Os preparativos para a festa foram uma agonia só, Hanna mandava aqui, todo mundo tinha que obedecer ali.

Mas o legal é que tudo deu certo, e ficou, pelas palavras da Hanna, “Fantástico”.

Não vou negar que ficou mesmo, tudo muito bem organizado, e tudo feito com a ajuda de todos.

E, depois de um dia todo com a Hanna me arrumando, já que ela cisma em dizer que eu não sei me vestir, estou pronta.

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Subi as escadas até a casa de Tyler, e fui o chamar.

–Tyler ? – perguntei ao entrar no quarto dele

–Aqui– ele gritou da porta encostada, o banheiro.

–Okay, to aqui fora– gritei de volta.

Olhei em volta do quarto, e só assim eu notei o quanto mudou nos últimos tempos.

Não mudou a estrutura em si, e sim os enfeites ou o que faz parte da arrumação do quarto.

Antes só tinha um porta retrato no criado mudo ao lado onde ele dorme na cama, e agora já tem cerca de três, nos dois criados mudos, tanto de um lado quanto de outro.

As paredes que antes eram vazias, só com a pintura, agora estavam enfestadas de coisas.

Um estava quase completa de fotos nossas, ou só minhas e algumas poucas dele sozinho.

Tinha frases e textos que eu escrevia para ele, ou que ele escrevia para mim.

A mesa do canto era cheia de coisas minhas, desde maquiagem à acessórios.

No seu guarda-roupa tinha uns dois cabides com roupas minhas, e se eu mexesse nas suas gavetas, com certeza iria encontrar mais coisas minhas.

Era definitivamente impossível entrar no quarto dele e não achar que eu morava com ele.

Tinha muita coisa minha no quarto.

E tudo numa bagunça terrível.

Dei risada e comecei a organizar algumas coisas.

Tirei meu salto pra conseguir me movimentar com mais facilidade. Bem que Hanna disse que não era para eu subir pra chamar o Tyler. Ela sabia que eu iria de alguma forma me desarrumar.

Hoje é a virada do ano, e como Julia e o Jorge quis, a Hanna organizou a festa de fim de ano aqui no restaurante.

Jorge fechou pela tarde, e viemos organizar tudo, para a noite todos poderem aproveitar.

Não seria muitas pessoas, só minha família, Julia, Jorge, Mabel e Tyler; os pais da Hanna, ela e Lucas; Céu e a tia com quem ela mora, e por fim Charlie.

Hanna fez questão de divertir a todos, até um cantinho pra Alex, Alicia, Mabel e Isaric, ficarem ela fez.

Claro que Isaric e Mabel, só com algum adulto por perto, já que os dois ainda eram pequenos demais. Mabel no seu 1° mês de vida, e Isaric com 7 meses.

Balancei a cabeça, e ri com tudo o que vem acontecendo na vida de todos, tudo se resolvendo aos poucos.

Voltei ao presente quando senti um perfume tão conhecido invadir todo o quarto.

Logo braços rodearam minha cintura, me puxando para um corpo forte atrás de mim.

–Posso saber quem lhe deu este vestido ? – Ty perguntou baixinho no meu ouvido.

Joguei a cabeça para trás antes de responder:

–Você sabe, a Hanna tem essas manias de querer vestir a todos, até minha mãe teve que usa uma roupa a moda Hanna– falei rindo, fechando os olhos para aproveitar os beijos dele em meu pescoço.

–To começando a me irritar com essa mania dela– ele me guiou até o grande espelho em uma das paredes, e voltou a falar– É muito pouco pano pra cobrir todo um corpo perfeito.

Observei meu reflexo, e ponderei sobre o que ele falava.

Meu vestido não estava muito extravagante, nem nada do tipo; era simples, um pano leve, todo na cor lilás.

Estremeci quando senti dedos acariciarem minhas costas, percorrendo toda a minha coluna.

Era claro, o vestido não tem nada demais, a não ser o fato de ser todo costas nuas.

Suspirei jogando novamente minha cabeça para trás, para poder aproveitar a sensação de suas mãos percorrendo toda a pele sem roupa.

Devagarzinho Tyler me virou de frente para si, onde circulou seus braços por meu corpo, me deixando mais próxima de seu corpo.

Não teria sido nada demais se não fosse a roupa com a qual ele estava vestido, ou melhor...

A falta dela.

Como ele tinha acabado de sair do banho, ainda estava somente de toalha.

–Você é tão linda – ele falou olhando-me nos olhos, e alisando meu rosto com seu polegar.

Sorri e levei minha mãos até seu rosto, pondo uma de cada lado.

–Não mais que você – falei sorrindo

Lentamente ele abaixou seu rosto até o meu, e finalmente nossos lábios se tocaram.

Não canso-me nunca de dizer o quão perfeito é o beijo do Tyler. Não querendo dizer que ele tem o beijo mais perfeito do mundo, e sim por ele saber me fazer esquecer o mundo quando estou com ele, sendo, de algum modo, somente dele.

Foi um beijo diferente de todos que já demos, não sabia dizer exatamente o que era, mais era um beijo carregado de certeza.

Certeza de algo que vinha esperando; certeza de que estou pronta.

Quando todo o beijo ficou mais intenso, ele se separou ofegante.

–D-desculpe eu... – o interrompi

–Shiiii... – pousei um dedo em seus lábios. O olhei por mais algum tempo, e acariciando seu rosto, me pronunciei novamente– Eu quero

Seu rosto a principio ficou numa expressão de confusão, até que ele percebeu o que minha palavras significavam.

–Tem certeza ? – perguntou-me

Acenei positivamente com a cabeça, e aos poucos a confusão em seu rosto, deu lugar a uma expressão que tenho certeza de estar estampada também em meu rosto.

Ele caminhou até a porta do quarto, e trancou-a.

Na volta, acabou pisando no controle do som, e logo Kiss Me do Ed Sheeran começou a soar pelo quarto.

Ele sorriu e devagar veio novamente para perto de mim, e então voltou a me beijar lentamente, mas dessa vez deixando claro todo o... desejo que vinha evitando me mostrar.

Suas mãos aos poucos foram entrando pelo detalhe do vestido, onde deixava minhas costas nuas, alisando todo e qualquer lugar onde ele poderia tocar.

Subi minhas mãos por seu tronco, e circulei meus braços em seu pescoço.

Ele levantou-me pela cintura, e caminhou me carregando até perto da cama, onde me desceu de seu colo.

–Você confia em mim ? – perguntou alisando meu rosto, na região das bochechas, onde deveria estar muito vermelho.

–Sim– respondi sussurrando

–Então eu só te peço uma coisa. Relaxa – falou desamarrando o nó que prendia o vestido em meu pescoço.

Com o nó solto, a parte de cima do vestido soltou até enganchar-se em minha cintura.

Me senti corar ainda mais.

Por ser costas nuas, eu não usava sutiã, e nem nada por baixo, até porque o vestido não precisava.

Encarei sua tatuagem no peito, e ali pousei minha mão.

Acabei sorrindo quando senti seu coração acelerar.

Seus dedos começaram a deslizar de minha cintura para cima, com um toque tão suave que arrepiava-me por onde passavam.

Roçou levemente sob a lateral de meus seios, até pararem no meu queixo, onde ele segurou e levantou minha cabeça, fazendo-me encara-lo.

–Quantas vezes vou ter que falar que você é linda ? – perguntou-me sorrindo

Sorri e como resposta, comecei a subir minhas mão por todo o seu tronco, passando a mão por seus ombros, e novamente desci minhas mãos, procurando tocar todo espaço de seu corpo que estivesse ao meu alcance.

Quando cheguei a barra da toalha, prendi meu olhar no seu, e reparando pelo seus olhos o quanto aquela caricia tinha sido boa, continuei.

Puxei o nó que prendia a tolha, e ouvi o ruído que ela fez ao cair no chão.

Ainda o olhando, segurei a barra de sua boxer e o puxei para mais próximo de mim, fazendo com que nossos troncos se tocassem sem nenhuma barreira.

E com aquele sorriso que me mantinha calma, ele circulou minha cintura e deitou-me na cama.

Depois de deitada, ele segurou a barra de meu vestido, juntamente com minha calcinha e foi descendo-os por minhas pernas.

Mesmo sentido meu rosto queimar, foi impossível desviar meus olhos do seus, até quando ele terminou o percurso, jogando as peças no chão, ao lado da toalha.

Subiu novamente, só que dessa vez deixando uma trilha de beijos por todo meu corpo, até chegar a meus seios, onde beijou cada um, e me puxou pra cima, me deixando ajoelhada de frente pra ele.

Passei minhas mão por todo seu rosto, me aproximei e logo beijei-o com todo meu amor.

Deixando trilha de beijos por seu rosto, comecei a beijar seu pescoço enquanto acariciava suas costas.

Aos poucos, levei minha mão novamente até a barra de sua boxer, e tirei-a.

Ele voltou a me deitar, dessa vez separando minhas pernas com as suas, e se pôs entre elas.

Se esticou até a cabeceira, e puxou de lá um pacotinho, que só agora reparei estarem lá.

Olhou-me novamente, e alisou meu rosto antes de falar...

–Eu te amo, e já sou totalmente seu– falou sorrindo

E também sorrindo respondi....

–Eu sei, porque eu também te amo, e vou me tornar inteiramente sua– sorri.

E olhando nos meus olhos, ele finalmente nos tornou um só.

Ficou alguns segundos parado, até que, depois de me sentir confortável, movi meu quadril, para enfim ele entender que poderia continuar.

Sempre soube que o amo, e tenho total certeza de seu amor por mim, mas foi impossível não perceber o quanto aquele momento estava fazendo com que esse amor ficasse mais forte.

A cada momento tínhamos uma nova caricia, e simplesmente nos conectávamos cada vez mais um ao outro.

Não sei quanto tempo depois, ou quantos beijos, ou quantos toques, ou quantos sorrisos, quantas palavras, ou quantas expressões depois.

Eu comecei a sentir algo diferente, intenso, forte, inexplicável.

E com mais um beijo, chegamos ao ápice da noite.

E foi naquele momento também, que ouvimos os fogos anunciarem a chegada do novo ano.

–Minha – ouvi-o sussurrar em meu ouvido

–Meu– respondi o beijando novamente

Deitando-me em seu peito, depois de algum tempo o ouvi me perguntar.

–Hm.. eu, eu te machuquei ? – notei medo em sua voz

Posei minhas duas mãos em seu peito, até ficar de frente para seu rosto, e lhe respondi sorrindo

–Foi perfeito – falei

Ele sorriu, e novamente nos beijamos.

E depois de um banho, e de muitos outros beijos e caricias, voltamos para cama.

Mandei uma mensagem para minha mãe, avisando estar tudo bem, e rapidamente ela me respondeu dizendo-me para ter cuidado.

É claro que ela iria desconfiar.

E depois de todos aqueles momentos bons, foi impossível não ir dormir com um grande sorriso no rosto.

Circulada pelos braços de meu porto seguro, e ouvindo seu coração bater, foi que engajei numa boa noite de sono.