A Rosa Que Sangra escrita por Wondernautas


Capítulo 6
Fragrância venenosa


Notas iniciais do capítulo

Primeiro, devo dizer que esse capítulo sofreu muitas mudanças antes de " vir a tona". Era para ele ser a continuação cronológica do capítulo anterior, mas acabei resolvendo fazer um flashback do Albáfica para aprofundar mais em certos detalhes antes de prosseguir. Enfim... espero que gostem.



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Eu considero que cada momento que vivemos ou experiência que passamos é como uma rosa que nasce em um jardim, o jardim da nossa vida. E cada rosa libera uma fragrância, de acordo com o que a mesma representa. Acontecimentos ou fatos ruins são como rosas que liberam um perfume venenoso e letal. Entretanto, creio que, independente do quão forte seja esse veneno, não podemos permitir que o belo jardim da vida seja arruinado por ele. Cultive sempre o melhor que a vida tem a lhe oferecer : é o que repito, todos os dias, para mim mesmo.

" Não há dor ou sofrimento que se compare ao poder do verdadeiro amor ". Essas palavras, há poucos segundos pronunciadas por mim mesmo, vibram dentro do meu ser. Na presença de Shion e Dohko, os esotéricos pensamentos insistem em levar minha mente de volta ao passado. Um passado no qual essas tais palavras, afinal, não eram tão verdadeiras...

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O primeiro dia de aula do primeiro ano do Ensino Médio. Até aí, nada de anormal. Contudo, eu estava destroçado por dentro. Meus pais haviam sofrido um grave acidente de trânsito há três semanas atrás e não resistiram. Eles morreram.

Passei a morar com minha tia Diana, uma mulher materialista e soberba. Não só ela, como a grande maioria das pessoas que passei a conviver valorizavam somente o exterior. Coisas como beleza, luxo, dinheiro, inteligência, sucesso... Coisas que, cada vez mais, foram me afastando de todos.

Antes da morte da minha amada mãe Acácia e do meu querido pai Lugonis, eu era uma criança comum como qualquer outra. Sorria quando era possível, me divertia, brincava, estudava... Na realidade, não tinha muitos amigos. Melhor dizendo: não havia ninguém que eu pudesse chamar , verdadeiramente, de "amigo" . Depois do acidente, passei a evitar meus sentimentos para não sofrer. No fundo, queria sim me envolver de maneira mais profunda com alguém. Entretanto, tive medo de me decepcionar, de esperar algo de alguém que não valesse a pena. Ou ainda, de ocorrer uma perda repentina, como fora com meus pais.

Então, no primeiro dia de aula do segundo ano, um verdadeiro turbilhão  assolava-me. Dor, medo, tristeza, solidão... Estava tão confuso, tão sozinho. Minha tia não era carinhosa como meus pais. Dizia sempre que o mundo é cruel e objetivo e aqueles que se entregavam aos sentimentos eram esmagados sem piedade.

Por mais que eu estivesse cercado de negatividade, ainda sim, deveria me manter forte. Por mais que a batalha fosse dolorosa, fraquejar e cair derrotado não era uma escolha. " Eu não posso desistir, não posso fraquejar. Viver sozinho será o melhor para mim " : insistia em crer e confiar, dia após dia, nessa " verdade" .

Logo, os dias foram passando. Como no ano anterior, permaneci sem criar laços com ninguém. Passei a ser ainda mais evasivo, mesmo não sendo poucos aqueles que se aproximavam de mim. Porém, no fundo, eu sabia a razão de despertar em tantas pessoas o desejo de me conhecer melhor. Eu percebia aqueles olhares frívolos e banais. Não importando o lugar onde estivesse, era sempre o mesmo motivo: essa tal beleza e a " notável inteligência ". Por quê? Sempre me perguntei qual a razão daquilo. Será que as pessoas me viam somente como um rostinho bonito e uma mente sabida? Se aproximavam apenas por razões fúteis e carnais? Será que ninguém se interessava pelo que existia dentro de mim? Seja nessa bendita escola ou fora dela, nunca mudava. A mesma sina se repetia constantemente.

Eu queria ser mais, queria provar que eu era mais do que me julgavam ser. Portanto, minha decisão de viver solitário permaneceu intacta. Isso até aquele dia, na aula de Biologia. A ordem do professor fora fazer uma atividade em dupla. Não me incomodei, já que o total de alunos era 39, o que normalmente resultava em um de nós sozinho. E era esse... eu mesmo. Fazia, como de costume, as atividades em dupla sozinho, não só de Biologia como de todas as demais matérias. E me saía bem, sem precisar da ajuda de outra pessoa. Porém, para aquilo que julguei como azar, um dos alunos havia faltado justo nesse dia. Asmita, que desde o ano anterior, jamais faltou um dia sequer, pela primeira vez, o fez. O fato chamou a atenção de todos, mas a ausência de um aluno não poderia parar a aula dos demais. Por fim, fui obrigado a fazer a dupla, já que o número de alunos presentes era par.

Manigold, que geralmente fazia as atividades com Asmita, teve de fazer comigo. Ele sempre fora um dos piores alunos da turma, enquanto Asmita, um dos melhores. O que Manigold mais gostava mesmo era pegar todas as garotas que tivesse chance. Mas confesso que, até aquele instante, jamais havia reparado nele. Na verdade, jamais havia reparado em ninguém daquela sala. Contudo, assim que o vi... Senti uma sensação estranha, inexplicável...

- E ae, cara. Tudo certo? - pergunta  ele, se aproximando com seus materiais, sua mesa e cadeira.

- Oi. - respondi o mais friamente possível, evitando olhar em seus olhos, sem querer demonstrar o meu "repentino interesse" nele.

Manigold une as carteiras e damos início a atividade. Ele se mostra um tanto quanto " lento ", fazendo jus a sua fama. Porém, Manigold se mostra também uma pessoa alegre, divertida e brincalhona. A simpatia dele, em poucos minutos, conseguiu arrancar risos presos há semanas... ou há meses. Seu interesse em conversar comigo e de me conhecer não tinha nenhum fundo banal, como era com a grande maioria das pessoas que se aproximava de mim. Ele não me passou a ideia de querer me alcançar por razão a minha beleza ou qualquer outro fator que eu repudiasse. Manigold simplesmente quis ser meu amigo, apenas isso. Algo que me deixou verdadeiramente feliz.

Os dois horários consecutivos de Biologia chegaram ao fim. Após uma tediosa aula de Matemática, a turma é liberada para o tão esperado intervalo. Entre nós, estudavam também Shion, Dohko,  Kardia, Dégel e a tão popular e cobiçada Pandora.

Todos vão apressados para o recreio e eu, o último a restar na sala, segundos após o ecoar do sinal, saio rumo a um jardim do colégio.

Meu pai, Lugonis, cultivava rosas desde que o mesmo era criança. Ele me fez crescer admirando-as, vendo nelas a lembrança de seu sorriso e de sua vontade. Minha mãe, Acácia, se apaixonara justamente por esse jeito romântico, sensível e ao mesmo tempo firme e determinado dele. Algo que, modestamente, tive de quem herdar. 

Essas flores, após a morte dos dois, passaram a ser uma maneira de eternizá-los em mim. A beleza das rosas são como a beleza dos meus pais. Não a exterior, a física... mas a interior, a do caráter e da alma de ambos. Aquilo que, para mim, é a verdadeira beleza. Desde então, as rosas tornaram-se minhas companheiras, tal como a minha solidão e angústia.

Como de costume, vou até esse jardim, que fica um pouco atrás das salas de aula. Chegando lá, deito sobre a grama verde e aprecio o ligeiro perfume de rosas no local. Observo o céu tão azul com serenidade até ouvir ruídos e gemidos que interrompem esse momento. Levanto-me depressa, assustado com o que escuto.

- O que é isso? - pergunto-me, ouvindo os gemidos vindo do meu lado direito.

Olho para essa direção, na qual havia uma árvore de aproximadamente sete metros. Caminho com calma e sem pressa, minuncioso, para descobrir o que estava acontecendo.

Apoiando minha mão direita sobre a árvore e levando meu rosto pouco a pouco para a frente, tenho uma visão que me arrepia a espinha. Manigold, agachado e escondido atrás de uma pequena moita, observa duas garotas da nossa sala aos amassos, metros a frente dele. Uma loira de cabelos longos e uma morena de cabelos ruivos curtos, sendo que esta última estava assentada sobre a barriga da outra. 

- Asuka e Jessie ...e Manigold? - mentalizo os nomes, impressionado com a situação.

O susto é ainda maior quando noto o volume na calça jeans do meu colega de sala. Nesse instante, sinto outra sensação. Me excito. Não só pelo fato de ver as duas garotas se atracando ali, mas também por ver o Manigold daquele jeito. Mas eu era hétero, até aquele momento sempre me atrai por garotas. Estar, pela primeira vez, me excitando com um homem me deixou pasmo. O fato de não conseguir afastar meus olhos do volume de Manigold me enlouqueceu.

- Mas o que está acontecendo comigo? - penso.

Sou gay? Sou hétero? Sou bi? O que eu sou? O que quero ser? O que devo ser? Todas essas questões se transformam, para mim, em um martírio colossal. Contudo, não consigui fazer com que meus olhos negassem o que via a minha frente. Senti ali a excitação pulsar. Olhando para a minha própria calça, identifico-me na mesma situação que meu colega de sala : o volume apontando sem nenhuma discrição.

Senti que eu deveria sair dali. Mas não o fiz. Por mais que a razão me falasse que fazer aquilo era errado, meu corpo não me obedecia. Não conseguia me afastar dali, nem parar de olhar para o Manigold. Graças aos céus, minha presença não foi notada.

A coisa entre as duas garotas foi esquentando. As roupas foram sendo arrancadas com fervor e os gemidos se tornando cada vez mais altos. Elas se beijavam e se apertavam sem nenhum pudor. Por algumas vezes, meus olhos caíam sobre a ação das duas. Mas, inegavelmente, os " gêmeos azuis " se interessavam mesmo era pelo " popular pegador " que observavam.

- Albáfica, o que você está fazendo? Você não deve ficar aqui observando essa cena e se excitando desse jeito! - me recrimino mentalmente.

Porém, minha negação momentânea cessa assim que as duas mãos nervosas de Manigold começam a agir. Ele abre o zíper da própria calça, abaixa um pouco a cueca e retira seu volume para fora. Meus olhos se arregalam e sinto como se meu coração fosse explodir de tanta adrenalina. O que devo fazer? Ficar e continuar observando ou correr e fingir que nada disso aconteceu? Qual a resposta ideal? Infelizmente, não cheguei a nenhuma  conclusão. Meu corpo e minha alma se renderam, a cada segundo mais, para o que eu via.

Manigold começou a usar sua mão direta para tocar no que, algum tempo atrás, apontava na sua calça jeans tão apertada. Seus movimentos começam lentos, assim como o que as duas garotas fazem a frente. Assim que Asuka e Jessie se tomam pela ferocidade, Manigold acelera seus movimentos na mesma intensidade. Provavelmente, eu teria imitado ele... se uma das garotas, a loira, não gritasse:

- Asuka, tem um cara vendo a gente!!

Pronto. A casa caiu. Elas me viram: o que eu penso de imediato. Conquanto,  quem fora descoberto tinha sido o Manigold.

A ruiva, que ainda estava por cima, se levanta furiosa, obviamente sem roupa e o encara. A loira, corada de vergonha, tateia aflita o chão em busca de suas roupas. Cobre os seios depressa e encolhe o corpo, quase morrendo envergonhada.

- Manigold, é você? - a ruiva, Asuka, pergunta surpresa ao identificá-lo.

Asuka e a outra garota, Jessie, eram amigas inseparáveis. Aparentemente, era o que todo mundo pensava. Nem eu e nem ninguém, na minha opinião, esperaria que as duas eram mais do que isso. A ruiva, Asuka, era namorada de um dos garotos da sala, o Kardia. E como os dois não era lá aquele típico casal discreto e Jessie sempre teve uma quedinha por mim, tal cena era inimaginável.

- E... e... e ae, Asuka. - fala Manigold, sem sair da mesma posição e sem retirar a mão do seu ... do seu... " amigo ".

Enquanto me escondo ainda mais atrás da árvore, noto o rosto da ruiva ficar tão vermelho quanto seus cabelos. Vermelho de raiva. Ela cerra a mão direita ao olhar em direção a calça do Manigold e pergunta:

- O que você está fazendo ai?

Sem hesitar, ele responde rindo:

- Tava aproveitando a paisagem.

Sem esperar mais nenhum milésimo de segundo, a ruiva salta pra cima dele, lhe desferindo socos com toda a fúria. Jessie veste suas  roupas, nervosa, enquanto implora para que a " parceira " pare de agredi-lo. Mas suas súplicas não são atendidas.

Não consigo imaginar o que devo fazer, senão correr o quanto puder para me afastar dali. Minha decisão , em seguida, é reforçada quando Manigold vem implacável em minha direção, ainda com as calças entreabertas. Asuka vem, sem roupa nenhuma, atrás dele como uma fera. Jessie,  por último e logo atrás, sem parar de gritar " Para Asuka, para com isso! " .

- Corra, Albáfica. Corra como nunca em toda a sua vida. - sussurro, enquanto o faço sem olhar para trás.

Durante minha fuga desesperada, torço para que eu não seja visto pelos três, bem atrás de mim. Sigo rapidamente por entre o jardim, mas eles desviam e vão em direção as salas e ao pátio da escola. Ao mínimo, sinto-me aliviado ao parar de correr e vê-los se afastando.

- Vou lembrar de nunca mais vir aqui nesse lugar. - digo, com as mãos abertas sobre os joelhos, curvado e ofegante.

Por fim, toda a escola ficou sabendo da confusão. O romance entre Akasha e Jessie veio à tona, assim como o fato de Manigold se " divertir " enquanto as via na hora H. Kardia rompeu com a namorada, pois não suportava ser traído, seja em que situação fosse. O trio envolvido recebeu duas semanas de suspensão, mas o assunto na escola perdurou por um período bem mais longo. Por sorte, eu não fui descoberto e consegui sair ileso de toda aquela história. Seria a maior vergonha da minha vida se soubessem que eu também estava ali.

Nesse dia, esperei o sinal do término do recreio ecoar para sair do local e ir direito para minha sala. Nela, estavam somente Shion, Dohko e Dégel. Como era de se esperar, falavam do Manigold com a cueca à mostra sendo perseguido na escola inteira pela namorada do Kardia, pelada. Pelo que pude ouvir de maneira discreta de Dégel, os dois e Jessie estavam tendo uma séria conversa com o diretor Sage, na sala do mesmo.

Logo, nossa sala foi preenchida pelos alunos, com exceção dos três.  Kardia, pelo que percebi, entrou e se sentou em seu lugar totalmente arrasado. Nada de inesperado, afinal. 

O professor de História tentou dar sua aula normalmente, mas essa mostrou-se uma árdua tarefa para o mesmo. As conversas paralelas não pararam e o trio protagonista da confusão não retornou até o fim do dia letivo.

E a cada dia seguinte, que eu permanecia agindo normalmente naquela sala de aula, ouvia os comentários e risos intermináveis. Não havia tema mais interessante para todo mundo. Não só para os alunos, como também para os professores e demais funcionários da instituição. O ocorrido fora a grande bomba do ano, talvez da história da escola. Mas as opiniões alheias em nada me interessavam.

Dentro de mim, aquelas mesmas questões se repetiam: Sou gay? Sou hétero? Sou bi? O que eu sou? O que quero ser? O que devo ser? E mais uma pergunta foi acrescida ao meu arsenal particular de autodúvidas : o que eu sinto pelo Manigold?

Quando eu me lembrava do que aconteceu e me excitava com a visão que tive dele, me angustiava cada vez mais. Me apaixonar por outro garoto? Isso era algo inaceitável!! Sofri e continuei a sofrer , mesmo quando ele voltou para as aulas no término do seu período de suspensão. No dia que retornou, por coincidência, Asmita também voltou. O nosso colega de longos cabelos loiros estava com diagnóstico de dengue e, por tal razão, se afastara da escola.

Depois de muito sofrimento e reluta, aceitei minha opção sexual: sou bi. Todavia, dizer para mim mesmo que amava o Manigold foi ainda mais difícil e demorou mais de três meses. Tinha eu que ficar perdidamente apaixonado pelo hétero mais popular e conquistador do colégio? Que tortura foi conviver com ele e com esse sentimento sem acolher toda essa realidade.

Mas, no fim, admiti. Obviamente, essa aceitação foi interna. Revelar ao mundo tais verdades não era uma escolha que eu enxergava como adequada. E assim fui vivendo aquela fase. Passei a, diariamente, admirar os traços do rosto, o sorriso, a voz, o corpo, as atitudes de Manigold. Como eu gostaria de ser mais próximo a ele, ser importante para ele.  Chegava a ter vontade de me entregar as lágrimas quando o via beijando uma garota, o que não foi incomum e nada raro durante aquele ano. Porém, por mais que eu desejasse, nossa amizade não se solidificou e, no ano seguinte, fui transferido para outra escola e não o vi mais até o reencontrar na atual universidade em que estudamos.

Tanta dor e sofrimento fora como o perfume de uma rosa venenosa, que assolava meu jardim tentando destruir as demais rosas que cultivava. Reencontrar Manigold depois desse tempo trouxe de volta os sentimentos que eu tentei esquecer. Por outro lado, tivemos a oportunidade de nos tornar verdadeiros amigos. Ter a amizade do Mani foi o bastante para transformar o amargo perfume do passado em uma doce e inofensiva fragrância.

E assim foi. Manigold e eu, hoje, somos grandes amigos. E isso já é o bastante para mim. Quero que ele seja feliz estando eu ao seu lado, como um companheiro leal e sincero. Mas ...ah, como queria ser algo a mais para ele do que um amigo...

/--/--/

Hoje, sou diferente. Não tenho mais medo das descobertas, nem de ser como sou. Quero fazer amigos sinceros e manter os que já possuo. Meu único medo é estar sozinho novamente, perder essas pessoas tão importantes... perder o Manigold. Se devemos ser apenas amigos, que assim seja. O que, definitivamente, destruiria minha felicidade e alegria é perder aquele sorriso tão querido... Isso eu não quero em circunstância nenhuma! Seu sorriso, Manigold, é a mais bela rosa do meu jardim.


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Notas finais do capítulo

O nome do pai de Albáfica ora aparece como Rugonis ora como Lugonis por ai. Como prefiro esse último, citei assim na fic. Espero que, além de grande, tenha ficado bom. Bjs e abraços, nos vemos nos reviews ou no próximo capítulo^^