POV. Damon

Estávamos lá no quarto da Caroline, nós duas, ela se preparava para ir ao um jantar com um “Gato”, como ela mesma falou.

– Esse aqui é muito extravagante? –Ela me mostrou um vestido Roxo com um decote ... Tipo ... Super... OMG

– Não, ele é Vulgar demais.

– Ah, Elena, você não gosta de nada! –Resmungou voltando para o seu tão amado Closet, quando o celular ela tocou. –Atende para mim Elena. –Ela gritou então atendi.

– Alô? –Ouvi um respiração do outro lado da linha, Arg, será que era um trote ou coisa do tipo?

– Alô? Tem alguém aí? –Perguntei com um tom brincalhão, hoje por incrível que pareça, meu humor estava legal!

– Elena?! – Quando ouvi aquela voz quase que caio para trás, meu coração se apertou tanto que doeu, minha única ação foi desligar o telefone dela. Estava em Choque, era Ele, era aquela voz grossa e perfeita, ao mesmo tempo.

– Elena, sua covarde, AH! –Falei para mim mesma colocando a mão no meu rosto e caindo na cama, Eu queria ouvir de novo a voz dele, só então percebi lagrimas escorriam no meu rosto, era de dor, saudades, medo, angustia, tudo junto.

– E esse aqu... Amiga você tá bem? Quem era no telefone? –Caroline perguntou preocupada vindo até mim.

– Era ele Car, era o Damon! –Falei me entre soluços.

– Oh, amiga, não fica assim, você sabe que uma hora você vai ter que voltar, encarar ele, Ele é o pai da sua Filha, ela o conhece agora e os dois se adoram, uma hora você vai ter que encarar! –Ela disse me abraçando

– Eu não quero Caroline, eu quero a minha menininha de volta!

– Você sabe que não pode ter ela agora, deixa ela curtir um pouco o pai. –Caroline deu um sorriso curto.

– Eu jurei para mim mesma que não ia mais chorar por ele, mas é tão difícil, Eu não sei o que é isso.

– Isso é amor, saudades, angústia, tudo misturado, você se arrepende de ter deixado ele.

– Ela tava grávida Caroline, ele me disse que eles dois iam ter um filho juntos! –Falei olhando nos olhos da Caroline.

– Eu sei, você recebeu a carta, que talvez, fosse dele, mas Elena e se fosse mentira?

– Não era mentira! Eu não podia ficar lá, ele não me amava de verdade, eu ia fazer papel de boba! Isso eu nunca vou deixar. –Falei limpando as lágrimas. –Mas, logo, logo isso vai acabar Car, eu volto em alguns dias!

– Alguns dias?

– É Claro, eu quero a minha Sam de volta amiga!

– Mas Lua, você tirou 07 anos da vida dela, você acha que em alguns dias você vai recompensar tudo?

– Eu sei que não, mas eu to decidida Car, eu volto em alguns dias!

– Pensa um pouco, não toma decisões precipitadas! –Assenti e decidi ir para o meu quarto, tomei uma ducha bem gelada. Ouvi a voz dele em 07 anos era como um choque para mim, Eu tentava negar para mim mesma, mas a quem eu queria enganar, eu sinto falta dele, do seu cheiro, do seu gosto, do seu toque, do seu corpo, de Tudo, absolutamente Tudo!

#Flashback On#

– Tava pensando... –Ele disse depois de mais de 5 minutos em silêncio me espertando.

– Pensando em mim? –Perguntei de brincadeira, ele riu e respondeu.

– Sempre, mas no futuro.

– Como assim no futuro? –Falei entrelaçando nossos dedos

– Ah, Futuro Elena, casamento, filhos.

– Ué, tá pensando nisso porque?

– Sei lá, só me veio na mente perguntas, tipo, quantos filhos você gostaria de ter?

– Ah, Sinceramente? Acho que 02 ou 03

– Só? –Ele me olhou e fez um bico que ele sabia que eu Amava

– Ah, e você pretende ter quantos.

– Se for com você! 05, 07, 10 talvez 20.

– Uou, ei eu sou uma Mulher, não uma maquina! 03 no máximo. –Ele riu e me deu um beijou.

– Menino ou menina? –Ele falou se separando do beijo

– Com tanto que venha com saúde para mim, tudo bem!

– Eu queria uma menina que nem você assim, perfeita, com seus cabelos ,seus olhos, louquinha. –Nós rimos.

– Nome?

– Ah, isso eu não pensei! Mas eu gostaria de um com ‘S’, ou ‘R’, ou ‘K’.Tipo ,Elena, é lindo –Ele me puxou para mais um dos seus beijos apaixonantes, Eu tinha certeza, ele séria um pai excelente.

#Flashback OFF#

As lembranças doíam tanto, doía saber que hoje poderíamos estar juntos, Hoje poderíamos estar dormindo e acordando um ao lado do outro. Doía saber que ele poderia estar com a Samanta todas as vezes que ela perguntava por ele, saber que ele poderia ter visto ela dar os primeiros passos, o primeiro dente cair, ouvir a primeira palavra dela, ouvir ela dizendo ‘Papai’ pela primeira vez, ou um ‘Eu te Amo’. Mas o que mais doía era saber que tinha ido embora sem ao mesmos ouvir ele, e se Car estivesse certa e se isso fosse mentira?

Mas a quem eu queria enganar sempre amei e sempre amarei aquele homem lindo, carinhoso e educado que o Damon foi um dia, e isso era o que me dava mais ódio e raiva eu ainda o amava , e afinal não tinha um único dia na minha vida que eu não me lembrasse dele.

Ah, para Elena, não adianta ter remorsos mais, você já fez a burrada, assuma agora, Sim, eu sinto tanta a falta daquele teimoso, Sinto falta do meu teimoso!

POV. Damon

– O que ela disse? –Kath perguntou tão “em choque” quanto eu.

– Só “Alô” –Falei

– Só? Dam você tem certeza, certeza absoluta que era a... Elena?

– Claro Kath, eu reconheceria essa voz em qualquer lugar!

– Papai! –Samanta gritou ao me ver,

– Oi! –Sorri e ela veio até mim me abraçando, e eu a peguei no colo

– Tá tudo bem? –Ela perguntou.

– Tá, tá, err... Vamos para casa?

– Uhum ... –Ela abraçou o meu pescoço se ajeitando, provavelmente ela tava cansada

Me despedi de Kath e fomos para casa,

– Pai tenho um presente pro senhor! –Ela disse correndo até a mochila que estava no sofá.

Ela tirou um objeto quadrado da mochila

– O que é isso? –Perguntei curioso

– Eu, a tia Kath e a Juh compramos, eu que escolhi, olha. –Ela me deu era um porta retrato com uma foto que tiramos no playground.

– Que lindo. Obrigada. –Ela sorrio e veio sentar no meu colo. E suspirou. –Algum problema?

– Nada, é só que ... Eu to com saudades da minha mãe.

– Eu também, eu sinto muita falta dela.

– Sério? –Concordei e ficamos conversando mais um pouco e fomos dormir.

[...]

Estava na empresa, tinha acabado de sair de uma reunião quando minha secretária me chama.

– Senhor, a senhorita Bittencourt acabou de chegar, posso manda-la entrar? –Suspirei pesado, era só o que falta, Ela era uma louca que vivia dando em cima de mim, Ah! Minha cabeça tava cheia de problemas, mas Trabalho é trabalho ...

– Pode, pode. –Alguns segundos depois ela entrou. –Senhorita Bittencourt, Em que posso ajudar? –Falei tentando ser simpático.

– Ah, Damon! Você sabe muito bem que pode! –Ela disse já se aproximando

– Por favor de chame de senhor SALVATORE-Suspirei de novo. –Por que da visita inesperada?

– Bem, senhor Salvatore, eu queria saber se o senhor podia adiantar a minha audiência, quero me ver livre do meu esposo logo!

– Bem, eu preciso ver aqui, mandar as informações para o juiz, e as coisas desse tipo, isso pode demorar alguns dias e ... –Ela me interrompeu

– Que bonitinha, essa é a sua Irmã? Prima? –Falou apontando para a foto que Samanta havia me dado ontem.

– Minha Filha! –Ela então arregalou os olhos, por essa ela com certeza não esperava

– Filha? Nossa você parece tão novo! –Ela deu um sorriso para mim

– Como eu estava dizendo, esse processo pode demorar alguns dias, mas eu vou fazer o possível. - O possível para te ver fora daqui sua Louca. –Pensei.

Sorri para ela e falei...

– Bem, era só isso?

– É na verdade era, muito obrigada Senhor Salvatore! –Levantei-me para apertar sua mão e ela me deu um beijo na bochecha, e foi embora. Algum tempo depois o telefone tocou:

– Senhor Salvatore?! –Era minha secretária, tinha uma voz de desesperada, estranho

– Sim, aconteceu algo?

– Não, acabaram de me ligar da escola da sua filha, e falaram que ela não está se sentindo bem, e tiveram que levar ela para a enfermaria ... –Nessa hora o meu coração apertou, desliguei telefone e corri para o elevador.

Entrei no estacionamento correndo e adentrei no carro o mais rápido sem me importar com quem estava lá. Pela minha sorte o trânsito estava bem calmo, então cheguei rápido na escola dela, lá fui anunciado e guiado até a enfermaria do colégio, Samanta estava abraçada com o fifo, chorando.

– Sam. –Falei correndo pra abraça-la, e ela me abraçou de volta. Ela estava bem quente e suando frio. –Ei pequena, você está bem?

– Pai eu quero a minha mãe, quero minha mãe, traz ela aqui, por favor. –Ela disse chorando, o que eu podia fazer? Não tinha como eu falar com a Elena ... E agora?!