A Chave Do Segredo - Dark Mystery escrita por Cristina Abreu


Capítulo 13
Capítulo 12


Notas iniciais do capítulo

Hey, hey!!! Mil desculpas pela loooooonga demora!!! Não foi minha intenção ficar tão longe do computador por esses dias... Mas estava lendo. Awn. E tenho o prazer de dizer que tenho mais um marido: Mr. Darcy!!! Perfeito!
Mas enfim, vocês não querem saber disso.
Eu sei que o capítulo ficou pequeno, e ele é apenas mais um de passagem. Mesmo assim, espero que gostem!
Nos vemos lá embaixo, Apple Pies!



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Capítulo 12

Londres, Inglaterra.

Dias atuais.

Lauren.

No dia seguinte, cheguei atrasada. Foi proposital, afinal, eu não queria ter uma conversa com Megan e Cameron sobre o que acontecera na outra tarde. Nem do que quase acontecera.

Estacionei o carro e entrei correndo na minha sala, ganhando um olhar mal-humorado do professor de Cálculo e outro inquisidor. Negro.

Sério... Ele tinha que estar em quase todas as minhas aulas? Suspirei, resignada, e fui para a única carteira vazia, que era bem ao seu lado. Derek deu-me um sorrisinho e se recostou na cadeira. Não sorri de volta, somente concentrei-me em prestar atenção no que o professor dizia.

Distraída, mal percebi quando um pedaço de papel – uma folha de caderno simples – deslizou por minha mesa, parando bem ao lado de meus dedos, que tamborilavam nervosos encima da mesa. Abri-o lentamente, resmungando comigo mesma.

“Como passou o restante da noite?”, o bilhete dizia, em letras cursivas e elegantes.

Pensei em não responder, mas minha mão agarrou o lápis e escreveu rapidamente: “Muito bem, ainda mais sem você.”. Devolvi-lhe o papel e voltei meus olhos para o professor, que tentava acompanhar a movimentação minha e de Derek.

Ele riu e amaçou o papel, jogando-o, em um arremesso, direto no lixo, ao lado da lousa. O professor bufou e sentou-se. Por sua coloração vermelha, todos podiam dizer que estava realmente muito nervoso.

Mas ele não disse nada. O sinal bateu e todos saíram da sala, rindo. Derek foi um dos que ria, mas não com outro colega, e sim para si mesmo. Ou talvez, para mim.

Suspirei e me levantei, totalmente exausta. Ah, mas ainda faltava um dia inteiro para deitar em minha cama novamente. Que sorte a minha.

— Você bem que poderia parar de me seguir. – falei, alisando o cabelo.

— É o destino. – Derek sentou-se ao meu lado.

— Aham... Por que você não dá o fora dele? – não o encarei.

Ele ficou em silêncio, deixando o vento carregar para longe minhas palavras. Estávamos no pátio, sozinhos, por sermos os únicos malucos que se aventuraram naquele frio recente.

Cameron e Megan estavam lá dentro, mas eu ainda não os vira. Fugi o dia inteiro dos dois – na verdade, dos três, mas esse garoto de cabelos e olhos negros sempre acabava me encontrando -, pois ainda não estava com vontade de dar uma explicação para o dia anterior. Nem eu sabia o que tinha, de fato, acontecido.

— Seu namorado está nos olhando. – Derek soltou de repente.

Não precisei voltar meu olhar para a grande janela do refeitório que tinha vista para o campus onde estava. Sentia um olhar gélido desde que me sentara ali.

— É, eu sei. – arranquei um pouco de grama e a contorci por entre meus dedos – O que quer aqui?

— Conversar, talvez.

— Com alguém que não quer papo? – eu ri; uma risada sem humor algum. – Não... Eu quis dizer: o que quer em Londres, o que quer de mim?

— Acho que você já tem a resposta para suas perguntas, não tem? – sua mão tocou a minha, mas eu me desviei dessa.

— Você disse que tinha muito mais do que eu sabia. – suspirei.

— E você disse que não queria conversar agora. – ele retrucou.

Touchè. – meu sorriso foi rápido e falso. – Mas estou falando sério. O que você quis dizer com aquilo?

— Você só descobrirá quando me conhecer verdadeiramente. – ele se aproximou. – E para isso temos que nos tornar mais próximos...

— Esta, com certeza, não é minha pretensão, Derek. – eu balancei a cabeça, em negativa. – Tudo o que eu queria era não ter o conhecido. Perdi tudo por isso, não entende? Tudo.

— Não sei do que está falando. – mas ele sabia, porque quando ergui o olhar, seu rosto virou-se para o outro lado. Não rápido o suficiente para ocultar o modo estranho como estivera olhando para mim: com ódio, de um jeito assassino.

— Certo. Esqueça.

Com raiva, me levantei e caminhei para longe dele. Não podia acreditar que ele negava algo que ambos tínhamos conhecimento. Era inacreditável. Derek não me impediu e nem me seguiu.

À beira de lágrimas, entrei na escola e andei para longe de todos os rostos que me encaravam. Estava magoada, e nem sabia o porquê. Ou talvez, apenas não aceitasse a resposta.

Mais uma vez acabei no banheiro feminino. Segurei as lágrimas e lavei o rosto, aplicando uma sutil camada de rímel. Quando estava um pouco mais calma, vi que alguém entrava no banheiro.

— Laury... O que está acontecendo? – a voz de Megan era preocupada.

— Nada. Estou bem. – funguei.

— Não estou falando sobre agora, mas sobre ontem. Você ignorou tanto as minhas ligações quanto as de Cameron. – dei-lhe um olhar vazio. – Lembra-se dele? Olhos azuis, cabelos negro... Seu namorado...?

Suspirei e virei-me para ela.

— Não quero falar sobre isso agora, tudo bem? Estou cansada, Megan. Muito cansada.

— Você precisa me contar! – ela elevou a voz, mas voltou a abaixá-la. – Não entende que nós estamos preocupados com você, Lauren? Que nós somos seus verdadeiros amigos, e não o Derek?

Não respondi, apenas apanhei minha mochila da bancada e sai do banheiro. Sabia que Meg me seguia, mas não queria falar com ela agora.

— Me dá um tempo, ok? – passei a mão pelo cabelo.

— Mais tempo? – Megan bufou. – Cameron vai cansar de esperá-la, Laury. E eu também.

Controlei minha vontade de voltar a chorar e continuei andando. Para longe.

Estava tranquilamente rabiscando meu caderno quando escutei aquela voz baixa me chamando a atenção. Ele não se dirigia a mim, particularmente, mas sim a toda a classe. Mesmo assim, acabei corando por suas palavras.

Ela parecia um anjo,

Nebulosa e surreal

Mas será que não notava

‘Que do desejo nascia?

Voltei a mim e encarei fixamente a frente da sala. Não podia demonstrar que ele havia me tocado com o que tinha falado. Mesmo assim, as palavras pareciam dançar em minha mente, lidas com polidez e ritmo. A voz? Perfeita. Bufei e virei os olhos. Mas afinal, o que aquela curta poesia, de apenas uma estrofe, queria dizer?

— Muito bem, Derek! – exclamou, feliz, a professora de Literatura. As demais alunas da turma se limitaram a bater palma e suspirar. – Sete sílabas poéticas, meu querido. Muito bom mesmo!

Respirei fundo e voltei para meus desenhos sem sentido. O último fora um coração, que risquei até ficar irreconhecível. Notei pelo canto do olho que Derek sentava-se.

— Muito bem! – repetiu pelo que parecia a milésima vez. - Agora, por que não tentam as próprias? – a professora piscou e sorriu. Claramente, estava contente que um aluno chegou a escrever algo que prestasse numa de suas aulas.

— E então? O que achou? – perguntou ele, sorrindo galanteadoramente, depois que voltou ao seu lugar. – É apenas o começo.

— Desde quando escreve poesias? – contra-ataquei; não queria dar-lhe uma resposta.

— Eu sei que não as escrevo muito bem. – riu. – Um segredo? Não tenho alma de poeta.

— Ficou boa. – eu disse por fim, mas o que se passava na minha cabeça era: “Puxa, e você tem alma?”.

— Só isso? – Derek fechou o sorriso, depois tocou minha mão. Puxei-a para mim. – Nada mais?

— O que você espera? – suspirei. – Tá, a poesia ficou ótima.

— Puxa, docinho – ele arregalou os olhos, mas depois lançou-me uma piscadela. – você é mesmo difícil de agradar, hein?

Ignorei-o, não queria discutir bem na aula de Literatura. Nem em nenhuma outra. Nem em momento algum.

— Lauren? – Derek me chamou.

— O que é? – controlei minha voz para que saísse normal. Meu rosto corava de raiva. – Por tudo que é sagrado, o que você quer dessa vez?

— Quer saber de outro segredo? – ele chegou mais perto. Instintivamente, me inclinei também, até que seus lábios tocaram a minha orelha, fazendo cócegas.

— Qual? – sussurrei, quando ele não disse nada. Minha vontade era de fechar os olhos e apenas sentir seus lábios me beijando.

— Você sabe muito bem o final do poema. – O sinal que dava fim a aula bateu, e Derek se afastou, olhando para mim.

— Ah, é? E qual será o final? – arqueei uma sobrancelha, meu estômago já se retorcendo enquanto minha mente criava várias frases de efeito, e nenhuma delas fazia rima com o restante da poesia.

— O anjo se entrega. – falou-me e saiu, sorrindo, de bem consigo mesmo.

Odiei-o naquele momento com todas as minhas forças. Mas no fim, deixei esse sentimento de lado, afinal, ele não existia de fato. Uma pessoa que eu nunca poderia odiar é Derek. Meu coração tinha outros planos para ele.

Corei profundamente e recolhi o material. Embaixo da carteira estava o maldito poema. Apenas quatro versos que desencadeavam uma série de pensamentos.

Gosta de segredinhos, querida? Meu cérebro disse a mim. Então aqui vai outro: você também sabe o que já nasceu, não sabe?

Suspirei, resignada. Seria amor?


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Notas finais do capítulo

E aí, amores? O que acharam? Digam tuuuuuudo (mesmo que o capítulo não tenha tido nada de: UAU!)
Vou tentar não demorar da próxima vez... E tentar responder os reviews o mais rápido possível! Mil desculpas por estar tão lerda assim!!!
Bem, nos vemos nos comentários, certo??
Beijos!! :*
PS: É com orgulho que eu digo que acabei de reescrever essa fic no word! kkkkkkk Terá 21 capítulos mais um Epílogo! Espero que vocês estejam gostando.
PSS: Já estou rascunhando a segunda temporada!



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