–Rukia, será que podemos conversar? –Diz Ichigo com uma expressão séria, olhando para a pequena.

–Claro, vamos até o jardim, lá poderemos conversar melhor. – Responde Rukia.

Os dois caminham em pleno jardim, ambos quietos. Rukia parou e começou admirar a beleza do pôr-do-Sol, enquanto sentia o vento balançar seus cabelos negros, como se estivessem sendo conduzidos em uma dança.

Logo após correu até a uma arvore enorme de cerejeira, que estava toda florida e tão bela; Ichigo admirava Rukia de longe que nem percebia, por estar encantada com as flores, pois havia tempo desde que não saia de seu quarto. Por fim, os dois se sentaram ali mesmo debaixo da árvore, o silencio predominava o local quando, Rukia resolve quebrar o silêncio dizendo:

–Então Ichigo, o que você queria falar comigo?

–Ah bem, é que eu fiquei muito preocupado com você. – Disse meio sem graça, coçando a cabeça e redirecionando seu olhar para o pôr-do-Sol e continuando. -Sabe Rukia, quando Hanatarou apareceu gritando desesperado por Renji, dizendo que você estava piorando, em outras palavras, dizendo que você estava mal, senti meu corpo gelar, senti como se estivesse suando frio, fiquei com muito medo de perder você.

Rukia se vira para Ichigo com olhar tão brilhante quanto de uma estrela, estava encantada com o que acabara de ouvir, e ao mesmo tempo com um belo sorriso no rosto disse:

–Seu idiota, não precisava se preocupar tanto, eu já estou bem melhor agora.

Ichigo deu um sorriso de canto e olhando fixamente nos olhos dela completou:

–Por um momento achei que ia perder você, que iria perder... minha razão de viver.

Rukia então levanta seu punho contra Ichigo, iria lhe dar um soco já dizendo: - Ichigo pare de me olhar dessa forma seu idiota.

Mas Ichigo já de pé levou sua mão segurando a de Rukia e impedindo-a de lhe acerta um soco. Direciona seu olhar nos olhos violáceos de Rukia, que sente seu coração acelerar.

–Rukia, você é muito importante pra mim. – Disse ele puxando-a para mais perto de si, aproximando lentamente seus lábios ao dela, fechando os olhos calmamente, acompanhando o ritmo lento.

Rukia estava nervosa, suas mãos tremiam, e a apertava na tentativa de aliviar seu nervosismo. Sua respiração estava tensa, mil coisas passavam por sua cabeça, os segundos que estavam demorando a que seus lábios se encontrassem com os de Ichigo pareciam horas, então finalmente o beijo foi selado. Seu coração estava acelerado de uma forma descomunal, tendo ali um beijo calmo, sereno e tranquilo. Em pouco tempo os dois se afastam para que ambos pudessem respirar. Rukia estava mais vermelha que um tomate, toda sem graça, e sai correndo, deixando Ichigo ali parado.

Chegando a sua casa, entra correndo e sobe as escadas apressadamente, rumo ao seu quarto. Todos na sala acharam estanho o comportamento de Rukia, quando Ichigo surge na sala.

–Ichigo, o que houve com Rukia? Ela entrou correndo, não falou com ninguém e já foi direto para o quarto. – Perguntou Inoue.

Byakuya lançou um olhar frio e sério para Ichigo, que responde:

–Não houve nada, estávamos apenas conversando. Acho melhor voltarmos para casa. – Disse se retirando.

–Eu também já vou indo. – Diz Capitão Ukitake.

Todos vão embora. Após chegarem ao mundo dos humanos, ambos vão para suas respectivas casas. Ichigo chega a sua casa e sobe rapidamente para seu quarto.

–Ichigo, então você já voltou?! Você viu a Nee-San? – Pergunta Kon.

–Hai. – Responde Ichigo suspirando.

–E ela está bem? Como ela está?Ppara de fazer essa cara de bobo e me responda. – Grita Kon.

–Sim, ela está bem melhor agora, não se preocupe Kon. – Diz calmamente ignorando as provocações do outro.

Ichigo deita em sua cama, e começa a pensar sobre o que havia ocorrido.

–“Como era doce seus lábios, aqueles olhos tão lindos, seu calor, sua respiração...” – Perdia-se em seus pensamentos. Antes que pudesse perceber já estava dormindo.

Enquanto isso na mansão dos Kuchiki, Byakuya ainda estava incomodando com o estranho comportamento da irmã e então resolve falar com ela.

–Rukia, posso entrar? – Diz Byakuya já entrando no quarto antes mesmo de ouvir a resposta.

–É claro que sim Nii-Sama. Algum problema?

–O que houve entre você e o Ichigo no jardim para que você entrasse daquela forma?

–Hum, bem... – Diz ela sem graça.

Rukia nunca havia mentindo para seu irmão, então decidiu contar a verdade.

–Bem, ele me beijou...

–O quê? Aquele moleque insolente... – Byakuya começa a soltar parte de sua reiatsu, causando uma enorme sua pressão espiritual e fazendo com que Rukia se assustasse.

–Acalme-se Nii-sama, foi apenas um beijo.

Byakuya se retira do quarto de Rukia, deixando-a em meio aos seus pensamentos.

De volta à casa de Kurosaki, Kon andava pelo quarto inconformado por Ichigo não ter levado ele para ver Rukia; Ichigo dormia calma mente com um belo sorriso.

–Nee-San, Nee-San, Nee-San. – Repetia Kon que estava deitado ao chão.

Já na casa de Orihime, a garota pensava em como iria mostrar para Ichigo que estava apaixonada por ele.

–Vai ser amanhã, amanhã vou tomar coragem e vou falar com ele. – Pensava ela deitada.