Imaginarium: Tudo Acontece Por Uma Razão escrita por loma


Capítulo 4
Airplanes


Notas iniciais do capítulo

A escritora enrolada ataca mais uma vez! Desculpem a demora c:



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/352144/chapter/4

Sabe quando você quer matar desesperadamente uma pessoa? Não?? Então vou dar um exemplo: eu estava feliz, andando brilhosamente pelo pátio do colégio, quando o Marcos me aparece e faz o grande favor de gritar:



– SERÁ QUE HOJE EU POSSO TE ESPERAR DEPOIS DA AULA LÁ NA PORTA?



E eu, morrendo de vergonha, fingi que não ouvi, enquanto várias pessoas olhavam pra mim com cara maliciosa. Estava pensando nisso, quando o professor de Química anunciou:



– Hoje vamos reunir os grupos do trabalho e planejá-lo. Se juntem e desçam. - Ele disse apontando pra porta, e meus colegas ficaram eufóricos.



– Ei, Lia, vem com a gente. – Davi, um menino do meu grupo e amigo do Marcos disse. Sorri e segui ele.



Assim que chegamos ao pátio e nos sentamos, as piriguetes da minha sala levantaram a blusa até o sutiã e a desculpa foi o “calor”.



– Ai, que desgosto. – Falei, enquanto tirava minha lapiseira do estojo.



– O que? – O Marcos perguntou, enquanto olhava descaradamente para os peitos daquelas quengas.



– Nada, deixa pra lá. – Falei, enquanto virava minha cabeça a procura dos outros integrantes do grupo.



– Então, sobre o que vai ser o trabalho? – Marcos me perguntou, enquanto passava a língua nos lábios e olhava pra peitos e bundas.



– Ah, pelo amor de Deus! – Disse enquanto me levantava e ia em direção ao Davi.



– Já teve alguma ideia, Lia? – Ele disse sorridente. Vamos combinar que o sorriso dele é lindo, né?!



– Ainda não, é que fica difícil pensar quando tem um menino lambendo a boca toda por causa de umas oferecidas. – Logo que acabei a frase, dei um longo suspiro e percebi que ele riu.



– Vem, vamos planejar o trabalho. – Ele disse, colocando as mãos nos meus ombros e fazendo todo o meu sangue subir para minhas bochechas.



Ficamos o resto do horário planejando o trabalho e rindo das piadas que ele contava.



Como ele, que é legal e engraçado, pode ser amigo do Marcos?



Assim que bateu o sinal do recreio, já comecei a procurar pela Taila.



– Você já viu o novo uniforme do time de vôlei?



– Ai que susto! – Disse, colocando minha mão sobre o peito e fazendo a Taila rir como nunca.



– Li... Lia, eu tô rindo m-muito! – Ela disse entre risadas, me fazendo rir também.



– Não, juras? – Eu disse fazendo ela rir mais ainda. Nosso recrio todo foi hilário e nós rimos até de um pedaço de árvore que caiu no chão. E sim, somos retardadas quando estamos juntas.



O resto da aula foi um tédio total, e única parte boa foi o Davi imitando o jeito de andar da professora de Educação Física, o que me fez rir muito!



Como de costume, no final da aula eu fui buscar as crianças pequenas do meu escolar.



– Tia Li, A gente te ama tanto! – Elas disseram em coro, enquanto brigavam para agarrar minha perna. Eu ri e perguntei:



– Tudo bem, o que vocês querem?? – Já apareceram sorrisos sapecas e eu nem imagino o que possa ser.



– Sabe, tia... tá tendo feira do livro e a gente quer tanto, mas taaaanto ver os livros do Bob Esponja... – Ai meu Deus!! Que gracinhas, será que posso mordê-los?!



– Bem, eu...



– Tô muito atrasado? - Um certo mal educado e pervertido apareceu, me interrompendo.



– Tio Ma, convence a tia Li a levar a gente na feira do livro? – Nina perguntou, fazendo cara de choro. Deixa eu apertaaaar!



– Certo, mas antes vocês vão ter que parar de me chamar de Tio Marcos. – Ele disse e eu não pude deixar de rir.



Por fim, fomos a tal feira antes de irmos para o escolar.



– Por que demoraram, crianças? - Seu Júlio perguntou.



– O Tio Ma e a Tia Li levaram a gente pra ver livro.



– Tinha taaanto livro colorido! Você perdeu, Tio Júlio.



– Sorte sua, Tio Júlio! As crianças não pararam quietas, e depois ainda tivemos que sair procurando o Diego. - Eu disse, fazendo Seu Júlio rir.



– Eu? Eu sou um santo! – Diego se levantou e disse. Como estávamos em uma curva, ele logo caiu no chão, arrancando gargalhadas de todos ali presentes.



– Nossa, Seu Júlio! Tava ouvindo Alvorada? – Marcos perguntou, enquanto tentava sintonizar o rádio. Dei um leve tapa na mão dele coloquei na Jovem Pan.



– Porque bom gosto é pra poucos. – Disse, enquanto voltava a me encostar no banco. Comecei a cartar baixo a música que tocava.



I could use a dream or a genie or a wish to go back to a place much simple than this. – Eu cantava e o e o ritmo ficava mais acelerado.



– Can we pretend that airplanes in the night sky are like shooting stars, I could really use a wish right now. - Marcos cantava, enquanto eu ria mais que tudo.



– Ai, meu Deus! Eu vou morrer de tanto rir. – Eu disse, enquanto tentava recuperar fôlego. E logo, começamos a cantar juntos:



– Can we pretend that airplanes in the night sky are like shooting stars, I could really use a wish right now, wish right now, a wish right now. – Eu não aguentei a voltei a rir. Só eu estava achando aquela cena engraçada.



– Tá rindo de quê. Tia Li? - O Marcos me perguntou, sorridente.



– Nada não!



O resto da viagem foi tranquilo, e nós cantamos as músicas que tocaram.



Assim que cheguei em casa, percebi que tínhamos visitas pelas vozes estranhas.



– Menina do céu! A Lia tá muito grande!! – Minha tia disse, assim que me viu e... se aproximou. Abraço não, pelo amor de Deus!



– Tá tão grande! – Ela disse, enquanto me apertava com todas as suas forças e ria como doida. Por incrível que pareça, eu gostei disso.



– Oi, Lia! - Catarina, minha prima pequena me disse, levantando os braços.



– Oi, lindeza!



– Lia, será que a gente pode brincar no seu quarto? – Ela perguntou, mas foi repreendida pela mãe:



– Não, filha. Ela acabou de chegar, deixa ela descansar.



– não, não! Sem problemas!! – Eu disse, enquanto pegava a mão de Catarina, indicando as escadas.



– Olha o juízo, ein, filha! – Minha mãe disse, me jogando um beijo.



Assim que entrou, Catarina olhou em volta e ficou maravilhada com as cores e objetos.



– A gente pode se maquiar? – Ela perguntou, apontando pra caixa de maquiagens encima do armário. Que gracinha, gente! Será que ela se importaria se eu mordesse ela?



– Claro, mas ela tá meio velha. – Eu disse, enquanto subia em uma cadeira pra pegar a caixa. Coloquei-a na cama e logo Catarina se sentou.



– Aaah que quero te maquiar! – Ela disse sorrindo.



– Então vamos lá!! – Eu disse, fechando os olhos.



Passados uns quinze minutos, ela disse que estava pronto e eu fui me olhar no espelho. Mais um ataque de risos! Tudo estava borrado e haviam milhares de cores no meu rosto!! E pra completar, ela tentou fazer um olho de gato, mas estava tão grosso que não deu certo. Depois de rir, propus mais uma brincadeira e nos divertimos a tarde toda.




Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Uhuuuu, quero opiniões!!