Accidentally escrita por Firefly Anne


Capítulo 6
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Obrigada pela recomendação Jussara Cullen. Eu adorei! ♥3



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Capítulo 5

Nos dias que se seguiram, Maxton Clarke esteve ocupado demais com as pendências da universidade, para dedicar-se à excitante tarefa que era perseguir Melanie. O fato de ela não ligar a mínima para a sua fama no campus, despertava o seu interesse de forma intrigante.  No momento em que montava em sua moto e colocava no capacete na cabeça, sentiu o peso do celular no bolso da jaqueta e lembrou-se, como acontecia havia duas semanas, que na lista de contatos do telefone continha o número daquela por quem estava interessado. Porém, como aconteceu das outras vezes, afastou o ímpeto de ligar para ela.

— Você está ficando um maluco, cara. Um maluco obsessivo do caralho! — Era o que dizia o seu melhor amigo, Caleb. — É sério, Max, para de perseguir a garota!

— Não estou perseguindo ninguém! — defendia-se. — Não é a minha culpa se a garota está nos lugares em que eu pretendo ir. Desta forma, não seria Melanie a perseguidora e eu, o perseguido?

Como resposta, recebeu apenas um soco no ombro. Caleb endureceu o rosto antes de dar continuidade à sua admoestação.

— Se eu não te conhecesse bem, Max, até acreditaria nessa sua conversa fiada — debochou. — Mas o caso não é este, você está perseguindo a Melanie.

Maxton deu de ombros, fazendo caso do aviso de Caleb, sobre a sua perseguição extravagante. Melanie era apenas uma garota. Uma garota bonita, um pouco selvagem e com uma língua tão felina quanto os seus olhos.

— Não seja tão exagerado, Caleb.

— Ah, você quer que eu deixe de ser exagerado? — ironizou, erguendo as sobrancelhas para o amigo. — Na verdade, eu acho que quem precisa deixar de ser demasiadamente irritante e perseguidor não sou eu, é você!

A pequena discussão entre os amigos teve o seu fim quando Asher aparecera para dar aos dois, o endereço do racha que aconteceria em algumas semanas. Caleb segurara o pequeno papel em formato de retângulo com tanta força entre os dedos, que não se surpreendeu ao encontrá-lo, completamente amassado, horas depois.

Na sexta-feira, algumas horas antes do início das aulas, Maxton pegou o caminho inverso à universidade, seguindo com a sua moto até o Hospital Geral de São Francisco. Não gostava de hospitais, principalmente, por causa dos tons claros, o odor e por saber que, estando naquele âmbito só havia duas saídas: a cura ou a morte. Algumas enfermeiras que cruzava no corredor eram familiares; já as vira uma vez ou duas, quando ele ou a mãe — ou ambos — estavam ali para acompanhar Matteo em suas sessões.

Aquele era o último corredor antes de chegar a uma porta cuja placa metálica apontava o seguinte nome: “Dr. Elijah Walter”. A porta, como de costume, estava aberta. Ele bateu duas vezes o punho contra o vidro, e quase automaticamente, surgiu um sonoro “pode entrar”.

A sala era clara e com poucos objetos pessoais. Possuía uma escrivaninha em que um homem conhecido escrevia algo em uma prancheta, com a cabeça abaixada. O homem ali sentado levantou o rosto e mirou Maxton com os olhos passando pela surpresa e em seguida, felicidade.

— Maxton Clarke! — Ele disse, ajustando os óculos que desciam por seu nariz. — Que imensa surpresa vê-lo aqui, meu rapaz!

A voz pertencia a Elijah Walter, o diretor administrativo do Hospital Geral de São Francisco, e também amigo de sua família. O homem de cinquenta e poucos anos, cabelos grisalhos, alto e um pouco acima do peso; o que era destacado pela barriga saliente por sobre a camisa social branca com listas azuis.

— Como vai, Dr. Walter?

— Não fique tímido, meu rapaz — contestou Elijah, sorridente.

Maxton escondeu as mãos dentro do bolso da calça jeans, aproximando-se da escrivaninha do mais velho.

— Sente-se, Maxton, para a sua sorte eu não coloquei nenhuma piranha nesta cadeira — apontou a poltrona acolchoada em frente a sua mesa. — Não sabe como estou contente com a sua visita. Como está Charlotte? E Matteo?

— Charlotte está bem — respondeu de imediato. Hesitando um pouco com a sequência. — E Matteo, bem, Matteo também está bem, na medida do possível.

— Eu fico feliz com a notícia, meu rapaz. — Elijah esticou-se para frente, apoiando os cotovelos na mesa. — Matteo já está em casa?

Maxton se remexeu, inquieto. Conversar sobre Matteo, principalmente, deixava-o tenso.

— Ainda não — limpou a garganta, — ele ainda, hum, Matteo não concluiu o tratamento.

Elijah assumiu uma expressão preocupada.

— Maxton — os olhos cinzentos de Elijah estavam semicerrados —, aconteceu algo a Matteo? Porque, bem, é realmente intrigante você vir aqui e estar com essa cara de “eu preciso fugir o mais rápido possível”!

— Matteo está bem — afirmou — na medida do possível.

— Então... — Elijah recostou as costas no tecido macio da poltrona.

— O motivo de eu vir aqui é outro, e não tem nada a ver com o Matteo.

Um sorriso ameaçou brotar nos lábios finos de Elijah, mas ele soube esconder muito bem a sua animação.

— Você vai se formar em alguns meses, se eu bem estou lembrado...

— Menos de três meses — Maxton assentiu.

— Então eu só posso supor que você está aqui porque decidiu deixar de ser uma cabeça de concreto e aceitar os meus pedidos de vir fazer a sua residência aqui?

Era tentador, Maxton pensou. Mas a sua futura formatura não era a razão de estar ali.

— Na verdade — Maxton colocou as mãos sobre a mesa —, este também não é o motivo de minha vista.

Os ombros de Elijah caíram, frustrados.

— Você nunca foi um garoto de rodeios, Maxton. Vá ao ponto.

— Eu quero saber se há uma vaga, certamente. Mas não é para mim.

•••

O Roxy Striptease Bar naquela sexta-feira à noite estava animado. Caminhando com uma bandeja equilibrada em apenas uma mão, Melanie se embrenhava entre as mesas para servir os clientes ávidos por suas bebidas. Os dois homens que estavam sentados próximo à área dos fumantes, piscaram assim que ela os entregou as cervejas. Contrariando a si mesma ela não evitou seus olhos a esquadrinharem o Roxy à procura de um homem irritante: Maxton Clarke. Porém, não o encontrou e nem mesmo os seus amigos. Tentou, claro, não intimidar-se com a sua ausência e tampouco a se permitir sentir falta de suas tentativas de conquistá-la.

Logo voltou ao balcão para buscar mais bebidas e concentrou-se em seu trabalho. Nina estava com uma expressão séria enquanto as observava. Podia apostar que havia cometido alguma falha e Carson — o “soberano” — havia lhe dado um sermão e agora, Nina procurava um alvo fácil para descontar a sua frustração. No entanto, Melanie Dorchester não seria o seu alvo fácil.

Pouco mais das onze horas da noite, ela estava limpando o balcão, pois um cliente evidentemente alcoolizado havia derramado toda a bebida em cima do vidro e lhe cabia à função de assear a bagunça antes que outro ocupasse aquele lugar.

Derramou o detergente e passou o pano molhado por cima, quando sentiu um aperto em sua cintura e uma risada feminina próxima à sua orelha.

— Adivinhe quem está aqui, te observando como se fosse um cachorrinho faminto e você, o suculento pedaço de carne?

Melanie não conseguiu evitar a risada após o comentário de Nilley. Apostava cinquenta dólares que o homem citado era Maxton.

— Não dê bobeira, mas ele está olhando para você neste exato momento — ela continuou. — Disfarce e olhe lá para cima.

Nilley se afastou como se não tivesse dito nada anteriormente, deixando Melanie intrigada. Coçou detrás da orelha e virou-se minimamente e encarou o segundo andar. Os braços longos estavam apoiados à grade e ele olhava diretamente para ela. Ao perceber que foi notado, Maxton acenou. Melanie sorriu, porém logo voltou a sua concentração à limpeza.

Maxton estava ali, a poucos metros de distância, mas não queria demonstrar a sua felicidade ao vê-lo. Não conseguindo resistir àquela vontade que aparecera há poucos minutos, encarou mais uma vez o exato local em que ele estava, mas encontrando apenas um casal se agarrando. Desviou os olhos e contornou o balcão, indo para o lado de dentro e procurando algo para fazer, não encontrando nada. Os clientes haviam se dispersado para as mesas ou se concentrado ao redor do palco, no limite da faixa em que as dançarinas ficavam separadas do público.

A luz foi apagada, mas havia um holofote naquele canto do salão, em que uma silhueta girava em torno da haste fazendo o seu show de pole dance.

Era muito provável que Maxton estivesse misturado àqueles homens fedendo àquela mistura horrível que lhe embrulhava o estômago: cigarro e álcool, excitado com a visão de uma mulher seminua fazendo contorcionismos especialmente para eles. Do bolso do short jeans encontrou um chiclete que não se recordava de quando o colocou ali, mas precisava de algo para de distrair, e o que seria melhor que mascar um chiclete?

Desembrulhou o doce e o colocou na boca, cuspindo longe ao sentir algo se mexendo em sua língua: uma formiga.

Quando se virou para correr em direção ao banheiro mais próximo, para lavar a boca e expulsar aquela formiga ousada que fazia um perigoso caminho em direção à sua garganta, eis que ele está à sua frente, com aquela camiseta preta que o deixava ainda mais sexy e os braços, tatuados, à mostra. Seus olhos demoraram-se tempo suficiente nos bíceps de Maxton para ver de perto pela primeira vez, os desenhos ali encontrados. No parte de trás do braço direito havia — talvez um nome ou uma palavra — escrita em uma língua estranha, quem sabe fosse árabe. No bíceps esquerdo, encontrou alguns desenhos tribais que vinham de seu ombro e terminavam no antebraço.

Talvez houvesse mais desenhos naquele corpo tão bem esculpido, mas não teve tempo de analisar com todas as minúcias as tatuagens, pois logo cobriu a boca com a mão ao sentir a formiga avançar. Correu disparada em direção ao banheiro mais próximo, sendo seguida por Maxton, que se encontrava preocupado com a palidez extrema de Melanie — deixando-a semelhante a um fantasma.

Enfiou-se no primeiro compartimento que, para a sua sorte estava bem limpinho, e ajoelhou-se em frente ao vaso sanitário para cuspir. Em uma atitude bem bulímica, Melanie enfiou o dedo garganta abaixo, forçando o vômito. Ao ouvir o barulho da vomição, Maxton cogitou os prós e os contras de permanecer ali. No final, os prós, que era ajudar Melanie e encontrá-la depois de tantos dias sem vê-la, acabaram vencendo. Bateu com o punho contra a porta do compartimento, assustando-a.

— Vá procurar outro banheiro, colega, porque este está ocupado!

— Sou eu, Melanie. Maxton — respondeu, espalmando a mão contra a porta.

Do lado de dentro, Melanie afastou os cabelos do rosto e empertigou-se.

— Este é um banheiro feminino, Maxton, o que faz aqui?

Maxton gargalhou.

— Bem, sinto ter de desapontá-la e por deixar à mostra a funcionária despercebida que você é, Mel — começou com uma voz de chacota. — Não há placas indicando o sexo, logo eu posso supor que o banheiro é tanto para homens como é para mulheres.

Melanie acionou a descarga e pensou se abriria a porta e procuraria por um ar fresco antes ou depois de chutar a bunda de Maxton.

— Ok, você venceu, não há placas! — Abaixou a tampa do vaso sanitário e sentou-se. — Vou adicionar à lista de melhorias e a entregarei a Nina.

— Bom, muito bom, na verdade — Maxton tossiu. — Você está bem?

— Só um enjoo bobo, mas estou bem, obrigada pela preocupação.

E então sucedeu um silêncio desconfortável que fez Melanie pensar se estaria sozinha ou não. Porém a voz de Maxton interrompeu os seus pensamentos.

— Agora eu estou começando a entender porque você estava me ignorando, Melanie. Na verdade, tudo começa a fazer sentido. Quantos meses?

Melanie alargou os olhos, em choque com a pergunta inesperada do rapaz. Maxton estava lhe perguntando o que ela estava imaginando? Certamente que sim!

— Eu não estou grávida, Maxton! — Praticamente gritou, finalmente abrindo a porta do cubículo.

— Mas você... — ele se defendeu, quando ela estava a centímetros de distância, com os olhos soltando faíscas e os braços cruzados no peito.

— Eu não estou grávida! — repetiu com ênfase na negação.

— E o enjoo?

— Tinha uma formiga na minha boca! — explicou.

— Você não pode me culpar, Melanie — defendeu-se o rapaz, levantando ambas as mãos, em um gesto de paz. Os olhos de Melanie continuavam ameaçadores.

— Você está certo, eu não posso.

Melanie desviou os olhos até o chão, indecisa sobre o que faria a seguir. Contrariando as suas expectativas, Maxton não estava misturado aos outros homens, babando pelas dançarinas bonitas no palco, mas estava ali, à sua frente, demonstrando preocupação com  a sua saúde. O encarou mais uma vez, e daquela deixou que um sorriso cheio de dentes brotasse de seus lábios. Talvez o rapaz tivesse entendido errado o seu sorriso, porque em poucos segundos ele havia extinguido quase inteiramente a distância que os separavam, fazendo com que Melanie recuasse alguns passos até as suas costas baterem em cheio na porta do compartimento.

Por conta da diferença de altura, Maxton precisou curvar-se até estarem com as cabeças alinhadas. Os olhos entreabertos, os lábios descerrados e o coração galopando em seus peitos. Porque se Maxton tentasse beijá-la, ela não faria nada para lhe impedir. Não daquela vez em que tinha os lábios dele tão próximo aos seus. De perto, ele era ainda mais bonito, a testa dele estava colada a dela e as mãos seguiram o seu caminho até a sua nuca, puxando-a de encontro a ele. Mais dois centímetros e ele a estaria beijando.

— Ai, droga, me desculpe! — Uma garota pediu, tapando os olhos com ambas as mãos, constrangida em ter atrapalhado o que estava prestes a acontecer.

Ambos procuraram a sua distância; Maxton enfiando as mãos dentro do bolso e Melanie, cruzando os braços em torno do peito, e amaldiçoando a intrusa em pensamentos, pois quando decidia ceder, alguma força superior e que a odiava mandava um exército para lhe atrapalhar.

— Eu não sabia que o banheiro estava ocupado. Eu sinto muito — ela continuou. — Vou sair... É, vou sair e aí vocês podem continuar! E usem camisinha!

Eles não ousaram se encarar depois da saída abrupta da garota. Melanie limpou a garganta e empertigou-se.

— Eu devo... — apontou para a porta. — Nina já deve estar me caçando e pronta para despejar a sua ira em mim.

E como em um passe de mágica, por causa da sua insubordinação, ela havia se tornado um alvo fácil. Seria sorte passar por Nina e não ser alvejada por ela e suas ácidas palavras e regras mais que rigorosas.

Durante o restante da madrugada, Maxton Clarke esteve sentado, sozinho, em uma mesa solitária exatamente na direção do balcão em que Melanie havia sido castigada a permanecer logo ao voltar do banheiro. Ele não havia consumido nenhuma bebida, muito menos chamado a sua atenção para ir em direção à sua mesa, ainda que para soltar uma de suas piadinhas. Melanie nunca gostou da sensação de estar sendo observada, monitorada e que cada passo seu estivesse sob os olhos de outrem. Talvez por isso mesmo evitasse assistir aos programas televisivos em que os participantes eram vigiados vinte e quatro horas por dia.

— O seu expediente acabou, Melanie — informou Nina, alongando os braços. — Os clientes estavam bonzinhos com você... ganhou uma gorjeta bem gorda, menina!

Melanie franziu o cenho com aquela informação. Não havia atendido a muitos clientes no salão, pois a maior parte da noite estivera atrás daquele balcão, e, bem, as poucas moedas que recebia ali não era algo a ser considerado “bom”; era quase como aqueles pombos nas grandes cidades, que sobrevivem à base das migalhas do alimento que era jogado por alguém bondoso.

Porém, ao pegar o envelope com a sua “migalha” surpreendeu-se ao encontrá-lo um pouco “gordinho”, sim, gordinho! Ao abri-lo, quase o deixou cair ao encontrar várias notas de cinquenta e cem dólares. Pegou as cédulas nas mãos e com os dedos trêmulos, contou.

— Uau! Você está fazendo programa escondido da gente? — Uma das dançarinas alfinetou assim que passou por Melanie e a viu contando o dinheiro.

Rapidamente ela guardou os dólares de volta ao envelope, ignorando o que a dançarina havia dito.

O Bar estava começando a esvaziar, e Nilley colocava as cadeiras sobre as mesas, para que fizessem a limpeza. Ao fundo, havia um único homem, sentado como se fosse um rei e segurando uma garrafa de água tônica — seu único consumo aquela noite. Maxton. Enfiou o envelope dentro do bolso do sobretudo e marchou em sua direção.

— Eu sei que foi você! — Disparou ao estar em frente ao rapaz.

Maxton engoliu a água e franziu o cenho, confuso.

— De qual crime estou sendo acusado? — perguntou, cruzando os braços no peito. — Por acaso está falando daquele assalto a uma agência bancária no final da rua? Ah, não, não fui eu, a minha gangue chegou atrasada! Uma pena...

Melanie bateu o pé no chão, bufando alto e irritada.

— Não tente desconversar, Maxton Clarke! — gritou. — Você sabe muito bem do que eu estou falando.

— Se você não contar... É sério, Melanie, eu não sei! Ou talvez saiba, mas preciso que você refresque a minha memória. Dizem que um beijo faz milagres, pode ser que volte a minha memória, quer tentar?

— Não seja engraçadinho! — Respirou profundamente. — Foi você, não foi?

— Você não quer se sentar e beber algo? Um refrigerante, claro, lembro que você me disse ter medo de se embebedar.

— Eu não tenho medo de ficar bêbada.

— Ah, não? — retrucou. — Então você é uma mentirosa!

— Maxton, a minha paciência já está esgotando. — Melanie pegou o envelope do bolso e algumas moedas caíram porque se esquecera de fechá-lo corretamente. Abaixou-se e catou as moedas, juntando-as na palma da mão. — Eu não vou aceitar o seu dinheiro.

— O meu dinheiro?

— Sim, o seu dinheiro.

— Do que você está falando, Abelhinha?

— Dessa gorjeta absurda! — Jogou o envelope em cima da mesa, esperando uma reação do rapaz.

Primeiramente Maxton ergueu as sobrancelhas, confuso a respeito da razão de estar sendo acusado de algo tão inofensivo que pudesse caber em um envelope; e em segundo, porque sim, ele era o responsável pela alta gorjeta à Melanie, mas não permitiria que naquela noite ela ficasse com as migalhas. O valor era um pouco mais alto ao que gastou para tocar o corpo de Alicia, algumas noites atrás, bêbado, com o intuito de deixar Melanie com ciúmes.

— Eu não tenho nada a ver com isso, gata.

Melanie cerrou os lábios, em dúvida se continuava com a desconfiança ou acreditava em Maxton.

— E já que não sou o responsável por... — Fez uma pausa para procurar um adjetivo que se encaixasse melhor ao contexto —, esta adorável gorjeta, você pode ficar com ela.

Empurrou o envelope para a borda da mesa, onde Melanie, emburrada, a pegou e colocou-a de volta ao bolso do casaco.

— Me desculpe.

Constrangida, ela tentou se afastar. Mas ele a chamou assim que ela ficou de costas.

— Quer uma carona?

Melanie sorriu — e agradecia ao fato de ele não poder olhar o seu rosto naquele momento.

— Obrigada, mas eu acho que recusarei a carona. — Virou-se para ele. — Nilley está aqui para me levar para casa. Boa noite, Maxton.

E com aquela despedida ela saiu andando em direção à porta de entrada do Bar, em que Nilley a estava esperando recostada ao batente. Maxton continuou com a boca aberta em um ‘O’ perfeito enquanto a via se afastar.

Melanie era uma criatura arisca e teimosa, mas em alguns momentos parecia gostar de suas investidas.

Definitivamente Melanie Dorchester era um enigma; e um enigma do tipo preferido que Maxton, o deus Clarke, adorava desvendar.


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Notas finais do capítulo

Hello everyone! Annie is back! Hahaha Minhas sinceras desculpas pelo atraso de quase 2 meses. :( Prometo que me esforçarei para não demorar tanto... Será que ainda tenho leitores, ou todos já desistiram de mim e da fanfic? Por favor, gente, não sumam! Haha O capítulo 6 (PARA A NOOOOOSSA ALEGRIA) já começou a ser escrito então posso não demorar muito para voltar :P
É isso. Obrigada pelos comentários, amei, adorei (e respondi todos!) e pela primeira recomendação em NVDA *coraçõezinhos* Muito, muito, muito obrigada Jussara Cullen ♥
E um obrigada bem grandão também a minha beta Lis que betou nosso bebezinho bem rapidinho ♥ ♥
É isso. Não se esqueçam dos comentários. E deixem o e-mail para receber teaser. :)
Até breve!
Beijo, beijo,
Annie