Digimon - Crônicas - Paulo E Beelzebumon escrita por Sensei Oji Mestre Nyah Fanfic


Capítulo 6
As Camadas do Digimundo


Notas iniciais do capítulo

Finalmente consegui fazer o último capítulo. Diferente dos outros este aqui ficou bem menor. Apenas tem alguns esclarecimentos que Gennai faz. A gente se vê nas notas finais.



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CAPÍTULO 077

Os dois parceiros sentaram nos assentos e esperaram uma explicação do ex-velho. Este por sua vez se levantou e, com um controle remoto, acionou um painel que logo apareceu atrás de si. Depois deu alguns passos e pegou o chip que estava com o garoto. Entregou para Ädolphus.

— Tudo isso não passava de um teste, entretanto o chip é verdadeiro. Muito bem, deixa eu te contar. Há alguns dias nós, membros do servidor desse mundo, tivemos a ideia brilhante de atualizar este mundo para que ele fique melhor e não mais com essa aparência selvagem que tem. O chip era apenas o programa que permite atualizá-lo. Porém queríamos testar o líder dos escolhidos para ver se tinha realmente capacidade de assumir uma responsabilidade grande. Paulo, você me surpreendeu com a sua persistência em proteger o objeto das mãos dos supostos inimigos. Isso aqui era apenas uma simulação da grande responsabilidade que adquirirá no futuro. Não apenas você, mas os seus colegas de grupo — falou Gennai explicando tudo.

— Ah agora entendi tudo. Mas que tipo de responsabilidade vocês me darão? — perguntou o garoto extremamente curioso.

— Isso ainda será discutido aqui. O que importa agora é lhe deixar a par da situação. Não se esqueça que quando a sua responsabilidade estiver sido pronta eu avisarei. Os seus inimigos eram fictícios. Não havia inimigos para essa missão. Etemon é apenas um contratado de nós para fazer papel de vilão. Apenas Monmon não sabia disso. Link era quem falava e dava as ordens.

— E aí, garoto? Desculpa qualquer situação que o Etemon poderia ter feito contigo. Sabe, ele sabia melhor do que eu que tudo não passava de um teste. Espero que não fique com raiva — disse o homem anfíbio.

— Não precisa se desculpar. Eu te perdoo — disse ironizando — eu só quero saber o que acontece agora? O que vai acontecer com esse mundo?

— Ele passará por uma transformação. Para isso vocês ficarão um tempo sem vir para cá e seus parceiros também. Antes de você ir, eu preciso que me entregue o seu digivice para que o mesmo também seja atualizado.

— Vai Paulo entrega a ele — falou Beelzebumon.

— Tudo bem eu dou — ele devolveu o objeto ao homem.

— Uma coisa que eu tenho que explicar é que eu não serei mais encarregado de ajudá-los. Nós fizemos uma votação entre nós e decidimos que Linx assumirá esse cargo a partir de agora. Portanto é com ela agora que vocês serão guiados e ajudados. Quando acontecer algo maior, eu ainda posso cuidar. Ädolphus ficará encarregado na segurança do digimundo, Weiz ficará programando programas maiores para melhorar cada vez mais este mundo e LinK é o responsável na parte externa, ou seja, ele ficará encarregado de cuidar de casos além desse mundo. Ao olhar para cima você vê um céu, mas há algo além daquilo. Olha só, a Linx ficará com vocês e lhes acompanhará até o próximo portal para casa. Até mais rapazes — Gennai se despediu e os outros três homens que também estavam. Ficou apenas a mulher com os dois escolhidos.

— E então, os rapazes ficaram comigo. Olha só eu tenho algo para dizer a vocês — ela se sentou ficando ao lado de Paulo — antes que vocês viessem para cá e fizessem essa missão os demais digiescolhidos passaram por outros testes. Não que tenha sido o mesmo, mas cada um passou por um teste. Até mesmo a sua irmã foi testada.

— Como assim, Linx? Eu não percebi isso.

— É, menino, aqui a gente não brinca em serviço. Olha só venham comigo. Antes de voltarem para casa eu quero que conheçam um lugar.

Ela se levantou e foi seguida pelos dois. Depois passou por uma porta e passou um cartão numa outra porta. Assim que ela abriu foram parar num outro lugar completamente diferente. Era uma casa bem arrumada com uma sala bem organizada. Com lareira e muitos jarros de flores. Ela fechou a porta, passou o cartão e abriu novamente. Agora eles davam para ver um jardim no lado de fora da casa. Eles andaram pelo grande jardim e sentaram em um banco. Era visível ver algumas estátuas e um pequeno riacho passando com uma pequena ponte de madeira.

— É o seguinte, eu os trouxe aqui porque queria deixá-los a par do que vai acontecer com os digivices de vocês — ela pegou um óculos e o pôs, depois pegou uma pasta que trouxe consigo e retirou uns papéis. — Perdão, eu sou um pouco antiquada. Ah, achei você. Olha só, esse é o modelo para seu novo digivice. Não só o seu, dos seus colegas também.

— Olha que maneiro, cara. Isso está sendo feito?

— Paulo, a minha ideia ainda não saiu do papel, todavia após a atualização deste planeta, o que acontecerá por uns cinco meses, eu começarei trabalhando no projeto dos novos digivices.

— Legal mesmo. Só que... deixa eu te perguntar uma coisa. O meu parceiro, esse grandão aqui, ele agora fica mais tempo na forma extrema. Só que tá muito difícil ele ficar assim no meu mundo. Tem como fazer um programa para que ele mudasse de forma? Tipo ficar igual um humano?

— Não. Pelo menos não ainda. Eu entendi o que você quer. Nunca pensei em fazer algo do tipo, mas não posso descartá-lo. Agora dizer que vai ser fácil fazer aí não posso afirmar. O que você acha, Beelzebumon?

— Hum... ah... acho legal...

— É só isso que você tem a me dizer, rapaz? Bom, e se no caso eu te perguntar se quer algo pra comer. Qual seria a sua resposta?

— SIM! Quer dizer, eu quero por gentileza.

Tanto Paulo como Linx começaram a rir do vexame que o digimon havia dado. Depois ela ofereceu um lanche para os dois a base de tortas e sucos. Eles comeram que se fartaram. Principalmente Beelz que comeu uma torta de chocolate inteira em poucos minutos.

Enfim após se despedirem eles voltaram para casa por um portal na casa de Linx. Beelzebumon retornou para sua forma criança. Assim que passaram pelo portal do digimundo eles caíram no quarto do garoto.

— Até que enfim chegamos em casa — disse Impmon saindo de cima do menino e indo para um outro cômodo da casa.

— Mãe, tá aí? Lúcia? Lucemon? Alguém? — dizia o menino chamando os outros. Ele foi para a cozinha e pegou um bilhete que continha na porta da geladeira.

"Querido Paulo, eu não sei quando você voltará, mas já deixo aviso de antemão. Eu e os outros viajamos para Odaíba para a casa da Tia do Ray. Espero que não se chateie se ficar só com o Imp. Beijos e abraços da sua mãe linda e maravilhosa."

Paulo apenas fez uma cara de pena. A única coisa que ele fez em seguida foi se dirigir ao banheiro para tomar um banho e tirar a sujeira do corpo. Contudo já havia alguém no banheiro tomando o banho. Alguém roxo e baixinho. O menino ficou apenas esperando a sua vez.

...

Base secreta de Weiz

Após os acontecimentos em Green Land, Weiz retornou para a montanha onde ficava o seu laboratório secreto que nem mesmo Gennai tinha conhecimento. Nele havia uma mistura de exaustão com raiva, pois não entendia claramente o que Gennai queria expondo os outros quatro membros aos digiescolhidos. Aquilo deixava-o furioso a ponto de descontar as suas frustrações em seus servos, Dracmon e Darcmon. Foi para o seu quarto descansar.

Enquanto Dracmon varria e fazia a limpeza do local, a Darcmon preparava o almoço para o seu chefe. E enquanto isso, Weiz resolveu tomar um banho e limpar-se do contato que teve com Paulo e, sobretudo, Beelzebumon. Retirou a roupa e ficou nu no banheiro debaixo do chuveiro. 

— Aquele ex-velho idiota. Ele me paga pela humilhação.

De fato Weiz era um homem bonito. Seus cabelos loiros caíam abaixo dos ombros e havia uma franja que ia até abaixo da sua testa, seus olhos azuis eram ofuscantes e o seu corpo atlético. Acima de tudo ele possuía uma inteligência ímpar que o fez ser um cientista e membro do Server. Saiu dali com apenas a toalha na cintura e foi ara a cozinha.

— Quando é que vai sair essa comida? Estou com fome demais para esperar uma eternidade — disse ele surpreendendo Darcmon.

A mulher, apesar de ser digimon, nutria uma paixão platônica pelo seu mestre. Ao vê-lo seminu, ficou corada demais.

— Já está quase pronto, chefe.

— O cheiro está delicioso. Talvez essa seja a coisa que você tenha mais aptidão, Darcmon — falou ao tirar um pouco do turbante vermelho dela e sussurrar em seu ouvido. — Quem sabe eu até fique mais interessado em seus atributos. Mas agora tudo o que eu penso é naquela palhaçada de mais cedo.

Ele foi até a geladeira tecnológica e retirou uma garrafa com suco de limão. Pôs o líquido num copo de vidro e ficou observando a sua assistente preparar o almoço.

— Eu sempre penso que aquele patife do Gennai está tramando algo. Isso não sai da minha cabeça. Sabe o que também não me desce? Hoje me encontrei com o meu irmão Beelzebumon, porém aquele cabeça oca não me reconheceu. Quando ele foi morto por SkullMeramon, pensei que todas as suas memórias de sua vida pregressa retornaram, mas ele simplesmente não me reconheceu. Aquele cretino. Dá vontade de arrancar a cara dele do ódio que eu sinto. Há muito tempo odeio o meu meio-irmão, pelo que eu passei, pela preferência do nosso pai só porque eu era o filho da amante. Desde então ele não me desce... não me desce nunca.

— O senhor é muito melhor do que ele. 

— Claro que sou — ele retirou a toalha e ficou só de cueca samba-canção. Darcmon levou um susto e derrubou o omelete no chão. — Que foi? É só o corpo de um homem à sua frente. Se você visse a forma humana do Wesley se apaixonaria por ele, porque ele era mais bonito do que eu.

— Po-pois eu prefiro o senhor. Ele po-pode ter... ter sido bonito como humano, mas hoje é um Beelzebumon horrível.

O loiro sorriu e lançou os cabelos para trás fazendo charme para a sua assistente. Logo se aproximou devagarzinho e por trás sussurrou em seu ouvido mais uma vez.

— Sempre notei que você é caidinha por mim, pelo o meu corpo e o... Weiz Júnior. Mas tire o seu cavalinho da chuva, porque não haverá uma relação Shadowlord 2.0 entre nós. Vê se prepara logo essa comida, mulher.

De fato a vida de Darcmon como assistente do homem que amava não era fácil. Além de ser psicótico, Weiz sempre deixou claro que os digimons para ele são como objetos que prestavam apenas para servir aos interesses humanos. Quando soube da relação amorosa entre Raymond e Lilithmon, quase teve um ataque de nojo. Em seu mundo perfeito humanos são humanos e digimons são inferiores aos animais.

...

A residência oficial de Gennai ficava no continente Server, dentro de um lago cristalino. Linx foi convidada para tomar chá com o seu chefe enquanto ele explicava sobre a sua decisão sobre expor os demais membros do servidor. A moça viu a água partir ao meio e dela surgir uma escada que a levou até a mansão estilo japonesa medieval. Ambos tomaram o chá.

— Você não dá ponto sem nó, meu amigo Gennai. Algo surgiu na sua cabeça para tomar a decisão de nos apresentar aos escolhidos.

— Tem razão. Fique lisonjeada, pois, de todos os membros, você é a que mais me inspira confiança. Portanto eu posso falar sem medo contigo. Eu acho que pode existir um traidor entre nós.

— Traidor? — ela deixou de beber o chá para prestar total atenção à conversa. — Tem certeza disso? Não há precipitação no seu julgamento?

O homem rechaçou a ideia de um julgamento errado pelo simples fato de haver a possibilidade de uma traição de algum membro do servidor. Explicou que os últimos grandes inimigos tradicionais foram derrotados, que eram: Apocalymon, MaloMyotismon e Daemon. O primeiro era um amontoado de dados malignos que compunha um grupo de digimons ruins que veio da Área Escura e que atravessou a parede de fogo; o segundo era um subproduto do primeiro, mas ao morrer na Terra a sua alma manipulou um humano e assim conseguiu fazer várias vítimas entre humanos e digimons; e o terceiro era um ser mitológico desde antes o servidor atual existir e que fazia parte dos Sete Grandes Lordes Demônios.

— Todos os nossos inimigos tradicionais foram mortos. Mas eu temo que outros surgirão, por exemplo, um humano.

— Acha que um ser humano possa vir causar maldades aqui?

— Por que não? Existem 7 bilhões de seres humanos, e nesse montante existem milhões de criminosos e gente com mente para o mal. Basta um deles se interessar em conquistar o Digimundo e entrar em contato com alguém do servidor. Somos os únicos que herdamos os segredos deste planeta. Por isso que resolvi expor todos aos digiescolhidos. Estamos todos sob os holofotes agora.

— E sobre aquele assunto a respeito do "Lado Oculto" do Digimundo? Os escolhidos ainda não sabem que existem terras além do Server.

— Não é o momento propício para mandá-los para lá. Há uma força motriz perigosa que surgiu tempos atrás que pode interferir na digievolução e com a derrota de Daemon não tenho certeza do que encontrar por lá.

— Mas você já pisou por lá, não?

— Sim, mas não fui a fundo. Digamos que eu parei na primeira camada e não prossegui. 

Uma breve explicação de como funciona o Digimundo. Um planeta que existe numa dimensão paralela a nossa, que possui o mesmo tamanho da Terra e com rotação e translação parecidas. No entanto, o planeta possuía dois lados distintos que sequer pareciam estar na mesma esfera. No lado claro há três continentes e onde o servidor operava. O lado escuro era bem mais heterogêneo, com mais três continentes desconhecidos, exceto a Área Escura onde Apocalymon fugiu, ou seja, a parede de fogo é lá. O clima no lado claro era ameno e com estações distintas; no lado escuro havia tempestades violentas e catástrofes naturais, uma densa nuvem negra e gases impediam que 90% da luz solar entrasse, por isso a alcunha Lado Oculto. Gennai sempre diz que nesse lado do Digimundo, os lugares estão dentro de camadas e quanto mais profundas, piores.

Lado Oculto

2ª Camada - Arquipélago Firewall

O exército da aranha invadiu o conjunto de ilhas de um arquipélago local. Os moradores locais, incluindo seres humanos digitais e digimons raros, foram aprisionados ou obrigados a seguir as ordens do novo governo. Na época, o Imperador da Aranha convocou BlackWargreymon para invadir e destruir boa parte dos oponentes, e isso ocorreu no mesmo instante em que os digiescolhidos enfrentavam os Lordes.

— Vamos, seus idiotas — disse um Gorimon vestido com uma farda negra militar parecida com da S.S nazista só que preta e com um broche dourado com o símbolo de uma aranha. 

Não havia só ele de Gorimon, como um batalhão deles e de outros digimons. Todos eram liderados por uma criatura humanoide que ainda sequer foi catalogada.

Os prisioneiros eram levados para a prisão da segunda ilha. O arquipélago era formado por quatro e cada qual havia uma estação do ano permanente. A capital ficava na primeira ilha para quem entra, a ilha do verão. Já a ilha inverno era a mais afastada e onde ficava o castelo que Shadowking Aranha resolveu morar.

— Majestade, como está os seus aposentos? — perguntou um digimon desconhecido que era o sumo-sacerdote.

— Nada mal. Olha essa sacada enorme. Dá para ver todas as quatro ilhas daqui. Depois do fiasco que aquele garoto... como é o nome dele?

— Raymond. Raymond Kelvin Kyoto, senhor.

— Sim, ele mesmo. Depois do fiasco que foi aquele exército negro e a derrota de Daemon, fiquei com as mãos atadas. Só não invado o resto do Digimundo porque os Dez Anciãos poderão me notar e sabe que aqueles velhos são protegidos pela figura misteriosa do Neo.

— Mas o senhor é muito forte. Poderia acabar rapidamente com os digiescolhidos, com o tal Gennai, com os veteranos na Terra, com tudo.

— É por isso que eu não os enfrento. Para que esmagar insetos? Tudo precisa ser feito na calma e na mais pura tranquilidade. Já conquistei este arquipélago e para mim é o suficiente. Que venha a paz temporária para o Digimundo.

...

Dias se passaram desde que Paulo e Beelzebumon retornaram para a casa. Como todas as noites, o jantar era servido numa mesa grande e pratos ocidentais e japoneses eram feitos. Márcia anunciou ali mesmo perante os filhos que marcou uma data de casamento com Ray.

— Estou tão feliz, meu amor. Agora vamos formalizar a nossa união e assim ganharei residência fixa no Japão.

— Todos estamos, amor.

Ambos se beijaram e foram aplaudidos pelos outros, menos Paulo que ainda mantinha uma atitude ranzinza com o padrasto. Outro também que não aplaudiu foi Impmon.

— Vamos fazer uma festa, não é? — disse Agumon.

— Sim, parceiro. Irmão, posso ser o padrinho?

— Ainda não sei. Vamos ver. Precisamos ainda falar com os pais da Márcia e com a minha família em Londres. Ainda temos um longo processo pela frente.

Após o jantar, Paulo revelou estar com medo desse casamento. A sua mãe era tudo, mas que agora com ela esperando um filho e unida com Ray, não lhe dará mais atenção como antes. Impmon acalmou os ânimos da menino e explicou que a mãe dele era jovem e solteira, por isso merecia ser feliz ao lado de quem ama. 

— Você fala como se fosse expert nesse tipo de assunto.

— Eu? Mas eu sou apenas um digimon. Não tem nada demais aconselhar o meu precioso parceiro, não é? — ao se virar na cama viu Paulo dormindo. Deu um beijo na testa dele e puxou o edredom para cobri-lo. — Boa noite... filho.

Sozinho deitado no sofá da sala, Impmon relembrou o seu passado. Fechou os olhos e viu imagens que pareciam tão reais.

— Olhe, querido... seu filho — disse uma Márcia adolescente para um rapaz à sua frente.

— Oi, Paulo. E aí, filhão? — disse um rapaz ao segurar um bebê.

Impmon acordou na mesma hora. Desde que voltou à vida, parte dos seus sonhos era da sua vida passada como humano. Ele simplesmente sorriu maliciosamente, pegou o seu lenço e tapou os olhos para dormir melhor.

— Sua vez já passou, Wesley — pensou com a voz de um homem adulto. Sim, no pensamento ele tinha a mesma voz de quando era humano.

...

3 ANOS DEPOIS

Digitamamon viu um forasteiro chegar todo encapuzado e com uma capa preta cobrindo o seu corpo. A pessoa caminhou até o proprietário do restaurante e jogou um maço de dólares no balcão. Eram aproximadamente vinte mil dólares, causando espanto nos outros fregueses.

— E então, cadê aquele bastão que você me prometeu? Não quebre a promessa — disse numa voz bem grave.

O ovo ambulante levou o sujeito para os fundos do restaurante, desceu um porão e mostrou o lindo bastão prateado com as duas extremidades douradas.

Assim que saiu foi confrontado por cerca de uns dez digimons na fase perfeita que foram convocados por Digitamamon. Ele queria ver com os próprios olhos a capacidade daquela criatura.

— Então isso é um teste? Já aviso de antemão que gosto de resolver as minhas paradas o mais rápido possível. Tem uma pessoa me esperando na floresta.

— Ataquem ele! — ordenou o ovo.

Os digimons partiram para cima todos de uma vez só.

Minutos depois...

— Que legal. Esse bastão vai aumentar ainda mais a sua capacidade ofensiva. E é pesado pra mim — falou um adolescente.

Ambos estavam perto de um lago. O sujeito misterioso retirou a capa e o capuz. Segurou o bastão.

— Conseguiu derrotar dez digimons perfeitos?

— Eles não deram pro cheiro. A propósito, o que faremos hoje à noite?

— Hoje... à noite? — O menino loiro deu um sorriso e fez uma cara de mau. — Vamos roubar uma mina e seremos ricos por um bom tempo. É claro.

Fim do Arco: As Crônicas do Digimundo - Parte I

Continua em DNA Advance - Capítulo 1 (78)


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Notas finais do capítulo

Explicar que aqui foi a continuação do Luz vs Trevas até o capítulo 71. Depois daqui é ler o DNA Advance do capítulo 1. Obrigado pela leitura.