Accidentally escrita por Firefly Anne


Capítulo 3
Capítulo 2




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CAPÍTULO 2

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Não era do feitio de Maxton Clarke salvar donzelas em perigo, acontecia exatamente o contrário. Ele era o Lobo à espera da Chapeuzinho indefesa, pronto para devorá-la. No entanto, quando Melanie se afastara da mesa em que ele e os amigos estavam, ele a seguiu com o olhar, completamente intrigado com a garota. A preferência de ser atendido por Nilley era para não passar pela constrangedora situação de ser cortejado por quem os atendessem. Nilley o servia como se ele fosse qualquer outra pessoa — e agora a estranha cujo nome era Melanie.

Então ao vê-la tentar se esquivar do bêbado, ele não pensou; apenas agiu. Se afastando dos amigos, marchou em direção a eles para arrancá-la dos braços do infeliz.

— Você realmente fez o que eu acho que você fez? — perguntou Caleb, surpreso com o ato do amigo. Quando Melanie estivera na mesa minutos atrás, Maxton não parecia nem um pouco interessado nela.

— Cala a boca, Caleb — cuspiu Maxton, tateando o bolso da calça jeans para buscar os cigarros. Acendendo-o, levou o maço até os lábios para tragar.

Melanie já estava um pouco mais calma com o que acontecera nos últimos minutos, mesmo assim, suas pernas continuavam bambas. O que poderia ter acontecido, caso Maxton não a tivesse salvado? Lembrou-se, então, que lhe devia um agradecimento. Ele se fora tão rápido que não dera tempo de dizer "obrigada".

Os meninos voltaram ao seu campo de visão, e desta vez, ela não conteve o suspiro ao avistar novamente Maxton Clarke. Na opinião de Melanie, ele era o mais bonito dos quatro; não desmerecendo a beleza dos outros três. Mas, havia algo em Maxton... Talvez fossem os seus braços fortes e os bíceps tatuados; ele passava quatro horas na academia fortalecendo os músculos. Sua pele bronzeada, as pernas e braços longos, os lábios avermelhados e os olhos e cabelos pretos.

A própria definição do pecado.

— Aqui a bebida de vocês — disse, forçando a voz para não parecer como: "Ai, meu Deus! Estou servindo a mesa dos quatro garotos mais gostosos da universidade!".

Os garotos continuaram conversando, e Melanie se esforçou para não prestar atenção ao assunto. Após servir as bebidas, Caleb disse:

— Mel, estávamos falando de você agora mesmo!

Melanie o encarou, confusa.

— Falando de mim?

— Exatamente! — confirmou, com um largo sorriso. — Estava contando aos garotos o quanto você é inteligente.

Ela ruborizou, automaticamente.

— Então, amanhã eu posso passar na sua casa para você me tirar umas dúvidas de economia?

E, sim, todos os sábados à tarde, Caleb Walker vai à casa de Melanie ter aulas particulares — e gratuitas — de economia. Eles nunca tiveram nenhum relacionamento que ultrapassasse a amizade, mas não era exatamente aquele boato que circulava no campus. Caleb era um homem bonito, mas não era o tipo de Melanie.

— Claro — confirmou, dando uns tapinhas no ombro dele.

— Obrigado, Mel! — Ele a beijou na bochecha.

As bochechas de Melanie enrubesceram assim que Caleb se afastou. Os olhos dela viajaram até a ponta da mesa e ela pôde avistar Max fumando o seu cigarro, concentrado em uma dançarina no palco. Curiosa, Melanie seguiu o olhar dele.

Claro.

Alicia estava fazendo a sua apresentação no pole dance. Todos os caras heterossexuais estavam com os olhos voltados para ela. Alicia era uma latina muito bonita, com o corpo perfeito e os seios mais arredondados que Melanie já vira — e não era silicone.

— Não ligue para ela, você é mais bonita — disse Caleb.

— Não precisa ser gentil, Caleb... — respondeu Melanie. — Olhe para Alicia...

— Você é mais bonita!

— Se você está dizendo com tanta certeza, quem sou eu para discordar?

— Cale a boca, vocês dois — disse Maxton em sua voz comumente estressada.

— Não ligue para ele — repetiu Caleb, referindo-se ao amigo. — Todo esse mau-humor é falta de sexo.

— Filho da puta — murmurou Maxton.

Gabe permaneceu em silêncio, apenas curtindo aquela discussão. Se fosse possível, teria um balde de pipoca para apreciar melhor àquele espetáculo gratuito.

— Sente-se com a gente e tome uma cerveja — Caleb pediu.

— Não posso — respondeu Melanie.

— Vamos lá, Mel, você nunca se diverte!

— Estou trabalhando, Caleb.

— O seu chefe está por aqui?

Fazendo uma rápida inspeção na boate, como estavam na área vip, no primeiro andar, era possível ter uma visão privilegiada de quem estava lá embaixo. Carson, é claro, estava ali. Aos fundos da boate, sentado a uma mesa ao lado de Brooke.

— Aquele homem calvo e barrigudo ao lado de uma loura platinada — começou Melanie. — O nome dele é Carson, ele é o dono da Roxy.

Caleb procurou por Carson, seguindo as coordenadas de Melanie e, ao encontrá-lo, sua expressão murchou.

— Não pode ficar nem por um minutinho?

— Não posso. Desculpe.

— Uma pena, Mel.

— Se, quando o meu expediente terminar, você ainda estiver aqui, prometo beber com você. Um refrigerante ou suco.

— E faltam quantas horas para o seu expediente terminar?

— Eu sempre saio às duas e meia da manhã. A boate costuma fechar às quatro.

— Vou esperar por você — prometeu ele, tocando gentilmente a mão dela.

Durante as duas horas que faltavam para o expediente de Melanie terminar, Nina a mantivera ocupada servindo as mesas, fazendo os drinques e, assim, ela não teve como esgueirar-se até a mesa dos garotos, para conversar mais um pouco com Caleb e poder olhar sem culpa para Maxton.

Aquela noite de sexta-feira o bar estava mais lotado que o normal, e Melanie então compreendeu a razão daquele sorriso estar quase rasgando os lábios de Carson. No final da noite, ele teria um saldo bem positivo. E Melanie também teria uma boa gorjeta.

Estou cansada, pensou Melanie.

Era meia-noite, faltavam duas horas e meia para o final do expediente e Melanie estava fadigada.

Melanie poderia estar mais descansada, caso Nilley não tivesse adoecido e, assim, estar ali para lhe dar os "comprimidos mágicos".

Mesmo estando muito cansada, Melanie não podia sequer pensar em abandonar o emprego na Roxy; ela precisava de renda para sustentar a irmã. Deixar à universidade estava fora de cogitação; apesar de estar devendo uma quantidade de dólares absurda, ela não se daria ao trabalho de estar arrependida.

— Quer uma cerveja, docinho?

Agora Melanie estava no bar, preparando um drinque, e este é o Bêbado Número Dois.

— Não, obrigada — recusou, com um sorriso.

— Qual é, docinho — começou ele. — Sei que você é apenas uma putinha. Não precisa fazer essa cara de gatinha assustada.

— Eu realmente não estou interessada em aceitar uma cerveja.

— Quanto você está cobrando?

Melanie engoliu a bile que lhe subiu à garganta.

— Não sou uma prostituta!

— Claro que não é, docinho. — Ele afastou a franja que se desprendera da presilha e escorregara até a testa de Melanie, e sorriu. Seus dentes eram amarelados; o Bêbado Número Dois fedia a cerveja pura. Apoiou-se ao balcão e falou em uma voz arrastada. — Só quero um pouco da distração que vocês, meninas do Roxy, oferecem aos clientes.

— Não sou uma das meninas! Por favor, me largue.

— Sim, você é. Uma putinha como as que estão no palco vendendo o corpo a quem puder pagar. O preço delas eu já sei, afinal não são nenhuma novidade para mim. Mas você — os olhos dele demoraram-se no decote de Melanie —, você é a novidade que eu estou em busca.

Melanie apertou os olhos; ele a estava segurando pelo braço. E daquela vez não havia Maxton Clarke para lhe salvar.

— Algum problema, Melanie? — perguntou Nina, e Melanie nunca esteve tão feliz com um aparecimento surpresa da gerente.

O Bêbado Número Dois olhou para Melanie, desafiando-a a entregá-lo à gerente.

Melanie balançou a cabeça, negando.

— Depois conversamos melhor, Mel.

Ele disse, se afastando.

Enquanto Melanie estava no bar preparando os drinques aos clientes no balcão, ela parou um momento para apreciar o show de Kitty, a bartender. Todos os homens estavam com os olhos vidrados nela e em sua desenvoltura com as bebidas, fazendo os malabarismos.

Melanie estava sorrindo, quando, sem querer, relanceou Maxton e seus olhos pretos também estavam a encarando.

— Estão chamando por você, Melanie — disse Nina, procurando o abridor de garrafas no balcão. — E a propósito, o seu expediente já acabou.

— Qual a mesa?

— A que você está atendendo.

— Mas... você disse que eu não iria mais atendê-los.

— Sim, eu disse — a voz de Nina parecia cansada. — Mas também estou mandando você ir atendê-los. Não conteste a minha ordem, está bem?

Melanie não retrucou. Preparou-se para voltar à mesa dos meninos, mas lembrou-se de algo importante antes de se afastar completamente.

— Nina?

— Você ainda está aqui, Melanie?

— Estou. Mas é rapidinho. Por favor, não me chame mais de Melanie na frente dos clientes.

— Eu sinto muito, Mel. Às vezes eu esqueço. Agora vá atender os meninos!

Quando foi até a mesa dos "meninos", Melanie foi surpreendida ao avistar apenas Maxton. Nem Caleb ou Liam ou Gabe estavam ali. Ela pensou em recuar, até mesmo deu um passo para trás, mas era tarde demais. Maxton Clarke a estava encarando, com um sorriso de matar. Melanie respirou fundo, uma e duas e três vezes, tentando se acalmar, mas era impossível.

— Ei, onde estão os outros rapazes? — perguntou, assim que estava em frente a ele.

— Hum... — ele coçou o queixo. Ai, meu Deus! Só assim Melanie conseguiu um vislumbre de uma barba por fazer naquele maxilar perfeito. Tem como ele ser ainda mais sexy? — Parece que encontraram companhia.

Maxton apontou para um local e Melanie o seguiu com o olhar.

O primeiro que ela viu foi Liam; ele estava sentado ao lado de uma loura, as mãos dele, segurando as dela e pareciam perto demais. Em seguida, Caleb entrou em seu campo de visão, beijando uma morena.

— Ver Caleb beijando uma garota a deixa incomodada? — perguntou Maxton.

Melanie ao se recuperar do susto, disparou:

— E por que isso me incomodaria?

— Vocês dois pareceram ter uma ligação...

— Nós estudamos juntos no ensino médio e ele continua péssimo em economia. Como eu era tutora da matéria, não vejo problema em ajudá-lo com uma dúvida ou outra.

Com a resposta de Melanie, Maxton abriu um largo sorriso.

— Não tive a oportunidade de me apresentar direito — começou ele, ainda com aquele sorriso. — Eu sou Maxton Clarke.

— Eu sei quem você é, Max... Hum, desculpe, Maxton.

— Não me importo se me chamarem de Max — piscou um olho para Melanie. — Principalmente você.

— Então, Maxton, eu nunca tive a chance de agradecê-lo por ter me livrado daquele bêbado.

O maxilar de Maxton travou.

— Isso acontece com muita frequência?

Melanie entortou a cabeça, intrigada com a curiosidade ou preocupação de Maxton.

— Às vezes. O mais raro é não acontecer.

— E por que você não procura outro emprego? Algum que você não precise correr o risco de ser arrastada para um canto e ser estuprada?

— Não temos intimidade o suficiente para conversamos sobre isso.

— De uma forma bem subliminar você está dizendo que devemos ser íntimos?

— Eu não disse isso! — Melanie colocou as mãos na cintura, batendo o pé pertinente no chão.

Maxton sorriu; os dentes brancos e perfeitos estavam presentes, exibindo-se.

— Você não quer se sentar?

— Não — respondeu, contundente. — Nina pediu para que eu viesse atendê-lo.

— E uma boa forma de cumprir seria se sentando, não? O meu pedido é que você se sente.

— Eu não tenho a madrugada inteira, Maxton. Você é a última pessoa que eu preciso atender, colabore.

— Vamos lá, Melanie, não precisa ficar em pé, para sempre.

Melanie pensou em recusar novamente, até mesmo procurou a silhueta de Nina pronta para ministrar um sermão, mas aí se lembrou de que seu expediente havia acabado. Ela se sentou.

— Boa menina! — disse Maxton.

— Agora pode dizer o que quer.

— Vou pedir uma cerveja para nós dois. E aí podemos conversar um pouco, ok?

— Tenho certeza que Nina não ficaria muito feliz em nos servir. Principalmente a mim.

— E o que você sugere?

— Eu posso ir buscar.

— Se você quer tanto... Mas antes me responda uma coisa responda uma coisa — começou ele, recostando-se mais à cadeira e cruzando os braços. — Qual a melhor cerveja o Roxy pode me oferecer?

Melanie nem precisou pensar muito, antes de responder.

— Sem dúvidas Goose Island Icarus.

— É uma boa escolha.

— Vou buscar — disse ela, afastando-se.

Quando Melanie voltou do bar com a bebida e a sua bolsa — após passar no banheiro e trocar de roupa —, Maxton permanecia solitário a mesa, observando-a. Ela serviu o copo de vidro com a bebida, entregando-o ao rapaz.

— Você não vai beber?

— Obrigada, mas eu não bebo.

— Seu expediente já acabou, Melanie, o que há de errado em você me acompanhar?

— Eu realmente não bebo — repetiu. — Mesmo não estando em serviço.

A experiência de um pai alcoólatra em casa a deixou receosa em beber uma gota sequer de qualquer bebida alcoólica.

Melanie encarou o relógio, duas e cinquenta da manhã. Nilley não estava ali para lhe dar uma carona, teria que ir a pé para casa — quase quarenta minutos de caminhada em uma cidade deserta. Estava tão distraída que não percebera que Maxton arrastara a cadeira para mais perto dela, passando os grossos e tatuados braços ao redor dos ombros de Melanie, puxando-a para mais perto dele. Tentou afastá-lo, mas ele estava perto demais. Cheiroso demais. O odor de cigarro e cerveja em Maxton não a incomodava.

— Maxton, me largue, por favor, eu preciso ir embora.

— Está tão cedo, Melanie. Fique mais um pouco. Eu a levo embora... de moto — disse ele, em sua orelha, atraindo um arrepio passar por todo o corpo dela. O jeito que ele falara que a levaria embora de moto... era excitante demais.

— Eu realmente não estou a fim, me largue.

— Agora está se fazendo de difícil, Melanie? Você passou a noite inteira me encarando, vai dizer que não quer que eu a beije? — continuou ele, com aquela voz que fazia seus pensamentos virarem mingau.

— Eu não quero — disse, resoluta.

— Eu não acredito em você — afirmou, mordiscando suavemente o lóbulo da orelha dela. — Venha comigo.

— Não! — Ela disse mais firme, conseguindo sair dos braços dele.

Melanie correu para a saída do bar, já preparada para ir para casa, caminhando. Havia andado por uns cinco minutos até ouvir uma moto se aproximar. Sabia que era ele. Até mesmo porque ele havia diminuído a velocidade quando estava perto dela.

— O que você pensa que está fazendo? — gritou ele, tirando o capacete.

Melanie arriscou um olhar para Maxton, uma mecha do cabelo preto estava incidindo justamente contra a testa. Seus dedos formigaram para arrumar o cabelo dele.

— Estou indo para casa.

— A pé? — Se Melanie estivesse o encarando teria visto o içar de sobrancelhas.

— Nilley está doente... ela era quem me dava carona. De qualquer forma, eu não moro muito longe. Posso caminhar.

— Suba — disse ele.

— O quê? — ela parou abruptamente o caminhar, virando-se para ele.

— Mandei você subir. Vou levá-la para casa. — Melanie hesitou. — Não vou forçá-la a nada que não queira, Melanie. Você deve saber que é perigoso caminhar sozinha às três da manhã.

Maxton estendeu o capacete para ela.

Não pôde conter o pensamento que viera à mente de que Maxton era seletivo com as mulheres que ele deixava montar em sua garupa. E, incrivelmente, ele a havia escolhido. Melanie comemorou internamente.

Ela pegou o capacete que era estendido e colocou na cabeça. Segurou-se no ombro de Maxton para ter equilíbrio na hora de montar na garupa da moto.

— Abrace a minha cintura — ele disse, com um sorriso malicioso, percebeu Melanie pelo espelho retrovisor.

— Não me faça me arrepender de ter aceitado a carona, Maxton — ela pediu.

— Estando comigo, eu nunca faço uma mulher se arrepender de nada, Melanie. Nada.

E então eles saíram voando pelas ruas de São Francisco. Melanie segurava-se na cintura de Maxton, sentindo os músculos abdominais dele por sobre a camiseta e a jaqueta de couro. Se fosse um pouco ousada teria alisado explicitamente aquele torso perfeito. Mas como não o era, ficou tímida.

Pediu para que ele a deixasse em frente à casa da Sra. Aberdeen, pois precisava buscar a irmã. Ele parou a moto em frente a um prédio bem descuidado. Melanie desceu da moto, e estendeu o capacete para Maxton.

— Obrigada pela carona. — Ela disse.

— Agora o meu pagamento — disse ele, piscando um olho.

Melanie alargou os olhos.

— Pagamento?

— Não achou que eu a traria até aqui de graça, achou? — ergueu as sobrancelhas, não havia nenhum traço de humor. — Bobinha.

— Mas...

— Estou brincando, Melanie. — Maxton explodiu em gargalhadas, e Melanie o estapeou no ombro. — Calma, era uma brincadeira! Melanie!

Ela cessou com a agressão.

— Mas eu não me importo de você me pagar com um beijo, sabe...

— Vá esperando sentado, Maxton.

— Tenho todo o tempo do mundo, Mel.

— Esqueça, Maxton. Você não faz o meu tipo.

— Se tivéssemos aqui uma máquina da verdade, neste momento um "mentira" estaria apitando estrondosamente.

— Boa noite, Maxton.

Ela se afastou dele, caminhando até a entrada da casa da Sra. Aberdeen. Viu quando ele se afastou, e um sorriso nasceu em seus lábios.

Quando Melanie bateu à porta da casa da Sra. Aberdeen eram três e cinco da manhã. Na terceira tentativa, ela decidiu girar a maçaneta; estava aberta.

Luna estava adormecida no sofá da sala, sem nada para lhe proteger do frio, enquanto Lucia estava perdida em seu sono, na poltrona em frente ao sofá. Ao perceber a movimentação, os olhinhos de Luna se abriram lentamente.

— Melanie? Melanie! — A criança correu para os seus braços, abraçando-a.

— Pequena Luna! — Melanie beijou a irmã na bochecha. — Como foi o seu dia?

— Foi bom, muito bom. Hoje a professora nos ensinou sobre as cores quentes — respondeu Luna.

— Ah, é? Na segunda-feira eu terei folga, podemos pintar a noite inteira, o que acha?

— Uma maravilha!

Melanie segurou a mão de Luna, e juntas, foram até o sofá. Lucia começava a acordar e se surpreendeu ao encontrar as irmãs em seu sofá.

— Chegou tarde, Melanie.

— Desculpe. O movimento estava intenso hoje.

— Você sabe que eu adoro ficar com a Luna, mas também deve saber que eu tenho horário para dormir.

— Me desculpe novamente, Lucia.

— Só espero que isso não se repita, Melanie.

— Sra. Aberdeen? — Melanie a chamou.

— Sim?

— Da próxima vez que eu me atrasar, se houver uma, claro, a senhora poderia deixar a Luna em casa?

— Ela só tem nove anos, Melanie.

— Com a idade dela eu já ficava sozinha em casa. É seguro.

— Está certo. Agora, se me dão licença, eu preciso dormir.

Luna e Melanie seguiram para casa. Não era um espaço grandioso, mas o suficiente para duas pessoas — às vezes três. O pai delas passava pouco tempo em casa, então não contava como morador.

Assim que entraram no apartamento 12, Luna foi diretamente ao seu quarto para dormir. Mas antes, Melanie leu para ela uma historinha e cantou alguns versos de uma música. Quando a irmã já estava dormindo, ela pegou os cadernos e livros na cabeceira para estudar. O estudo se estendeu até às quatro e meia da manhã.

Antes de ir dormir, Melanie desativou o alarme do despertador.

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Notas finais do capítulo

n/a: Olá, queridos leitores! Aqui está o capítulo 2 de Accidentally! Espero que tenham gostado! *-*

Quem deixar comentário recebe um teaser do próximo, mas deixem o e-mail, por favor. O Nyah! mudou o sistema para enviar mensagens para vários leitores em um curto espaço de tempo.

Laryssa e Rayssa Fernandes vocês não deixaram o e-mail, por isso não enviei o teaser.

Bem, o capítulo 3 já está prontinho e o 4, em andamento.

Não se esqueçam dos comentários; para mim, é muito importante saber a opinião dos leitores. E tia Annie não morde!

Beijos.



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