Digimon - Crônicas - Paulo E Beelzebumon escrita por Sensei Oji Mestre Nyah Fanfic


Capítulo 5
Cara a cara


Notas iniciais do capítulo

Apesar do título ser Fim da Missão ainda não é o último capítulo. O próximo que é. Bem estou enrolando demais com isso. Aproveitem o capítulo.



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CAPÍTULO 076

Enquanto aguardava a chegada dos dois na cidade, Weiz ponderava sobre a possibilidade de Beelzebumon lhe reconhecer. Algo grave entre os dois ocorreu no passado, mas, até o momento em que Impmon foi morto por SkullMeramon na Ilha Arquivo, o digimon estava sob efeito de uma forte amnésia. No entanto, ao renascer ele voltou com boa parte de suas memórias. Será que ele reconhecerá Weiz como sendo o seu irmão?

 — Tenho que me preparar para tudo. Respira fundo, não perca a cabeça. Aquele idiota de cabeça oca é mais burro do que um poste, por isso acho eu que ele não me reconhecerá.

O Trailmon estava chegando no metrô da cidade. Assim parou para o desembarque dos passageiros que aliás eram apenas dois. Ao ver que chegou em seu destino, o garoto acordou seu parceiro digimon e ambos se retiraram do veículo. Assim puseram os pés na cidade. A estação do metrô estava lotada de digimons. Tais eram até desconhecidos. Contrastava até com a visão da outra cidade, deserta sem absolutamente ninguém. Esta cidade era cheia, lotada e com muitos digimons andando para lá e para cá como se fossem pessoas no mundo real. Tanto e Paulo como Beelzebumon ficaram parados espantados olhando a cidade a sua frente. Era totalmente preta e branca. Tudo o que havia nela só tinha essas duas cores. As ruas, os prédios, as fachadas, as lojas, casas, os sinais de trânsito, os veículos em que os seres digitais usavam — neste continente os digimons se parecem mais com os humanos nas ações e costumes. Bem mais avançado do que o continente Server — as luzes eram apenas brancas. Enfim tudo, tudo menos os digimons era preto com branco.

Ao caminharem perceberam a presença de certos digimons muito parecidos com o Hagurumon do Ruan. Eles ficaram até impressionados com a semelhança. Ao invés de serem prateados eles eram dourados. Tratavam-se de Solarmons. Também existiam outros como Warumonzaemons, Digmons, Drimogemons e muitos outros. A metrópole realmente era movimentada.

Enquanto andavam eles receberam uma mensagem de Ädolphus dizendo que o destino que eles tomariam era a planície de Green Land. Mas que conhecessem primeiro um tal de Weiz.

— Planície de Green Land. Aqui disse que é o nosso destino final e que é onde se encontra o tal de Ädolphus. Finalmente encontramos o nosso destino viu, eu to cansado dessa missão esquisita — disse o rapaz.

— Eu já to é com fome de novo. E eu não to gostando nadinha dessa missão. Além de ser um tédio ficar sem lutar. Argh, eu quero lutar e acabar com vários inimigos — resmungou Beelzebumon.

— Ai, só você mesmo pra pensar na sua barriga num momento como esse. Eu quero respostas, explicações do por que de estarmos no digimundo sozinhos e sem os nossos companheiros. A missão: carregar um chip misterioso. Eu já to de saco cheio disso.

Quando atravessaram uma pista, ouviram um estrondo vindo de um quarteirão a frente e foram ver do que se tratava. Vários digimons corriam assustados. Será possível que até no digimundo havia extremistas terroristas? Eles foram averiguar o que estava acontecendo.

— Eu não posso acreditar. São aqueles dois! — disse Paulo ao ver Etemon e Monmon explodindo um caixa eletrônico de um supermercado.

— Deixa eu acabar com eles. Vai ser moleza acabar com esses dois fracotes — falou Beelzebumon.

— Ah você vai acabar conosco? Não me faça rir. Até porque eu não seria louco de lutar com um fase mega. Garoto, você nos enganou com aquele chip falso. Pegaremos a força de vocês, mas para isso seria bom que algo os distraísse — ele estalou os dedos e um enorme robô surgiu entre os prédios. Era muito parecido com o Godzilla.

— É isso aí. Vocês dois estão ferrados — disse Monmon.

O grande robô começou a ir na direção do garoto. Seu parceiro logo o segurou nos braços e o tirou dali. Era muito perigoso Paulo ficar na zona de risco.

— Espera aqui. Eu vou acabar com essa lata velha em poucos segundos — o digimon deixou o garoto numa certa distância do perigo e foi rapidamente na direção da grande máquina.

Usando sua super rapidez ele foi de encontro do robô e deu um chute nas pernas do bicho fazendo-o cair contra os prédios. Depois a máquina se levantou e abriu a enorme boca com dentes metálicos e começou a cuspir bolas de fogo. Beelzebumon ficou desviando e quando não desviava chutava para dispersar o fogo. Por enquanto estava fácil até o robô atingi-lo com sua cauda arremessando o parceiro de Paulo contra a parede de um prédio com violência.

— Agora me diga quem é o fracote aqui? Sinceramente você tá acabado — dizia Etemon também há uma certa distância.

O Lorde Demônio desviou de outro ataque e foi ao chão. Antes que pudesse reagir teve que se defender com muita força, pois o monstro começou a pisá-lo querendo esmagá-lo. Usando todas as suas forças — e põe força nisso — ele conseguiu se libertar dessa situação e sacou suas duas pistolas.

— Já to de saco cheio dessa lata velha — começou a atirar acertando o alvo em cheio várias e várias vezes. O robô começou a se danificar e a cair aos poucos. Até que finalmente caiu para trás totalmente cheio de furos e destruído.

De fato Beelzebumon se machucou um pouco com a curta luta que teve. Fazia meses que não lutava desde que derrotou ChaosDukemon. Mesmo assim ainda tava pronto para outra luta.

— O seu teste não parou por aqui — Etemon pegou um controle remoto e começou a apertar alguns botões. A enorme máquina se restaurou sozinha e voltou a lutar com o parceiro de Paulo.

Enquanto Beelzebumon lutava, o garoto tentava se esconder das vistas do macaco. Apesar de querer estar perto para apoiar o seu parceiro. Até que Etemon e Monmon foram até a direção do rapaz.

— Olha só o pestinha querendo fugir. O que faremos com ele? — perguntou Monmon já pronto para dar o bote.

— Vamos roubar o chip dele — respondeu o maior.

— Nunca deixarei que toque neste chip — retrucou rispidamente.

Repentinamente surge diante deles W-Weiz-W "salvando" a pele do rapaz. O homem portava uma espada grande de combate.

— Uau, cara. Quem é você?

— Garoto, o meu nome é W-Weiz-W, mas pode me chamar de Weiz pra ficar mais fácil. Eu sou o guardião de toda esta cidade e percebi que o Etemon estava querendo causar o terror nela.

— Legal, você é parecido com o Gennai. Tipo você não é humano nem digimon. Quem é você afinal?

— Um dos cinco integrantes do sistema operacional. Mas antes de falar sobre mim é melhor ajudar o seu parceiro digimon. Vá, eu cuido deles.

O garoto correu até onde Beelzebumon lutava. Era visível que a máquina gigante em formato de lagarto levava a maior vantagem. O lorde levava uma surra. E não é para menos.

— Se continuar assim eu serei derrotado — disse Beelzebumon limpando um filete de sangue que escorria pelo canto da boca.

Paulo correu até o digimon e estendeu o seu digivice na direção dele para que assim chegasse à sua forma explosiva.

— Beelzebumon mudança de forma. Para Beelzebumon Blast Mode.

— Agora destrua definitivamente esse monstro enorme.

Sem esperar nem um minuto sequer, o poderoso digimon extremo usou o seu ataque mais forte: a rajada do caos vinda diretamente do seu grande canhão. Assim ele fez um buraco enorme na máquina que logo foi virando dados aos poucos.

No final da batalha, Weiz foi até eles. Explicou de uma forma clara que Etemon e Monmon foram "derrotados" pelo fio da sua espada. A notícia trouxe um certo conforto aos dois. Não aguentavam mais serem seguidos por dois malucos querendo roubar o chip pra sei lá o que.

— Então você é o Paulo. O líder dos escolhidos. Bom, para que estão aqui nesta cidade?

— Senhor, precisamos entregar algo para um tal de Ädolphus. O Gennai pediu que entregássemos pessoalmente à ele — respondeu retirando o objeto de dentro do celular.

— Hum, eu entendo. Venham, eu preciso mostrar-lhe uma coisa nova. Digamos que é algo que poderá revolucionar o nosso mundo.

Os dois seguiram o homem até um beco sem saída. Weiz então conseguiu atravessar uma parede holográfica sendo seguido pelos dois. Eles entraram num corredor e foram para um tipo de elevador. Era grande o suficiente para caber o Beelzebumon com suas asas e seu canhão. Eles desceram um nível de três andares no subsolo. Ao saírem do elevador encontraram um enorme laboratório branco. Parecia até mais um laboratório de química ou algo do tipo. Havia vários digimons trabalhando ali.

— Caramba, é incrível que exista coisas assim neste mundo — falou o garoto sem tirar os olhos de tudo o que via.

— Aqui é o salão de pesquisas sobre o nosso mundo. Venham para esta outra ala que tenho algo bom para lhes mostrar — o homem caminhou até uma outra porta e entrou num segundo elevador — venham.

Diferentemente do primeiro que só sabia descer e subir, este tinha a função de andar de lado e na diagonal. A velocidade era tão grande que em poucos segundos eles foram parar no outro lado da cidade e ainda subiram um prédio de vinte andares até chegarem ao topo deste. Ao abrir viram um corredor branco e longo com apenas uma porta. Weiz passou um cartão num sensor e a porta abriu. Viram uma sala redonda com cinco portas. Uma de cada cor. Eram estas: Vermelha, Amarela, Azul, Branca e Preta. Ele pegou o seu cartão e passou no sensor da porta branca. Ao entrarem foram parar numa sala com várias cadeiras. Tipo uma sala de reuniões.

— Olha, eu queria que esperassem aqui enquanto uma pessoa busca vocês. É de grande importância que fiquem exatamente aqui. Não abram a porta.

— Ficaremos aqui quietinhos. Pode ir chamar — respondeu Beelzebumon. — Espere.

— O que houve, digimon?

— Eu já te vi em algum lugar? Porque parece que eu já vi alguém com o seu rosto antes.

Naquele momento Weiz suou frio. Uma gota de suor desceu de sua têmpora esquerda, passou pelo seu rosto e foi até o pescoço.

— Não. Nunca nos vimos antes.

— Tudo bem. Acho que é a fome que estou sentindo.

Weiz saiu e deixou os dois sozinhos.

— Sabe, Paulo, aquele cara me pareceu familiar demais.

— Você cismou com aquele cara mesmo, hein?

— Deixa pra lá. Agora sabe o que eu fiquei mais feliz nessa missão? Que a fizemos sozinhos como verdadeiros parceiros. Essa nossa relação faz-me parecer muito importante na sua vida.

— Mas você é muito importante pra mim — disse abraçando o outro — para mim você preenche uma lacuna em minha vida. Cara, se não fosse por ti acho que a minha vida era um tédio. Sabe, apesar dessa missão ser muito supérflua eu acho até bom, pois só fica nós dois juntos.

A porta se abriu e uma mulher apareceu.

— Olá, rapazes. Vocês devem ser os escolhidos líderes do grupo. Não é mesmo? — a mulher nada mais nada menos do que Linx — Bom deixe que eu me apresente melhor. Meu nome é Linx, sou um dos digi-humanos que trabalham no sistema operacional que substituiu o antigo sistema chamado Yggdrasil. Faço parte do setor de projetos e aplicações. Podem também chamar de área de trabalho. É onde nós testamos e atualizamos o digimundo todos os dias. Como sabem, este mundo aqui é digital, portanto nada mais justo do que todo o dia ser atualizado com um potente programa de computador. Este programa é auto suficiente e tem memória própria, ou seja, inteligência artificial mesmo. Enfim, meu querido Weiz trouxe vocês até aqui. Mas deixa eu adiantar logo. Tudo isto aqui foi um teste para vocês.

— UM TESTE?! — bradaram. Linx deu uma risada.

— Sim pessoal, isso aqui foi puramente um teste. Para aclarar melhor ainda, eu tenho que dizer que tudo foi ideia do Gennai. Etemon e Monmon, bem apenas Etemon no caso, sabia do teste. Ele tentou de tudo para roubar o chip, não é? Mas não conseguiu. Estão de parabéns, meus queridos.

Mesmo com a explicação e os parabéns os dois ainda estavam abismados com tudo. Como eles foram enganados daquele jeito?

— Venham, meus queridos, eu tenho algo para lhes mostrar — ela abriu a porta e os três passaram dela. Eles agora, misteriosamente, foram parar numa grande ala com vários computadores com função Touch Screen e com função 3D. Vários digimons bípedes, óbvio, trabalhavam ali. Ela abriu uma porta de vidro e foram parar num tipo de hall com o chão todo transparente com um tipo de aquário e peixes passando. As paredes todas de vidro e dava pra ver a vista panorâmica de toda a região. Inclusive da cidade que antes estiveram.

— C-como foi que saímos daquela cidade tão rápido? — indagou Paulo.

Eles entraram numa outra sala e pronto. Última parada: sala principal dos cinco membros do S.O. Gennai sentava na cabeceira da grande mesa enquanto os outros sentaram em seus devidos lugares. Tanto Paulo como Beelzebumon se perderam na maionese. Não sabiam como adivinhar o que eles pretendiam com aquela pseudo-missão.

— Até que enfim apareceram e concluíram o teste. Agora explicarei tudo o que houve nesta missão. Tudo mesmo, não tenham dúvidas — disse Gennai com uma pose de líder.

Continua...


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Abriram o jogo né. Essa fanfic era pra ter 12 capítulos, mas como só 2 pessoas leem então diminui pra apenas 6. Acho que quem for acompanhar meu próximo projeto vai se perder um pouco, porque algumas coisas que acontecerão aqui no digimundo serão citadas no próximo capítulo. Bom então é só por agora.

Bem gente o meu próximo projeto será para o dia 17 de Junho. Era pra ser em julho, mas como falta um capítulo do Paulo então eu puxei a estréia. Depois eu coloco a data no meu perfil.