Imaginarium: Tudo Acontece Por Uma Razão escrita por loma
Notas iniciais do capítulo
Ooooooooooooooooooi tias!
Espero que eu não tenha demorado e obrigada pelas reviews hehe
Boa leitura (:
Lu
Sabe, na minha opinião, o primeiro dia de aula é sempre legal, até o momento em que você chega em casa e é bombardeada por perguntas da sua mãe:
– Filha! Como foi? Fez novos amigos? Como tá a Taila? E o Seu Julio? O que...
– Calma mãe! Respira. - rimos e ela se sentou no sofá - Eu não fiz novos amigos, eu nunca faço - revirei os olhos - A Taila tá ótima, o Seu Julio também... e qual era a outra pergunta mesmo?
– Como foi?
– Hm, normal. - respondi e fui pro meu quarto. E claro, minha mãe me seguiu. Ela não cansa, sério.
– O que seria "normal", minha filha?
– Ah mãe, normal sabe? Tipo, normal, nenhuma morte, ou visitas inesperadas durante a aula, ou incêndio na escola. Só normal.
Terminei de falar e ri um pouco. Minha mãe riu e murmurou alguma coisa parecida com "Essa menina não tem jeito mesmo". E bom, eu menti um pouco, bem pouquinho, quando não contei que meu antigo amigo imaginário agora é uma pessoa de verdade que é da minha sala e do meu escolar.
Mas o que importa é ter saúde.
Depois do almoço eu estudei, fiz todos os deveres - eu sei que foi só o primeiro dia de aula, mas minha escola é maluca. E quando terminei tudo já eram 19:00. Assisti televisão e fui ler meu livro - Anna e o Beijo Francês.
Dormi por 5 minutos e o despertador do meu celular tocou avisando que já estava na hora de me arrumar pra escola.
É, acho que não se passaram só 5 minutos.
Me arrumei beeeeeem lentamente e fui tomar café. Ok, agora é a vez do interrogatório do meu pai. Não deu outra, ele me perguntou as mesmas coisas que minha mãe e eu as respondi enquanto comia. E adivinha, depois ele fez o mesmo com meu irmão. Mereço.
Finalmente Seu Julio chegou buzinando.
– Tchau gente! - gritei enquanto fechava a porta de casa.
– Seu Julio!
– Oi Lia! Como vai?
– Bem, e o senhor?
– Ótimo - sorrimos. Ele já tinha começado a dirigir e o escolar ainda estava vazio - só tinha duas crianças pequenas quase dormindo. O rádio estava desligado então resolvi ler meu livro. Li e li. Até que um mongol entrou no escolar, e olha! Esse mongol tem nome: Marcos.
– Fala Seu Julio!
– Oi Marcos!
E então o animal ao meu lado ligou o rádio. Qual é o problema desse ser?
Desliguei. Ele ligou. Desliguei. Ele ligou.
– Ei! Para. - eu disse já irritada.
– Parar de que? Eu só quero ouvir rádio.
– Pega o fone, ué. Eu quero ler.
– Não, eu quero ouvir por aqui - ele disse já com um sorriso brincalhão no rosto. Ai meu Deus, ele é bonito!
Fiquei calada por um tempo - com o rádio ligado.
– Marcos?
– Hm.
– Tem certeza que não sabe quem sou eu?
Ele pensou um pouco.
– Eu deveria saber?
Fiquei chateada. Esperava que ele se lembrasse de mim e de quando éramos melhores amigos. Mas não deve ser muito legal saber que durante a infância, você não existia de verdade. Por falar nisso, ele acha que teve uma infância normal? Em escolas normais, com amigos normais e tudo? Ele sabe que um dia não passou de uma pessoa da MINHA imaginação?
– Deixa pra lá. - disse e quando vi já estávamos na porta da escola.
Me encontrei com a Taila e aproveitei que tínhamos chegado mais cedo.
– Taila - eu chamei séria.
– Eu.
– Sabe o Marcos?
– O da sua sala? Que você perguntou se eu conseguia ver? - ela riu com a lembrança e eu ri um pouco nervosa.
– Sim - ela assentiu - Então, quando eu era pequena, ele era meu amigo imaginário. É normal amigos imaginários virarem pessoas de verdade?
Ela pensou um pouco pra responder:
– Normal não é - ela viu minha expressão meio assustada e continuou - Mas não deve ser impossível já que isso aconteceu com o Marcos... né?
– É, deve ser. - ri fraco. O sinal bateu, nós nos despedimos e fomos pra aula.
O professor de ciências fez o favor de anunciar um trabalho em grupo e, como a Taila não é da minha sala, eu sobrei. É. Fiquei sentada no meu lugar enquanto meus colegas escolhiam, animados, seus grupos. Até que Davi, um amigo do Marcos, chegou perto de mim.
– Ei, você tem grupo, Lia?
– Não. - respondi baixo.
– Então entra no nosso! - ele disse sorridente. Sorri um pouco e assenti.
Os resto do horário e as duas aulas antes do recreio passaram devagar e sem emoções - pra variar. O recreio chegou e eu e Taila continuamos falando sobre Marcos. Contei pra ela sobre como éramos amigos, e como brincávamos o dia inteiro. Eu contei até que eu era apaixonada por ele. Tá, nessa parte ela riu, riu muito, mas faz o que? Eu tinha que contar tudo pra ela me ajudar. "Ajudar em que?" você pensa. Ajudar a fazer com que o Marcos se lembre de mim. Sim, eu faço questão que ele se lembre. Vai ver o garoto nem sabe que era parte da minha imaginação e só agora é uma pessoa de verdade. Isso vai ser bom pra ele também. Eu acho.
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Desculpa a bosta q ficou o capítulo kkkkkk
Até o/