The Demigod Lost escrita por Danny Fernandes


Capítulo 5
Meu pai me reclamou


Notas iniciais do capítulo

Gente, me desculpem. Eu sei que demorei pra postar, mas eu não pude. Eu estudo o dia inteiro e quando chego em casa estou morta e não entro no PC. Me perdoem. Aí está um outo capitulo.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/350666/chapter/5

Estou sonhando, tenho certeza disso, pois nunca estive neste lugar e não sei como vim parar aqui. É um local onde tem um jardim lindo. Não. Não é um jardim, é muito mais bonito que um. Estou em baixo d’água de frente para um recife de corais. É extremamente lindo, cheio de cores vivas. Muitos peixes, grandes e pequenos, cobras marinhas e até mesmo tubarões e algumas baleias estão nadando por aí como se estivessem em uma dança sem fim e não parecem se importar comigo ou notar minha presença. Estou tão admirada com a beleza deste lugar que não percebo que estou respirando, algo que me deixa mais espantada e mais certa ainda de que estou sonhando. Começo a nadar quando vejo um único golfinho lindo, acho um pouco estranho porque golfinhos nadam em bando. Ele nada até mim e começa brincar comigo, faz rodopios e gira ao meu redor até tomar uma atitude um tanto estranha para um animal como este. Ele está preocupado, vejo isso em seus olhos, ele se aproxima de mim e faz algo que me surpreende ainda mais. Ele começa a falar.

–Olá minha querida Liza- Tenho certeza que está se comunicando comigo através de pensamentos, pois sua boca não se mexe.

–Você fala?- é a única coisa que consigo dizer e ele solta uma risadinha tímida

–Não sou um golfinho comum - ele me responde

–Você é fruto da minha imaginação?

–Mai ou menos. Eu existo de verdade, mas apareci em seus sonhos, pois, preciso alerta-la.

–Alertar-me? Sobre o que?-Pergunto novamente, porém, um pouco confusa.

–Você corre um grande risco.

–Como assim? Do que você está falando?

–Você terá que ser forte, pois um grande mal se aproxima.- E de repente o sonho muda, estou em uma caverna escura e há uma luz bem fraca vindo do fundo dela e decido ir até lá. Quando vou me aproximando posso ouvir vozes e a cada passo mais próximo distingo que são duas e agora consigo entender o que falam.

–O senhor acha que esse plano vai dar certo mestre? O senhor acha que ela vai fazer o que está pensando?-disse uma voz feminina

–Claro que vai.-Essa é bem mais grossa e rígida- Ela é tão ridícula quanto o outro. Vai acabar fazendo exatamente o que eu quero. E você vai vigia-la e se ela sair do caminho que estou formando pra ela, faça-a entrar nos eixos, mas é claro com cautela e discrição. Não quero que descubram ainda.

–sim mestre.- E a voz feminina saiu e a outra voz começa a falar comigo e isso me dá arrepios.

–Eu sei que você está ai- disse a outra voz- Sei que ouviu a conversa. Então é bom se prepara pois tempos difíceis surgirão mais uma vez- e sinto uma nevoa negra me cobrir e então acordo assustada.

Olho pela janela e ainda é bem cedo, todos estão dormindo e o sol começando a aparecer no horizonte. Bebo uns goles de água e com o pouco que sobrou no copo, molho meu pescoço. Não ouso voltar a dormir com medo que o pesadelo resurja, então decido ir logo me aprontar. Quando saio do banheiro visto a primeira roupa confortável que vejo na minha mochila (http://www.polyvore.com/look_confortavel/set?id=87166620) e volto para cama, mas sem nenhuma vontade de cair no sono. Esperei deitada até a hora que pudesse sair do chalé e fui tomar meu café da manhã, quando terminei fui me encontrar com o Pólux pra aula de grego antigo.

–Liza você tá legal? Te achei meio distante e abatida na hora do café.

–é que eu tive um pesadelo estranho essa noite- disse e contei tudo que aconteceu e ele sugeriu que fossemos a Quíron conversar sobre meu sonho, pois os sonhos de semideuses na maioria das vezes são avisos do que vai acontecer.

Chegando na casa grande onde Quíron e o senhor D. estavam, na varanda, jogando pinochle, perguntamos se podemos falar com Quíron a sós e o Senhor D. começa a reclamar dizendo que ele é um deus e que vai acabar descobrindo então, para fazê-lo calar a boca, contamos aos dois. Conto como foi meu sonho e, tanto Quíron quanto senhor D. assumem uma expressão pensativa e preocupada e de vez em quando trocam olhares.

–Bom crianças, só podemos esperar agora.-diz Quíron

–Agora vão fazer suas atividades fedelhos, estão nos atrapalhando - adivinha quem disse, se pensou no senhor D., parabéns você merece um premio.

Perdemos a aula de grego antigo e já está quase na hora da minha aula de esgrima com a Rapha e Polux, vou para meu chalé me aprontar quando saio a Rapha já tá me esperando. Nós caminhamos em direção a Arena e a Rapha tá falando alguma coisa sobre seus irmãos, como sempre.

Algumas semanas se passaram, para ser mais especifica três, e eu continuo no chalé de Hermes. Minha amiga aqui do meu lado tem se "misturado" bastante com seus irmãos do chalé de Atena ela não para de falar sobre como eles e o chalé dela é legal, estou muito feliz por ela, mas estou me sentindo excluída, não só por ela como também pelo meu pai. Por que ele não me reclamou ainda? Será que ele não gosta de mim?

Embora isso tenha acontecido fiz alguns amigos. Me aproximei bastante do Pólux e do Percy, eles se tornaram meus melhores amigos, fiquei amiga também da Annabeth e do Nico, mas o Nico é diferente nunca senti nada assim por ninguém. Tenho me destacado nas aulas de Grego Antigo, esgrima e de Pégasus, também sou boa no arco e flecha, mas nada comparado aos filhos de Apolo.

–Liza, você ouviu o que eu estava dizendo?- Ela me perguntou tirando-me do transe

–Não, desculpe- Eu disse- Pode repetir?

–Eu tava dizendo que eu to amando o chalé. É muito legal, tem muitos livros e...- ela deu uma pausa e continuou- Você não tá muito interessada, né?

–Não é isso, é que eu... estou cansada, só isso- forcei um sorriso

–Você está chateada porque não foi reclamada, Né?

–Como você sabe?- pergunto

–eu te conheço melhor do que qualquer pessoa. Somos melhores amigas esqueceu?- eu balanço a cabeça confirmando- Fala comigo.

–Eu...- dou uma pausa e continuo- É , você tá certa, Estou chateada sim. Não só chateada, estou zangada. Eu já deveria ter sido reclamada, tenho 15 anos, os semideuses são reclamados aos treze.- Resolvi omitir o fato do sonho pois não quero que fique ainda mais preocupada.

– Você vai ser reclamada Liza, calma- ela diz me dando um abraço.

–Como você sabe?- pergunto já chorando

– Como você mesma disse, já tem 15 anos. É só ter paciência - ela desfaz o abraço

–Espero que você esteja certa- enxugo as lagrimas- agora vamos para a Arena.

Chegamos lá e encontramos Polux e ele perguntou o porque da demora e a Rapha inventou alguma historia, não prestei muita atenção e apenas balancei a cabeça em um sinal de confirmação. Tenho certeza que ele não caiu na historia dela, pois ele sabe o que acontece, mas ele não quis forçar, essa é uma das coisas que eu gosto no Polux. Ele sabe dar espaço para os outros. O dia passou depressa e eu agradece por isso. Quando termino minhas atividades do dia vou à praia. Já é uma tradição todo dia, quando o crepúsculo começa, venho a praia. Sento e enterro os pés na areia e espero a água chagar aos meu dedos. Assim que a água toca a ponta deles sinto-me reconfortada, em casa. Sinto um alivio muito grande, algo que não sinto a muito, muito tempo e, finalmente, sinto-me no direito de chorar. Choro por tudo que não tinha chorado. Choro pela minha mãe, pela falta que ela me faz, pelo medo de decepciona-la e com medo que aquele nojento do meu padrasto a faça mal. Choro com medo do pesadelo da noite passada e que algo muito ruim aconteça. Mas o principal de tudo, choro com medo de não ser reclamada.

Enquanto chorava e pensava em tudo que vem me acontecendo nessas semanas, não percebi que havia uma pequena movimentação atrás de mim e só vim percebê-la quando alguém me abraça. Em qualquer outras circunstância eu me afastaria e xingaria a pessoa por ter feito tal ato, mas me senti tão segura que não me importei nem mesmo em olhar para ver quem é a pessoa e, sem pensar duas vezes, retribuí o abraço e, se é que é possível, choro ainda mais. A pessoa ficou dizendo para me acalmar e consegui reconhecer a voz. É o Percy. A cada carinho em meus cabelos, palavra de conforto e aninhada no aconchego de seus braços fui conseguido me acalmar.

–Calma, Liza, calma. - disse acariciando meus cabelos- Vai ficar tudo bem. Eu estou aqui, agora acalme-se.

Passamos algum tempo em silêncio, ouvindo apenas o balançar das folhas nas árvores e o barulho das ondas quebrando na praia, não sei quanto tempo exatamente por causa da dislexia. Ele acariciando meus cabelos e eu confortável em seus braços, até que ele quebra o silêncio.

–Liza, porque você estava chorando?- ele me pergunta e por alguns segundos fico em silêncio. Relutante, me desfaço do abraço.

–Estou chateada, confusa e com medo- Nunca tinha me aberto com ninguém, a não ser minha mãe e a Rapha, mas sinto que posso confiar nele- Chateada por não ter sido reclamada e não poder falar com ninguém nem mesmo com a Rapha pois ela tá o tempo todo junto dos irmãos e quando estamos juntas ela só fala deles e de seu chalé. Estou com medo por causa de um pesadelo que tive ontem a noite- conto a ele sobre o pesadelo e ele fica com a mesma expressão de Quíron e senhor D. - estou confusa porque...- não consigo terminar a frase,pois, é como se minha garganta estivesse tapada e enterro meu rosto entre minhas pernas

– Ei não fica assim- ele diz me abraçando- Você está confusa porque seu pai não te reclamou?- apenas confirmo com a cabeça- Relaxa ele vai te reclamar

–a Rapha disse a mesma coisa pra mim.

–é porque você vai ser reclamada e você não precisa ficar com medo de nada tá? Você tem amigos que não vão deixar nada te acontecer. Eu não vou deixar acontecer nada com vc

–Obrigada, Percy - digo- Você tem sido um bom amigo.

–De nada- ele diz se levantando- agora vem vamos pra fogueira

– Não vamos para o jantar?-pergunto e aceito a mão que me ofereceu

–é, perdemos o jantar.- ele diz e eu me sinto envergonhada

–Me desculpa- Digo

– Não precisa se desculpar- ele disse- vamos para a fogueira?

–Vamos – ele me abraçou de lado e fomos assim até a fogueira. Quando chegamos fomos vitimas de murmúrios e fiquei com medo da Annie ficar com raiva de mim, mas ela veio até nós e me abraçou e me senti reconfortada com seu abraço. Do nada ela se afastou e todos que estavam lá ficaram em silêncio, olhando para o topo da minha cabeça. Levantei minha cabeça, para que eu pudesse olhar o que estava chamando a atenção de todos e vi uma luz azul, meio dourada, meio prata e branca. Enfim uma luz, na qual não consegui identificar a cor, com um tridente no centro. Tão rápido quanto a luz surgiu foi embora e Quíron apareceu.

–Elizabethy Mantovani, filha de Poseidon com benção de Atena, Afrodite, Ártemis e Dionisio.- Ele disse e todos começaram a cochichar. Não acredito, meu pai me reclamou. Só sai do transe quando o Percy falou.

– Eu tenho uma irmã- olhei pra ele e ele estava com um enorme sorriso no rosto o que me fez sorrir também.

–------------------------------------

LEIAM AS NOTAS FINAIS.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado. Olhem eu estava pensando em fazen ua especie de fic interativa. É o seguinte, vocês me dão suas fichas e se eu gostar coloco seus personagens na fic. O que acharam? Aí está a ficha:

Nome do personagem:
Pai/Mãe divino:
Pai/Mãe mortal:
Benção:
Historia:
Par romântico: Se sim, qual (Menos o Nico e o Percy eles já são comprometidos desculpa)
Qual semideuses querem ser amigos:
Qual semideus não vão gostar:
O que gosta:
O que não gosta:

Espero suas fichas



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "The Demigod Lost" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.