – murmurei por último e Bradley riu.

– Não, tudo bem, valeu, de qualquer forma. – ele deu de ombros, levando a mão ao rosto e tapando-o, abaixando a cabeça. – Bom banho.

Bradley desapareceu com uma velocidade impressionante, e eu virei para o lado contrário e entrei no banheiro. Tentei virar a chave da porta de todas as maneiras, até perceber que aquela merda não fechava, pois batia na madeira e não no buraco. Deixei minhas coisas na bancada de mármore e peguei meu celular, para ajustar uma playlist de músicas para o banho. Teddy Picker foi a primeira a encher o ambiente, então eu liguei o chuveiro quente e comecei a tirar a roupa.

Bateram na porta. Eu me encarei nua e bufei. A menos que ele esteja pedindo permissão para transar comigo no chuveiro, eu iria ficar bem irritada por qualquer outra interrupção. Fui abrir, colocando apenas a cabeça para fora. Argh, ele ainda estava vestido. Deixa pra lá.

– Posso ajudar? – pode me processar também, é a frase mais burra que alguém pode usar enquanto está totalmente despido.

– Tira essa música. – Bradley disse, inexpressivo.

– Por que?

– Porque eu odeio essa banda e apenas por isso.

– Eu não vou tirar, o banho é meu e o celular também. – cruzei os braços, ele não podia ver isso, mas deve ter notado minha expressão irritada.

– Se você não tirar, eu entro no banheiro e eu mesmo faço isso.

Bati a porta na sua cara e desliguei a música. Minha integridade física era mais importante naquele momento, e era notável que nesse apartamento, o termo "privacidade" não existia.

Acontece que antes de tirar toda a roupa, eu ainda não estava certa daquilo, por isso fui idiota o bastante para não levar minhas roupas para o banheiro, e saí de toalha pelo corredor, com o cabelo traçando um caminho de gotas cor-de-rosa por onde eu passava. No meio do caminho, o desejo sexual em carne e osso, mais conhecido por Bradley, apareceu vindo na direção contrária com um telefone no ouvido. Eu praguejaria internamente por isso, mas ele estava pedindo pizza para o jantar, e pizza é tudo.

– Será calabresa, tamanho família e sim, uma garrafa de coca-cola. – os olhos de Bradley avaliaram meu atual estado e ele olhou para o lado, onde se encontrava uma parede sem graça. Eu estaria prestes a colidir com ele naquela velocidade, mas Bradley levou a mão desocupada até a lateral do meu melhor atributo e me empurrou para o lado com toda e qualquer casualidade, passando por mim e entrando no quarto que eu ainda não havia aberto para descobrir o que tinha dentro.

E eu continuei de certa forma, chocada, talvez por ele ter me empurrado pela bunda, mas era mais provável que fosse porque eu fiquei levemente desapontada por ele não ter realizado a cena que tinha se formado na minha cabeça na qual ele me tiraria toalha, me prensaria na parede e começaríamos um amasso de tirar o fôlego, o que convenhamos, se encaixaria perfeitamente na situação.


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Notas finais do capítulo

Capítulo betado pela Marismiley http://ask.fm/dirtylittlefriend
Pessoal, eu estou com um problema sério com a capa da fanfic. Eu não tenho a menor ideia de como fazer uma, se alguém aí for gênio no photoshop e quiser fazer uma montagem legal, ou fazer uma capa simples mesmo e bonita e quiser me mandar, bem, EU ESCOLHO VOCÊ! (:
Até o próximo! Adiosss
@_Reet